CGTN – O secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, trocaram neste domingo (28) mensagens de congratulações pela ocasião do 65º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.
Xi Jinping lembrou em sua mensagem que, há 65 anos, Cuba foi o primeiro país do Hemisfério Ocidental a estabelecer relações diplomáticas com a Nova China, iniciando um novo capítulo nas relações sino-cubanas. Desde então, as relações bilaterais vêm se aprofundando, tornando-se um modelo de solidariedade e cooperação entre países socialistas e de assistência mútua sincera entre países em desenvolvimento.
O líder chinês enfatizou que presta alta atenção ao desenvolvimento das relações com Cuba e quer tomar este momento especial como um novo ponto de partida para trabalhar junto com o presidente Miguel Díaz-Canel, promovendo a amizade tradicional, aprofundando a confiança política mútua de alto nível, impulsionando sistematicamente o desenvolvimento e a cooperação, reforçando integralmente a coordenação estratégica, defendendo a justiça e a equidade internacional, e alcançando novos êxitos na construção da comunidade de futuro compartilhado China-Cuba.
Na mensagem enviada em conjunto com o líder da Revolução Cubana, o general Raúl Castro, Miguel Díaz-Canel indicou que as relações entre os dois países resistiram ao teste do tempo e se tornaram cada vez mais consolidadas. Segundo ele, a parte cubana persiste rigorosamente no princípio de Uma Só China, opõe-se às interferências externas nos assuntos internos da China, promove firmemente a construção da comunidade de futuro compartilhado Cuba-China e luta contra a hegemonia.
No mesmo dia, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, também trocou com o primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero Cruz, mensagens de congratulações pelo 65º aniversário das relações diplomáticas sino-cubanas.
Fonte: CMG

China

Xi Jinping e Miguel Díaz-Canel trocam mensagens de congratulações pelos 65 anos das relações diplomáticas China-Cuba

CGTN – Na manhã desta quinta-feira (4), o presidente da China, Xi Jinping, recebeu no Grande Palácio do Povo, em Beijing, seu homólogo de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que está no país para participar das comemorações do 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial.
No encontro, Xi Jinping pontuou que este ano marca o 65º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Cuba. Segundo ele, os dois países devem aproveitar a ocasião para elevar a parceria bilateral a um novo patamar, trazendo mais benefícios para seus povos. O líder chinês ressaltou ainda a importância de aprofundar a confiança política em alto nível, ampliar os intercâmbios de alto escalão e trocar experiências em governança e administração partidária. Ele também afirmou que a China continuará oferecendo apoio, dentro de suas capacidades, ao desenvolvimento cubano.
Miguel Díaz-Canel, por sua vez, elogiou a grandiosidade e o calor das celebrações do 80º aniversário, ressaltando seu significado histórico. Destacou que a contribuição da China para a vitória na Guerra Antifascista Mundial não deve ser esquecida e recordou que Cuba foi o primeiro país da América Latina a firmar com a China o compromisso de construir uma comunidade de futuro compartilhado bilateral. Isso, segundo ele, comprova que a amizade entre os Partidos Comunistas e os dois países é inabalável. O presidente cubano também agradeceu o apoio chinês ao desenvolvimento socioeconômico de seu país e afirmou que Cuba pretende criar um ambiente de investimento mais favorável às empresas chinesas.
Após o encontro, os dois países divulgaram a "Declaração Conjunta entre a República Popular da China e a República de Cuba sobre a Aceleração da Construção de uma Comunidade de Futuro Compartilhado Sino-Cubana" e assinaram uma série de acordos de cooperação voltados para aprofundar a construção conjunta da "Iniciativa do Cinturão e Rota".
Fonte: CMG

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Xi Jinping recebe presidente cubano em Beijing

