<p><b>247 - </b>A Rússia declarou apoio às propostas de governança global apresentadas pelo presidente da China, Xi Jinping, durante a reunião no formato OCX+, em Tianjin. O encontro ampliado da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) contou com a participação de líderes de mais de 20 países e dez organizações internacionais.</p>
<p>“Ouvimos com muita atenção todas as propostas do Sr. Xi Jinping para a criação de um novo sistema de governança global mais eficaz e funcional. Isso é importante num momento em que alguns países ainda não desistiram de tentar ditar as regras nas relações internacionais. A Rússia apoia a iniciativa do presidente Xi Jinping e está interessada em iniciar uma discussão concreta sobre as propostas apresentadas pelos nossos amigos chineses”, afirmou Putin, de acordo com a <a href="https://noticiabrasil.net.br/20250901/russia-apoia-as-iniciativas-de-xi-jinping-sobre-a-governanca-global-e-esta-interessada-em-iniciar-42866674.html">Sputnik Brasil</a>.</p>
<p>O líder chinês apresentou a iniciativa de “governança global” com o objetivo de estruturar, em parceria com outros países, um modelo internacional mais equilibrado. “Espero trabalhar com todos os países por um sistema de governança global mais justo e equitativo e avançar rumo a uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi Jinping no encontro.</p>
<p>A reunião de Tianjin foi considerada a maior da história da Organização para Cooperação de Xangai, reunindo representantes de quase metade da população mundial e de uma parcela significativa do PIB global.</p>
<p>No comando da presidência rotativa da OCX desde julho de 2024, a China deve propor novas iniciativas voltadas para a resiliência financeira do bloco. Entre elas, destacam-se o estímulo a transações em moedas nacionais e a ampliação do comércio eletrônico entre os países-membros, medidas vistas como estratégicas para mitigar os impactos das sanções impostas por países ocidentais.</p>

Paulo Emilio

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Mundo

Rússia manifesta apoio à proposta de Xi Jinping por nova governança global

<p><b>247 - </b>O presidente da China, Xi Jinping, destacou nesta segunda-feira (1º) a necessidade de os países-membros da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) intensificarem a cooperação econômica e promoverem resultados de benefício compartilhado. As declarações foram feitas durante a 25ª Reunião do Conselho de Chefes de Estado da OCX, realizada na cidade chinesa de Tianjin, segundo informações publicadas pelo jornal <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202509/1342256.shtml"><b>Global Times</b></a>.</p>
<p>Xi enfatizou que a OCX, que reúne potências regionais e países emergentes em torno de questões de segurança, economia e integração política, deve ampliar a busca por vantagens mútuas e resultados concretos. O líder chinês destacou que a organização precisa fortalecer a coordenação estratégica entre seus membros e impulsionar projetos de desenvolvimento conjuntos.</p>
<p>“Precisamos alinhar melhor nossas estratégias de desenvolvimento e promover a implementação de alta qualidade da Iniciativa do Cinturão e Rota”, afirmou Xi em seu discurso. O presidente destacou ainda a importância de aproveitar o tamanho dos mercados nacionais e a complementaridade econômica entre os países para dinamizar a facilitação do comércio e do investimento.</p>
<p>A Organização de Cooperação de Xangai, fundada em 2001, inclui atualmente países como China, Rússia, Índia, Paquistão, além de nações da Ásia Central. Nos últimos anos, a entidade tem buscado ampliar sua influência em meio a transformações na geopolítica global, fortalecendo mecanismos de integração econômica e parcerias em infraestrutura e energia.</p>
<p>Ao ressaltar a visão de “ganhos compartilhados”, Xi Jinping reforçou a estratégia da China de usar a OCS como uma plataforma de diálogo e cooperação regional. A aposta do governo chinês é de que a convergência econômica entre os países-membros sirva de base para maior estabilidade política e fortalecimento da influência do bloco no cenário internacional.</p>
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O Presidente Xi Jinping na Organização de Cooperação de Xangai

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Global Times

Xi Jinping pede que países da Organização de Cooperação de Xangai fortaleçam cooperação e desenvolvimento compartilhado

