247 - A Ucrânia atacou a Rússia com drones neste domingo (24), provocando uma queda acentuada na capacidade de um reator em uma das maiores usinas nucleares daquele país e provocando um grande incêndio no relevante terminal de exportação de combustível Ust-Luga, disseram autoridades russas, de acordo com a agência Reuters. 
A usina nuclear de Kursk, a apenas 60 km da fronteira com a Ucrânia, disse que as defesas aéreas derrubaram um drone que detonou perto da usina logo após a meia-noite, danificando um transformador auxiliar e forçando uma redução de 50% na capacidade operacional do reator nº 3.
Os níveis de radiação estavam normais e não houve feridos no incêndio provocado pelo drone, informou a usina. Dois outros reatores estão operando sem geração de energia e um está passando por reparos programados.
A Agência Internacional de Energia Atômica disse estar ciente dos relatos de que um transformador na usina pegou fogo devido à atividade militar e enfatizou que todas as instalações nucleares devem ser protegidas o tempo todo.
Apesar das conversas sobre paz entre Rússia e Ucrânia, a guerra continua na linha de frente, acompanhada de ataques de mísseis e drones no interior da Rússia e da Ucrânia.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que pelo menos 95 drones ucranianos foram interceptados em mais de uma dúzia de regiões russas em 24 de agosto, dia em que a Ucrânia celebra sua declaração de independência da União Soviética em 1991.

Leonardo Sobreira

Usina Nuclear de Kursk (KNPP) vista da cidade de Kurchatov, na região de Kursk, Rússia - 19/03/2025

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Mundo

Ataques com drones ucranianos atingem usina nuclear russa e provocam incêndio em terminal portuário

Reuters - O major-general Mikhail Gudkov, vice-chefe da Marinha russa e ex-comandante de uma brigada de fuzileiros navais que lutava contra a Ucrânia, foi morto em combate, privando Moscou de um de seus oficiais mais graduados, informaram os militares russos nesta quinta-feira.
Gudkov, que recebeu uma honraria militar de alto nível no Kremlin pelo presidente russo Vladimir Putin em fevereiro, foi morto na quarta-feira "durante o trabalho de combate em um dos distritos fronteiriços da região de Kursk", disse o Ministério da Defesa em um comunicado.
Canais não oficiais de Telegram militares russos e ucranianos informaram anteriormente que Gudkov havia sido morto, juntamente com outros militares e oficiais, em um ataque de mísseis ucranianos a um posto de comando na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, com um míssil Himars fabricado nos Estados Unidos.
A Reuters não conseguiu verificar de forma independente como Gudkov, de 42 anos, perdeu a vida.
Responsável pelas forças costeiras e terrestres da Marinha, ele é um dos oficiais militares russos mais graduados mortos desde que Moscou lançou sua guerra em grande escala contra a Ucrânia em 2022.
Pelo menos 10 outros comandantes russos de alto escalão foram mortos em ação ou assassinados por Kiev desde o início da guerra.
Não houve comentário imediato da Ucrânia, que acusou Gudkov e seus subordinados de cometer vários crimes de guerra, algo que Moscou negou.
Na cidade portuária de Vladivostok, no extremo leste do país, base da Frota do Pacífico da Rússia, pessoas em luto deixaram flores perto de um retrato de Gudkov ao ar livre, parte de uma exposição de fotos que celebra os oficiais considerados heróis militares pela Rússia.
Oleg Kozhemyako, governador da região de Primorsky, que inclui o porto, disse em uma nota que Gudkov, que Putin nomeou vice-comandante-chefe da Marinha em março, morreu "cumprindo seu dever como oficial" junto com outros, e expressou suas condolências aos parentes dos mortos.
Partes de Kursk foram tomadas pelas forças ucranianas em uma ofensiva surpresa em agosto de 2024, antes que a Rússia dissesse no início deste ano que as havia expulsado.

