<p><b>247 – </b>O jornalista <b>Pepe Escobar</b> publicou no YouTube o vídeo <i>“Direto de Kashgar, exclusivo: o boom econômico do Oeste da China”</i> (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=ERWUr-g7gWk" target="_new">assista aqui</a>), no qual descreve a transformação econômica e geopolítica da região de Xinjiang. Gravado em Kashgar, cidade histórica da Rota da Seda, o registro coincidiu com o <b>Dia Nacional da China</b>, em 1º de outubro, e mostra como o oeste do país se consolidou como um dos polos de crescimento mais dinâmicos.</p>
<p>Segundo Escobar, Kashgar é hoje um <b>entroncamento fundamental das Novas Rotas da Seda</b>, especialmente pelo <b>Corredor Econômico China-Paquistão</b>, um dos projetos mais estratégicos da iniciativa Belt and Road. “Cashgar é esse nó fundamental das antigas rotas da seda”, destacou o jornalista, lembrando que dali parte a ligação terrestre até o porto de Gwadar, no Paquistão, conectando a China ao mar da Arábia.</p>
<h2>A importância estratégica de Kashgar</h2>
<p>Escobar explica que Kashgar, que há 25 anos era uma pequena cidade com pouco mais de 200 mil habitantes, transformou-se em um centro urbano com mais de <b>4 milhões de pessoas</b>. Hoje, a cidade combina preservação histórica com intensa modernização, abrigando novas torres empresariais, hotéis e um comércio movimentado, especialmente durante a chamada <b>“semana dourada”</b>, quando milhões de turistas chineses viajam pelo país.</p>
<p>A <b>rodovia Caracórum</b>, que liga a China ao Paquistão, é citada como um exemplo de obra de importância estratégica e de beleza única: “uma das paisagens mais deslumbrantes do planeta inteiro”, disse Escobar, apesar do tráfego intenso de caminhões e ônibus.</p>
<h2>Boom econômico em Xinjiang</h2>
<p>O jornalista destacou que Xinjiang cresce a taxas acima da média nacional. Enquanto a economia chinesa avança em torno de <b>5% ao ano</b>, a província tem registrado expansão de <b>8% a 8,5%</b>. Essa evolução se reflete na instalação de novos parques industriais, no aumento do comércio transfronteiriço e em investimentos em setores como energia solar, veículos elétricos e tecnologia da informação.</p>
<p>Um exemplo citado é a indústria do <b>jade</b>, que vai da mineração ao acabamento de peças sofisticadas. “Eles pegaram trabalhadores locais, mandaram para centros de tratamento de jade no Japão e na Alemanha. Eles voltaram e agora são uma referência praticamente mundial”, explicou.</p>
<h2>O contraste com o Ocidente</h2>
<p>Em sua análise geopolítica, Escobar ressalta o <b>abismo entre o dinamismo chinês e a crise do Ocidente</b>. Ele observa que a classe média chinesa viaja em massa por Xinjiang, usufruindo de infraestrutura moderna, hotéis de qualidade a preços acessíveis e segurança eficiente, enquanto Europa e Estados Unidos mergulham em políticas de medo e militarização.</p>
<p>“O Ocidente está afundando num estado de suicídio avançado”, afirmou, contrapondo a “psicose de guerra da OTAN” ao foco chinês em prosperidade, educação e bem-estar social.</p>
<h2>Além dos estereótipos sobre Xinjiang</h2>
<p>Outro ponto enfatizado é a vivência em Xinjiang ao lado de uigures locais, o que permitiu a Escobar conhecer a realidade longe dos clichês difundidos pela mídia ocidental. Ele destaca a preservação arquitetônica em Kashgar, onde o governo oferece subsídios para que proprietários mantenham suas casas históricas.</p>
<p>“Você sendo proprietário de uma das casas antigas na cidade antiga, você não só podia manter a sua casa, como o governo deu um subsídio para você renovar e manter a casa”, relatou.</p>
<p>A análise de Pepe Escobar mostra Xinjiang como um <b>laboratório do futuro da China</b>: integração regional, crescimento acelerado, turismo de massa e investimentos tecnológicos. Mais do que relatar paisagens e tradições milenares, o jornalista chama atenção para o contraste entre o otimismo chinês e o declínio estratégico do Ocidente.</p>
<p>“É a classe média chinesa inteira, próspera e abastada, descobrindo o oeste da China”, resume Escobar. Assista:</p>
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Redação Brasil 247

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Sul Global

Pepe Escobar detalha o desenvolvimento do Xinjiang e das rotas da seda

