247 - O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, defendeu as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump contra o Brasil. Segundo Greer, as medidas anunciadas pela Casa Branca são “praticamente definitivas”, e a possibilidade de reavaliação imediata está descartada.
“Estas tarifas são praticamente definitivas”, afirmou o representante em entrevista veiculada neste domingo (3) pela emissora norte-americana CBS, de acordo com a <a href="https://www.rfi.fr/br/am%C3%A9ricas/20250803-raz%C3%B5es-geopol%C3%ADticas-representante-comercial-dos-eua-defende-medidas-de-trump-contra-o-brasil">RFI</a>. Ao ser questionado sobre a chance de haver negociações para redução das taxas, respondeu que isso é improvável “nos próximos dias”.
Na última quinta-feira, Trump assinou uma ordem executiva que estabelece novas tarifas de importação para dezenas de países, com alíquotas variando entre 10% e 41%. As novas regras entrarão em vigor em 7 de agosto, com o objetivo de permitir que as alfândegas norte-americanas se adaptem à cobrança.
A maior penalidade foi direcionada ao Brasil, cujas exportações para os Estados Unidos passarão a ser taxadas em 50%. A medida é interpretada como uma resposta direta à condução das ações judiciais contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado político de Trump. De acordo com Greer, "é normal utilizar estas ferramentas (tarifas) por razões geopolíticas"
O representante ainda reiterou que “o presidente observou no Brasil, como em outros países, um abuso da lei, um abuso da democracia”. Em outro momento da entrevista, ao ser confrontado pela jornalista sobre o impacto político das tarifas, Greer respondeu: “Esse é o trabalho dele [Trump] como presidente. Ele foi eleito para avaliar a situação dos assuntos de política externa nos Estados Unidos e tomar as medidas apropriadas”.
A ordem executiva assinada por Trump também impacta outros parceiros comerciais relevantes. Produtos da União Europeia, Japão e Coreia do Sul enfrentarão tarifas de 15%. Para o Reino Unido, a alíquota será de 10%. Já Indonésia, Vietnã e Taiwan terão produtos taxados em 19% e 20%, respectivamente. “Podemos ver claramente as linhas gerais do plano comercial do presidente nas tarifas”, analisou Greer.
Além da ofensiva comercial, o governo norte-americano aplicou sanções econômicas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pelo julgamento de Jair Bolsonaro. A Casa Branca o acusa de comandar uma “caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras” e de abusar de sua função para perseguir opositores políticos com o apoio de outros ministros do STF.
Em reação, Moraes declarou na última sexta-feira (1º) que o STF “não cederá às ameaças” do governo de Donald Trump.

Paulo Emilio

Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer
08/04/2025.

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Mundo

Representante comercial dos EUA justifica sanções de Trump contra o Brasil por 'razões geopolíticas'

Reuters - As tarifas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs na semana passada a vários países provavelmente permanecerão em vigor em vez de serem reduzidas como parte das negociações contínuas, disse o representante comercial Jamieson Greer no domingo.
Antes do prazo final de sexta-feira, Trump estabeleceu taxas que incluem imposto de 35% sobre muitos produtos do Canadá, 50% para o Brasil, 25% para a Índia, 20% para Taiwan e 39% para a Suíça, de acordo com decreto presidencial.
Nas negociações comerciais desde que Trump retornou ao cargo, a Casa Branca reduziu algumas taxas em relação aos níveis inicialmente anunciados, incluindo a redução pela metade das taxas de importação estabelecidas na semana passada como parte de um acordo com a União Europeia.
Greer disse ao Face the Nation, da CBS, neste domingo, no entanto, que esse não seria o caso da rodada mais recente de tarifas.
"Muitas dessas tarifas são estabelecidas segundo os acordos. Alguns desses acordos são anunciados, outros não, outros dependem do nível de déficit ou superávit comercial que possamos ter com o país", declarou ele. "Essas taxas tarifárias estão praticamente definidas."
&nbsp;Greer também disse que as recentes negociações comerciais com Pequim foram "muito positivas" e se concentraram no fornecimento de ímãs e minerais de terras raras.
"Estamos concentrados em garantir que o fluxo de ímãs da China para os Estados Unidos e a cadeia de suprimentos adjacente possam fluir tão livremente quanto antes... e eu diria que já estamos na metade do caminho."

O presidente dos EUA, Donald Trump, segura um documento sobre "Barreiras ao Comércio Exterior" enquanto faz comentários sobre tarifas no Rose Garden, na Casa Branca, em Washington, DC, EUA, em 2 de abril de 2025

