247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta segunda-feira, 22 de setembro de 2025, em Nova York, onde se reúne com Shou Zi Chew, diretor-geral do TikTok. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto em sua agenda oficial.
A reunião ocorre em um momento de intensas discussões sobre investimentos no Brasil, especialmente após declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que revelou negociações para que a plataforma asiática invista R$ 50 bilhões na instalação de data centers no país.
<h2>Expectativa de novos investimentos</h2>
Segundo Silveira, o Ceará pode ser beneficiado diretamente com a chegada de um data center do TikTok, fruto de tratativas envolvendo o porto de Pecém. “Estou muito confiante que o Ceará receba uma boa notícia do data center do TikTok. Há uma negociação nesse sentido”, afirmou o ministro. Ele destacou ainda que foi criada uma política específica para viabilizar a instalação no estado.
A iniciativa está amparada em uma Medida Provisória assinada pelo presidente Lula em julho, que incluiu data centers entre os empreendimentos aptos a receber benefícios das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). Além disso, tramita na Casa Civil a Política Nacional de Data Centers (PNDC), que prevê isenção total de impostos federais para produtos adquiridos por empresas que construírem centros de dados no Brasil.
<h3>Relevância estratégica</h3>
O investimento do TikTok é visto como estratégico por três razões principais:
<ol>
 <li>&nbsp;Infraestrutura digital – data centers fortalecem a capacidade nacional de processamento e armazenamento de informações, apoiando serviços de nuvem e inteligência artificial.</li>
 <li>&nbsp;Energia limpa – o Nordeste desponta como destino ideal por sua matriz energética renovável, fundamental para reduzir o impacto ambiental dessas operações.</li>
 <li>&nbsp;Segurança jurídica – o aporte depende da previsibilidade regulatória e tributária, apontada como condição para a instalação de empreendimentos dessa magnitude.</li>
</ol>
<h3>Impacto para o brasil</h3>
Se confirmado, o investimento bilionário da plataforma chinesa deve gerar empregos, atrair novos negócios relacionados ao setor de tecnologia e consolidar o Brasil como polo regional de infraestrutura digital. A presença de Lula no encontro com Shou Zi Chew reforça o esforço do governo em apresentar o país como destino seguro e atrativo para grandes aportes internacionais.

Redação Brasil 247

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia, em Brasília-DF - 25/08/2025

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Poder

Lula se reúne hoje com diretor-geral do TikTok e discute investimentos no Brasil

247 - De acordo com informações da Chamada Nordeste, iniciativa coordenada por bancos públicos e instituições de fomento, empresas e grupos de investidores apresentaram 246 projetos que somam R$ 127,8 bilhões em potenciais investimentos. O volume é quase 13 vezes superior ao crédito inicial de R$ 10 bilhões disponibilizado para a região.
A ação integra a estratégia da Nova Indústria Brasil (NIB) e conta com recursos do Banco do Nordeste (BNB), BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O Consórcio Nordeste e a Sudene, vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), atuam no apoio técnico.
Nordeste supera expectativa de crédito com R$ 128 bi
As propostas contemplam cinco eixos estratégicos:
Transição energética (54 projetos), com foco em armazenamento de energia limpa;
Bioeconomia (44), com destaque para a produção de fármacos sustentáveis;
Hidrogênio verde (32), voltado à descarbonização;
Data centers verdes (35), para eficiência energética e digitalização sustentável;
Automotivo e máquinas agrícolas (40), voltados à inovação tecnológica.
Outros 41 projetos envolvem mais de um setor, ampliando o alcance das iniciativas.
<h2>Setores estratégicos atraem 246 projetos de inovação</h2>
Os projetos apresentados devem passar por análise técnica. O resultado será divulgado em 28 de novembro, e os Planos de Suporte Conjunto (PSC) têm previsão de conclusão até 15 de janeiro de 2026.
<h2>BNB destaca confiança de investidores</h2>
Para o diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire, os números confirmam o interesse do setor privado. “O valor global dos projetos submetidos representa quase 13 vezes o crédito inicialmente previsto. Esse volume mostra como o Nordeste desperta grande interesse das empresas, pois temos mercado consumidor, infraestrutura de energia limpa, força de trabalho e estamos crescendo mais que o restante do País.”
O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, reforçou a relevância da iniciativa ao afirmar que “a Chamada Nordeste mostra a força da nossa região e a confiança dos investidores no papel estratégico que o Nordeste terá na Nova Indústria Brasil. É um passo importante e concreto para avançarmos em setores de futuro, como hidrogênio verde, energias renováveis e bioeconomia. Contamos com o apoio fundamental do presidente Lula, que tem priorizado o desenvolvimento da indústria nacional e regional, criando as condições necessárias para que o Nordeste lidere essa agenda de inovação e sustentabilidade.”
<h2>Quem pôde participar da Chamada Nordeste</h2>
A iniciativa esteve aberta para empresas brasileiras, cooperativas e consórcios com planos de investimento nos estados do Nordeste. Os projetos precisavam atender a uma das áreas estratégicas definidas, ligadas a energia limpa, inovação tecnológica, bioeconomia e modernização da indústria.