<p><b>247 –</b> O analista geopolítico Pepe Escobar divulgou seu novo Pepe Café diretamente do Xinjiang, no vídeo <b>“Xinjiang exclusivo: na Rota da Seda no Oeste da China”</b> (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=PZq_KJ8piuc" target="_new">assista aqui</a>). O material traz um relato em primeira pessoa sobre a viagem realizada pelo deserto de Taclamacã, na região de Xinjiang, destacando tanto o valor histórico da antiga Rota da Seda quanto as implicações geopolíticas e econômicas das novas rotas da conectividade chinesa.</p>
<p>Logo no início, Escobar define a experiência como “a viagem de todas as viagens”, ao cruzar de norte a sul o Taclamacã, um dos desertos mais inóspitos do planeta. “Você pode entrar, mas não consegue sair”, lembrou ele sobre o significado da palavra em uigur.</p>
<h2>Do cânion de Aksu à travessia do deserto</h2>
<p>O jornalista descreve o ponto de partida: a cidade-oásis de Kucha, próxima a Aksu, local historicamente central na Rota da Seda. Ele explica que a travessia pelo Taclamacã hoje é possível graças às modernas autoestradas construídas pela China, protegidas por um sistema engenhoso de irrigação e plantio de vegetação nas laterais para conter o avanço das dunas.</p>
<blockquote>&nbsp;“Essa estrada tem mais ou menos 450 km através do deserto, com um sistema absolutamente extraordinário para impedir o avanço da areia”, destacou Escobar.</blockquote>
<p>Além da paisagem desértica, a viagem incluiu visitas a sítios arqueológicos e culturais como as grutas budistas de Turfan e Dunhuang, bem como conversas com estudiosos chineses sobre a herança milenar da região.</p>
<h2>A importância geopolítica de Xinjiang</h2>
<p>Pepe Escobar contextualiza a jornada dentro de um cenário maior: o papel estratégico de Xinjiang como elo entre a China e a Ásia Central, especialmente após a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai. Segundo ele, o momento é simbólico, pois coincide com os 70 anos da integração da região à República Popular da China.</p>
<blockquote>&nbsp;“Essa é uma viagem fundamental que está entrecruzada com os 70 anos de Xinjiang como parte integrante da República Popular da China”, afirmou.</blockquote>
<p>Ele também ressaltou o peso econômico da região, mencionando a produção de algodão e as sanções impostas pelos Estados Unidos e Europa, que impactam diretamente as exportações locais. Apesar das restrições, os produtos seguem abastecendo países do Sul Global.</p>
<h2>As novas rotas da seda e a conectividade</h2>
<p>Outro ponto central do documentário é a conexão entre as antigas e as novas rotas da seda. Escobar sublinha que o comércio atual, realizado por trens de carga de Urumqi até a Europa, repete em essência a lógica de intercâmbio da época das dinastias Han e Tang.</p>
<blockquote>&nbsp;“O documentário vai falar dos corredores de conectividade, das novas rotas da seda, da qualidade das estradas, dos trens, dos hotéis. Tudo é eficiente, moderno, e funciona”, destacou.</blockquote>
<p>Ele afirma ainda que não há diferença no tratamento entre estrangeiros e chineses nos controles de viagem, classificando a atmosfera local como tranquila e distante de qualquer visão “opressiva” divulgada no Ocidente.</p>
<h2>Um mergulho cultural e histórico</h2>
<p>O documentário também explora aspectos culturais da região, incluindo a forte presença da tradição uigur na arquitetura, na culinária e na vida cotidiana. Para Escobar, a experiência oferece uma rara oportunidade de observar Xinjiang “por dentro”, em contraste com a imagem fragmentada transmitida fora da China.</p>
<blockquote>&nbsp;“É mostrar a China real por dentro, que o Ocidente praticamente não conhece. E vocês, no Brasil, poderão ter uma ideia com as imagens, as palavras e as conversas que vamos apresentar”, concluiu o jornalista.</blockquote>
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On the road: Pepe Escobar faz a travessia pelo deserto de Taclamacã num encontro entre história e geopolítica

<p><b>247 – </b>O jornalista Pepe Escobar afirmou, em seu programa <b>Pepe Café</b>, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, representou o BRICS durante a reunião de 150 minutos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Alasca. Segundo Escobar, o encontro foi um divisor de águas no cenário geopolítico global e pode abrir caminho para um redesenho das relações estratégicas entre Moscou e Washington.</p>
