<p><b>247 - </b>A morte do fotógrafo Sebastião Salgado na sexta-feira (23) provocou um forte aumento nas buscas por sua obra no Google, especialmente pelo documentário “O sal da Terra”. Os dados foram extraídos da plataforma Google Trends e indicam uma intensificação expressiva do interesse popular por volta das 21h26 do dia 23 de maio, horário de pico para o nome do fotógrafo. As informações são do Google Trends.</p> <p>O documentário “O sal da Terra”, lançado em 2014 e dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, filho do fotógrafo, narra a jornada de vida e carreira de Sebastião Salgado. O filme retrata seu percurso desde a atuação como economista até a consagração como um dos maiores fotógrafos documentais do século, explorando seus projetos emblemáticos como “Êxodos” e “Gênesis”, além de sua atuação ambiental.</p> <h3>Explosão de interesse por “O sal da Terra”</h3> <p>De acordo com os gráficos analisados, a expressão “O sal da Terra” apresentou múltiplas oscilações de interesse entre a tarde e noite do dia 23, com um pico absoluto às 21h16, indicando o valor máximo de 100 na escala do Google Trends. Esse comportamento sugere que muitos internautas recorreram ao documentário como forma de reverenciar a obra de Salgado logo após a divulgação de sua morte.</p> <p>O gráfico demonstra picos intercalados por quedas abruptas, seguidos por momentos de silêncio total — ou seja, de ausência de buscas — especialmente nas primeiras horas da madrugada do dia 24. Um novo pico ocorreu logo após as 5h da manhã, também sinalizando como o luto e o interesse atravessaram a noite nas redes.</p> <h3>Onde o interesse foi maior</h3> <p>No recorte por sub-regiões, a Paraíba lidera com o valor máximo de 100 pontos, seguido pelo DF, Rio de Janeiro, Piauí e São Paulo (72). Esses dados demonstram uma concentração de interesse nos centros urbanos com maior densidade de cobertura midiática e tradição no consumo de documentários culturais.</p> <h3>Salgado também foi amplamente buscado</h3> <p>O nome “Sebastião Salgado” também apresentou uma curva nítida de crescimento nas pesquisas. O maior volume de interesse foi registrado às 17h48 do dia 23, pouco após a confirmação de sua morte. O gráfico dessa busca mostra um pico único de 100 pontos, seguido por um movimento de queda lenta e contínua ao longo das horas seguintes, o que reforça o impacto imediato da notícia e o uso do Google como principal fonte de informação e homenagem.</p>  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250524100532_7a3e386b5b34f241a9034776c730cebef8de6e11893959d169073a1a52ed11d1.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250524100532_7a3e386b5b34f241a9034776c730cebef8de6e11893959d169073a1a52ed11d1" data-rendition-name="original" width="2192" height="522" loading="lazy" alt="materia"><figcaption>Interesse ao longo do tempo ("Sal da Terra")<span></span></figcaption></figure>  <p>&nbsp;</p>  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250524100556_7b1f1f5f2c1b7fc4d0aecfc5d79bd18d324d8dac180bb0aa4ad47266ef9513d9.png" data-media-id="editor_1" data-image-id="20250524100556_7b1f1f5f2c1b7fc4d0aecfc5d79bd18d324d8dac180bb0aa4ad47266ef9513d9" data-rendition-name="original" width="838" height="644" loading="lazy" alt="materia"><figcaption>Interesse por sub-região ("Sal da Terra")<span></span></figcaption></figure>  <p><br/></p>  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250524100532_f04a3461a147e67c28f8ce6fa90400a65ce502bb5aa912b5f2974d7c32201245.png" data-media-id="editor_2" data-image-id="20250524100532_f04a3461a147e67c28f8ce6fa90400a65ce502bb5aa912b5f2974d7c32201245" data-rendition-name="original" width="2224" height="526" loading="lazy" alt="materia"><figcaption>Interesse ao longo do tempo ("Sebastião Salgado") <span></span></figcaption></figure>  <p>&nbsp;</p> <div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OivMlWXtWpY?si=nENeEM2xmRx4cpCM" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