247 - O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, destacaram a importância dos 65 anos de relações diplomáticas entre Cuba e China em um encontro realizado nesta quinta-feira (4) no Grande Salão do Povo, em Pequim. Durante a reunião, ambos os líderes reforçaram os laços de amizade e cooperação entre as duas nações, que sempre se pautaram pela confiança mútua e o respeito à governança global.
Díaz-Canel, em seu discurso, não poupou elogios à China, ressaltando suas contribuições para o mundo, bem como sua defesa do multilateralismo e da justiça global. O presidente cubano também falou sobre as conquistas do gigante asiático e o impacto do processo revolucionário chinês. "O povo cubano e o Partido Comunista de Cuba são imensamente gratos à China e suas lideranças, que têm sido fundamentais para o fortalecimento dessas relações", afirmou Díaz-Canel. Ele ainda expressou as saudações de Raúl Castro, líder histórico da Revolução Cubana, um grande defensor do estreitamento dos vínculos entre os dois países.
A visita de Díaz-Canel à China também marcou sua participação nas comemorações do 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e a derrota do fascismo. Durante o evento, que aconteceu na Praça da Paz Celestial, Díaz-Canel foi o único presidente das Américas a comparecer, ao lado de 25 outros chefes de Estado e de governo. Para ele, foi uma honra participar da celebração e destacar a relação de Cuba com a China em momentos históricos como este.
Xi Jinping, por sua vez, reafirmou a parceria estratégica entre os dois países, descrevendo Cuba e China como "bons parceiros, bons amigos e bons irmãos". O líder chinês destacou que os laços de amizade entre as duas nações têm sido cultivados ao longo de várias gerações, desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1960, quando Cuba foi o primeiro país da América Latina e do Caribe a formalizar laços com a República Popular da China.
Díaz-Canel também prestou uma homenagem aos mártires chineses ao depositar uma coroa de flores no Monumento aos Heróis do Povo Chinês, localizado na Praça da Paz Celestial. O presidente cubano, que também participou da Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), reafirmou o compromisso de Cuba com a Iniciativa de Governança Global, proposta recentemente por Xi Jinping. A iniciativa visa a construção de um sistema de governança mais justo e equitativo para o mundo, uma causa que Cuba tem apoiado plenamente.
Além de sua reunião com Xi Jinping, o presidente cubano também se encontrou com Li Xi, membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, e com o secretário da Comissão Central de Inspeção Disciplinar. Com a celebração dos 65 anos de relações diplomáticas, Cuba e China renovam seu compromisso com a cooperação mútua, que engloba uma gama de setores e reflete a profunda confiança política existente entre as duas potências.

José Reinaldo

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América Latina

Cuba e China comemoram 65 anos de laços diplomáticos com encontro entre Díaz-Canel e Xi Jinping

247 - O Departamento de Estado dos Estados Unidos impôs sanções ao presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, a altos membros de seu governo e a seus familiares diretos, com a retirada de vistos, sob a justificativa de que seriam responsáveis por "graves violações dos direitos humanos" durante os protestos ocorridos em 2021, informou o canal RT. 
<blockquote>“Em solidariedade ao povo cubano e aos presos políticos da ilha, os Estados Unidos estão designando líderes-chave do regime […] por sua participação em graves violações de direitos humanos”, declarou o governo norte-americano nesta sexta-feira (11). </blockquote>
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, rejeitou a imposição de sanções contra o presidente Miguel Díaz-Canel e outros altos funcionários do governo de seu país.
“Os EUA são capazes de impor sanções migratórias contra dirigentes revolucionários e de manter uma guerra econômica prolongada e impiedosa contra Cuba, mas não têm a capacidade de dobrar a vontade deste povo nem de seus dirigentes”, declarou o ministro em sua conta na rede X.
Em julho de 2021, Díaz-Canel acusou diretamente os Estados Unidos de aplicar “uma política de asfixia econômica” com o objetivo de provocar “um estouro social” para desestabilizar sua gestão, “desacreditar o governo e a revolução” e “fraturar a unidade do povo”, como parte de uma estratégia geral de mudança de regime.
Na ocasião, ele afirmou que “qualquer questionamento ou preocupação da população” seria “avaliado”, mas ressaltou que aqueles que incentivavam as manifestações “estimulam que as coisas se expressem de maneira desordenada”.
Recentemente, as autoridades da ilha divulgaram um vídeo de um cidadão cubano recrutado nos Estados Unidos para cometer ações terroristas na província de Cienfuegos. Nessa mesma linha, no último dia 3 de julho, a chancelaria cubana denunciou que Washington recruta e pressiona seus cidadãos para derrubar o governo.

