247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, instaurada no Senado no fim de 2024, decidiu ampliar o escopo de investigação e convocou novos influenciadores digitais e artistas para esclarecer a relação entre o mercado das apostas on-line e a promoção feita por celebridades, informa o <a href="https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2025/05/cpi-das-bets-mira-novos-influenciadores-apos-convocacao-de-virginia-e-rico-veja-quem-sao.shtml">F5</a>.
A convocação de Virginia Fonseca e Rico Melquiades foi apenas o primeiro passo da CPI, que agora volta os olhos para figuras como Gusttavo Lima, Gkay, Tirulipa e Wesley Safadão. A comissão busca compreender de que forma campanhas publicitárias feitas por esses nomes têm impactado o comportamento do público e se há indícios de ilegalidade ou publicidade enganosa nas promoções de sites de apostas.
Embora o calendário das próximas oitivas ainda não tenha sido tornado público, já se sabe que 18 personalidades foram chamadas, seja na condição de investigados, testemunhas ou apenas convidados.
Influenciadores sob suspeita - Entre os que estão sendo investigados formalmente, destacam-se Gusttavo Lima e Wesley Safadão. Segundo a senadora Soraya Thronicke (Podemos-RS), autora dos pedidos de convocação, há suspeitas de que ambos tenham atuado como garotos-propaganda de empresas banidas pelo governo.
No caso de Tirulipa, a suspeita vai além da publicidade: sua residência foi alvo de uma operação de busca e apreensão em 2022 por possíveis ligações com empresas envolvidas em crimes financeiros. Gkay e Jojo Toddynho também entraram no radar da CPI, ambas acusadas de promover casas de apostas investigadas judicialmente.
Outro nome de peso é Jon Vlogs, influenciador que, de acordo com os parlamentares, seria proprietário de uma plataforma de apostas e teria liderado campanhas agressivas para expandir sua base de usuários. Já Pâmela Drudi é suspeita de atuar como embaixadora de uma dessas empresas, enquanto Kaká Diniz, marido de Simone Mendes e empresário de diversos influenciadores, teria papel estratégico na articulação de contratos publicitários com o setor.
Felipe Prior, ex-BBB, também foi convocado. Seu contrato com uma empresa de apostas levantou alertas, pois indicaria a possibilidade de lucros proporcionais às perdas dos usuários. Tal prática, caso comprovada, pode configurar manipulação e abuso contra consumidores.
A lista inclui ainda nomes com relação próxima à influenciadora Deolane Bezerra. A mãe da advogada, Solange Bezerra, e seu filho, Chefinho, também estão entre os chamados. Solange chegou a ser presa anteriormente com a filha em outra operação, e a CPI quer saber qual seria a extensão da participação dos familiares nas promoções de sites suspeitos.
Rodrigo Mussi, também ex-participante do Big Brother Brasil, aparece na investigação por suposta associação a uma plataforma sob investigação por lavagem de dinheiro e manipulação de resultados esportivos.
Testemunhas e convidados - Já os influenciadores Viih Tube e Eliezer foram convocados na condição de testemunhas. A CPI pretende entender se suas postagens contribuíram para a popularização de apostas e, eventualmente, para a naturalização de práticas duvidosas no ambiente digital.
Dois outros nomes, Felipe Neto e Mayk Santos, foram apenas convidados, o que significa que não têm obrigação de comparecer. Em 2023, Felipe Neto chegou a reconhecer publicamente que sua parceria com uma casa de apostas “foi um dos maiores erros da carreira”.

Guilherme Levorato

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Mídia

CPI das Bets mira mais celebridades e amplia cerco a influenciadores digitais

247 – A CPI das Bets, relatada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), está considerando incluir no relatório final um pedido de indiciamento de influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca, por promoverem sites de apostas sem a devida transparência. A informação é da agência Estado de S. Paulo.
Parlamentares apontam que as publicações de divulgação não estão sendo claramente identificadas como publicidades, o que poderia configurar uma infração ao Código de Defesa do Consumidor.
Apesar da intenção de incluir os influenciadores no relatório, a análise do texto pode não ocorrer, já que a CPI tem enfrentado sessões marcadas por falta de quórum, em um movimento ligado a senadores da "bancada das bets".
Nesta quarta-feira (14), o influenciador Rico Melquíades, vencedor do programa A Fazenda em 2021, foi ouvido pelos senadores. Ele é investigado pela Operação Game Over, da Polícia Civil de Alagoas, e, assim como Virgínia Fonseca, argumentou que apenas firma contratos de publicidade com empresas de apostas porque a legislação permite.
"Se eu divulgo hoje, é porque o Congresso aprovou. Então, acho que esse pensamento (sobre os impactos das bets na sociedade) deveria vir de vocês também. Eu estou fazendo o meu trabalho. Eu não obrigo ninguém a jogar", afirmou o influenciador.