<p>“Putin estava representando os BRICS no Alasca. Mudou o paradigma. Os russos vão continuar desmilitarizando a OTAN”, afirmou Escobar logo no início de sua análise. O jornalista destacou ainda que a Rússia levou ao encontro uma delegação de alto nível, considerada por ele como um verdadeiro “Dream Team”, incluindo o chanceler Sergei Lavrov, o ministro da Defesa, o ministro das Finanças e outros assessores próximos ao Kremlin.</p>
<h2>União Europeia tratada como “aluninhos” em Washington</h2>
<p>Escobar também analisou os desdobramentos após o encontro no Alasca, quando líderes da União Europeia foram recebidos por Trump na Casa Branca. Para ele, a cena revelou a subordinação política do bloco a Washington.</p>
<p>“O mestre circense do império do caos passando a reprimenda dizendo: ‘Cala a boca, vocês vão fazer o que eu vou mandar daqui pra frente’”, ironizou Escobar, descrevendo a postura dos líderes europeus como “sete anões voadores” que se comportaram como estudantes diante de um diretor.</p>
<h2>Linhas vermelhas da Rússia e o impasse ucraniano</h2>
<p>Embora os principais acordos entre Putin e Trump permaneçam secretos, Escobar destacou que ficou claro aos norte-americanos que não será possível chegar a uma solução para a guerra na Ucrânia sem respeitar as condições impostas pela Rússia.</p>
<p>“Trump finalmente percebeu que não vai haver nenhum tipo de evolução levando a uma possível resolução da tragédia ucraniana sem respeitar as linhas vermelhas russas”, disse Escobar. Entre essas condições, estão a neutralidade da Ucrânia e sua exclusão definitiva da OTAN.</p>
<p>Para o jornalista, a pressão contra qualquer avanço nesse sentido será enorme, partindo do chamado “deep state” norte-americano, de democratas e republicanos antagônicos a Trump, além do complexo industrial-militar.</p>
<h2>BRICS e o Sul Global ganham espaço</h2>
<p>Outro ponto ressaltado por Escobar foi o papel de Putin como interlocutor dos BRICS. Ele lembrou que, após o encontro, o presidente russo manteve conversas com outros líderes do bloco, incluindo o presidente Lula.</p>
<p>“Isso é extremamente importante, porque é como se ele tivesse conseguido uma pequena janela de respiração para os BRICS, já que Trump suspendeu sanções extras e tarifas contra países do grupo”, explicou.</p>
<h2>Guerra prolongada</h2>
<p>Apesar da relevância do encontro, Escobar afirmou que a guerra na Ucrânia está longe de acabar. Segundo ele, a Rússia seguirá enfraquecendo militarmente a OTAN.</p>
<p>“O processo de desmilitarização da Ucrânia e da OTAN vai continuar, porque os russos vão continuar desmilitarizando a OTAN no ritmo atual e talvez ainda mais acelerado”, concluiu. Assista:</p>
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Vladimir Putin e Donald Trump - 15 de agosto de 2025

Ideias

Putin representou o BRICS no encontro com Trump no Alasca, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>Em nova edição do <i>Pepe Café</i>, publicada no YouTube, o jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar relata diretamente de Moscou os desdobramentos de um dos momentos mais graves desde o início da guerra na Ucrânia: o ataque com drones contra bombardeiros estratégicos TU-95, que integram a tríade nuclear da Rússia. Escobar revela que o episódio gerou uma reação silenciosa, porém intensa, por parte do Kremlin. Segundo ele, os ataques são vistos pelas autoridades russas como o “embrião de uma declaração de guerra” promovida pelo Ocidente, com protagonismo de Estados Unidos e Reino Unido.</p>
<p>“Isso foi essencialmente uma operação da OTAN”, afirma Escobar, que relata ter se reunido em Moscou com fontes da alta inteligência russa e discutido o assunto com o diplomata britânico Alastair Crooke. O ataque, segundo ele, rompeu um protocolo histórico do tratado New START, que previa a exposição de bombardeiros nucleares a céu aberto como forma de garantir a verificação mútua entre potências atômicas.</p>
<p><b>Ataque coordenado e o papel de CIA, MI6 e Kiev</b></p>
