247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs nesta sexta-feira (1º) a realização de um referendo popular como forma de resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia. Durante uma entrevista ao canal de televisão francês TF1, Lula argumentou que o mecanismo seria uma abordagem mais democrática para definir a quem pertence os territórios em disputa.&nbsp;
"A Rússia diz que o território que ela está ocupando [na Ucrânia] é russo. A Ucrânia diz que é deles. Em vez de guerra, por que não se faz um referendo para saber com quem o povo quer ficar? Seria mais simples, mais democrático. Vamos consultar o povo e deixar o povo decidir se quer ficar com um ou com o outro", afirmou o presidente.
Questionado sobre a possibilidade de o conflito entre as duas nações ser discutido no encontro do G20, que ocorrerá neste mês no Rio de Janeiro, Lula afirmou que esse não seria o espaço apropriado.
"Nós não convidamos o Zelensky [presidente da Ucrânia] para participar [do G20] e o Putin não vai participar. Nós não achamos que o fórum do G20 será o espaço para discutir a guerra entre os dois países. Acho que o companheiro Putin e o companheiro Zelensky não virão a esse encontro e acho que seria importante porque queremos discutir outras coisas. Não [queremos] transformar o G20 sobre a guerra, seja Israel ou Ucrânia", argumentou.
O presidente também citou a proposta de paz apresentada pelo Brasil e pela China e defendeu um papel mais ativo da ONU na mediação do conflito.&nbsp;
"Nem o Zelensky nem o Putin querem sentar [para conversar sobre a paz]. Alguém tem que tomar a iniciativa [de puxar um diálogo sobre a paz entre Rússia e Ucrânia], eu acho que a ONU devia tomar a iniciativa. Está faltando interlocução, está faltando pessoas com credibilidade para serem ouvidas. O Brasil está dizendo em alto e bom som que nós não queremos participar do conflito. Na hora que houver vontade de as pessoas conversarem, nós [Brasil] estaremos dispostos a sentar à mesa para ver se encontramos uma solução pacífica", afirmou. “Precisamos de pessoas dispostas a conversar e dialogar para encontrar soluções para os problemas do mundo. Seja no Iêmen, no Irã, no Sudão, em Israel, no Líbano, na Rússia ou na Ucrânia, devemos ter a capacidade de dialogar”.

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Lula propõe referendo para pôr fim à guerra na Ucrânia

247 - Neste domingo (6), eleitores de cinco dos 5.565 municípios brasileiros irão às urnas não só para escolher seus novos prefeitos e vereadores, mas também para opinar sobre questões importantes para suas cidades, por meio de consultas populares. Em cidades como Belo Horizonte (MG), São Luís (MA) e outras, a população será chamada a votar em plebiscitos e referendos que envolvem desde a adoção do passe livre estudantil até a mudança de nome e bandeira dos municípios. Essas consultas podem assumir a forma de plebiscito, quando a população é consultada antes da aprovação de uma lei, ou de referendo, quando a população decide se confirma ou rejeita uma legislação já aprovada, explica o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/eleicoes-2024/noticia/2024/10/06/nova-bandeira-em-bh-passe-livre-e-mudancas-de-nome-as-cidades-que-escolherao-mais-do-que-prefeitos-e-vereadores.ghtml">O Globo</a>.
Um dos casos de maior destaque é o referendo em Belo Horizonte, onde os eleitores decidirão se aprovam ou não a nova bandeira da cidade, que foi aprovada no ano passado pelos vereadores da capital mineira. A bandeira proposta já causou discussões, tanto entre parlamentares quanto entre a população, que agora terá a oportunidade de tomar a decisão final sobre a alteração.
Outras quatro consultas, em diferentes municípios, serão feitas por plebiscito, ou seja, a população opinará sobre temas que, se aprovados, ainda serão debatidos nas câmaras de vereadores. Em São Luís, no Maranhão, por exemplo, os eleitores decidirão se a cidade deve adotar o passe livre estudantil. Se a maioria votar a favor, o tema será discutido pelos parlamentares no próximo ano.
No Maranhão, os cidadãos de Governador Edison Lobão também terão a chance de votar sobre a possível mudança do nome do município para Ribeirãozinho do Maranhão. A cidade carrega o nome do ex-governador, que governou o estado na década de 1990. Em Roraima, São Luiz enfrenta um debate semelhante. A cidade poderá ser renomeada para São Luiz do Anauá.
Por fim, no Rio Grande do Sul, os eleitores de Dois Lajeados decidirão se o município deve construir um novo centro administrativo na área do Parque Municipal de Eventos João de Pizzol.&nbsp;

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BH e mais quatro cidades escolherão mais que prefeitos e vereadores neste domingo

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