Leonardo Sobreira

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Cultura

Internautas revisitam ‘O sal da Terra’ em homenagem a Sebastião Salgado

<p><b>247</b> - Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do Brics), Dilma Rousseff lamentou nesta sexta-feira (23) a morte de Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos brasileiros de todos os tempos. </p>
<p>“A morte de Sebastião Salgado nos priva não apenas de um dos maiores fotógrafos de todos os tempos. Reconhecido no mundo inteiro como um gênio, ele foi mais do que um grande profissional da fotografia. Colocou suas lentes a serviço da natureza, da humanidade e sobretudo dos pobres e oprimidos”, afirmou Dilma em nota. </p>
<p>“Ao longo de uma carreira de meio século, fotografou em mais de 130 países, e ninguém conseguiu melhor do que ele capturar a alma do povo brasileiro. Minhas condolências à sua companheira Lélia, aos parentes, amigos e aos milhões de admiradores que Sebastião Salgado conquistou”. </p>
<p>Nascido em Aimorés (MG), em 1944, único filho homem entre sete irmãs, Salgado formou-se economista por pressão do pai, como ele chamado Sebastião, um fazendeiro e criador de gado. </p>
<p>Uma bolsa de estudos o levou, junto com a esposa Lélia, a Paris, onde acabaram se radicando, ele trabalhando para a Organização Internacional do Café. Uma câmera de presente de Lélia e as viagens a trabalho acabaram desviando o economista rumo à fotografia em tempo integral. Salgado se tornou, então, um dos mais premiados e conhecidos fotógrafos do mundo. </p>
<p>Suas lentes acompanharam sagas humanas como êxodos, migrações, secas, deslocamentos decorrentes de guerras e genocídios, registrados em séries a que ele dedicou longos anos. </p>
<p>Um dos últimos de uma geração de fotógrafos tradicionais que imprimiam fotografias, Salgado considerou fácil a transição do filme para o digital, mas admitiu, em entrevista em 2013, que ainda editava suas fotos à moda antiga, usando folhas de contato. </p>
<p>"Toda a minha vida, eu tentei fazer minhas fotos, completamente em coerência com o meu modo de vida, com a minha ética, com as ideologias, e eu tive conforto, tirando minhas fotos", afirmou ele na entrevista antes da exposição "Gênesis", em Londres. </p>
<p>As mais famosas fotografias de Salgado mostram o lado mais sombrio da vida em comunidades de refugiados e operários em todo o mundo, como foi o caso das imagens que captou em 1986 dos mineiros da Serra Pelada, no Pará, a escavarem a terra como se fossem formigas.</p>
<p>Estão também, por exemplo, aquelas que fez da tentativa de assassinato do então presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, em 1981, e que são os únicos registros do momento histórico (com Reuters). </p>

Leonardo Lucena

Brasil

“Um gênio que serviu aos pobres e oprimidos”, diz Dilma sobre Sebastião Salgado

<p><b>247 – </b>O senador Paulo Paim (PT-RS) prestou homenagem ao fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. A mensagem foi publicada nas redes sociais e ressaltou não apenas o trabalho de Salgado, mas também o compromisso dele com causas sociais e ambientais.</p>
<p>“Não era apenas o talento do fotógrafo Sebastião Salgado que me fascinava”, escreveu o parlamentar no X. “Em toda a sua obra e em sua perspectiva, estavam presentes sua consciência social, seu jeito de ser tão somente seu, seu entendimento da importância do meio ambiente e da natureza, dos povos indígenas, do povo negro, dos pobres, dos trabalhadores, da nossa gente sofrida”.</p>
<p>Salgado deixa um legado que, segundo Paim, “eterniza-se”, edificando a fraternidade, a democracia e a humanidade.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Não era apenas o talento do fotógrafo Sebastião Salgado que me fascinava. Em toda a sua obra e em sua perspectiva, estavam presentes sua consciência social, seu jeito de ser tão somente seu, seu entendimento da importância do meio ambiente e da natureza, dos povos indígenas, do…</p>— Senador Paulo Paim (@paulopaim) <a href="https://twitter.com/paulopaim/status/1925954028762026289?ref_src=twsrc%5Etfw">May 23, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Bianca Penteado