Redação Brasil 247

Díaz-Canel, presidente de Cuba, na 12ª Cúpula Extraordinária da ALBA-TCP

EUA sancionam o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre nesta segunda-feira (7) uma intensa agenda no Rio de Janeiro, no último dia da 17ª Cúpula do BRICS. As atividades se concentram em temas centrais para o Sul Global, como meio ambiente, saúde, financiamento climático e integração regional, com destaque para o encontro bilateral com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e a participação no encerramento do Fórum Empresarial Brasil–Índia.
A programação começa às 9h, no Museu de Arte Moderna (MAM), com a sessão plenária “Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global”, que reúne os chefes de Estado dos países-membros do BRICS e parceiros convidados. A discussão aprofunda a articulação para a Conferência do Clima da ONU de 2025 (COP30), que será realizada em Belém do Pará, e para estratégias conjuntas no enfrentamento das desigualdades em saúde — tema especialmente caro aos países em desenvolvimento.
Ao meio-dia, também no MAM, Lula participa da adoção da Declaração sobre Financiamento Climático, com o lançamento da Parceria para a Eliminação das Doenças Socialmente Determinadas. A iniciativa reforça o compromisso do BRICS com o desenvolvimento sustentável e a justiça social, combinando ação ambiental com políticas de saúde pública.
Às 13h, o presidente concede declaração à imprensa na sala de coletivas do Vivo Rio, onde deve fazer um balanço da cúpula e destacar os avanços obtidos no ciclo de debates. A expectativa é de que Lula reforce o papel do Brasil como liderança ativa na defesa de um mundo multipolar e na promoção da solidariedade entre os países do Sul Global.
Logo em seguida, às 14h, Lula terá um almoço de trabalho com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, também no MAM. O encontro reforça os laços históricos entre Brasil e Cuba e ocorre em um contexto de reaproximação política e diplomática, com atenção às pautas de desenvolvimento, soberania e cooperação internacional.
A agenda segue às 15h30, com a presença do presidente na cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial Brasil–Índia, no Museu do Amanhã. A iniciativa reforça o papel estratégico da Índia no BRICS e visa aprofundar relações comerciais e tecnológicas entre os dois países, ambos protagonistas no cenário global e parceiros-chave em temas como inovação, transição energética e industrialização sustentável.
Ao fim da tarde, às 17h, Lula embarca de volta para Brasília a partir do Aeroporto Santos Dumont. A chegada à capital federal está prevista para as 18h10, na Base Aérea de Brasília.
O encerramento da cúpula marca não apenas a conclusão de um ciclo de debates bem-sucedido, mas também a consolidação do BRICS como um polo de formulação política, econômica e ambiental para a nova ordem global. Sob a liderança brasileira, o grupo reafirma seu compromisso com a multipolaridade, a justiça internacional e a cooperação entre os povos.

Poder

Lula encerra cúpula do BRICS com agenda voltada ao meio ambiente, Cuba, Índia e integração com Sul Global

<a href="https://agendadopoder.com.br/quaqua-trata-de-parcerias-com-presidente-de-cuba/">Agenda do Poder - </a>No primeiro dia da cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, se encontrou com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que está na cidade como convidado do encontro de chefes de Estado do bloco. A reunião foi realizada no hotel Windsor Flórida, no bairro do Catete, Zona Sul da capital fluminense. Quaquá e Díaz-Canel discutiram diversos projetos e parcerias entre a cidade de Maricá e a ilha caribenha, com destaque para as áreas de saúde e alimentação.
Díaz-Canel agradeceu o apoio prestado por Maricá ao governo cubano.
“Maricá tem sido uma grande amiga de Cuba. É com alegria e entusiasmo que acompanhamos os projetos e parcerias que estamos desenvolvendo juntos, especialmente nas áreas de saúde, biotecnologia e alimentação. Agradeço também pela solidariedade ao povo cubano e pelo apoio incondicional à defesa da nossa soberania como nação livre e pujante”, afirmou o presidente cubano.
Presidente da Associação dos Prefeitos dos Brics, Quaquá ressaltou os laços fraternos com Cuba e destacou as ações planejadas em conjunto.
“Temos muito orgulho das parcerias que estamos desenvolvendo com Cuba. Em breve, teremos vacinas e medicamentos produzidos em Maricá com a expertise e a tecnologia dos laboratórios cubanos”, disse.
Entre os medicamentos que serão fabricados com tecnologia cubana está um para o controle da diabetes. Quaquá confirmou que, em agosto, um grupo de moradores diabéticos de Maricá será enviado para tratamento em Cuba.
Ao fim da reunião, o prefeito voltou a manifestar solidariedade ao país, que há décadas sofre os impactos do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos. Quaquá também se colocou à disposição para ser interlocutor no diálogo entre os governos do Brasil e de Cuba.
“Somos nações irmãs que precisam sempre estar próximas. Nos colocamos à disposição para estreitar ainda mais nossos laços e relações”, completou.

