Reuters - As baterias dos walkie-talkies usados pelo grupo armado libanês Hezbollah, que explodiram nesta semana, estavam impregnadas com um composto altamente explosivo conhecido como PETN, informou uma fonte libanesa familiarizada com os componentes do dispositivo à Reuters. &nbsp;
A forma como o material explosivo foi integrado ao pacote de baterias tornou extremamente difícil sua detecção, disse a fonte. &nbsp;
Centenas de walkie-talkies usados pelo grupo explodiram na quarta-feira, um dia após milhares de pagers do Hezbollah terem detonado em redutos do grupo no Líbano. &nbsp;
Imagens dos walkie-talkies que explodiram mostravam etiquetas com a inscrição "ICOM" e "feito no Japão". A Icom (6820.T) afirmou que interrompeu a produção dos modelos de rádio identificados no ataque há uma década, e que a maioria dos que ainda estão à venda são falsificados. &nbsp;
Yoshiki Enomoto, gerente geral da divisão de segurança e comércio da Icom, disse à Reuters que era possível que um dispositivo Icom mais antigo tivesse sido modificado para fabricar uma bomba. &nbsp;
Seria difícil inserir um dispositivo explosivo no compartimento principal do walkie-talkie, pois sua eletrônica é densamente compactada, portanto, era mais provável que estivesse no pacote de baterias destacável, disse Enomoto à emissora japonesa Fuji TV. &nbsp;
A fonte libanesa afirmou que explosões ocorreram mesmo em casos em que o pacote de baterias estava separado do restante do dispositivo. &nbsp;
Uma fonte de segurança libanesa havia dito anteriormente à Reuters que os pagers haviam sido implantados com explosivos difíceis de detectar. Outra fonte de segurança disse à Reuters que até três gramas (0,11 onça) de explosivos haviam sido escondidos nos novos pagers, aparentemente meses antes das explosões.

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