<p>O analista aponta que, embora a execução tenha sido ucraniana, o planejamento e a autorização da operação teriam envolvido diretamente setores da CIA e do MI6 — as agências de inteligência dos EUA e do Reino Unido. Ele levanta ainda a possibilidade de inspiração em operações do Mossad. A dúvida central entre os formuladores de política em Moscou seria sobre quais facções — formais ou não — autorizaram o ataque e se o presidente dos EUA, Donald Trump, tinha conhecimento prévio da operação.</p>
<p>“A dúvida mais crítica em Moscou hoje é: Trump sabia? Ou foi mantido à margem, como parte de uma estratégia de negação plausível?”, questiona Escobar. Ele menciona que, após o ataque, o senador Marco Rubio teria telefonado para Sergei Lavrov para apresentar condolências — sem mencionar os bombardeiros atingidos.</p>
<p><b>Ruptura do tratado New START e o colapso do equilíbrio nuclear</b></p>
<p>Para Escobar, o aspecto mais alarmante do ataque está na quebra deliberada de um equilíbrio que perdurava desde a Guerra Fria. O tratado New START, que previa o monitoramento mútuo de armamentos nucleares estratégicos, foi efetivamente inviabilizado.</p>
<p>“A operação destruiu um equilíbrio que durou durante a Guerra Fria e o pós-Guerra Fria. O New START está morto”, afirma. Segundo o jornalista, o ataque mostrou que uma simples enxurrada de drones — mesmo operada por terceiros — pode atingir ativos nucleares de uma superpotência, o que transforma completamente o cenário de segurança internacional.</p>
<p><b>O “kabuki” de Istambul e a expectativa pela resposta russa</b></p>
<p>Enquanto o mundo se fixava nas imagens do ataque e na cobertura da mídia ocidental, um encontro diplomático ocorrido em Istambul — segundo Escobar — serviu apenas como “diversionismo”, sem tratar das causas profundas do conflito. “Não aconteceu nada importante em Istambul, apenas troca de prisioneiros e cadáveres”, resume.</p>
<p>O analista relata que há dois consensos entre os formuladores de política e inteligência em Moscou. O primeiro, popular, defende uma resposta massiva com mísseis. O segundo, mais estratégico, exige apuração minuciosa e resposta proporcional, sem precipitar uma guerra nuclear. “A investigação é 24 horas sobre 24. Eles querem determinar com precisão a cadeia de comando.”</p>
<p><b>O dilema russo: retaliar sem provocar a Terceira Guerra Mundial</b></p>
<p>Escobar destaca que o maior desafio para o Kremlin é calibrar uma resposta devastadora sem cair na armadilha de uma escalada nuclear, desejada por setores radicais do Ocidente. “Como lidar com todos esses cães raivosos sem provocar a terceira guerra mundial é o dilema russo por excelência.”</p>
<p>Mesmo reconhecendo que o ataque foi doloroso, ele enfatiza que a perda material foi limitada e a Rússia se prepara para responder no campo de batalha, não em negociações simbólicas. “A operação militar especial vai continuar. Isso vai ser resolvido no terreno”, afirma.</p>
<p><b>Conclusão: entre o silêncio e o Big Hit</b></p>
<p>Para Escobar, o silêncio do Kremlin é o prenúncio de uma resposta planejada e meticulosa. O “Big Hit” — a grande retaliação — poderá ocorrer a qualquer momento, com o objetivo de deixar claro que ataques contra a tríade nuclear russa não ficarão sem resposta.</p>
<p>“A questão definitiva é como a Rússia pode enfrentar e derrotar o Ocidente coletivo, infligir uma derrota estratégica e profunda, sem provocar a Terceira Guerra Mundial”, conclui. Segundo ele, a Rússia busca reafirmar sua soberania e capacidade militar diante de um Ocidente dividido, mas ainda perigoso. Assista:</p>
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Mundo

Rússia vê os ataques aos bombardeiros como o embrião de uma declaração de guerra pelo Ocidente, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>Em meio às crescentes tensões no Oriente Médio, o renomado analista geopolítico Pepe Escobar compartilhou em seu programa Pepe Café uma análise contundente sobre os recentes acontecimentos na Síria e suas implicações para a Palestina. A partir de sua interpretação, Escobar argumenta que a destruição da Síria faz parte de um plano estratégico mais amplo para a erradicação da Palestina, envolvendo uma aliança complexa entre Estados Unidos, OTAN e aliados regionais.</p>