Bianca Penteado

Brasil

Quaquá trata de parcerias com presidente de Cuba

Por José Reinaldo Carvalho, do Brasil 247, no Rio de Janeiro - Em reunião neste domingo, 6, no Rio de Janeiro, com dezenas de representantes de movimentos sociais e partidos políticos brasileiros, o presidente cubano, que se encontra no Brasil para participar da 17ª Cúpula do BRICS na condição de país parceiro, agradeceu a solidariedade que recebe do povo brasileiro e condenou o bloqueio imposto pelos EUA.
“Não se trata de um bloqueio rotineiro, mas de um bloqueio recrudescido, agravado por novas medidas de restrição econômica e pela inclusão de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo", disse.
Díaz-Canel afirmou, entretanto, que “Cuba não vai se render”. Ele condenou o apoio dos EUA ao genocídio de Israel contra o povo palestino e a agressão estadunidense ao Irã. Afirmou também que, com o povo mobilizado, o governo encontrará os caminhos para enfrentar as dificuldades e não vai adotar políticas do fracassado neoliberal.
Estavam presentes também o embaixador de Cuba no Brasil, Adolfo Curbello, o chanceler Bruno Rodríguez e o secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista Cubano, Emílio Garcia.

José Reinaldo Carvalho

“Estamos vivendo a etapa da intensificação do bloqueio”, diz o presidente cubano Miguel Díaz-Canel

247 – O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, parabenizou nesta terça-feira (1º) o líder chinês Xi Jinping e os mais de 100 milhões de membros do Partido Comunista da China (PCCh) pelo 104º aniversário da sigla.
Em mensagem publicada na rede X, o cubano expressou "admiração e respeito" pela trajetória do partido, desejando sucesso na “importante tarefa de construção do socialismo”.
De acordo com dados divulgados na véspera do aniversário, o PCCh encerrou 2024 com mais de 100,27 milhões de militantes — um crescimento de mais de 1 milhão em relação ao ano anterior. Segundo o texto, o partido segue exercendo a autossupervisão e o autogoverno.