<p><b>247 -</b> A visita de quatro dias do presidente russo Vladimir Putin à China, anunciada pelo Kremlin como “sem precedentes”, deve consolidar a reaproximação entre Pequim e Nova Délhi. A avaliação é do professor e pesquisador Eden Pereira, entrevistado nesta quinta-feira (28) pelo programa New York-Beijing, da <b>TV 247</b>.</p>
<p>Segundo Pereira, a Rússia desempenha papel estratégico na mediação das relações sino-indianas, que remontam a disputas fronteiriças herdadas do período colonial e se agravaram em 2020 com confrontos no Himalaia. “A Rússia tem feito uma mediação muito importante entre China e Índia para que elas normalizem suas relações diplomáticas. (...) Putin tem feito essa relação de mediação para dirimir essas relações dentro do quadro geral da Organização para Cooperação de Xangai porque ambas são grandes aliadas históricas da Rússia”, afirmou.</p>
<p>O historiador destacou que a visita de Putin ocorre num momento em que a OCX — que reúne China, Rússia, Índia, países da Ásia Central e parceiros no Oriente Médio — busca ampliar sua relevância como alternativa às alianças ocidentais. Para ele, o encontro em Tianjin, entre 31 de agosto e 1º de setembro, servirá para estruturar um novo modelo de integração regional, em especial diante da política externa adotada pelos Estados Unidos sob Donald Trump.</p>
<h2>Segurança e estabilidade regional</h2>
<p>Na entrevista, Pereira também ressaltou que a agenda vai além da reaproximação sino-indiana e deve incluir debates sobre segurança. Ele citou pendências que afetam diretamente membros da OCX, como a relação tensa entre Índia e Paquistão, a instabilidade no Afeganistão e até o recente conflito entre Camboja e Tailândia.</p>
<p>“O Putin e o Xi vão tentar, em alguma medida, articular conversas para se achar soluções para todos esses problemas, e eles acabam tendo uma maior capacidade de resolução por esses países do continente asiático — daí a importância da OCX — porque não se tem mais a presença dos EUA na área; não se tem mais a presença dos EUA no Afeganistão”, disse.</p>
<h2>Reaproximação acelerada</h2>
<p>A análise de Pereira dialoga com os movimentos recentes de Índia e China. Após as tarifas de 50% impostas por Trump a Nova Délhi, o governo de Narendra Modi tem buscado reduzir a dependência dos Estados Unidos e ampliar vínculos com os Brics. O anúncio da retomada de voos diretos entre Índia e China e a expectativa de um encontro histórico entre Modi e Xi Jinping durante a cúpula da OCX, após sete anos da última visita do líder indiano ao país chinês, são vistos como sinais claros de distensão.</p>
<p>Para o professor, o papel da Rússia, aliado de ambos os países, será decisivo para sustentar esse processo. “A visita do Putin à China consolida essa reaproximação entre China e Índia, que é muito importante também para o BRICS hoje”, concluiu. <b>Assista à fala completa do professor no vídeo abaixo:</b></p>
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Guilherme Paladino

Professor Eden Pereira, Narendra Modi, Vladimir Putin e Xi Jinping

Entrevistas

Visita 'sem precedentes' de Putin consolidará reaproximação China-Índia, diz professor Eden Pereira

<p><b>247 -</b> A Organização para Cooperação de Xangai (OCX), aliança regional que reúne países da Ásia Central, China e Rússia, tem intensificado sua cooperação econômica, em meio a um cenário global de tensões comerciais e fragmentação geopolítica. Criada em 2001, a OCX já reúne 10 países-membros, 2 observadores e 14 parceiros de diálogo, o que corresponde a quase metade da população mundial e cerca de um quarto do PIB global.</p>
<p>O crescimento das trocas comerciais e a implementação de projetos em setores como energia e tecnologia mostram a relevância crescente do bloco, que realizará nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Tianjin (China), a maior cúpula de sua história.</p>
<h2>Comércio em expansão</h2>
<p>Os dados oficiais reportados pela agência chinesa Xinhua indicam que o comércio da China com os demais países da OCX alcançou 3,65 trilhões de yuans em 2024, 36 vezes mais que em 2001. Entre janeiro e julho de 2025, as trocas chegaram a 2,11 trilhões de yuans, alta de 3% na comparação anual.</p>
<p>Um exemplo é o Centro Internacional de Cooperação Fronteiriça China-Cazaquistão, em Horgos, que registrou mais de 5 milhões de passagens de fronteira neste ano, aumento de 73%. O espaço reúne cerca de 2 mil lojas, incluindo mais de 200 duty free, e recebe diariamente dezenas de milhares de visitantes.</p>
<h2>Energia e tecnologia</h2>
<p>Além do comércio, a cooperação tem avançado em áreas de infraestrutura e inovação. No Cazaquistão, um parque eólico construído por uma empresa chinesa tornou-se o maior do país em 2023. No Quirguistão, a implantação do 5G ampliou a penetração da internet de 43% para mais de 70%. Já no Tadjiquistão, plataformas digitais de saúde passaram a permitir consultas médicas em regiões isoladas.</p>
<p>O setor de comércio eletrônico também ganha espaço: só em 2024, as importações chinesas via e-commerce de países da OCX aumentaram 34%.</p>
<h2>Perspectivas</h2>
<p>A ampliação da cooperação reflete o esforço da China em consolidar a OCX como um espaço de integração econômica e de influência no chamado Sul Global. O bloco é visto por Pequim e Moscou como alternativa a alianças ocidentais em um contexto de disputas comerciais e tensões geopolíticas.</p>
<p>A expectativa é que a cúpula de Tianjin trace novas diretrizes para áreas como energia limpa, transição digital e segurança alimentar, ao mesmo tempo em que deve reforçar a narrativa de que a OCX é uma plataforma “inclusiva” e sem imposição de condições políticas formais.</p>

Um trem de carga China-Ásia Central com destino a Tashkent via Horgos parte de uma estação ferroviária no Porto de Tianjin, no norte da China

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