247 - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apura indícios de nepotismo cruzado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) envolvendo a mulher e o filho do desembargador Sebastião de Moraes Filho. Marlene Prado de Moraes e Márcio Thadeu Prado de Moraes foram contratados em gabinetes de outros magistrados entre 2017 e 2024, mas não há registros de trabalho efetivo, segundo relatório da Corregedoria obtido pelo <a href="https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2025/03/28/cnj-nao-acha-provas-de-trabalho-de-mulher-e-filho-de-desembargador-empregados-no-tribunal-de-mt.htm">Estadão</a>.
O ministro Mauro Campbell, corregedor do CNJ, afirmou que os desembargadores Carlos Alberto Alves da Rocha e Dirceu dos Santos possivelmente alojaram os familiares de Moraes Filho em uma prática de "nepotismo cruzado". Dados do TJMT mostram que Márcio Thadeu realizou apenas 25 atos administrativos em cinco anos – todos pessoais –, enquanto Marlene teve apenas um registro no sistema.
O CNJ decidiu abrir processo disciplinar contra Moraes Filho e manteve seu afastamento cautelar. Também foram instauradas queixas contra os desembargadores Rocha e Santos, e o caso foi notificado à PGR. A defesa do magistrado nega irregularidades, mas os familiares não se manifestaram. O TJMT não comentou as acusações.

Camila França

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CNJ investiga suposto nepotismo cruzado em caso envolvendo família de desembargador de Mato Grosso

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