Paulo Emilio

Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara

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Nordeste

Chamada Nordeste recebe R$ 128 bilhões em projetos para investimentos na Região

247 - A Vale, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, revelou nesta quinta-feira, 4 de setembro, um plano de investimentos de R$ 67 bilhões até 2030 no setor de mineração de Minas Gerais, com destaque para a retomada da mina Capanema, em Ouro Preto. A informação foi divulgada pela Reuters.
A mina de Capanema, que estava inativa há 22 anos, recebeu um investimento inicial de R$ 5,2 bilhões e passará a produzir aproximadamente 15 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, o que contribuirá para o alcance da meta da Vale de 340 a 360 milhões de toneladas anuais até 2026. 
Segundo a mineradora, o novo processo de operação da unidade será marcado pela ausência do uso de água no processamento do mineral e pela eliminação de rejeitos, o que elimina a necessidade de barragens – estruturas responsáveis pelos desastres de Brumadinho e Mariana.
Em nota, Gustavo Pimenta, presidente da Vale, destacou que "Capanema exemplifica a nova fase da mineração em Minas Gerais e reforça nosso compromisso com um processo produtivo mais responsável, minimamente invasivo e com tecnologia e inovação aplicadas para o melhor aproveitamento dos recursos minerais e para iniciativas de descarbonização."
Os recursos fazem parte do plano estratégico "Visão Vale 2030" e se alinham com as metas da companhia de promover práticas mais sustentáveis e seguras. De acordo com a mineradora, a maior parte dos investimentos será destinada a projetos como o de Capanema, que incluem a ampliação da filtragem e do empilhamento a seco dos rejeitos, diminuindo gradualmente o uso de barragens nas operações no Estado, de 30% para 20%.
Rogério Nogueira, vice-presidente executivo Comercial e de Desenvolvimento da Vale, enfatizou que "esses projetos oferecerão mais segurança na produção do portfólio de alta qualidade, que requer etapas de concentração do minério, especialmente o 'pellet feed high grade', essencial para as rotas de redução direta na produção de aço com menor emissão de gases de efeito estufa."
Além da mina de Capanema, a Vale também investirá na modernização de cinco complexos operacionais, que incluirão melhorias na gestão das estruturas geotécnicas das minas, renovação da frota e aprimoramento da conectividade em Minas Gerais. Outro ponto relevante é o Programa de Descaracterização de Estruturas a Montante, iniciado em 2019, que já executou cerca de 60% das obras de eliminação de barragens e diques no estado. Das 13 estruturas remanescentes, oito já estão em andamento.
A empresa também tem ampliado suas iniciativas de "mineração circular", com o reprocessamento de minério de ferro de estruturas em descaracterização, como as pilhas de estéril da mina Serrinha e a barragem Vargem Grande. Desde 2020, esses programas têm ajudado a eliminar riscos e a reduzir os impactos ambientais, gerando uma maior eficiência no uso de recursos minerais. Em 2025, a Vale já produziu cerca de 9 milhões de toneladas a partir dessas práticas, o que representou um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2024. A companhia acredita que até 2030, pode alcançar até 10% de sua produção total por meio dessas fontes, com Minas Gerais contribuindo com cerca de 80% desse volume.

