<p><b>247 – </b>A multinacional brasileira Weg anunciou uma nova fase de crescimento e diversificação, com foco em mobilidade elétrica e soluções para a transição energética. A informação foi <a href="https://brazilstockguide.com/insights/weg-e-mobility-global-expansion/">publicada originalmente pelo site Brazil Stock Guide</a>, que destacou os principais projetos apresentados durante o Weg Day 2025, realizado em 3 de outubro, na sede da companhia em Jaraguá do Sul (SC).</p>
<p>O evento marcou a consolidação da Weg como maior fabricante mundial de motores de baixa tensão, título conquistado em 2024 com 16% de participação de mercado. Agora, a meta é ampliar o portfólio e reforçar o protagonismo global na eletrificação e na digitalização industrial.</p>
<blockquote>&nbsp;“Assim como dobramos nossa participação em motores, vamos crescer em energia. Já estamos preparados para entregar máquinas de até 300 mil kW, um marco inédito para a empresa”, afirmou o CEO Alberto Kuba, durante encontro com investidores.</blockquote>
<h2>Plano bilionário de investimentos</h2>
<p>A diversificação da Weg é sustentada por um plano de investimentos de R$ 2,2 bilhões (US$ 514 milhões), que contempla fábricas e expansões em quatro países. Entre os principais projetos estão:</p>
<ul>
  <li>&nbsp;Nova planta em Rugao, na China, prevista para 2026;</li>
  <li>&nbsp;Fábrica em Santa Catarina voltada à produção de motores de alta tensão e turbogeradores, com inauguração prevista para 2028;</li>
  <li>&nbsp;Duas unidades de transformadores no México e na Colômbia, que devem iniciar operações em 2026;</li>
  <li>&nbsp;Ampliação da planta de transformadores especiais em Missouri (EUA), prevista para 2028.</li>
</ul>
<p>Segundo o CFO André Luís Rodrigues, a Weg registrou R$ 20 bilhões em receita líquida no primeiro semestre de 2025, um aumento de 17,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA atingiu 21,9%, e o ROIC (retorno sobre o capital investido) ficou em 32,9%, superando 30% pelo segundo ano consecutivo.</p>
<blockquote>&nbsp;“Mantemos disciplina na alocação de capital e foco em crescimento sustentável de lucro e dividendos”, declarou o executivo.</blockquote>
<h2>Internacionalização e desafios globais</h2>
<p>Presente em mais de 135 países, a Weg vem ampliando exportações para os Estados Unidos e Europa, com a estratégia de reduzir a dependência do mercado brasileiro e instalar unidades produtivas próximas dos clientes globais.</p>
<blockquote>&nbsp;“O mercado de energia é promissor, mas as barreiras tarifárias e o protecionismo exigem que mantenhamos uma base produtiva diversificada. Por isso investimos em múltiplas geografias, reduzindo a exposição a choques externos”, explicou Kuba.</blockquote>
<p>Apesar da expansão, as ações da empresa caíram cerca de 30% em 2025, reflexo da alta dos juros e do menor apetite por risco no mercado financeiro. A companhia, porém, mantém otimismo, apostando na demanda crescente por eletrificação e digitalização como sustentação para o novo ciclo de investimentos.</p>
<h2>Mobilidade elétrica e economia circular</h2>
<p>A Weg já equipa mais de 60% da frota de ônibus elétricos do Brasil e inaugurou, em setembro, o Centro de e-Mobility em São Bernardo do Campo (SP) — um espaço de 1.250 m² dedicado à manutenção, diagnóstico e inovação em sistemas de tração e carregadores elétricos.</p>
<p>O centro também funciona como plataforma de economia circular, reaproveitando baterias e prolongando a vida útil de veículos elétricos por até 20 anos. Os módulos esgotados são redirecionados para sistemas de armazenamento de energia (BESS) ou reciclagem.</p>
<p>Além da manutenção, o local atua como laboratório de testes de carregadores ultrarrápidos de 640 kW (certificados pelo Inmetro) e no desenvolvimento de versões de 1 MW para veículos pesados. Outro destaque é o projeto de integração V2X (Vehicle-to-Home e Vehicle-to-Grid), que permite o retorno de energia dos ônibus à rede elétrica.</p>
<h2>Microgeração e automação inteligente</h2>
<p>A empresa também avança em micro e nanogeração de energia limpa. Já entregou 1,2 GW em projetos solares EPC e vem instalando microgrids híbridas — combinando painéis solares, baterias e geradores a diesel — para substituir sistemas poluentes em fazendas, operações de mineração e comunidades da Amazônia, em parceria com o grupo Natura.</p>
<p>Para o consumidor residencial, lançou o Weg Home, sistema que integra painéis solares, baterias, eletrodomésticos e veículos elétricos. O produto armazena energia durante o dia para uso noturno, reduz contas de luz e pode ser controlado por comandos de voz via Alexa.</p>
<p>Na área de automação, a aquisição da Reivax em 2024 reforçou a presença da Weg em subestações digitais e compensadores síncronos, com 1.233 MVAr em execução e 4.650 MVAr em projetos internacionais. Empresas como Cargill e Gerdau já utilizam as soluções da companhia com monitoramento em nuvem e inteligência artificial.</p>
<h2>Competição global e diferencial estratégico</h2>
<p>A Weg disputa espaço com gigantes como ABB, Siemens, Schneider Electric e BYD, que dominam o setor de eletrificação. O diferencial da empresa brasileira está na integração completa entre engenharia, equipamentos, software e serviços, o que garante agilidade e eficiência.</p>
<p>O desafio, segundo analistas, será manter margens acima de 20% em mercados altamente regulados e sensíveis a tarifas. Com uma estratégia sólida de diversificação geográfica e tecnológica, a Weg busca consolidar sua imagem como líder global da transição energética.</p>