Paulo Emilio

Flores colocadas em local com foto de Mikhail Gudkov em Vladivostok
 3/7/2025    REUTERS/Tatiana Meel

Vice-chefe da Marinha russa é morto pela Ucrânia na região de Kursk, diz Moscou

247 - Explosivos de origem estrangeira foram utilizados nos recentes ataques contra infraestruturas ferroviárias nas regiões russas de Bryansk e Kursk, conforme revelou Aleksandr Bastrykin, presidente do Comitê Investigativo da Rússia.&nbsp;
A informação foi divulgada em reportagem da RT nesta quarta-feira (5), durante uma reunião entre Bastrykin, o presidente <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Vladimir+Putin">Vladimir Putin</a> e autoridades do alto escalão do governo russo.
De acordo com Bastrykin, os atentados — que resultaram na morte de sete civis e deixaram mais de uma centena de feridos — foram "sem sombra de dúvida organizados pelos serviços especiais da Ucrânia". Segundo ele, os artefatos usados continham explosivos plásticos importados, com potência equivalente a 15 quilos de TNT, e foram acionados por um detonador de fabricação ucraniana.
<h3>Sequência de ataques e evidências encontradas</h3>
Os três atentados ocorreram entre os dias 25 e 26 de maio, em um momento crítico nas tensas relações entre Moscou e Kiev. No sábado à noite, um trem de passageiros foi atingido por destroços de uma ponte ferroviária destruída, causando a morte de sete pessoas na região de Bryansk. Na madrugada seguinte, um trem de carga foi alvo de explosão em uma ponte na vizinha região de Kursk, ferindo o maquinista e dois auxiliares. Horas depois, outro ataque atingiu uma locomotiva de manobra em um ponto distinto de Bryansk, danificando os trilhos. Neste último caso, não houve registro de vítimas.
Ainda segundo o chefe do Comitê Investigativo, entre os dias 20 e 25 de maio, as forças de segurança russas realizaram uma operação contra um grupo de sabotadores ucranianos em Bryansk. Durante a ação, foi localizado um esconderijo contendo 13 quilos de explosivos plásticos semelhantes aos usados nos atentados e detonadores remotos fabricados na Ucrânia.
O custo estimado dos danos materiais ultrapassa 1 bilhão de rublos, cerca de 13 milhões de dólares.
<h3>Ataques ocorreram em véspera de negociação</h3>
Os atentados aconteceram na véspera da segunda rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, realizada em Istambul. Embora o encontro não tenha produzido avanços substanciais, as delegações concordaram em promover uma troca de prisioneiros e repatriar os corpos de milhares de soldados mortos no conflito. As conversas também incluíram a apresentação de memorandos com propostas divergentes sobre possíveis soluções para a guerra, sinalizando que o diálogo, embora difícil, continuará.
<h3>Contexto e implicações</h3>
As declarações de Bastrykin reforçam a acusação russa de que a Ucrânia não apenas participa ativamente de ações de sabotagem em território russo, como também emprega tecnologia estrangeira para viabilizar esses ataques. A revelação de que os explosivos eram importados adiciona um novo componente à crise, sugerindo o envolvimento indireto de outros países no conflito, ainda que nenhum tenha sido nomeado.
Enquanto isso, as potências ocidentais continuam a apoiar a Ucrânia política e militarmente, muitas vezes minimizando ou ignorando acusações de terrorismo contra civis russos. A abordagem seletiva da mídia ocidental sobre essas ocorrências tem gerado críticas em Moscou, que cobra tratamento equânime para todos os atos de violência, independentemente da nacionalidade das vítimas.

Luis Mauro Filho

Chairman of the Investigative Committee Alexander Bastrykin attends a ceremony to award Gold Star medals to Heroes of Russia on the eve of Heroes of the Fatherland Day, at the Kremlin in Moscow, Russia December 8, 2022

Explosivos estrangeiros foram usados em ataques a ferrovias na Rússia, diz chefe do Comitê Investigativo