Fotógrafo Sebastião Salgado em entrevista à Reuters

Corpo físico partiu, mas arte de Sebastião Salgado eterniza-se, diz Paulo Paim

<p><b>247</b> - A morte de Sebastião Salgado, ocorrida nesta sexta-feira (23) em Paris, foi recebida com pesar pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Aos 81 anos, o fotógrafo brasileiro, considerado um dos maiores nomes da fotografia documental no mundo, não resistiu a complicações de uma malária contraída nos anos 1990, durante um de seus projetos humanitários.</p>
<p>Mercadante, que foi colega de Salgado na Faculdade de Economia e Administração da USP, destacou o impacto global do trabalho do amigo, sempre voltado às causas sociais, ambientais e à defesa da democracia.</p>
<p>“Salgado denunciou injustiças, revelou desigualdades e exaltou a resistência e a dignidade dos povos, dando voz aos silenciados, aos deslocados e aos esquecidos”, afirmou o presidente do BNDES. “Também foi um homem profundamente comprometido com a democracia, denunciando o golpe contra a presidenta Dilma, e honrou o nome do Brasil no mundo.”</p>
<p>A relação entre os dois começou ainda nos tempos de faculdade e se estendeu por décadas. Em um dos episódios marcantes dessa convivência, Mercadante relembra a viagem que fizeram juntos a Eldorado dos Carajás, no Pará, logo após o massacre de trabalhadores sem-terra, em 1996.</p>
<p>“Estudamos juntos na Faculdade de Economia e Administração da USP e integramos o grupo do PT que viajou a Eldorado dos Carajás logo após o massacre de trabalhadores. Foi uma oportunidade em que Salgado pôde registrar a tragédia, o sofrimento e a revolta das famílias”, relembrou.</p>
<p>Sebastião Salgado se tornou uma das vozes visuais mais poderosas do século, retratando com profundidade o drama humano em zonas de conflito, migrações forçadas, trabalho precário e degradação ambiental. Suas obras, como <i>Trabalhadores</i>, <i>Êxodos</i> e <i>Gênesis</i>, marcaram a história da fotografia contemporânea.</p>
<p>“Neste momento de dor, expresso minha solidariedade à família, aos amigos e a todos os admiradores de sua obra. E desejo que ele continue inspirando gerações para que vejam o mundo com empatia, consciência e coragem”, concluiu Mercadante.</p>
<p>Além do trabalho fotográfico, Salgado deixou uma contribuição direta à preservação ambiental. Com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, fundou o Instituto Terra, dedicado à recuperação da Mata Atlântica na região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.</p>

Otávio Rosso

Mercadante lamenta morte de Sebastião Salgado e destaca seu compromisso com justiça social e democracia

<p><b>247 – </b>O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) lamentou, nesta sexta-feira (23), a morte do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, conselheiro consultivo e internacional da instituição. Ele faleceu aos 81 anos.</p>
<p>Em nota oficial, o CEBRI destacou que Salgado foi “muito mais do que um dos maiores fotógrafos da história contemporânea” — ele também foi um “humanista incansável” e um defensor das causas sociais e ambientais.</p>
<p>“Seu legado transcende a arte: é um chamado ético e poético à responsabilidade coletiva com os mais vulneráveis e com a natureza”, diz o documento.</p>
<p>A entidade também ressaltou o impacto de Salgado como uma inspiração para quem acredita “no poder das imagens, da empatia e do conhecimento como pontes para a paz e a cooperação internacional”.</p>
<p>O CEBRI também prestou solidariedade à família, aos amigos e a todos que foram “tocados” pelas obras e pela humanidade de Salgado.</p>

CEBRI lamenta morte de Sebastião Salgado: “Humanista incansável”