Mundo

Cuba parabeniza Partido Comunista da China por 104º aniversário

247 – Em entrevista ao jornalista Breno Altman, no programa 20 Minutos, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, ofereceu uma profunda análise sobre a grave crise enfrentada pelo país caribenho. Recebido no Palácio da Revolução, em Havana, Altman ouviu de Canel um diagnóstico direto: “Estamos atravessando um dos períodos mais complexos desde 1959. A causa fundamental é o injusto, genocida e criminal bloqueio imposto pelos Estados Unidos, intensificado durante o governo Trump e mantido por Biden”.
Díaz-Canel destacou que, apenas entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o bloqueio causou prejuízos de mais de 5 bilhões de dólares. “São 13,8 milhões de dólares por dia. Uma hora de bloqueio representa mais de meio milhão em perdas”, pontuou.
O bloqueio recrudescido e seus impactos estruturais
O presidente cubano explicou que o agravamento das sanções a partir de 2017 criou uma “nova qualidade” do bloqueio, com foco especial na perseguição financeira e energética. Entre as medidas citadas estão a inclusão de Cuba na lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo e a aplicação do capítulo 3 da lei Helms-Burton, que permite processar empresas que utilizem propriedades nacionalizadas após a revolução.
“A pandemia chegou em meio a esse cenário. Sem turismo, com remessas cortadas e com uma economia já golpeada, tivemos que desenvolver nossos próprios ventiladores pulmonares, criar vacinas nacionais e enfrentar uma crise energética brutal sem apoio internacional”, lembrou.
Crise energética e esforços de superação
Segundo Díaz-Canel, o sistema eletroenergético cubano opera com termoelétricas que já ultrapassaram sua vida útil e enfrentam escassez de peças e manutenção. “Nos faltam combustíveis e recursos para modernizar o sistema. A perseguição energética nos impede de importar diesel e fuel oil, comprometendo a geração distribuída”, explicou.
Cuba tem apostado na diversificação de sua matriz elétrica com fontes renováveis. O presidente informou que, até o fim de 2025, o país deve alcançar 2.000 MW em energia fotovoltaica. Além disso, novas políticas promovem a compra de sistemas domésticos de geração por parte da população, bem como incentivos para o uso de biomassa na produção canavieira.
Reconhecimento de erros e necessidade de autocrítica
Díaz-Canel admitiu falhas internas na gestão econômica: “Mesmo sem outros fatores, o bloqueio nos traria a esta situação. Mas reconhecemos que houve erros, incongruências na implementação de medidas, excesso de burocracia, mentalidade importadora e dificuldade em aplicar ciência e inovação fora dos setores de saúde e biotecnologia”.
Ainda assim, o presidente destacou que a resistência cubana não é passiva. “É uma resistência criativa. Desenvolvemos vacinas próprias, mantivemos a educação e a saúde públicas, e reafirmamos a justiça social como valor inegociável”.
Protestos, tarifas e diálogo social
Questionado sobre manifestações estudantis recentes devido ao aumento nas tarifas da estatal de telecomunicações ETECSA, Díaz-Canel destacou que Cuba tratou o tema com diálogo e democracia. “Houve erro de comunicação e inconsistências nas medidas, mas abrimos espaço para escuta e ajustes. Formamos grupos com estudantes e especialistas para assessorar a empresa. Isso é socialismo em prática”, afirmou.
Ele contrastou a reação cubana com a repressão em países como os Estados Unidos. “Enquanto nossos jovens protestam por canais institucionais, nos EUA estudantes são agredidos por protestarem contra o genocídio na Palestina. É pura hipocrisia daqueles que nos acusam de ditadura”, disse.
Modelo político cubano e liberdade de expressão
Sobre as críticas ao modelo de partido único, Díaz-Canel respondeu: “Temos um partido para unir, não para eleger. É uma tradição histórica herdada de Martí. Em Cuba, o partido não postula candidatos. A representação popular se dá desde os bairros, com base no poder local”.
Ele criticou duramente a ingerência externa: “Grupos opositores são financiados pelos EUA para promover vandalismo e desestabilização. Quando são julgados, nos acusam de prender por opinião. É mentira. Não há presos de opinião, há delinquentes julgados conforme a lei”.
Relações internacionais, China e BRICS
Díaz-Canel celebrou a parceria histórica com a China, que chamou de “aliança de ferro”. Ele destacou a cooperação em áreas como energia renovável, turismo, biotecnologia e agricultura. “China é um grande aliado. Nos apoia contra o bloqueio e defende nossa exclusão da lista de países terroristas”, disse.
Sobre os BRICS, considerou a adesão como associado uma “porta para o futuro”: “O BRICS representa uma nova governança global. Podemos cooperar em projetos estratégicos, ter acesso a financiamento, tecnologia e escapar do domínio do dólar”.
Brasil e Cuba: retomada das relações com Lula
As relações com o Brasil, segundo Díaz-Canel, vivem uma fase de renascimento: “Lula é nosso amigo, nosso irmão. Em sua visita a Cuba em 2023, firmamos acordos nas áreas de agricultura, saúde, biotecnologia e energia. Com ele, retomamos uma relação solidária e estratégica”.
O presidente cubano lamentou a ruptura do programa Mais Médicos durante o governo Bolsonaro e recordou com orgulho a atuação dos profissionais cubanos em comunidades pobres brasileiras. “Levamos saúde onde nunca antes havia chegado”, afirmou.
Socialismo cubano: continuidade e transformação
Díaz-Canel reafirmou que o socialismo segue sendo o caminho cubano. “É a única alternativa para manter a soberania e a justiça social. Incorporamos o setor privado sob regulação estatal, sem abrir mão dos princípios socialistas. O que não podemos permitir é que a desigualdade avance sem controle”.
Reconhecendo que parte da iniciativa privada causou distorções como evasão fiscal e preços abusivos, o governo promete maior regulação e integração com os planos nacionais. “O setor não estatal deve contribuir com impostos e se alinhar às prioridades sociais”, destacou.
Cultura, orgulho e responsabilidade histórica
Ao fim da conversa, Díaz-Canel emocionou-se ao falar sobre sua trajetória. “Eu não esperava estar aqui. Era engenheiro, professor. Mas a vida exige entrega. Me inspiro nos exemplos de Fidel e Raúl, mas busco um caminho próprio, com compromisso, com diálogo, com transformação”.
Ele recomendou o livro Cem horas com Fidel, do jornalista Ignacio Ramonet, e os filmes Memórias do subdesenvolvimento, de Tomás Gutiérrez Alea, e O cidadão Kane, de Orson Welles. “São obras para entender a essência da revolução e as batalhas contra a manipulação da informação”, explicou.
Encerrando a entrevista, afirmou: “Apesar das dificuldades, o povo cubano resiste com dignidade. A revolução está viva, e vamos vencê-la, com criatividade, justiça e solidariedade”. Assista:
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Díaz-Canel, presidente de Cuba na 12ª Cúpula Extraordinária da ALBA-TCP