247 - O chefe do Comitê de Investigação da Rússia determinou que os processos criminais relativos aos incidentes nas regiões de Bryansk e Kursk fossem transferidos para o Departamento Principal de Investigação da entidade. Explosões em ferrovias nas duas regiões Kursk foram qualificadas como <a href="https://www.brasil247.com/mundo/ucrania-usa-drones-em-mega-ataque-e-destroi-mais-de-40-avioes-russos-russia-denuncia-terrorismov">ataque terrorista</a>, complementou a instituição russa.&nbsp;
Pelo menos sete pessoas morreram e 69 ficaram feridas. O governo de Bryansk informou que 47 pessoas foram hospitalizadas. Três eram crianças, e três dos feridos estão em estado crítico. Os números foram divulgados em um contexto no qual forças ucranianas fizeram ataques a pelo menos 41 aviões russos na Sibéria, e em regiões perto da fronteira com a Rússia.&nbsp;
Segundo o Comitê de Investigação, "em 31 de maio de 2025, às 22:50, no cruzamento ferroviário de Vygonichi – Pilshino, na região de Bryansk, na sequência de uma detonação, uma ponte rodoviária desabou, tendo seus fragmentos caído sobre um trem de passageiros que passava por baixo. O acidente deixou pessoas mortas e feridas".
O governador da região de Bryansk, Aleksandr Bogomaz, afirmou que a “ponte rodoviária foi explodida quando [por baixo] passava um trem com 388 passageiros". "Em 1 de junho de 2025, por volta das 3 horas da madrugada, uma ponte ferroviária no distrito de Zheleznogorsk da região de Kursk também foi detonada, na sequência disso o trem que passava caiu na rodovia. Como resultado do incidente, o maquinista do trem e 2 assistentes ficaram feridos", detalha o comunicado (com Sputnik).

Leonardo Lucena

Uma ferrovia e o presidente russo, Vladimir Putin

Rússia confirma mortos e feridos após abrir investigação sobre explosões em regiões próximas da fronteira com a Ucrânia

MOSCOU, 21 de maio (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, visitou a região ocidental de Kursk pela primeira vez desde que as forças russas expulsaram as tropas ucranianas da área no mês passado.
O Kremlin disse que durante a visita na terça-feira, Putin se encontrou com organizações voluntárias na região e visitou a usina nuclear Kursk-II.
A televisão estatal mostrou Putin se reunindo com voluntários e autoridades locais na região, incluindo o governador em exercício Alexander Khinshtein. Putin estava acompanhado por Sergei Kiriyenko, primeiro vice-chefe de gabinete do Kremlin.
A Rússia disse no final de abril que havia expulsado as tropas ucranianas da região de Kursk, encerrando a maior incursão em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Pouco mais de dois anos após a invasão da Rússia em 2022, a Ucrânia lançou em 6 de agosto seu ataque mais ousado, invadindo a fronteira russa na região de Kursk, apoiada por enxames de drones e armamento ocidental pesado.
No auge, as forças ucranianas reivindicaram quase 1.400 quilômetros quadrados de Kursk.
Reportagem da Reuters em Moscou; edição de Guy Faulconbridge

O presidente russo Vladimir Putin visita a usina nuclear Kursk-II em construção, na região de Kursk, Rússia, nesta imagem estática tirada de um vídeo divulgado em 21 de maio de 2025

Putin visita a região de Kursk pela primeira vez desde a expulsão das forças ucranianas

247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou nesta segunda-feira (20) uma visita oficial à região fronteiriça de Kursk, onde inspecionou pessoalmente o canteiro de obras da usina nuclear Kursk-2 e se reuniu com lideranças regionais. As informações são da agência estatal russa TASS, que citou comunicado oficial publicado no site do Kremlin nesta terça-feira (21).
De acordo com o informe, Putin participou de uma série de compromissos durante a viagem de trabalho, incluindo um encontro com voluntários locais e uma reunião com Alexander Khinshtein, que exerce interinamente o cargo de governador da região de Kursk. Khinshtein assumiu recentemente o posto em meio à reorganização administrativa promovida pelo governo federal russo em áreas estratégicas do país.
Na cidade de Kurchatov, localizada nas proximidades da fronteira com a Ucrânia, Putin presidiu uma reunião com chefes municipais, reforçando a atenção do governo central às regiões situadas na linha de frente do conflito em curso com Kiev. A visita ao canteiro da usina Kursk-2 — considerada uma das principais apostas do governo russo para garantir a soberania energética do país — reforça também o compromisso do Kremlin com o desenvolvimento de infraestrutura crítica, mesmo em áreas próximas a zonas de tensão.
A construção da nova usina nuclear substitui gradualmente a antiga instalação de Kursk, que opera com reatores do tipo RBMK, os mesmos usados na usina de Chernobyl. Kursk-2 será equipada com reatores do tipo VVER-TOI, de tecnologia mais moderna e considerada mais segura. Especialistas apontam que o projeto integra a estratégia de modernização do parque nuclear russo e visa ampliar a geração de energia para o setor industrial e as cidades da região ocidental do país.
Durante a visita, embora não tenha sido divulgado um discurso formal, o Kremlin enfatizou que Putin tem dado especial atenção às regiões de fronteira diante dos desafios de segurança impostos pelo conflito com a Ucrânia. O encontro com voluntários também teria simbolizado, segundo a mídia estatal, o reconhecimento do presidente às iniciativas civis de apoio à população local e aos esforços humanitários em curso. 
A presença de Putin em Kursk, somada ao esforço contínuo de Moscou para consolidar o controle administrativo e econômico das regiões mais próximas à Ucrânia, ocorre em um momento de crescente pressão internacional sobre o governo russo. Enquanto os países do Ocidente ampliam sanções e fornecimento militar ao governo de Kiev, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem reiterado sua disposição de buscar uma solução negociada para o conflito, embora sem detalhes concretos até o momento. 
A usina Kursk-2 está prevista para iniciar operações em etapas a partir dos próximos anos, com expectativa de fornecer energia para milhões de residências e garantir maior estabilidade elétrica em uma das regiões mais sensíveis do território russo. A visita de Putin ao canteiro de obras indica que o governo pretende acompanhar de perto o cronograma de execução do projeto, tratando-o como prioritário em meio ao atual contexto geopolítico.