<p><b>247 - </b>A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), usou as redes sociais nesta sexta-feira (23) para prestar homenagem ao fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que faleceu aos 81 anos. Em sua publicação, Gleisi exaltou o legado do artista e sua contribuição para a luta contra as desigualdades sociais por meio da fotografia.</p>
<p>“Sebastião Salgado fez de sua arte, a fotografia, um poderoso instrumento de denúncia contra a desigualdade”, escreveu a ministra. Ela destacou ainda que, tanto no Brasil quanto em outros países, o fotógrafo revelou com sensibilidade as injustiças enfrentadas pelos mais pobres, sem deixar de registrar também a resistência e a dignidade dessas populações.</p>
<p>“No Brasil e em todos os lugares do planeta que suas lentes alcançaram, fez o registro das injustiças, mas também mostrou a força dos mais fracos na luta coletiva pela vida e pela transformação”, afirmou Gleisi. E concluiu: “foi um brasileiro que serviu ao mundo. Nossos sentimentos à família e nossa gratidão por seu legado”.</p>

Guilherme Levorato

Gleisi homenageia Sebastião Salgado: "um brasileiro que serviu ao mundo"

<p><b>247 - </b>A morte do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, aos 81 anos, repercutiu amplamente na imprensa internacional. Reconhecido por sua estética em preto e branco e pela força de sua denúncia social, Salgado foi homenageado por veículos de comunicação e instituições culturais de diversos países</p>
<p>Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/05/23/morte-do-fotografo-sebastiao-salgado-repercute-na-imprensa-internacional.ghtml">O Globo</a>, a alemã Deutsche Welle destaca que Salgado “registrou trabalhadores, indígenas e paisagens colossais, percorreu dezenas de países e marcou como poucos a fotografia este milênio”. A Academia de Belas Artes da França também lamentou sua partida, expressando “profundo pesar” pela morte de seu “colega”.</p>
<p>Nascido em 1944 na vila de Conceição do Capim, no interior de Minas Gerais, Salgado revolucionou o fotojornalismo ao documentar, com rara sensibilidade estética, realidades muitas vezes invisibilizadas. Seu trabalho revelou ao mundo o cotidiano de trabalhadores rurais, populações indígenas, refugiados e vítimas de conflitos e desastres ambientais, sempre com um olhar humanista e apurado domínio da luz natural. Suas composições, muitas vezes carregadas de lirismo, também expunham as contradições do sistema social global.</p>
<p>Antes de mergulhar na fotografia, Salgado se formou em economia, com mestrado pela Universidade de São Paulo e pela Sorbonne. Foi durante uma viagem de trabalho à África, já atuando como economista, que começou a fotografar com uma câmera Leica. Três anos depois, optou por abandonar sua carreira como secretário da Organização Internacional do Café para se dedicar integralmente à fotografia, tornando-se um fotojornalista independente.</p>
<p>Radicado em Paris, trabalhou inicialmente em agências como Sygma e Gamma, antes de integrar a prestigiada agência Magnum. Um momento decisivo de sua trajetória ocorreu em 1981, quando cobria os 100 primeiros dias do governo de Ronald Reagan nos Estados Unidos. Durante esse período, o então presidente sofreu um atentado a tiros em Washington, e as imagens feitas por Salgado circularam globalmente. O dinheiro obtido com a venda das fotografias permitiu que o brasileiro retornasse à África para realizar seu primeiro projeto autoral — o início de uma jornada que o consagraria como um dos maiores nomes da fotografia mundial.</p>

Paulo Emilio

Morte de Sebastião Salgado, mestre da fotografia documental, repercute na imprensa internacional