<p>Segundo Escobar, "o Império do Caos está apostando na anarquia total no oeste da Ásia", destacando que a contínua desestabilização da Síria serve aos interesses das potências ocidentais em manter uma influência hegemônica na região. Ele aponta que a queda do regime de Bashar al-Assad não apenas fragmenta a estrutura social e política da Síria, mas também facilita a imposição de uma ordem caótica que beneficia interesses estratégicos específicos.</p>
<p>A análise de Escobar aprofunda-se ao revelar uma aliança espúria formada recentemente entre Estados Unidos, OTAN, Israel, Turquia e Qatar, que financiam e armam grupos jihadistas salafistas. "Essa coalizão nefasta tomou o poder em Damasco, impondo uma ordem caótica que beneficia os interesses hegemônicos ocidentais," afirma o especialista. Ele também sugere que a retirada forçada de Assad foi resultado de corrupção interna e pressão militar externa, criando um vácuo de poder perigoso para a estabilidade regional.</p>
<p>Um dos pontos mais alarmantes abordados por Escobar é a manipulação das narrativas ocidentais sobre o conflito sírio. "A narrativa de Hollywood e dos think tanks ocidentais pinta a queda de Assad como o início de uma nova Síria próspera, similar a Dubai ou Singapura, mas a realidade é bem diferente," alerta o analista. Ele enfatiza que, enquanto as potências ocidentais promovem uma imagem de reconstrução e progresso, a Síria enfrenta uma desagregação crescente, com a possível partição do país e a contínua exploração de seus recursos naturais por interesses estrangeiros.</p>
<p>Além disso, Escobar destaca a importância estratégica das bases russas e iranianas na Síria, mencionando que "a expulsão dessas influências é uma condição imposta pelo Ocidente para o fim das sanções, mas a resistência local e o apoio de aliados como Rússia e Irã tornam essa retirada improvável a curto prazo." Essa dinâmica complexa contribui para a perpetuação do conflito e dificulta a construção de uma paz duradoura na região.</p>
<p>Outro aspecto crucial abordado é a interferência turca liderada por Erdogan, que busca controlar as zonas industriais da Síria e expandir sua influência. "O plano de Erdogan é dividir para reinar, estabelecendo um novo otomano que favorece seus interesses econômicos e políticos," explica Escobar, evidenciando as múltiplas camadas de interesses que complicam ainda mais a resolução do conflito sírio.</p>
<p>Em conclusão, Pepe Escobar oferece uma perspectiva crítica sobre as ações dos Estados Unidos e da OTAN no Oriente Médio, sugerindo que essas potências visam manter um estado de caos e anarquia que lhes permita exercer controle e influência sobre a região. A complexidade das alianças e os múltiplos interesses em jogo tornam a situação na Síria e no Oriente Médio um dos desafios mais intrincados da geopolítica contemporânea. Assista:</p>
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Destruição da Síria é uma etapa para a erradicação da Palestina, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>Diretamente de Paris, o jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar publicou uma análise sobre a recente ofensiva jihadista contra a cidade de Alepo, na Síria. Ele afirmou que o ataque reflete uma complexa articulação entre Estados Unidos, Israel, Turquia e grupos jihadistas, com graves consequências para o equilíbrio geopolítico na Ásia Ocidental.</p>
<p>“A conquista de Alepo é um projeto americano há muito tempo”, afirmou Escobar. Ele destacou que a ofensiva foi precedida por encontros estratégicos entre altos representantes de inteligência israelense, turca e da OTAN, que coordenaram a ação em conjunto com grupos jihadistas. Segundo ele, esses atores visam desestabilizar o chamado "Eixo da Resistência" — uma aliança formada por Irã, Síria, Hezbollah e Rússia —, isolando o Irã de suas conexões estratégicas com o Líbano e o Mediterrâneo Oriental.</p>
<p><b>O papel da Turquia e a traição no processo de Astana</b></p>
<p>Escobar também apontou para a contradição do papel turco nesse cenário. Oficialmente, a Turquia é uma mediadora no processo de paz da Síria, conduzido com o apoio de Rússia e Irã. Contudo, o analista acusa o governo de Recep Tayyip Erdogan de facilitar a passagem de terroristas pela fronteira e armar os grupos jihadistas que lideraram o ataque.</p>