José Reinaldo

Putin inspeciona obras da usina nuclear de Kursk e demonstra preocupação com segurança na fronteira com Ucrânia

247 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (27) que as tropas ucranianas continuam combatendo nas regiões russas de Kursk e Belgorod, apesar da declaração de Moscou de que teria "libertado totalmente" a área de Kursk. A informação foi publicada pela agência AFP.
"O nosso Exército continua a defender ativamente as áreas designadas nas regiões de Kursk e Belgorod", disse Zelensky em mensagem no Telegram, reconhecendo que a situação em diversos setores da linha de frente segue "difícil".
No sábado (26), o Kremlin havia anunciado a "libertação total" da região de Kursk das forças ucranianas, após a captura da localidade de Gornal, último reduto de resistência de Kiev na fronteira. Horas depois, o Exército ucraniano negou ter recuado, acusando Moscou de usar "truques de propaganda".
Zelensky aproveitou o comunicado para pedir um aumento da pressão internacional contra a Rússia, afirmando que "a situação no front e as ações do exército russo mostram que a pressão atual ainda é insuficiente" para encerrar a guerra.
As declarações de Zelensky ocorreram um dia após ele se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Vaticano, durante o funeral do Papa Francisco. Segundo Zelensky, o breve encontro foi uma "reunião muito simbólica que tem potencial para se tornar histórica".

Guilherme Paladino

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev

Zelensky contesta anúncio russo de vitória em Kursk e apela por mais pressão internacional

247 - A operação para libertar a região de Kursk das forças armadas ucranianas foi concluída, informou neste sábado (26) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou no sábado que soldados norte-coreanos deram uma "contribuição significativa" para a liberação da região. Os relatos foram publicados na Sputnik.
Segundo Peskov, "o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, comunicou ao comandante supremo Vladimir Putin a conclusão da operação para libertar a região de Kursk dos neonazistas ucranianos".
De acordo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, perdas “imensas” da Ucrânia na região de Kursk afetarão toda a linha de frente. “As imensas perdas sofridas pelo inimigo, incluindo entre os grupos mais eficientes, bem treinados e bem equipados – inclusive com armas ocidentais – das forças armadas da Ucrânia, compostos por esquadrões de assalto e forças especiais, certamente terão impacto em toda a linha de frente", disse Putin durante uma videoconferência com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov.
Em um comunicado publicado no site do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova afirmou que os "soldados do Exército Popular da Coreia, de acordo com as disposições do Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre a Rússia e a RPDC [Coreia do Norte], que entrou em vigor em 4 de dezembro de 2024, lutaram lado a lado em uma mesma trincheira e derramaram seu sangue junto com nossos soldados e oficiais na região de Kursk, contribuindo significativamente para a liberação do território russo dos invasores inimigos".

