247 - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu preventivamente, nesta sexta-feira (5), o homem suspeito de matar a própria namorada e deixar parte do corpo dela em uma mala no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa e divulgada pelo <a href="https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/09/05/policia-prende-suspeito-de-deixar-mala-com-parte-de-corpo-em-armario-na-rodoviaria-de-porto-alegre.ghtml">g1 RS.</a>
O delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios, classificou o suspeito, de 65 anos, como alguém “extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”. Segundo o delegado, as provas apontam que ele cometeu o crime com a intenção de chocar a opinião pública. “Este homem não pode estar em condições de convívio na sociedade. É uma pessoa que tem capacidade de cometer crimes na sociedade altíssima”, afirmou.
O suspeito, publicitário de profissão, dominava técnicas de corte e demonstrou, de acordo com a polícia, um “elevado grau de organização e capacidade criminosa”. Mesmo tomando precauções para não ser identificado — como uso de luvas, óculos, boné e máscara —, acabou registrado por câmeras de monitoramento na rodoviária e em um comércio da Zona Norte da capital. Em uma dessas imagens, foi visto abaixando a máscara, o que permitiu sua identificação.
<h3>Vítima e motivação</h3>
A vítima é uma mulher de cerca de 50 anos, que mantinha relacionamento com o suspeito. A Polícia Civil trata o caso como feminicídio. Para o delegado Souza, a motivação do crime ultrapassa o âmbito pessoal. “Afrontar o Estado, afrontar a polícia”, disse.
<h3>Dinâmica do crime</h3>
O homicídio ocorreu em 9 de agosto. Dias depois, no dia 13, os braços e pernas da vítima foram encontrados em sacos de lixo no bairro Santo Antônio, na Zona Leste. No dia 20, o suspeito deixou o tronco da mulher na rodoviária — desta vez em um espaço de grande circulação de pessoas e sob vigilância constante. Para a polícia, a diferença de locais e datas foi planejada. “Primeiro, em um lugar ermo. Depois, em um dos lugares mais movimentados do estado”, explicou Souza.
Além disso, o suspeito teria deixado pistas falsas e até feito denúncias enganosas para tentar manipular a investigação. “Parecia que ele estava querendo controlar os atos do Estado, os atos da polícia. Parecia que ele queria estar um passo à frente da polícia”, destacou o delegado.
<h3>Crânio ainda não localizado</h3>
Os investigadores acreditam que o homem planejava um terceiro ato, que envolveria o crânio da vítima, ainda não encontrado. A polícia também apura se houve participação de outras pessoas no crime.
<h3>Descoberta na rodoviária</h3>
A mala permaneceu 12 dias no guarda-volumes. De acordo com Henrique Zamora Rodrigues, supervisor do setor, o volume foi bloqueado para que apenas outra pessoa pudesse retirá-lo. Com o forte odor, funcionários decidiram abrir a bagagem.
“Agora no fim de semana, por causa do calor, começou a exalar cheiro ali dentro, e hoje estava insuportável. Tentei contato com os dados que tinham passado, mas não consegui nenhum contato, até para poder descartar”, relatou Rodrigues.
Ao arrombar o cadeado, encontrou o tronco da vítima. “Fomos abrir, quebrei o cadeado, estava com vários sacos plásticos preto e vimos um tronco, que não era de animal, e acionamos a polícia na hora. Retiraram o corpo e o cheiro segue ali no ar”, disse.
A Polícia Civil segue investigando o caso, que chocou moradores de Porto Alegre pela frieza e pela forma como foi executado.

Laís Gouveia

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Mistério da mala: polícia prende suspeito de deixar corpo em rodoviária e já tem possível desfecho do caso

247 - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga um caso de extrema violência e mistério que envolve a descoberta de partes de um corpo humano em uma mala abandonada no guarda-volumes da Rodoviária de Porto Alegre. A informação foi revelada pela C<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sul/rs/mala-com-pedacos-de-corpo-tinha-bilhete-colado-misterio-intriga-policia/">NN Brasil</a>, que teve acesso à imagem de um bilhete colado do lado de fora da bagagem.
O papel trazia o nome, o endereço e o telefone de um escritório de contabilidade localizado em Canoas, na Região Metropolitana, elemento que chamou a atenção dos investigadores pela aparente tentativa de vincular o crime a terceiros.
Segundo a Polícia, a mala foi deixada no terminal rodoviário no dia 20 de agosto. O responsável utilizou documentos falsos no cadastro e recorreu a um elaborado disfarce, com máscara, óculos escuros e boné, em uma tentativa de ocultar a identidade. Imagens de câmeras de monitoramento já estão em análise.
Outro detalhe que reforça a suspeita de premeditação é que, além do bilhete, o homem teria deixado no guarda-volumes um documento em nome de outra pessoa. Essa pessoa foi localizada e identificada pela investigação, mas, conforme esclareceu o delegado André Luiz Freitas, não há indícios de participação dela no crime.
<blockquote>&nbsp;"Está sendo averiguado, mas a princípio o homem que, supostamente buscaria a mala, não tem relação com o ocorrido. O nome dele foi colocado lá, justamente com a intenção de incriminá-lo", afirmou o delegado.</blockquote>
O corpo foi descoberto apenas em 1º de setembro, quando funcionários do terminal perceberam o forte odor vindo do compartimento. Dentro da mala, estava o tronco de uma mulher. Exames de DNA confirmaram que os restos pertencem à mesma vítima cujos braços e pernas haviam sido encontrados em um bueiro de Porto Alegre, no mês anterior.
Com a confirmação, os investigadores trabalham com a hipótese de feminicídio, embora outras linhas de apuração não tenham sido descartadas. O Departamento de Homicídios busca agora identificar o suspeito que abandonou a mala e esclarecer a conexão entre o bilhete colado e o escritório de contabilidade citado no papel.
O caso segue em investigação e tem mobilizado equipes de diferentes áreas da Polícia Civil, dada a gravidade e o grau de planejamento por trás da ação criminosa.

Mistério da mala: o que já se sabe sobre corpo encontrado na rodoviária de Porto Alegre

247 - Na manhã desta sexta-feira (15), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deflagrou uma operação de segurança na Esplanada dos Ministérios após encontrar uma mala suspeita no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados. O objetivo da ação foi averiguar a possibilidade de que o objeto fosse um artefato explosivo, especialmente depois do clima de tensão gerado pela descoberta de bombas em dias anteriores.
A mala, que causou alarme nas autoridades, havia sido encontrada pela primeira vez na última quarta-feira (13). No entanto, a situação ficou ainda mais grave após o atentado realizado por Francisco Wanderley Luiz, que detonou duas bombas nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF). Após uma perícia inicial, os agentes confirmaram que a mala não continha explosivos, mas devido à proximidade com o ataque, a PMDF decidiu intensificar os procedimentos de segurança.
Ao ser identificada novamente nesta sexta-feira, a mala gerou novas preocupações. Para garantir que se tratava do mesmo objeto encontrado dois dias antes, a PMDF acionou a “Operação Petardo”. Segundo a corporação, a investigação revelou que o artefato não estava relacionado a atividades criminosas, e o objeto acabou sendo descartado após constatação de que não havia risco de explosão. A PMDF acredita que a mala possa ter sido deixada por um morador em situação de rua que frequentaria a área.

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