247 - O JPMorgan reduziu nesta semana o preço-alvo das ações do Mercado Livre (Nasdaq: MELI; BDR: MELI34) de US$ 2.700 para US$ 2.600, após a queda de quase 12% nos papéis. Segundo <a href="https://brazilstockguide.com/insights/mercado-livre-dominance-threat-jpmorgan/">reportagem do</a> Brazil Stock Guide, a decisão foi baseada no aumento da concorrência no comércio eletrônico brasileiro e nas necessidades crescentes de reinvestimento da companhia.
Embora mantenha recomendação neutra, o banco alertou que projeções de mercado, como a do Bloomberg, que estima expansão de margem entre 100 e 130 pontos-base, não consideram a pressão adicional de custos. Para o terceiro trimestre, o JPMorgan projeta um EBIT de US$ 750 milhões, abaixo da expectativa de consenso de US$ 811 milhões, afetado pelos gastos logísticos e pela desvalorização do peso argentino.
<h3>Concorrência acirrada</h3>
O relatório destaca a ofensiva de rivais. A Amazon lançou uma promoção que isenta por três meses as taxas do programa Fulfillment by Amazon (FBA), enquanto a Shopee acelera sua expansão apoiada pela Sea Ltd. O próprio Mercado Livre tem recorrido a ajustes defensivos de preços. Esses fatores, segundo o JPMorgan, devem pressionar margens e exigir maiores investimentos nos próximos anos.
Já o Morgan Stanley relativizou os riscos. O banco argumenta que as ações da Amazon não devem alterar o equilíbrio de forças, dado o tamanho do Mercado Livre e os subsídios contínuos em frete. Atualmente, a Amazon detém cerca de 10% do mercado brasileiro de e-commerce, contra aproximadamente 40% do Mercado Livre.
<h3>Estrutura logística robusta</h3>
No Brasil, a Amazon opera 10 centros de distribuição, enquanto o Mercado Livre conta com mais de 20 unidades e já ultrapassa 60% de penetração em sua rede de fulfillment. A companhia também isentou taxas logísticas para produtos entre R$ 19 e R$ 79, reforçando sua vantagem competitiva.
Apesar da cautela do JPMorgan, o Morgan Stanley reafirmou recomendação de compra com preço-alvo de US$ 2.850, sustentado pela rede logística robusta e pela base consolidada de distribuição do Mercado Livre, considerados pilares de resiliência em um ambiente de disputa cada vez mais intensa.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Mercado Livre enfrenta pressão de custos e rivais, aponta JPMorgan

