RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora brasileira <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Vale">Vale </a>assinou um acordo com a Wabtec Corporation para adquirir 50 locomotivas da série Evolution para a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e a Estrada de Ferro Carajás (EFC), em medida que visa a modernização de sua frota, com melhora da eficiência e redução das emissões.
Em comunicado à imprensa nesta quarta-feira, a Vale disse que as locomotiva serão produzidas na fábrica da Wabtec no Brasil, em <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Contagem+%28MG%29">Contagem (MG)</a>, e começarão a ser entregues em 2026.
"A família de locomotivas da série Evolution está equipada com tecnologia avançada de motores a diesel, trazendo ganhos significativos em eficiência operacional por meio de economia de combustível e intervalos de manutenção mais longos, e consequentemente, menores custos de manutenção", disse a mineradora no comunicado.
As locomotivas são ainda equipadas com motores de tração AC, que proporcionam mais de 50% de melhoria na capacidade de tração. Já em operação na Estrada de Ferro Carajás, este modelo agora fará parte da frota da Estrada de Ferro Vitória a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Minas">Minas</a>.
"O plano de renovação e modernização da frota da EFVM e EFC tem como premissa contribuir para o futuro da descarbonização no setor ferroviário", disse em nota o vice-presidente de Operações da Vale, Carlos Medeiros.
As novas locomotivas poderão operar com uma maior mistura de biodiesel, o que segundo a companhia reduzirá as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, em comparação com o FDL, o modelo da série Evolution proporciona até 6% de redução no consumo de combustível e nas emissões de CO2, possibilitando a transição para combustíveis alternativos no futuro.
(Por Marta Nogueira)

Luis Mauro Filho

Sede da mineradora Vale no centro do Rio de Janeiro 20/08/2014 REUTERS/Pilar Olivares/File Photo

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Brasil

Vale adquire 50 locomotivas para operação na Vitória-Minas e em Carajás

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira que a Vale distribua dividendos a seus acionistas mas, ao mesmo tempo, não deixe de fazer investimentos, dada sua importância estratégica para o país.
Lula disse ainda, durante evento de lançamento do programa da empresa chamado Novo Carajás, que a relação entre mineradora e governo enfrentou um "clima desagradável", um "fio desencapado", mas tende a se acertar agora que está à frente da Presidência da República e tem Gustavo Pimenta no comando da empresa.
"É importante que a Vale leve em conta que ela tem que distribuir dividendos para os acionistas, mas é importante que ela leve em conta que ela tem que fazer investimento para ela crescer, para gerar emprego, e para gerar performance da Vale no mundo do minério, sobretudo agora com esses tais de minerais críticos", disse o presidente no evento em Parauapebas (PA).
"Eu acho, Pimenta, que a tua eleição na Vale, ela é uma oportunidade extraordinária para que a gente restabeleça aquilo que jamais deveria ter acontecido, da separação entre os interesses da Vale enquanto empresa estratégica para este país e o Estado brasileiro, que também tem interesse estratégico que a Vale cresça", afirmou Lula.
A participação da Vale como vetor para o crescimento da economia do país havia sido cobrada ao longo do ano passado, quando integrantes do governo, incluindo o próprio presidente, reclamaram da falta de diálogo com a administração anterior da mineradora, entre outras críticas.
Lula também manifestou sua expectativa de que a mineradora volte a figurar entre as maiores do mundo.
A Vale confirmou nesta sexta-feira investimento de R$70 bilhões no complexo situado no Pará nos próximos cinco anos, após o Palácio do Planalto ter antecipado o valor em nota divulgada esta semana anunciando visita de Lula, nesta sexta, a Carajás, que abriga a maior mina a céu aberto de minério de ferro.
A mina de Carajás tem ainda o minério com maior teor de minério.
A companhia ressaltou que o investimento do Programa Novo Carajás, que marca 40 anos de atuação da Vale na região, está em linha com o guidance já divulgado.
Pouco antes do discurso de Lula, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou no mesmo evento que o governo federal vê "sinais claros" de mudança na nova gestão da Vale que justificam a confiança nos novos projetos da mineradora.
"Ao longo dos últimos anos, a Vale se distanciou muito do equilíbrio necessário entre os interesses da empresa e da sociedade brasileira. Sabemos muito bem dos resultados deste cenário. Porém, vemos sinais claros de mudanças acontecendo na nova gestão", afirmou Silveira, em seu discurso.
"Sinais que justificam o nosso voto de confiança e fé na liderança do novo presidente (da Vale) Gustavo Pimenta e de toda sua equipe", acrescentou Silveira, desejando "boa sorte" ao executivo.
O ministro acrescentou que a sociedade brasileira deve ser sempre a maior beneficiada da mineração.
"Assim como devemos sempre nos lembrar que ninguém pode ser dono das riquezas do subsolo brasileiro", acrescentou
"As concessões de direitos minerais não podem e não devem atender somente a interesses das companhias", acrescentou.
(Por Roberto Samora, em São Paulo; Reportagem de Maria Carolina Marcello, em Brasília. Edição de Pedro Fonseca e Alexandre Caverni)

Redação Brasil 247

Lula (presidente da República) e, atrás dele, Gustavo Pimenta, presidente da Vale (sentado, de roupa verde, com óculos)

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Economia

Dividendo sim, investimento também: Lula comenta estratégias da Vale

247 - O presidente Lula defendeu nesta sexta-feira (14) que a Vale retorne à liderança global no setor de mineração, em especial no setor de minerais críticos, e disse ao presidente da companhia, Gustavo Pimenta, que sua gestão é uma grande oportunidade para restabelecer o papel estratégico da companhia para o Brasil.&nbsp;
Em cerimônia de anúncio de investimentos da Vale em Parauapebas-PA, o presidente disse que a eleição de Pimenta como presidente da Vale é uma oportunidade "extraordinária" para restaurar a ligação "entre os interesses da Vale como empresa estratégica e o país, que também tem interesse estratégico para que a Vale e o país cresça".&nbsp;
Lula se mostrou insatisfeito com a perda do protagonismo global da Vale desde que adotou o modelo corporation e os desastres nos últimos com barragens. Segundo ele, a empresa "era a primeira ou a segunda no mundo. Hoje está lá pelo décimo lugar. É uma empresa tão importante que tem que estar sempre na Série A, por sua importância".&nbsp;
Nesse sentido, ele criticou gestores "irresponsáveis" que "não se deram conta da desgraça que poderia acontecer". "Espero que na sua gestão que não haja sequer um desmoronamento de pedra", disse Lula a Pimenta no evento.
"O bom é ser primeiro, segundo ou terceiro. Se depender do que podemos fazer, a Vale voltará a ocupar o primeiro lugar", afirmou.
Em relação aos minerais críticos, em alta demanda global, Lula disse que é preciso "discutir uma transição energética, com minerais verdes".&nbsp;
Lula finalizou seu discurso voltando-se a Pimenta e cobrando que sua gestão atue para "tornar a Vale a primeira empresa de minerais críticos e, sobretudo, a primeira do mundo no tratamento aos trabalhadores".&nbsp;
Segundo a empresa, o programa batizado de Novo Carajás tem foco na retomada e manutenção dos volumes de minério de ferro e expansão da produção em cobre. A mineradora vai investir R$ 70 bilhões na expansão da exploração.

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