247 - Um episódio inusitado voltou a chamar atenção para a obra “Comedian”, do artista italiano Maurizio Cattelan. No último dia 12 de julho, um visitante do museu Pompidou, em Metz, na França, comeu a banana que compunha a instalação avaliada em US$ 6,2 milhões (aproximadamente R$ 34 milhões). A informação foi divulgada oficialmente pelo museu na sexta-feira (19), segundo reportagem da AFP repercutida pelo <a href="https://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2025/07/23/visitante-come-banana-de-obra-de-arte-avaliada-em-us-6-milhoes-em-museu-na-franca.ghtml">g1</a>.
A obra, que consiste em uma banana colada com fita adesiva a uma parede branca, foi comprada neste ano em Nova York e já tinha se tornado objeto de polêmica desde seu lançamento, em 2019, na Art Basel de Miami, nos Estados Unidos. Segundo o Pompidou, após o ataque do visitante, “a equipe de segurança interveio rápida e calmamente” e a instalação foi “reinstalada em minutos”. Ainda de acordo com o museu, a substituição da fruta está prevista nas orientações do próprio autor, já que a banana é naturalmente perecível.
Em resposta ao episódio, Cattelan demonstrou ironia e frustração. “Fiquei decepcionado porque a pessoa não comeu também a casca e a fita”, declarou o artista. “Em vez de comer a banana com casca e fita adesiva, o visitante simplesmente consumiu a fruta".
Obra já foi comida outras vezes - O incidente recente não é o primeiro envolvendo a “Comedian”. Desde sua estreia, a obra tem gerado controvérsias e críticas ao mercado de arte contemporânea, que Cattelan considera especulativo e distante das necessidades dos próprios artistas. Em 2019, quando a peça era avaliada em US$ 1 milhão, o artista performático David Datuna também comeu a banana durante a exposição em Miami, justificando a ação dizendo que “ficou com fome”.
Mais recentemente, em 2024, o empresário Justin Sun — fundador da plataforma de criptomoedas Tron — comeu a fruta diante das câmeras, após comprar a obra pelo valor recorde de US$ 6,2 milhões.
O New York Post chegou a classificar o fenômeno como um sinal de que o mercado artístico “está à flor da pele” e que o mundo da arte “ficou louco”, diante da valorização de uma instalação que, à primeira vista, parece simples.
Outras polêmicas do artista - Conhecido por suas provocações, Maurizio Cattelan também é autor de outras obras que desafiam convenções. Um de seus trabalhos mais famosos, intitulado “América”, é um vaso sanitário de ouro maciço (18 quilates), totalmente funcional. Em 2020, a peça foi roubada durante uma exposição no Palácio de Blenheim, na Inglaterra — local de nascimento de Winston Churchill. Dois suspeitos foram presos em março deste ano, mas o ouro jamais foi recuperado.
Curiosamente, durante seu primeiro mandato, Donald Trump foi convidado a receber o vaso sanitário de Cattelan na Casa Branca, mas recusou a oferta.

Guilherme Levorato

Homem posa para foto ao lado da obra "Comedian", de Maurizio Cattelan

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Cultura

Visitante come banana de obra avaliada em US$ 6 milhões e artista reage: "confundiu a fruta com a obra de arte"

247 - O Palácio do Planalto será palco nesta quarta-feira (8) de uma cerimônia que marca o segundo aniversário dos ataques às sedes dos Três Poderes e celebra a recuperação de 20 importantes obras de arte que haviam sido vandalizadas pelos invasores. As peças restauradas fazem parte de uma iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em colaboração com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul. Entre as obras recuperadas, estão um relógio raro trazido pela Corte portuguesa ao Brasil em 1808 e a famosa tela "As mulatas", de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões, informa o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/01/08/de-tela-de-r-8-milhoes-a-escultura-em-bronze-conheca-as-20-obras-de-arte-restauradas-entregues-em-ato-no-81-fotos.ghtml">O Globo</a>.
O evento contará com a presença do presidente Lula (PT), ministros do governo e outras autoridades, embora os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tenham sido convidados, mas provavelmente não comparecerão.&nbsp;
Além da tela de Di Cavalcanti, que possui grande relevância no cenário artístico brasileiro, uma das atrações mais aguardadas é a escultura "O flautista", de Bruno Giorgi, que também foi restaurada. A solenidade terá ainda a exibição da escultura de madeira "Galhos e sombras", de Frans Krajcberg, e de outras peças históricas, incluindo a pintura "Cena de Café" de Clóvis Graciano e a obra "Vênus Apocalíptica Fragmentando-se", da artista argentina Marta Minujín.
As 20 obras restauradas são:
<ol>
 <li>Tela de Emiliano Di Cavalcanti (artista brasileiro)</li>
 <li>O Flautista de Bruno Giorgi (artista brasileiro)</li>
 <li>Idrias (Majolica Italiana)</li>
 <li>Galhos e Sombras de Frans Krajcberg (artista polonês naturalizado brasileiro)</li>
 <li>Retrato do Duque de Caxias de Oswaldo Teixeira (artista brasileiro)</li>
 <li>Rosas e Brancos Suspensos de J. Paulo (José Paulo Moreira da Fonseca) (artista brasileiro)</li>
 <li>Casarios de Dario Mecatti (artista ítalo-brasileiro)</li>
 <li>Obra de Dario Mecatti (artista ítalo-brasileiro)</li>
 <li>Cena de Café de Clóvis Graciano (artista brasileiro)</li>
 <li>Tela de Armando Viana (artista brasileiro)</li>
 <li>Matriz e grade no 1º plano de Ivan Marquetti (artista brasileiro)</li>
 <li>Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro)</li>
 <li>Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro)</li>
 <li>Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro)</li>
 <li>Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro)</li>
 <li>Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro)</li>
 <li>Vênus Apocalíptica Fragmentando-se de Marta Minujín (artista argentina)</li>
 <li>Cotstwold Town de John Piper (artista inglês)</li>
 <li>Tela de Grauben do Monte Lima (artista brasileira)</li>
 <li>Pássaro de Martin Bradley (artista inglês)</li>
</ol>
Essas obras, que representam uma parte significativa da arte moderna e contemporânea brasileira e internacional, estavam entre as várias peças afetadas pelos danos causados nos ataques de janeiro de 2023, quando extremistas bolsonaristas invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).&nbsp;
A restauração de cada uma dessas obras envolveu um processo minucioso de recuperação, que incluiu o trabalho de especialistas, pesquisadores e restauradores, como os acadêmicos da UFPel, além de parcerias internacionais, como a restauração do relógio na Suíça.&nbsp;

Bolsonarista quebrando relógio no Planalto

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Brasília

8 de janeiro: restauração de obras vandalizadas será comemorada com exposição no Planalto

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