<p><b>247</b> - Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestaram pesar pela morte do fotógrafo Sebastião Salgado, ocorrida nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. A informação da morte do fotógrafo &nbsp;foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não-governamental fundada por Salgado ao lado da esposa, a arquiteta e curadora Lélia Deluiz Wanick Salgado.</p>
<p>&nbsp;O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), destacou a importância do legado de Salgado. “Com suas lentes, Sebastião Salgado nos revelou as belezas e injustiças do mundo, congeladas em seus registros fotográficos. Uma celebração da vida e da natureza e um chamado à ação consciente, em prol de um mundo inclusivo e sustentável. Neste momento de dor, transmito meus sentimentos e orações aos familiares e amigos desse grande brasileiro, cujo trabalho seguirá nos inspirando”, publicou.</p>
<p>Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lamentou a perda de forma pessoal. “Eu perdi um amigo. O Brasil perdeu um dos maiores expoentes da fotografia mundial. A morte de Sebastião Salgado deixa uma lacuna irreparável no jornalismo brasileiro. &nbsp;Descanse em paz, companheiro”, afirmou.</p>
<p>Por fim, Margareth Menezes também manifestou pesar. “Sua lente capturou a alma do mundo, com olhar humano, poético e profundamente transformador. Meus sentimentos à família, aos amigos e a todos que o admiravam”, lamentou.</p>

Dilma, Lula, Sebastião Salgado, Lélia Deluiz Wanick e Fernando Haddad

Ministro de Lula lamentam morte de Sebastião Salgado

<p><b>247 - </b>Durante encontro oficial com o presidente de Angola, João Lourenço, nesta sexta-feira (23), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou uma homenagem ao fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que faleceu nesta mesma data, aos 81 anos. Em declaração à imprensa, Lula pediu um minuto de silêncio em memória do artista e destacou a importância de sua obra para o mundo.</p>
<p>“Certamente, se não o maior, um dos maiores e melhores fotógrafos que o mundo já produziu”, afirmou o presidente. Em um gesto simbólico, Lula entregou a João Lourenço um presente que, segundo ele, já havia sido previamente selecionado pela equipe do cerimonial e pelo Itamaraty: uma fotografia de Sebastião Salgado.</p>
<p>“Minha chefe de cerimonial e o Itamaraty tinham preparado e vamos entregar para o João Lourenço como presente do Brasil exatamente uma fotografia do Sebastião Salgado”, declarou Lula. Em seguida, completou: “portanto, você vai receber uma fotografia de um fotógrafo muito, mas muito, muito especial que o planeta Terra produziu”.</p>
<p>A coincidência do presente com a data da morte de Salgado transformou a entrega em uma homenagem simbólica à trajetória do fotógrafo mineiro.</p>
<p>O presidente Lula também emitiu nota de pesar pelo falecimento de Sebastião Salgado: <i>me sinto profundamente triste com o falecimento de Sebastião Salgado, ocorrido na manhã desta sexta-feira.</i></p>
<p><i>Seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade.</i></p>
<p><i>Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração.</i></p>
<p><i>Por isso mesmo, sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade. E o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade. Aos seus amigos e familiares, deixo meu forte abraço.</i></p>

23.05.2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrega obra de Sebastião Salgado ao presidente da Angola, João Lourenço, em evento no Palácio do Itamaraty. Brasília - DF.

Lula e presidente de Angola prestam homenagem a Sebastião Selgado: "um dos maiores fotógrafos que o mundo já produziu"