Bianca Penteado

Brasil

CPI das Bets quer indiciar influenciadores

247 - Durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, nesta quarta-feira (14), o influenciador Rico Melquiades declarou não ter tido “envolvimento direto” com casas de apostas consideradas irregulares, informa o <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/05/14/investigado-por-promover-jogos-ilegais-influencer-rico-melquiades-chega-a-cpi-das-bets-para-depor.ghtml">g1</a>. Embora tenha reconhecido a existência de contratos publicitários com essas plataformas, ele negou qualquer relação mais próxima com as empresas investigadas.
“Gostaria de agradecer a chance de estar aqui hoje e me explicar à CPI. Fui chamado pela Operação Game Over 2, que está investigando influenciadores. Desde já, preciso deixar claro que tudo que corre nesta investigação tramita sob sigilo judicial. Isso não tem nada a ver com a falta de vontade de colaborar ou esconder informações desta comissão. É uma questão legal. Nunca tive envolvimento direto com as empresas, além dos contratos de publicidade”, declarou Melquiades à comissão.
O influenciador digital, que soma mais de dez milhões de seguidores nas redes sociais, se apresenta como embaixador de uma casa de apostas que opera no Brasil sob força de uma liminar, mas que não possui autorização do Ministério da Fazenda. Ele compareceu ao Senado como testemunha, tendo chegado ao local por volta das 10h30; seu depoimento teve início às 11h55.
Investigação e operação da Polícia Civil de Alagoas - A Polícia Civil de Alagoas investiga a possível atuação de Rico Melquiades como incentivador de apostas ilegais junto ao seu público. Em janeiro deste ano, ele foi alvo da Operação Game Over 2, quando teve bens apreendidos e contas bloqueadas. A CPI busca esclarecer se os influenciadores digitais recebiam bônus com base nas perdas dos apostadores, uma prática apelidada nos bastidores como “cláusula da desgraça alheia”.
No dia anterior ao depoimento de Melquiades, a influenciadora Virginia Fonseca também prestou esclarecimentos ao colegiado. Ela negou a existência dessa cláusula específica, mas admitiu ter recebido um bônus contratual vinculado ao desempenho financeiro da casa de apostas.
Direito ao silêncio e proteção judicial - Assim como Virginia, Rico Melquiades estava amparado por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garantiu o direito ao silêncio em casos que pudessem levá-lo à autoincriminação. A prerrogativa é comum em situações nas quais a pessoa ouvida ainda é alvo de apuração judicial.
Objetivos da CPI das Bets e prazo para conclusão - Instalada no Senado, a CPI das Bets tem como foco a investigação da atuação de influenciadores digitais no estímulo a jogos de azar online — especialmente os que operam de forma clandestina. A relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), considera os depoimentos das figuras públicas “essenciais” para compreender a estratégia de comunicação utilizada pelas casas de apostas para atrair jogadores.
Além das questões legais, a comissão também discute eventuais conflitos éticos e a necessidade de uma regulamentação mais rígida sobre a publicidade desse tipo de serviço em redes sociais. A CPI tem até o mês de junho para concluir seus trabalhos e apresentar um relatório final.

