<p><b>247 –</b> Durante os feriados do Dia Nacional e do Festival do Meio Outono, a China voltou a ser um dos destinos turísticos mais procurados no mundo. Mas, além dos pontos turísticos históricos, como a Grande Muralha e a Cidade Proibida, uma nova atração tem conquistado visitantes: as compras. A informação foi divulgada pelo <a href="https://portuguese.people.com.cn/n3/2025/1011/c309810-20375584.html"><u>Diário do Povo</u></a>.</p>
<p>A tendência reflete uma mudança no perfil dos viajantes. De acordo com a reportagem do portal chinês, os turistas estrangeiros chegam ao país com malas vazias e retornam carregados de produtos “Made in China”, que vão de celulares dobráveis da Huawei a bonecos da Pop Mart. Essa transformação reposiciona os tradicionais souvenirs — antes centrados em porcelanas e produtos agrícolas — em favor de eletrônicos de ponta, artigos culturais e produtos para casa inteligente.</p>
<p>Em Shenzhen, os visitantes correm para experimentar dispositivos eletrônicos. Dados locais revelam que, apenas entre janeiro e agosto deste ano, as restituições de impostos para produtos nacionais em alta, como Huawei e DJI, responderam por 38,8% do total, confirmando a tecnologia como item obrigatório no carrinho dos turistas.</p>
<h2>Huawei, DJI e a consolidação do “Smart Made in China”</h2>
<p>O sucesso global das marcas chinesas se explica pela qualidade e pela inovação tecnológica. Segundo a consultoria Canalys, a Huawei ultrapassou a Samsung e conquistou 48% do mercado global de celulares dobráveis no primeiro semestre deste ano. Já a DJI mantém domínio mundial no setor de drones, com participação entre 70% e 85%. Empresas como a Inspur também avançam rapidamente em nichos como câmeras de ação.</p>
<p>Essa evolução reforça a transição de “Made in China” para “Smart Made in China”, consolidando a imagem do país como referência em tecnologia de consumo.</p>
<p>Outro fator que impulsiona o fenômeno é a infraestrutura de consumo. Pagamentos móveis, lojas inteligentes e reembolsos instantâneos de impostos tornam a experiência mais prática e segura, transformando a digitalização chinesa em um importante diferencial competitivo.</p>
<h2>Cultura pop e identidade estéticas</h2>
<p>Além da tecnologia, o apelo cultural amplia o desejo por produtos chineses. Sucessos como o filme Nezha 2, o boneco Labubu e o game Black Myth: Wukong se tornaram febre entre consumidores globais. Nesse cenário, o “Made in China” deixa de ser apenas mercadoria para assumir também um papel de expressão cultural.</p>

Redação Brasil 247

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Febre das compras chinesas reforça liderança global do “Made in China”

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