247 - Aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm demonstrado crescente insatisfação com a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em meio à delicada situação jurídica enfrentada pelo ex-presidente. Segundo Igor Gadelha, do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/aliados-de-bolsonaro-reclamam-de-inacao-de-tarcisio-no-stf">Metrópoles</a>, bolsonaristas vêm acusando o governador de “inação” por não atuar politicamente em favor de Bolsonaro junto aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ex-presidente é réu no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado.
A crítica dos aliados gira em torno da expectativa de que Tarcísio, por sua relação considerada próxima com parte da cúpula do STF, poderia atuar como interlocutor para amenizar a tensão envolvendo Bolsonaro e seus familiares. Um influente líder do grupo, que preferiu manter o anonimato, disse: “a inação do Tarcísio é ruim. Ele poderia ir no STF, conversar com os ministros, tranquilizar os filhos”.
O incômodo não se restringe à falta de ação. Nos bastidores, o desconforto com a conduta do governador tem alimentado movimentos em busca de um novo nome que possa se apresentar como uma alternativa viável a Bolsonaro na liderança do campo da direita e extrema-direita. Entre as possibilidades mencionadas, surge com força o nome do senador Rogério Marinho (PL-RN), atual líder da oposição no Senado Federal.
Marinho, ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, é visto por parte do grupo como alguém com disposição para assumir um protagonismo mais ativo diante do vácuo deixado por Tarcísio. A defesa de seu nome, ainda restrita às conversas reservadas, reflete a inquietação dos bolsonaristas com o que consideram uma falta de solidariedade prática do governador paulista ao ex-presidente, em um momento de intensa pressão judicial e política.
Essas movimentações indicam que a sucessão no comando simbólico da direita brasileira poderá ganhar novos contornos nos próximos meses, caso o silêncio de Tarcísio permaneça e as investigações contra Bolsonaro avancem no STF.

Guilherme Levorato

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Aliados de Bolsonaro veem Tarcísio abandoná-lo no Supremo

247 - Um grupo político próximo a Jair Bolsonaro (PL) tem articulado discretamente o nome do senador Rogério Marinho (PL-RN) como possível candidato à Presidência da República em 2026. A movimentação, revelada pelo<a href="https://oglobo.globo.com/blogs/bela-megale/especial/grupo-ligado-a-bolsonaro-trabalha-novo-nome-da-direita-como-alternativa-a-tarcisio-e-michelle-para-2026.ghtml"> O Globo, </a>ocorre nos bastidores e visa apresentar uma alternativa mais controlável politicamente a Bolsonaro, em meio à resistência de alguns aliados à candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).&nbsp;
Bolsonaro, atualmente inelegível, evita declarar publicamente qualquer preferência fora dos nomes já tradicionais de seu núcleo — Tarcísio e sua esposa, Michelle Bolsonaro. No entanto, interlocutores do PL afirmam que Rogério Marinho vem sendo defendido por um segmento que vê no senador uma figura mais obediente à liderança do ex-presidente e menos propensa a assumir autonomia caso eleito.
A estratégia leva em conta o fato de Marinho estar no meio de seu mandato no Senado, o que reduz os riscos políticos em caso de derrota. Essa segurança jurídica e política é vista como uma vantagem diante de possíveis movimentações futuras.
Mesmo assim, setores próximos a Bolsonaro e integrantes de sua família avaliam que, hoje, não há espaço para ampliar o leque de nomes com potencial competitivo. Tarcísio e Michelle são os únicos testados com regularidade nas pesquisas internas do PL — ao lado do próprio Bolsonaro, apesar de sua inelegibilidade.
O movimento em torno de Marinho também expõe disputas internas no campo bolsonarista. Parte da base considera que Tarcísio, embora bem avaliado, possui ambições próprias e um perfil mais técnico, o que dificultaria uma relação subordinada ao ex-presidente. Michelle, por sua vez, é vista como figura simbólica e popular, mas ainda sem bagagem política suficiente para uma campanha presidencial robusta.
Enquanto isso, Bolsonaro mantém uma postura ambígua. Não demonstra, publicamente, intenção de endossar novos nomes, mas também não fecha as portas para alternativas — desde que elas se mantenham sob sua influência.

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