Brasília

Rico Melquiades depõe à CPI das Bets e nega vínculo direto com apostas ilegais

247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação de plataformas de apostas online no Senado Federal avança para sua etapa final ouvindo celebridades da internet. Após o depoimento da influenciadora Virginia Fonseca nesta terça-feira (13), os senadores interrogam o ex-participante e campeão do reality show "A Fazenda", Rico Melquiades, nesta quarta-feira (14), informa o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/apos-virginia-cpi-das-bets-ouve-campeao-de-a-fazenda-alvo-da-policia">Metrópoles</a>.
Embora esteja na mira das autoridades desde o início do ano, Rico é ouvido como testemunha. A convocação dele se dá meses após o influenciador ser alvo da operação Game Over 2, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas. A ofensiva investigava a prática de jogos de azar em plataformas online operando ilegalmente. Pouco depois, Rico firmou um acordo de não persecução penal com a Justiça alagoana, reconhecendo os crimes apontados na investigação.
Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Rico Melquiades terá o direito de se manter em silêncio durante a sessão sempre que entender que uma resposta pode incriminá-lo.
Virginia fala, Rico pode silenciar - Em contraste com o depoimento de Rico, que deve ser marcado por cautela, a audiência com Virginia Fonseca atraiu holofotes e teve momentos de destaque. A empresária e influenciadora digital compareceu ao Senado na condição de testemunha e respondeu à maioria das perguntas dos parlamentares, mesmo tendo obtido no STF o direito de permanecer calada quando julgasse necessário.
Durante a oitiva, Virginia foi questionada sobre contratos com casas de apostas e os possíveis impactos da promoção desses serviços em sua base de seguidores, que ultrapassa os 53 milhões apenas no Instagram. A convocação foi proposta pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), e aprovada em dezembro de 2024.
A senadora busca ampliar o alcance da CPI das Bets e informou que pretende acionar o STF para estender o prazo dos trabalhos, que foi limitado a 45 dias. O argumento é de que as oitivas com influenciadores abrem uma nova linha de investigação que exige tempo adicional.
Apelo midiático e pressão por resultados - A presença de nomes populares nas redes sociais tem ampliado o alcance da CPI junto à opinião pública, mas também coloca em evidência a complexidade da relação entre marketing digital e plataformas de apostas. Ao convocar figuras de grande influência entre os jovens, os senadores esperam demonstrar como campanhas publicitárias envolvendo apostas podem afetar o comportamento do público consumidor, inclusive no que diz respeito ao vício em jogos de azar.
A comissão corre contra o tempo para concluir os trabalhos e apresentar um relatório que proponha medidas efetivas de regulação sobre o setor. A pressão pelo prolongamento das atividades é vista como uma tentativa de aprofundar o alcance das investigações, especialmente em relação aos vínculos comerciais entre influenciadores e empresas envolvidas em denúncias.

Após Virgínia Fonseca, CPI das Bets interroga Rico Melquiades

247 - A manhã de quarta-feira (15) foi marcada por mais uma ação da Polícia Civil no combate aos jogos de azar online irregulares. A operação, batizada de Game Over 2, surpreendeu influenciadores digitais, com destaque para Rico Melquiades, que teve sua residência invadida pelos oficiais por volta das 5h30. O portal LeoDias confirmou que, além da busca e apreensão realizada na casa do ex-participante de A Fazenda 13, o influenciador também teve suas contas bancárias bloqueadas em Alagoas. A operação, que visa desmantelar esquemas de jogos de azar promovidos de forma ilegal, está focada em influenciadores de Maceió, Penedo e Arapiraca, mas ainda não há informações sobre a quantidade de mandados expedidos.
De acordo com as investigações, os alvos principais da operação são envolvidos na promoção de plataformas de jogos ilegais, como o popular "Jogo do Aviãozinho", apresentado pela empresa Blaze. O jogo, que tem gerado polêmica entre influenciadores e apostadores, já foi alvo de matérias investigativas, como uma exibida pelo programa Fantástico, que detalhou a prática do jogo no estado de São Paulo.
Em sua defesa, Rico Melquiades se manifestou sobre as acusações de estar incentivando o vício e causando prejuízos financeiros aos seus seguidores. "Desde que o mundo é mundo, existe jogo. Eu não fui a primeira pessoa, nem serei a última pessoa a divulgar jogo, a falar sobre jogo, o que mais tem no Brasil e no mundo afora são jogos", afirmou o influenciador, minimizando as acusações de induzir seus seguidores ao comportamento de risco. No entanto, a legalidade da divulgação de tais jogos no Brasil está sendo questionada, já que essas práticas não são permitidas no país e podem resultar em punições severas, tanto para os responsáveis pelas plataformas quanto para os influenciadores que promovem os jogos.
Além de Melquiades, outros influenciadores têm sido investigados por promoverem jogos de azar, cuja divulgação é ilegal no Brasil. A operação Game Over 2 reflete um esforço das autoridades em endurecer o combate a essa prática, que tem gerado crescente preocupação quanto aos impactos financeiros e psicológicos sobre os envolvidos.

Redação Brasil 247

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