247 - O banco Morgan Stanley avalia que a recente queda dos juros futuros no Brasil ainda não reflete totalmente o enfraquecimento da atividade econômica. A análise, divulgada pelo Valor Econômico, destaca que dados recentes de PIB, produção industrial e varejo sinalizam perda de ritmo, o que pode pressionar o Banco Central a acelerar o ciclo de cortes da Selic.
Segundo as estrategistas Ioana Zamfir e Sofia Palacios, a precificação atual dos juros de curto prazo ainda se apoia principalmente na melhora do quadro inflacionário. No entanto, esse fator já teria se esgotado em grande parte. “No Brasil, o prêmio de risco da inflação está oscilando em torno da sua média dos últimos 15 anos, de 150 pontos-base”, observam as especialistas. Elas avaliam que o fator determinante daqui em diante será a desaceleração da economia.
<h3>Desaceleração ganha peso nas projeções</h3>
Zamfir e Palacios apontam que, embora não haja urgência imediata para cortes, os sinais de esfriamento da atividade estão claros. “Os sinais de desaceleração econômica no Brasil estão se tornando evidentes em um cenário em que o BC é conhecido por mudar sua postura mais rapidamente em relação aos seus pares regionais”, afirmam. O histórico mostra que a autoridade monetária brasileira costuma reagir cerca de seis meses antes de outros bancos centrais latino-americanos.
Atualmente, a curva de juros futuros não embute cortes de 0,5 ponto percentual, mesmo com a Selic em 15%, o maior nível em quase vinte anos. Para o Morgan Stanley, isso abre espaço para que o mercado passe a precificar reduções mais intensas no início do ciclo, em vez de um movimento prolongado e gradual.
<h3>Estratégia do banco para a curva de juros</h3>
Com esse diagnóstico, o banco mantém posições aplicadas em contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2029, mirando uma taxa de 12,75% frente aos atuais 13,20%. As analistas também destacam que o contrato de janeiro de 2028 começa a se mostrar atraente, apesar da correlação com o de 2029.
No mercado de títulos atrelados à inflação (NTN-B), o Morgan Stanley reconhece níveis elevados como atrativos. Entretanto, o grande volume de emissões do Tesouro Nacional e as incertezas sobre o momento do corte da Selic limitam ganhos. “Preferimos fechar a nossa recomendação de compra da NTN-B 2028 e manter a nossa exposição aos juros nominais por enquanto”, explicam Zamfir e Palacios.
<h3>Perspectiva para os próximos meses</h3>
O diagnóstico do banco contrasta com a leitura mais cautelosa de parte do mercado, que ainda aposta em cortes graduais. A avaliação é de que, diante do alto custo da Selic e da perda de dinamismo da economia, a autoridade monetária poderá adotar um ritmo mais agressivo de flexibilização para evitar um desaquecimento mais profundo.

Economia

Juros no Brasil devem recuar com perda de fôlego da economia, aponta Morgan Stanley

247 - Empresa global de serviços financeiros, o Morgan Stanley (EUA) destacou nesta terça-feira (20) o crescimento da economia brasileira e emitiu uma recomendação “overweight” (equivalente a compra) no Brasil. O preço-alvo sustentado pelos estrategistas da instituição financeira para o Ibovespa em meados de 2026 está em 189 mil pontos, uma valorização de 36% na comparação com os níveis atuais. Conforme a entidade norte-americana, o cenário econômico brasileiro "pode favorecer o mercado de ações”. Nesta terça, o índice de referência do mercado acionário brasileiro fechou pela primeira vez acima dos <a href="https://www.brasil247.com/economia/ibovespa-fecha-acima-dos-140-mil-pontos-pela-1-vez">140 mil pontos</a>.
“Acreditamos que o calendário eleitoral carregado dos próximos 18 meses abre espaço para o início de uma mudança de política, especialmente na política fiscal. Gostamos da relação risco-retorno no Brasil, onde o cenário otimista se tornou mais provável, em nossa visão”, apontou a instituição. “Não esperamos uma mudança efetiva na política antes de 2027, mas o simples fato de que essa possibilidade exista já pode favorecer o mercado de ações”.
De acordo com relatos publicados no <a href="https://valor.globo.com/financas/noticia/2025/05/20/morgan-stanley-v-ibovespa-em-189-mil-pontos-em-meados-de-2026-e-cita-incio-de-mudana-poltica-no-brasil.ghtml">jornal Valor Econômico</a>, os estrategistas Nikolaj Lippmann, Juan Ayala e Julia Nogueira enviaram um relatório enviado a clientes e afirmaram que o Brasil possui um mercado de capitais profundo com posicionamento extremamente voltado para a renda fixa (para financiar um déficit orçamentário de cerca de 10%), ao passo que a alocação em ações está em níveis historicamente baixos”.
Outras estatísticas divulgadas anteriormente também foram positivas para a economia. Em 2024, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro aumentou 3,4% na comparação com 2023. A Indústria (3,3%) e os Serviços (3,7%) cresceram, enquanto a Agropecuária recuou (-3,2%).
Em 2023, o PIB cresceu 2,9% em relação a 2022. Houve crescimentos na Agropecuária (15,1%), na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%).
No caso do atual índice de desemprego, a taxa ficou em 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (30). Foi o menor percentual de desocupação para esse período desde o início da série histórica, posto ocupado anteriormente pelo trimestre encerrado em março de 2014, quando atingiu 7,2%.