Redação Brasil 247

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Economia

Weg acelera expansão global, com fábricas no Brasil e na China, e aposta em mobilidade elétrica e energia limpa

<p><b>247 - </b>De olho na transformação da logística urbana, o iFood anunciou nesta semana um novo passo rumo à eletromobilidade. Segundo informações divulgadas pelo jornal Valor Econômico, a gigante do delivery se uniu à gestora Yvy Capital para criar um fundo de investimento com foco em motos elétricas, batizado de YvY Fábrica de Negócios. A iniciativa visa captar até US$ 50 milhões, e o iFood estreia como investidor-âncora com um aporte inicial de US$ 7,5 milhões.</p>
<p>A proposta do fundo é ambiciosa: desenvolver toda uma cadeia de valor para veículos elétricos de duas rodas — os chamados E2Ws — reunindo parceiros estratégicos de diferentes setores. A Yvy planeja atrair fabricantes de baterias, motores e motos, empresas de infraestrutura de recarga, comercializadoras de energia, companhias de mobilidade e delivery, bancos e outros investidores interessados na agenda de descarbonização.</p>
<p>A expectativa da gestora é que, até 2035, o fundo seja capaz de viabilizar a produção e comercialização de até 600 mil motos elétricas por ano, com preços acessíveis e atrativos, especialmente para entregadores e pequenos empreendedores da logística urbana. Para isso, a plataforma pretende estruturar projetos até a etapa de FID (Final Investment Decision) e investir em startups que atuem em diferentes elos dessa cadeia. Estima-se que o conjunto dessas iniciativas possa movimentar até US$ 1 bilhão em novos investimentos no Brasil.</p>
<p>Bruno Aranha, fundador e CVO da Yvy Capital, destacou que a proposta vai muito além da mobilidade: “A plataforma brasileira de veículos elétricos de duas rodas tem potencial para transformar o mercado nacional em 10 anos. Haverá uma demanda importante para a energia renovável brasileira e para a expansão do ecossistema de empreendedorismo e startups”.</p>
<p>O iFood, por sua vez, reforça seu posicionamento como empresa de tecnologia alinhada à transição energética. Renata Torres, diretora de Logística Sustentável e Soluções de Impacto da companhia, declarou: “As motos à combustão representam 53% das emissões poluentes em operações urbanas de última milha, dependente de um combustível caro. Já as motos elétricas, além de eliminar as emissões de carbono, reduzem custos operacionais com combustível e manutenção na proporção de 30% a 60%, levando a uma logística mais eficiente e aumentam os ganhos dos entregadores”.</p>
<p>Atualmente, a plataforma conta com mais de 360 mil entregadores ativos em todo o país e já vem testando alternativas sustentáveis desde 2020. Em 2022, o iFood firmou uma parceria com a montadora Voltz, oferecendo o modelo EVS Work a motoboys por um preço reduzido. No entanto, o acordo foi encerrado em razão de dificuldades operacionais e financeiras enfrentadas pela fabricante.</p>
<p>A empresa retomou seus investimentos com novos parceiros, como Vammo, Riba e Origem, e hoje conta com mais de 800 motos elétricas circulando por São Paulo e Brasília. A meta do iFood é ambiciosa: eletrificar 50% de sua frota de entregas até 2025.</p>
<p>Com o novo fundo estruturado em parceria com a Yvy, o iFood dá um passo estratégico para consolidar sua liderança na agenda de mobilidade limpa, em sintonia com os desafios ambientais e sociais das grandes cidades brasileiras.</p>

iFood aposta alto em motos elétricas e injeta US$ 7,5 milhões em fundo da Yvy

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iFood aposta alto em motos elétricas e injeta US$ 7,5 milhões em fundo da Yvy

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