Luis Mauro Filho

Logo da Vale, no Rio de Janeiro
07/08/2017


Brasil

Vale anuncia investimentos de R$ 67 bilhões em Minas Gerais para retomar mina em Ouro Preto

247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um levantamento que mostra a retomada dos investimentos na indústria nacional em 2024. Segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/cni-investimentos-subiram-para-7-em-cada-10-empresas-da-industria-em-2024/">CNN Brasil</a>, o estudo aponta que sete em cada dez empresas do setor de transformação destinaram recursos para ampliar ou modernizar suas operações, número que representa 70% do total. Esse índice só foi superado em 2022, quando o percentual chegou a 73%.
O estudo ouviu 1,5 mil companhias de diferentes portes — sendo 600 pequenas, 527 médias e 363 grandes — e revela que a maior parte das indústrias continua utilizando capital próprio em vez de recorrer a financiamentos bancários. Praticamente três quartos dos investimentos realizados no ano passado (74%) foram custeados por recursos internos ou de sócios, percentual superior ao registrado em 2022 e 2023, que ficou em 71% em ambos os anos.
O levantamento aponta que 79% das empresas que investiram em 2024 optaram pela aquisição de máquinas e equipamentos novos. Além disso, 57% promoveram atualizações tecnológicas e modernização das fábricas, enquanto 37% aplicaram capital em expansão física, como compra de terrenos, construção de novas plantas e ampliação de armazéns.
Ainda de acordo com a reportagem, esse movimento acompanha o crescimento da demanda, tanto no mercado interno quanto externo, o que tem reduzido a ociosidade nas linhas de produção. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os investimentos em expansão produtiva somaram R$ 371 bilhões em 2024, o equivalente a 18,2% do total destinado a ativos produtivos no país — o maior volume em uma década.
Apesar do avanço, o cenário ainda traz desafios. O custo elevado do crédito, provocado pela manutenção da taxa de juros em patamares altos, pode frear novos aportes no setor. Além disso, a CNI pretende atualizar neste ano uma pesquisa sobre intenções de investimentos para entender o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.
O estudo também mostra que 71% das empresas conseguiram executar integral ou parcialmente seus planos de investimento em 2024. Já 10% das companhias adiaram ou cancelaram projetos por fatores como incertezas econômicas, retração nas vendas e alta dos custos de insumos.

Economia

CNI aponta retomada de investimentos em 70% das indústrias brasileiras em 2024

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, nesta sexta-feira (29), em Contagem (MG), a importância da retomada de investimentos públicos em infraestrutura e mobilidade urbana, durante a divulgação dos projetos habilitados pelo Novo PAC Seleções 2025. A cerimônia foi acompanhada pela Agência Gov, que registrou o anúncio de aportes de R$ 9,78 bilhões em financiamentos, com foco em transporte coletivo sustentável e acessível.
Logo no início de seu discurso, Lula reafirmou o compromisso do governo em priorizar políticas sociais e obras estruturantes. “Quando deixei a presidência, este país produzia 3,6 milhões de carros e, 15 anos depois, metade. Por causa das nossas políticas, só neste ano tivemos mais de R$ 180 bilhões de investimento na indústria automobilística. A China vai investir na Bahia. Queremos mais emprego, mais carros e mais qualidade. É este país que vou construir”, afirmou. Em seguida, reforçou: “Quem planta a verdade, colhe a verdade”.
<h2>Mobilidade e inclusão social</h2>
O Novo PAC 2025, segundo o Planalto, habilitou 29 propostas na modalidade Mobilidade Grandes e Médias Cidades, totalizando até R$ 6 bilhões em investimentos, e outras 86 propostas no programa Refrota, voltado à renovação de frotas, com potencial de R$ 3,74 bilhões. Entre os projetos contemplados estão metrôs, VLTs, corredores exclusivos, ciclovias integradas, ônibus elétricos e veículos com padrões menos poluentes.
Lula enfatizou que o objetivo central é melhorar a vida da população nas grandes cidades e reduzir desigualdades: “Vou continuar fazendo política de inclusão social neste país”. Ele também destacou a expansão do Pé-de-Meia, benefício estudantil que já alcança 437 mil jovens em Minas Gerais, e a construção de oito novos Institutos Federais no estado.
<h2>Condições de financiamento</h2>
As linhas de crédito contam com recursos do FGTS e taxas reduzidas: juros de 5,5% ao ano para projetos sobre trilhos e 6% para os demais modais, com prazos de amortização de até 30 anos e carência de até 48 meses. Estados, municípios e empresas privadas ainda podem apresentar novas propostas, ampliando o alcance do programa.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, lembrou que Lula determinou a retomada de milhares de obras paralisadas desde 2023, incluindo escolas, creches, postos de saúde e moradias do Minha Casa, Minha Vida. “Quando o presidente Lula assumiu, encontrou 14 mil obras paralisadas. Estamos garantindo que o planejamento avance sem deixar nada para trás”, ressaltou.
<h2>Obras em Minas Gerais</h2>
Durante a agenda em Contagem, Lula inaugurou o trecho 3 do corredor viário da Avenida Prefeito Newton Cardoso, de 2 km, que integra a LMG-808 ao tráfego local e melhora a mobilidade da região. O empreendimento total prevê 4,5 km de extensão, ciclovia, quatro pontes e quatro viadutos, além de obras de drenagem, urbanização e recuperação ambiental.
O presidente também confirmou a expansão do metrô de Belo Horizonte até Contagem, com aporte de R$ 1 bilhão. O projeto inclui 3,6 km de trilhos adicionais e duas novas estações: Parque São João e Beatriz.
A prefeita Marília Campos destacou que os investimentos federais têm mudado a realidade da cidade: “Nos mandatos anteriores, fizemos o Centro Materno Infantil, Unidades Básicas de Saúde, escolas infantis, Cefet e obras de saneamento que acabaram com enchentes. Contagem mudou de patamar e hoje é a segunda cidade mineira que mais gera empregos formais”.
<h2>Perspectiva nacional</h2>
O ministro Jader Filho (Cidades) reforçou que os investimentos vão muito além da mobilidade urbana: “Aqui tem obra de macrodrenagem, pavimentação, parque linear e uma das maiores obras de mobilidade lançada pelo Ministério das Cidades. Só no Minha Casa, Minha Vida, são mais de 20 mil novas moradias para Minas e mais de mil para Contagem”.
O Novo PAC Mobilidade integra o eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, permitindo projetos que priorizam o transporte coletivo e a infraestrutura verde, como corredores, faixas exclusivas, sistemas inteligentes de transporte e integração de ciclistas e pedestres.
Com esses anúncios, o governo federal busca consolidar uma política de longo prazo voltada ao desenvolvimento urbano, à redução das desigualdades regionais e à construção de um Brasil mais justo e integrado.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita às obras da Avenida Prefeito Newton Cardoso (antiga Avenida Maracanã). Contagem – MGFotos: Ricardo Stuckert / PR