Forças Armadas russas terminam operação para libertar a região de Kursk

TASS - O avanço militar da Rússia deu resultados fortes, com quase todos os povoados tomados de uma só vez e os militares inimigos eliminados, afirmou o comandante das forças especiais de Akhmat, major-general Apty Alaudinov.
Apty Alaudinov é vice-chefe do Departamento Político-Militar Principal das Forças Armadas Russas. “Podemos afirmar agora que quase todo o território da região de Kursk foi libertado", disse ele.

Quase toda a região de Kursk foi libertada, afirma comandante militar russo

247 - O Exército da Ucrânia confirmou a retirada de suas forças da cidade de Sudja, um ponto estratégico na região russa de Kursk, ocupada parcialmente pelos ucranianos em agosto do ano passado, mas que hoje está sob controle quase total de Moscou. Também neste domingo (16), Kiev anunciou um novo chefe do Estado-Maior, em um momento difícil para suas tropas nas linhas de frente, informa O Globo.
Na quinta-feira, a Rússia havia anunciado a retomada da cidade, após meses de uma violenta batalha.&nbsp;
Apesar de ser pequena, com 5 mil habitantes antes do início da guerra, Sudja abriga uma estação distribuidora de gás natural, que corre em um gasoduto rumo à Europa, e sua conquista pelas forças ucranianas em agosto do ano passado foi celebrada como uma das maiores vitórias de Kiev desde o início do conflito, em 2022. De acordo com comandantes ucranianos, a cidade está praticamente destruída após meses de combates.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, 371 civis que estavam em áreas ocupadas pela Ucrânia puderam retornar para suas casas após meses impedidos de se movimentarem devido aos combates. O grupo inclui 14 crianças, e a maior parte foi abrigada em locais providenciados pelas autoridades locais — entre os civis estavam alguns moradores de Sudja.
A vitória russa em Sudja é mais um duro golpe nas intenções ucranianas de usarem o controle parcial da região russa em futuras negociações de paz — agora, Kiev tem em suas mãos uma fatia reduzida da área, e mesmo esses pequenos bolsões estão sob intenso ataque das forças de Moscou. .
No mesmo dia em que confirmou a saída de Sudja, Kiev anunciou o nome de Andrei Gnatov como seu novo chefe do Estado-Maior. O militar, que ocupou o cargo de comandante das Forças Armadas por oito meses, e desde fevereiro era o vice-chefe do Estado-Maior. O atual chefe, Tenente-General Anatoliy Bargilevich, será o novo como Inspetor-Geral do Ministério da Defesa da Ucrânia.

Um ponto de passagem na fronteira com a Rússia é visto, perto da fronteira russa na região de Sumy, Ucrânia, 11 de agosto de 2024

Ucrânia confirma retirada de cidade estratégica em Kursk e anuncia novo chefe do Estado-Maior

247 - A Ucrânia confirmou neste domingo (17) a retirada de suas forças da cidade de Sudja, localizada na região russa de Kursk, que havia sido parcialmente ocupada pelas tropas ucranianas em agosto de 2022. Com a cidade sob controle quase total das forças russas, a retirada representa uma importante perda para Kiev, especialmente considerando a posição estratégica de Sudja, que abriga uma estação de gás natural essencial para o abastecimento da Europa. As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/03/16/ucrania-confirma-retirada-de-cidade-estrategica-em-kursk-e-anuncia-novo-chefe-do-estado-maior.ghtml">O Globo</a>.
A vitória russa foi anunciada oficialmente na quinta-feira, após meses de intensos combates, que contaram com a participação de forças da Coreia do Norte. A presença das tropas norte-coreanas foi confirmada por observadores independentes e militares ucranianos. Apesar de Sudja ter apenas 5 mil habitantes antes da guerra, a cidade tornou-se um ponto de grande importância devido à infraestrutura de gás natural. Sua conquista pelas forças ucranianas havia sido celebrada como uma das maiores vitórias de Kiev desde o início do conflito, em 2022. No entanto, de acordo com comandantes ucranianos, Sudja está praticamente destruída após meses de intensos combates.
No sábado (16), um dia antes da Ucrânia reconhecer oficialmente a retirada, o governador em exercício da região de Kursk, Alexander Khinshtein, anunciou que as obras de reconstrução de Sudja já haviam começado. A primeira tarefa da reconstrução é a retirada das minas terrestres instaladas pelos dois lados durante os combates.
O Ministério da Defesa russo informou que 371 civis que estavam em áreas ocupadas pela Ucrânia puderam retornar às suas casas após meses de restrições de movimento devido aos confrontos. O grupo inclui 14 crianças, e a maior parte dos civis foi abrigada em locais providenciados pelas autoridades locais, incluindo alguns moradores de Sudja.