Leonardo Lucena

Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsa de Valores

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Morgan Stanley prevê 189 mil pontos para o Ibovespa em meados de 2026: 'cenário brasileiro pode favorecer o mercado de ações'

CGTN – O governo dos Estados Unidos declarou na segunda-feira (7) que aumentaria mais uma vez suas tarifas sobre produtos chineses. Na terça-feira (8), o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o país lutará até o fim nesse sentido, entretanto, o aumento drástico das tarifas dos EUA não terá um efeito subversivo sobre a economia geral chinesa. A economia da China é como um mar, e não um pequeno tanque. Uma tempestade pode derrubar um pequeno tanque, mas não pode alterar o mar. Desde o lançamento do Plano de Ação 2025 para estabilizar o investimento estrangeiro até a divulgação do Plano de Ação Exclusiva para impulsionar o consumo, a China tomou medidas adequadas para responder a vários desafios este ano e o país tem fundamentos para continuar sendo um motor do crescimento econômico mundial. Recentemente, várias instituições financeiras estrangeiras aumentaram as expectativas para o crescimento econômico da China neste ano. O Morgan Stanley publicou um relatório de pesquisa, afirmando que o desempenho econômico da China no primeiro trimestre superou as expectativas e que o impulso de investimento em novas indústrias é forte. Por causa disso, a entidade aumentou a previsão para o crescimento econômico da China deste ano em 0,5 ponto percentual.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2025040909040_935a5a010911c4fff5714bd4446e1f9d8affc7e8d1b0801c79d4dafbe33db5e9.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="2025040909040_935a5a010911c4fff5714bd4446e1f9d8affc7e8d1b0801c79d4dafbe33db5e9" data-rendition-name="original" width="1732" height="1154" loading="lazy" alt="A China responde ao bullying tarifário dos EUA com estratégia explícita"></figure>  Por outro lado, a escalada da extorsão tarifária por parte estadunidense é como um tiro que sai pela culatra. David Firestein, presidente da George W. Bush Foundation for U.S.-China Relations, disse que a política de “tarifas recíprocas” agravará muito a inflação nos EUA e, por fim, levará ao desemprego líquido e também desvalorizará o dólar estadunidense. Segundo ele, Isso é um “erro extremamente raro da política econômica na história moderna dos EUA”. Independentemente de como os EUA exerçam a pressão, a China tem contramedidas apropriadas, continua focando em seus próprios assuntos e promove constantemente a abertura de alto nível ao exterior. A China sempre acreditou que a essência das relações econômicas e comerciais com os EUA deveria ser construída através de benefícios recíprocos e que as disputas comerciais devem ser resolvidas por meio do diálogo em pé de igualdade. tradução: Shi Liang revisão: Erasto Santos Cruz