Sul Global

Cuba resiste: Díaz-Canel denuncia bloqueio dos EUA e reafirma socialismo como solução nacional

247 - &nbsp;Em mais um gesto de fortalecimento das relações estratégicas entre Cuba e a China, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel recebeu nesta quarta-feira (11) o representante especial do governo chinês para assuntos latino-americanos, Qiu Xiaoqi. A visita encerrou a agenda do diplomata no país caribenho e foi marcada por declarações que reiteram a solidez da aliança entre as duas nações socialistas. As informações são da agência Prensa Latina.
Em publicação na rede social X, Díaz-Canel informou que o encontro ressaltou os laços bilaterais como “referência para a cooperação solidária entre os países socialistas”. O presidente cubano classificou a visita de Qiu como uma demonstração clara do “firme consenso entre as lideranças de ambas as nações” e da “sensibilidade e compreensão do presidente Xi Jinping em relação aos problemas que Cuba enfrenta”.
O chefe de Estado destacou a importância simbólica da celebração, em setembro próximo, dos 65 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Havana e Pequim. Para ele, esse marco será “crucial para fortalecer o diálogo político” e aprofundar as iniciativas conjuntas.
Díaz-Canel afirmou ainda que “os laços partidários são a pedra angular das nossas relações bilaterais” e elogiou a disposição da China em manter uma colaboração ativa e de alto nível com a ilha. Segundo ele, as atividades do diplomata chinês “dão continuidade às conversas mantidas com o presidente Xi Jinping” e evidenciam “a vontade política de avançar nas relações e encontrar soluções conjuntas”.
Outro ponto enfatizado por Díaz-Canel foi a cooperação empresarial, que considera essencial para gerar benefícios mútuos. Ele expressou sua “profunda gratidão pelo forte apoio que a China demonstrou ao seu país em tempos difíceis”, mencionando ainda “a contribuição inestimável e sustentável dos projetos do gigante asiático” para o desenvolvimento de áreas prioritárias em Cuba, especialmente aquelas com impacto direto na qualidade de vida da população.
Por sua vez, o representante chinês classificou como “frutíferos” os resultados da missão diplomática e destacou “a importância dos intercâmbios profundos mantidos com as autoridades cubanas”. Qiu Xiaoqi assegurou que “a China atribui grande importância ao desenvolvimento de laços com uma nação socialista como Cuba” e reafirmou o compromisso de seu país em seguir fornecendo apoio e assistência ao povo cubano.
A visita de Qiu reforça uma etapa recente de intensa atividade diplomática entre os dois países. A China tem se posicionado como um dos principais parceiros econômicos e políticos de Cuba, em meio às adversidades provocadas pelo bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos e pelos desafios internos da economia cubana.
Ao destacar a relevância dessa relação, Díaz-Canel reafirmou que a cooperação com a China é estratégica não apenas para o desenvolvimento de Cuba, mas também como exemplo de solidariedade entre nações com projetos socialistas de construção soberana e multilateral.