<p>“Nenhum desses jihadistas pode acender um fósforo sem que a inteligência turca saiba. É claro que há um apoio implícito”, acusou. Ele também sugeriu que a Turquia pode estar sendo usada para enfraquecer suas relações com os outros parceiros do processo de Astana, gerando desconfiança e divisão.</p>
<p><b>Tecnologia de guerra e interesses globais</b></p>
<p>O analista ainda expôs a colaboração tecnológica entre jihadistas sírios e neonazistas ucranianos, que teria resultado no uso de drones kamikaze, sistemas de guerra eletrônica e inteligência artificial para desmantelar a comunicação do exército sírio. Esse intercâmbio reforça a conexão entre os conflitos na Síria e na Ucrânia, compondo, segundo Escobar, uma estratégia unificada das “guerras eternas” promovidas pelos Estados Unidos e seus aliados.</p>
<p>A ofensiva jihadista resultou na tomada de grande parte de Alepo em apenas 48 horas, deixando o governo sírio e seus aliados em uma posição delicada. “Se os Estados Unidos e Israel conseguirem realizar seu projeto de mudança de regime em Damasco, bloqueiam o acesso do Irã ao Mediterrâneo e garantem um vassalo estratégico na Síria”, alertou Escobar.</p>
<p>Ele também criticou o congelamento da guerra na região de Idlib em 2020, que permitiu a concentração de milhares de jihadistas na área, fortalecendo-os para ataques futuros.</p>
<p>“A Síria é o novo front de uma guerra que não vai acabar tão cedo. O que achávamos resolvido em 2020 apenas adiou o inevitável. Agora, as forças de Damasco terão que reconquistar Alepo em um processo extremamente difícil e custoso”, concluiu. Assista:</p>
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Alepo é um velho objetivo dos Estados Unidos e ataque à Síria visa desestabilizar o eixo da resistência, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>Em um novo vídeo do Pepe Café, o analista Pepe Escobar discutiu uma variedade de tópicos relacionados à geopolítica e economia global, destacando a importância da Cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai (OCX) e as implicações das recentes eleições em vários países. Pepe Escobar relatou a transferência de sua base para o Sudeste Asiático durante o verão, enfatizando a intensidade dos eventos políticos e econômicos recentes que ele planeja cobrir. A discussão incluiu a importância estratégica da OCX, agora expandida com a adesão da Bielorrússia, e as discussões sobre a possível fusão com os BRICS, destacando a relevância deste bloco no cenário global.</p>
<p>A viagem de Victor Orban a Moscou e Pequim também foi mencionada como um ponto crucial nas relações internacionais, apontando para um possível novo alinhamento na política global em busca de paz na Ucrânia, tema que segundo Escobar, não é tocado pelos líderes ocidentais. Além disso, as relações entre Rússia e China foram descritas como fundamentais, assim como Rússia e Índia, com a visita de Narendra Modi a Moscou simbolizando um fortalecimento dos laços entre esses dois importantes membros dos BRICS. O analista também abordou a recente eleição no Irã, sugerindo que a política externa iraniana continuará a seguir sua trajetória atual, focada em fortalecer laços com a Eurásia e melhorar as relações com o Ocidente.</p>
<p>O vídeo também destacou as contradições dentro da política ocidental, argumentando que as noções tradicionais de direita e esquerda se tornaram obsoletas, substituídas por uma política influenciada predominantemente por interesses neoliberais. O papel da OTAN e suas implicações na política internacional também foram discutidos, com Escobar criticando a eficácia e a direção das políticas implementadas pelo bloco. Ele sugere que a OTAN está operando em um modelo ultrapassado que não corresponde às realidades contemporâneas do poder global.</p>
<p>Pepe Escobar finalizou enfatizando a necessidade de uma nova arquitetura de segurança que beneficie todos os envolvidos e apontou para o papel essencial que a Eurásia poderia desempenhar nesse contexto. Ele prometeu continuar a discussão em futuras publicações, destacando a importância de entender as complexidades das mudanças políticas atuais. Assista:</p>
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Tudo sobre pepe-cafe