<p><b>247 - </b>Morreu nesta sexta-feira (23), em Paris, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, aos 81 anos. Ele enfrentava complicações de uma malária contraída durante um de seus projetos documentais nos anos 1990. Reconhecido internacionalmente por seu compromisso com causas sociais e humanitárias, Salgado deixa um legado singular na fotografia mundial, marcado por sua capacidade de revelar a dignidade nas condições mais extremas da existência humana.</p>
<p><b>Um fotógrafo das humanidades - </b>Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 8 de fevereiro de 1944. Formado em economia, Salgado só se dedicaria integralmente à fotografia a partir dos anos 1970, após se mudar para a França. Foi em território francês que construiu sua base profissional, mas seu trabalho percorreu todos os continentes. Suas imagens denunciaram a pobreza, a migração forçada, o trabalho explorado e os efeitos da destruição ambiental, sempre com um olhar estético profundamente humanista.</p>
<p>Salgado se tornou referência mundial ao unir excelência técnica e sensibilidade política, com projetos autorais de grande fôlego. Trabalhou para agências prestigiadas como a Sygma, a Gamma e, especialmente, a Magnum Photos, onde ganhou notoriedade global.</p>
<p><b>Obras que atravessaram fronteiras - </b>Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries fotográficas <i>Trabalhadores</i> (1993), que documentou o esforço humano em várias partes do planeta; <i>Êxodos</i> (2000), um retrato dramático de populações deslocadas por guerras e crises econômicas; e <i>Gênesis</i> (2013), um registro das belezas naturais ainda preservadas no planeta, numa guinada ambientalista que dialogava com sua atuação no Instituto Terra — fundado por ele e por sua esposa, a arquiteta Lélia Wanick Salgado, para reflorestar áreas da Mata Atlântica em sua terra natal.</p>
<p>Com uma técnica primorosa em preto e branco, Salgado também se destacou por imprimir uma densidade emocional rara às cenas de sofrimento, resistindo ao sensacionalismo e à superficialidade. Seu trabalho inspirou gerações de fotógrafos e ativistas, sendo reconhecido com os mais importantes prêmios da fotografia e das artes, incluindo o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes, na Espanha.</p>
<p><b>Um testemunho do mundo e de si mesmo - </b>Além das exposições e livros, Salgado foi retratado no cinema. O documentário <i>O sal da terra</i> (2014), dirigido por Wim Wenders e por seu filho Juliano Ribeiro Salgado, ofereceu uma reflexão profunda sobre sua trajetória pessoal e artística, revelando também os momentos de crise e exaustão vividos pelo fotógrafo ao testemunhar tanto sofrimento.</p>
<p>Salgado não apenas fotografou o mundo; ele também foi transformado por ele. Vítima da malária enquanto documentava realidades extremas, resistiu ao adoecimento por décadas, mas viu sua saúde se agravar nos últimos anos.</p>
<p>Ele vivia em Paris, cidade onde consolidou sua carreira e onde faleceu nesta sexta-feira. O mundo da fotografia perde uma de suas vozes mais intensas, mas sua obra permanece como testemunho da dignidade, da luta e da beleza da humanidade.</p>