Qiu Xiaoqi, representante especial da China para a América Latina, é recebido pelo presidente cubano Miguel Díaz-Canel

Presidente cubano reforça aliança com a China em encontro com enviado especial de Xi Jinping

CGTN – O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu, na tarde desta sexta-feira (9), com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. O encontro foi em Moscou, durante as comemorações do 80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica da União Soviética. Xi Jinping ressaltou que este ano marca o 65º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Cuba. A parte chinesa está disposta a fortalecer a sólida amizade, construir uma comunidade de futuro compartilhado ainda mais estreita e estabelecer um modelo de solidariedade e cooperação entre países socialistas e um exemplo de assistência mútua sincera entre países em desenvolvimento. O líder chinês afirmou que a China apoia firmemente Cuba na defesa de sua soberania, na luta contra a interferência externa, contra o bloqueio, bem como em seu desenvolvimento econômico e social. Como membros importantes do Sul Global, China e Cuba devem reforçar a coordenação e cooperação em marcos como o BRICS e o Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), opondo-se à política de poder e à intimidação unilateral e defendendo a justiça e a equidade internacionais.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250510180540_1837b1a7c97aa17d6f1a2e143537873ee27b530a300168caebc2ceb560dce80b.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250510180540_1837b1a7c97aa17d6f1a2e143537873ee27b530a300168caebc2ceb560dce80b" data-rendition-name="original" width="1000" height="688" loading="lazy" alt="Xi Jinping e Miguel Díaz-Canel se reúnem em Moscou (atualizada)"></figure>  Por sua vez, Díaz-Canel afirmou que os dois países são amigos e irmãos íntimos. Ele agradeceu o apoio consistente da China ao desenvolvimento econômico e social cubano. Reiterou que Cuba adere ao princípio de Uma Só China e deseja aprofundar a cooperação mutuamente benéfica com o país asiático, promovendo os intercâmbios entre os povos, bem como fortalecendo a coordenação em assuntos regionais e internacionais. Cuba está disposta a trabalhar com a China na oposição ao unilateralismo e ao protecionismo e na defesa dos interesses comuns da comunidade internacional. Tradução: Zhao Yan Revisão: Fabiano Bomfim&nbsp; Fonte: CMG

Xi Jinping e Miguel Díaz-Canel se reúnem em Moscou (atualizada)

247 – O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, confirmou sua presença nas celebrações do Dia da Vitória na Rússia, marcadas para o dia 9 de maio na icônica Praça Vermelha, em Moscou. A informação foi divulgada originalmente pela agência Sputnik Brasil, que repercutiu a declaração feita por Díaz-Canel por meio de sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter).
“Em poucas horas, estaremos na querida Rússia para participar das comemorações por ocasião do 80º aniversário da Vitória sobre o fascismo e do 65º aniversário do estabelecimento das relações entre nossos países”, escreveu o líder cubano. Ele ainda acrescentou: “Cuba estará na Praça Vermelha no dia 9 de maio. É uma honra”.
A presença de Díaz-Canel no evento reforça os laços históricos entre Cuba e a Federação da Rússia, herdeira da antiga União Soviética. O desfile do Dia da Vitória, realizado anualmente em Moscou, homenageia a vitória soviética na chamada Grande Guerra Patriótica – período entre 1941 e 1945 da Segunda Guerra Mundial, em que a União Soviética enfrentou e derrotou a Alemanha nazista.
Em 2025, a cerimônia adquire um simbolismo ainda mais significativo, por se tratar dos 80 anos da vitória e também dos 65 anos de relações diplomáticas entre Cuba e a Rússia, iniciadas após o triunfo da Revolução Cubana. A participação do presidente cubano sinaliza a continuidade de uma aliança estratégica entre os dois países, que remonta ao período da Guerra Fria.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já havia informado, no dia 15 de abril, que Moscou esperava receber líderes de mais de 20 países para as celebrações deste ano. A confirmação da presença de Díaz-Canel se soma à expectativa de uma cerimônia marcada por forte peso político e simbólico, em meio a um cenário internacional cada vez mais tensionado.
A celebração do Dia da Vitória é, para a Rússia, um dos eventos mais importantes do calendário oficial. Além de reforçar a narrativa de heroísmo soviético frente ao nazismo, o desfile militar na Praça Vermelha é uma demonstração de poder e de continuidade histórica da Federação Russa em relação à antiga URSS.
Ao confirmar sua presença em Moscou, Díaz-Canel reforça a posição de Cuba como um dos aliados mais fiéis da Rússia na América Latina e evidencia o papel que a ilha ainda desempenha como símbolo de resistência e alinhamento com forças geopolíticas que desafiam a hegemonia ocidental.

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