Tarifas recentes de Trump não devem ser alteradas, diz representante comercial

Reuters - As tarifas impostas na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a dezenas de países devem permanecer em vigor, em vez de serem reduzidas como parte das negociações em andamento, afirmou neste domingo o representante de Comércio, Jamieson Greer.
Antes do prazo final de sexta-feira, Trump definiu alíquotas que incluem 35% de imposto sobre muitos produtos do Canadá, 50% para o Brasil, 25% para a Índia, 20% para Taiwan e 39% para a Suíça, segundo uma ordem executiva presidencial.
Nas negociações comerciais desde que Trump reassumiu a presidência, a Casa Branca reduziu algumas tarifas em relação aos níveis inicialmente anunciados, incluindo a redução pela metade dos impostos de importação definidos na semana passada como parte de um acordo com a União Europeia.
No entanto, Greer afirmou ao programa Face the Nation da CBS, neste domingo, que esse não será o caso da rodada mais recente de tarifas.
“Muitas dessas tarifas são fixadas de acordo com acordos. Alguns desses acordos são anunciados, outros não, e outros ainda dependem do nível de déficit ou superávit comercial que podemos ter com o país”, disse ele. “Essas tarifas estão praticamente definidas".
Greer também disse que as recentes conversas comerciais com Pequim foram “muito positivas” e se concentraram no fornecimento de ímãs e minerais de terras raras.
“Estamos focados em garantir que o fluxo de ímãs da China para os Estados Unidos — e a cadeia de suprimentos adjacente — possa fluir tão livremente quanto antes... e eu diria que estamos a meio caminho disso".

Guilherme Levorato

Presidente dos EUA, Donald Trump - 16/07/2025

Economia

Trump não deve recuar das novas tarifas, diz negociador dos EUA

CGTN – De 9 a 10 de junho, o vice-primeiro-ministro chinês e líder do país na Consulta Econômica e Comercial China-EUA, realizou a primeira reunião do mecanismo em Londres com sua contraparte estadunidense, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, além do secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante para o Comércio do governo Trump, Jamieson Greer. Os envolvidos mantiveram um diálogo franco e aprofundado, trocaram opiniões aprofundadas sobre questões econômicas e comerciais de interesse mútuo, chegaram a um consenso sobre princípios atinentes ao quadro de medidas para implementar os importantes consensos alcançados pelos dois chefes de Estado em 5 de junho e consolidar os resultados das negociações de Genebra, e alcançaram novos progressos na solução das preocupações econômicas e comerciais de ambas as partes.
Segundo He Lifeng, essa reunião foi uma consulta importante, conduzida sob a orientação do consenso estratégico alcançado pelos dois chefes de Estado em 5 de junho deste ano. A atitude e a posição da China em relação às questões econômicas e comerciais sino-estadunidenses são claras e consistentes. A essência das relações econômicas e comerciais bilaterais é de benefícios recíprocos. A China não está disposta a lutar, mas não tem medo de lutar. As duas partes devem resolver as diferenças por meio de diálogo em pé de igualdade e cooperação mutuamente benéfica. Na etapa que se segue, devem continuar a valorizar o papel do mecanismo de consulta, reforçando o consenso, reduzindo mal-entendidos e expandindo a cooperação. Os dois lados devem se agir na mesma direção, demonstrar o espírito de integridade no cumprimento de seus compromissos e trabalhar para implementar o consenso, a fim de promover o desenvolvimento estável e de longo prazo das relações econômicas e comerciais China-EUA e injetar mais certeza e estabilidade na economia mundial.
Os EUA afirmaram que esta reunião alcançou resultados positivos e estabilizou as relações econômicas e comerciais bilaterais. O país reiterou que irá trabalhar junto com a parte chinesa para implementar conjuntamente os acordos alcançados na reunião.

China

Realizada em Londres primeira reunião do mecanismo de consulta econômica e comercial China-EUA

247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou por telefone nesta quarta-feira (2) com o Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, em meio à escalada de tensões provocada pelo novo pacote tarifário que será anunciado pelo governo Donald Trump.&nbsp;
Segundo o Itamaraty, “foram abordados temas da agenda comercial bilateral, como tarifas ao aço e alumínio, e o anúncio da imposição de tarifas recíprocas pelo governo norte-americano, dando continuidade aos contatos em nível técnico já realizados sobre o tema nas últimas semanas”. A troca entre os dois países ocorre em um momento de crescente preocupação internacional sobre os impactos das novas medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos.
O “Dia da Libertação” e o impacto global das tarifas - A medida que será anunciada pelo presidente norte-americano nesta quarta-feira marca uma guinada na política comercial dos EUA. Em cerimônia no Rose Garden da Casa Branca, Trump vai anunciar um conjunto de novas tarifas a vários parceiros comerciais, incluindo o Brasil. Os detalhes ainda estão sob sigilo.
De acordo com Trump, as medidas são uma tentativa de “corrigir décadas de injustiça comercial” e assegurar “uma chance justa para os trabalhadores americanos no mercado global”.&nbsp;
Brasil busca preservar sua competitividade - A interlocução do governo brasileiro com os Estados Unidos visa mitigar os danos que podem ser causados ao setor industrial, especialmente nos segmentos de aço e alumínio, já afetados em medidas anteriores da gestão Trump. O Brasil, que figura entre os maiores exportadores desses produtos para os EUA, teme perdas significativas, sobretudo em um contexto de desaceleração econômica global.
A conversa entre Mauro Vieira e Jamieson Greer dá sequência a tratativas técnicas conduzidas nas últimas semanas por equipes diplomáticas e comerciais dos dois países. Fontes do Itamaraty indicam que o Brasil pretende adotar uma postura firme, mas conciliatória, diante das novas medidas.

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Representante comercial dos EUA justifica sanções de Trump contra o Brasil por 'razões geopolíticas'

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Mauro Vieira conversa com representante dos EUA em meio ao "tarifaço" de Trump

Cortes 247

Revista Brasil 247

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