China

A China responde ao bullying tarifário dos EUA com estratégia explícita

CGTN – Foi realizado ontem (9) em Beijing o diálogo “1+10”, ou seja, a China e as principais 10 organizações econômicas internacionais, tais como o Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial do Comércio entre outras. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, participou do evento e o presidente chinês, Xi Jinping, também se encontraram hoje (10) com os chefes das organizações internacionais. Ambos reafirmaram a determinação da China em ampliar e promover a abertura de alto nível. O professor da Universidade de Negócios e Economias Internacionais da China, Sang Baichuan, disse que alguns países contornaram as organizações econômicas internacionais e praticaram unilateralmente o protecionismo comercial, o que prejudicou o sistema do livre comércio. Neste contexto, a China deve reforçar a comunicação e o diálogo com organizações econômicas internacionais.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20241211101212_39e931538e6d6b3076b3dc2e5c5d77d4d582a7b9e2fe1b30ead4db10507b0d3e.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20241211101212_39e931538e6d6b3076b3dc2e5c5d77d4d582a7b9e2fe1b30ead4db10507b0d3e" data-rendition-name="original" width="1170" height="658" loading="lazy" alt="Especialistas enaltecem resultados do diálogo entre China e principais organizações econômicas internacionais"></figure>  O vice-diretor da Instituição Nacional de Finanças e Desenvolvimento da China, Yang Tao, disse que o fortalecimento da cooperação com organizações econômicas internacionais, que são os principais promotores da implementação de projetos, pode facilitar de melhor forma a implementação de projetos econômicos. O economista-chefe do Morgan Stanley China, Xing Ziqiang, disse que os tomadores de decisão da China estão se tornando cada vez mais amigáveis ao investimento estrangeiro, e por sua vez, os capitais e investidores estrangeiros também ficam otimistas com o desenvolvimento da China. Tradução: Luís Zhao Revisão: Erasto Santos Cruz Fonte: CMG  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20241211101216_d34f918e20088293d6a02c2f7487741051957dd08d8561547a5e293b9f553001.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="20241211101216_d34f918e20088293d6a02c2f7487741051957dd08d8561547a5e293b9f553001" data-rendition-name="original" width="1170" height="658" loading="lazy" alt="Especialistas enaltecem resultados do diálogo entre China e principais organizações econômicas internacionais"></figure>

Nicolas Iwashita

Especialistas enaltecem resultados do diálogo entre China e principais organizações econômicas internacionais

CMG – As autoridades chinesas divulgaram ontem (8) um pacote de novas políticas econômicas que englobam os setores financeiro, imobiliário, de consumo, de investimento e o mercado de ações, entre outros.
A mídia estrangeira destacou o assunto, manifestou otimismo com as medidas e apontou que a economia chinesa poderá realizar a meta de crescimento de 5% neste ano.
Dados econômicos importantes da China, como o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de manufatura, tiveram uma recuperação mais rápida. Além disso, o mercado de ações também apresentou melhora no final do mês passado.
Nos últimos dias, bancos de investimento estrangeiros como Goldman Sachs, UBS e Morgan Stanley expressaram otimismo com as perspectivas dos ativos chineses, e muitas instituições elevaram suas classificações para as ações chinesas.
Recentemente, durante o feriadão do Dia Nacional (de 1º a 7 de outubro), o mercado de consumo do país atingiu um novo patamar. O fluxo de passageiros ultrapassou dois bilhões de pessoas, a venda de ingressos para pontos turísticos aumentou 37% em relação ao mesmo período do ano passado e a receita da bilheteria de filmes ultrapassou 2,1 bilhões de yuans.
Como a segunda maior economia do mundo, a melhoria econômica contínua da China é uma boa notícia para o mundo. Atualmente, o protecionismo no comércio global se intensificou, a situação geopolítica é complicada e a recuperação econômica mundial é fraca. De acordo com a última previsão do Fundo Monetário Internacional, a economia global crescerá 3,2% este ano, menor do que no ano passado. Diante desse cenário, a economia da China apresentou recentemente uma tendência ascendente de estabilidade e progresso, o que, sem dúvida, traz impulso e esperança para o crescimento econômico global.
Ao mesmo tempo, a abertura constante do mercado chinês cria oportunidades de ganho para todos os países.&nbsp;
Na 3ª Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) foram decididas medidas de aprimoramento do mecanismo institucional de abertura para o exterior de alto nível, propondo a expansão constantemente de uma abertura sistemática. O aprofundamento de reformas no sistema de comércio exterior e no sistema de gestão de investimentos estrangeiros e investimentos no exterior também será realizado, assim como a otimização do projeto de abertura regional e a melhora do mecanismo para promover a construção conjunta de alta qualidade da Iniciativa Cinturão e Rota.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart

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