Quem era Sebastião Salgado, o maior fotógrafo brasileiro

<p><b>Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil</b></p>
<p>O fotógrafo Sebastião Salgado morreu hoje (23) aos 81 anos em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não governamental fundada pelo fotógrafo.</p>
<p>"Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora", diz o texto.</p>
<h2>Legado e fotojornalismo</h2>
<p>Autor de diversos ensaios fotográficos, livros e exposições fotográficas itinerantes, ele tinha como marca de seus trabalhos as imagens em preto e branco de registros de paisagens, animais e povos dos lugares visitados, em diversos continentes, por décadas.</p>
<p>Além das belezas da natureza, a estética em luz e sombras retratavam a cultura e tradições de povos originários; populações marginalizadas, a dignidade humana; a dor e a resiliência dos povos; as condições de trabalho, o desalojamento em massa de pessoas devido à pobreza, repressão ou guerras.</p>
<h2>Biografia</h2>
<p>Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em vila de Conceição do Capim, distrito do município de Aimoré (MG), no Vale do Rio Doce, em 1944. Mas vivia em Paris (FR), desde o fim da década de 1960. Em 1969, a partir do endurecimento do regime militar, ele e a esposa, Lélia Wanick Salgado, decidiram deixar o Brasil e se exilar na França.</p>
<p>De acordo com o portal Brasil Memória das Artes da Fundação Nacional de Artes (Funarte), antes de ser o fotógrafo contemporâneo, ele obteve o mestrado em economia pela Universidade de São Paulo, em 1968, e se tornou doutor pela Université de Paris, em 1971.</p>
<p>Sebastião Salgado trabalhou como secretário da Organização Internacional do Café, em Londres, entre 1971 e 1973, antes de retornar a Paris e passar a fotografar profissionalmente para a agência Sygma, em 1974.</p>
<p>Transferiu-se no ano seguinte para a agência Gamma, iniciando a documentação sobre as condições de vida dos camponeses e índios latino-americanos. Esse trabalho o tornaria mundialmente conhecido.</p>
<p>Em 1979, deixou a Gamma pela agência Magnum, que chegou a presidir e onde permaneceu até 1994. No mesmo ano, criou a Amazonas Imagens com sua esposa.</p>
<h2>Prêmios</h2>
<p>Entre os prêmios internacionais, Sebastião Salgado foi contemplado com o prêmio Eugene Smith (EUA), em 1982.</p>
<p>Também conquistou World Press (Holanda, 1985), o prêmio Oscar Barnack (Alemanha, 1985 e 1992), o prêmio Erna e Victor Hasselblad (Suécia, 1989), e o prêmio de Fotojornalismo do International Center of Photography (EUA, 1990).</p>
<p>Recebeu ainda diversas outras honrarias, sendo representante especial da Unicef e membro honorário da Academia das Artes e Ciências dos Estados Unidos.</p>
<p>É autor dos livros <i>Sahel: L’Homme en détresse</i> (1986); <i>Autres Amériques</i> (1986); <i>An Uncertain Grace</i> (1990);<i> Sebastião Salgado: As Melhores Fotos</i> (1992); <i>In Human Effort</i> (1993); <i>Workers</i> (1993); <i>La main de l’Homme</i> (1993); <i>Terra</i> (1997); <i>Serra Pelada</i> (1999); <i>Outras Américas</i> (1999); <i>Êxodos</i> (2000); <i>O Fim da Pólio</i> (2003); <i>O Berço da Desigualdade</i> (2005) e <i>África</i> (2007).</p>
<p>O filme <i>O Sal da Terra</i> acompanha o célebre fotógrafo e registra algumas de suas viagens.</p>
<p>Em agosto de 2023, a mostra <i>Trabalhadores</i> <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/exposicao-reune-150-fotografias-de-sebastiao-salgado-em-brasilia" target="_blank">expôs 150 fotografias de Sebastião Salgado</a>.</p>
<p>Em abril de 2023, 15 quadros produzidos pelo fotógrafo brasileiro, avaliados em quase R$ 1 milhão, <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-04/funai-reintegra-seu-patrimonio-obras-doadas-por-sebastiao-salgado" target="_blank">foram reincorporados ao patrimônio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)</a>.</p>

Morre o fotógrafo Sebastião Salgado, aos 81 anos

<p><b>247 - </b>O fotógrafo documental e fotojornalista brasileiro Sebastião Salgado celebrou a vitória da Escola de Samba Independente de Boa Vista e destacou a importância de retratar o MST e sua luta para o mundo, na defesa da Reforma Agrária e das causas sociais.</p>
<p>Na quarta-feira (26), a escola foi campeã do grupo especial do Carnaval de Vitória (ES) com o samba-enredo “Os Olhos do Mundo - Assombros de Sebastião Salgado”. Em uma das 19 alas, intitulada "Terra", foi enfatizada a conexão entre Sebastião Salgado e o Movimento Sem Terra.</p>
<p>A ala, composta por 40 militantes capixabas, representou a luta pela Reforma Agrária, inspirada na exposição "Terra", cujas imagens foram doadas pelo fotógrafo para a construção da Escola Nacional Florestan Fernandes.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/DGlEkYcRjBp/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"> <a href="https://www.instagram.com/reel/DGlEkYcRjBp/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"> <div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"> <div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"></div> <div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"> <div style=" background-color: #F4F4F4; 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font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"></div> <div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div> <div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"></div> <div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"></div> <div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"></div></div><div style="margin-left: 8px;"> <div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"></div> <div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; 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overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/DGlEkYcRjBp/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por G.R.C.E.S.E.S Independente de Boa Vista (@gresboavista)</a></p></div></blockquote> <script async src="//www.instagram.com/embed.js"></script></div>

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