Otávio Rosso

Ucrânia anuncia retirada de cidade estratégica em Kursk

WASHINGTON/MOSCOU (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta sexta-feira, que poupe as tropas ucranianas que estão sendo empurradas para fora da região russa de Kursk e disse que havia uma "chance muito boa" de que a guerra pudesse terminar.
Trump postou nas mídias sociais depois que seu enviado, Steve Witkoff, teve uma longa reunião com Putin na noite de quinta-feira em Moscou, que Trump descreveu como "muito boa e produtiva".
"Há uma chance muito boa de que essa guerra horrível e sangrenta possa finalmente chegar ao fim", disse ele.
O presidente dos EUA disse que milhares de militares ucranianos estavam "completamente cercados" pelas forças russas e "em uma posição muito ruim e vulnerável".
"Solicitei veementemente ao presidente Putin que suas vidas sejam poupadas. Isso seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Deus abençoe todos eles!!!"
Analistas militares disseram que as forças ucranianas em Kursk estão quase isoladas depois de perderem terreno rapidamente no que era seu único ponto de apoio em território russo.
Os militares de Kiev, no entanto, disseram que não havia ameaça de cerco e que suas tropas estavam recuando para posições melhores.
O governo russo disse nesta sexta-feira que suas forças haviam recapturado outro vilarejo em seu esforço para desalojar as forças ucranianas de seus últimos pontos de apoio dentro da região de Kursk.
O Kremlin disse que Putin havia enviado a Trump uma mensagem sobre seu plano de cessar-fogo via Witkoff, expressando "otimismo cauteloso" de que um acordo poderia ser alcançado para encerrar o conflito de três anos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse aos repórteres que o próprio Trump ainda não havia conversado com Putin.
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, que se encontrou com Trump na quinta-feira, disse à Fox News que o esforço de Trump para fazer com que a Rússia poupe as vidas dos soldados ucranianos foi "extremamente útil e extremamente importante".
O governo Trump lançou sua última rodada de aproximação com Moscou nesta semana, depois que a Ucrânia concordou, em princípio, com um cessar-fogo em conversas com autoridades norte-americanas na Arábia Saudita.
TRUMP PRESSIONA PUTIN A ASSINAR ACORDO DE CESSAR-FOGO COM UCRÂNIA
Nesta sexta-feira, Trump pressionou novamente a Rússia a assinar e concluir "um acordo de cessar-fogo e final", dizendo em sua plataforma privada de mídia social que ele tiraria os EUA do que ele chamou de uma "verdadeira 'bagunça' com a Rússia".
Putin disse na quinta-feira que apoiava a proposta de Trump em princípio, mas que os combates não poderiam ser interrompidos até que várias condições cruciais fossem resolvidas, aumentando a perspectiva de negociações mais longas.
Apesar das condições aparentes de Putin, Trump chamou a declaração de Putin de "muito promissora".
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres nesta sexta-feira que Putin -- que expressou preocupação com o fato de a Ucrânia explorar qualquer trégua para se reagrupar -- havia usado a reunião noturna com Witkoff para transmitir informações e "sinais" a Trump.
"Certamente há motivos para sermos cautelosamente otimistas", disse Peskov. "(Putin) disse que apoia a posição do presidente Trump em termos de um acordo, mas expressou algumas perguntas que precisam ser respondidas em conjunto."
Peskov disse que o momento de uma ligação telefônica entre os presidentes seria definido depois que Witkoff fizesse um relato a Trump.
Putin disse que quer que a Ucrânia abandone suas ambições de entrar para a Otan, que a Rússia controle a totalidade das quatro regiões ucranianas que reivindicou como suas e que o tamanho do Exército ucraniano seja limitado.
Ele também deixou claro que deseja a redução das sanções ocidentais e a realização de eleições presidenciais na Ucrânia, o que Kiev diz ser prematuro enquanto a lei marcial permanecer em vigor.

Camila França

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin - 16/07/2018

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