247 - &nbsp;Quase duas décadas após o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, autoridades portuguesas e alemãs retomaram nesta terça-feira (3) as buscas no sul de Portugal. Segundo informações publicadas pelo The Sun e outras agências internacionais, a operação ocorre em uma região próxima à Praia da Luz, no Algarve, onde a criança desapareceu em 2007, e se concentra em locais associados a Christian Brückner, apontado como principal suspeito do crime.
Madeleine tinha três anos quando desapareceu do apartamento onde passava férias com a família, enquanto os pais jantavam num restaurante a poucos metros de distância. O caso teve ampla repercussão mundial e ainda mobiliza esforços investigativos. Desta vez, a nova etapa da apuração envolve 25 policiais enviados da Alemanha, que atuam sob uma ordem judicial emitida pelas autoridades do país.
As buscas devem seguir até a próxima sexta-feira (6) e utilizam tecnologias de varredura do solo, incluindo um radar capaz de escanear até 4,5 metros de profundidade. A área inspecionada inclui um chalé que teria sido utilizado por Brückner, localizado nas imediações de onde Maddie foi vista pela última vez.Brückner está atualmente preso na Alemanha, cumprindo pena de sete anos por ter estuprado, em 2005, uma mulher americana de 72 anos também na Praia da Luz — mesma localidade do desaparecimento de Madeleine. Embora ainda não tenha sido formalmente acusado no caso McCann, ele é tratado como principal suspeito pelas autoridades alemãs, com base em evidências circunstanciais, como a presença de seu celular na região na noite do crime.
O histórico criminal de Christian Brückner é extenso e perturbador. Nascido na Baviera, no sul da Alemanha, em dezembro de 1976, ele foi criado em uma família adotiva e, desde a adolescência, acumulou passagens por crimes sexuais. Aos 17 anos, foi condenado por abuso contra menores. Em 1995, mudou-se para Portugal, onde permaneceu por mais de uma década, vivendo com frequência à margem da legalidade.Durante o período em que viveu no Algarve, Brückner realizava pequenos serviços e também cometia furtos em hotéis e residências de veraneio. Na época do desaparecimento de Madeleine, ele morava em um trailer nas proximidades da Praia da Luz. Um antigo vizinho afirmou ao canal Sky News, em 2020, que ele era instável: "Sempre estava um pouco irritado, dirigia rápido e um dia... desapareceu sem dizer uma palavra."Após o desaparecimento da menina, ele deixou Portugal e passou a alternar períodos entre o país e a Alemanha, onde se estabeleceu em Hannover. As autoridades seguem sem provas conclusivas, mas mantêm Brückner no foco das investigações por considerarem que o padrão de comportamento criminoso e sua presença no local o tornam o principal elo possível com o caso.
Em maio de 2023, operações semelhantes foram realizadas em torno de um lago a cerca de 50 quilômetros da Praia da Luz, também sem resultados definitivos. A retomada das buscas nesta semana reacende as esperanças de que o mistério que comoveu o mundo há 17 anos possa, enfim, ter uma resposta.

Laís Gouveia

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Christian Brückner volta ao centro do caso Madeleine McCann com novas buscas em Portugal

247 - Julia Wandelt, uma polonesa de 23 anos que alega ser Madeleine McCann, foi presa na quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025, ao desembarcar no Aeroporto de Bristol, no Reino Unido. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles. Wandelt é suspeita de perseguir e assediar os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann.
A jovem viajou de Wroclaw, na Polônia, com destino a Cardiff, no País de Gales, onde pretendia encontrar uma amiga de aproximadamente 60 anos. Ambas foram detidas pelas autoridades britânicas no aeroporto. A prisão ocorreu dias após Wandelt divulgar novos resultados de testes de DNA que, segundo ela, indicariam uma possível ligação genética com Gerry McCann. Anteriormente, testes de DNA haviam confirmado sua ascendência polonesa, descartando a possibilidade de ser Madeleine.
Em 2023, Julia ganhou notoriedade ao criar perfis nas redes sociais afirmando ser a menina britânica desaparecida em 2007. Na época, a família de Wandelt negou suas alegações, e análises biométricas concluíram que ela não era Madeleine. Apesar disso, a jovem continuou a sustentar sua versão, levando às recentes acusações de perseguição e assédio contra os McCann.
Até o momento, Kate e Gerry McCann não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. As investigações continuam, e Julia Wandelt permanece sob custódia das autoridades britânicas.

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