"Quem planta a verdade colhe a verdade", diz Lula ao lançar megapacote de obras em Minas Gerais

Por Paulo Emílio, 247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste (BNB) reforçaram a cooperação para ampliar investimentos no Nordeste, com foco em infraestrutura e cadeias de comércio e serviços — onde o turismo é protagonista. Em 2024, as aprovações do BNDES para a região somaram R$ 16,7 bilhões, enquanto o BNB registrou desembolso recorde de R$ 60 bilhões. "Essa parceria com o BNB tem um caráter muito estratégico para o BNDES", disse a diretora Maria Fernanda Coelho, ao prever expansão em 2025; o presidente do BNB, Paulo Câmara, afirmou que os bancos trabalham em ações "complementares" para melhorar infraestrutura, comércio e serviços. O Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Embratur e a Polícia Federal, informou que os estados nordestinos receberam 53% mais turistas estrangeiros em janeiro e fevereiro de 2025 na comparação anual. Os números se tornam ainda mais expressivos quando analisados individualmente: a Bahia, de janeiro a maio de 2025, recebeu 91,6 mil estrangeiros, registrando alta de 62,8% ante o mesmo período de 2024. Pernambuco, por sua vez, teve crescimento de 45,4%, contabilizando 35,7 mil turistas internacionais. "Estamos vivendo um momento histórico do turismo brasileiro, que vem quebrando todos os recordes. De janeiro a junho, o faturamento do setor no país atingiu, segundo a FecomercioSP, a marca de R$ 90 bilhões", afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino. "Na região Nordeste, estados como Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte tiveram os maiores faturamentos do ano, com índices que variam de 7,5% a 12,5%, demonstrando a força dos destinos locais." <h2>Fungetur impulsiona setor privado</h2> O crescimento do turismo nordestino tem sido sustentado por instrumentos específicos de fomento. Desde o início de 2023, o Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur) — operado com verbas do Ministério do Turismo e que assegura crédito em condições especiais a empreendedores turísticos privados de todo o país — proporcionou 4.577 financiamentos, totalizando R$ 2,1 bilhões. Somente na região Nordeste, foram 444 operações contratadas, no valor total de R$ 217,9 milhões. Os recursos, disponibilizados por instituições financeiras credenciadas pelo MTur, proporcionam que os empreendedores realizem obras, adquiram equipamentos ou utilizem para capital de giro. "O Nordeste desempenha um importantíssimo papel na atração de turistas brasileiros e estrangeiros aos destinos nacionais, razão pela qual o governo do presidente Lula dispensa a devida atenção para a adequada estruturação do turismo na região", destacou Sabino. "Isso fica evidente no apoio à realização de obras de infraestrutura e na concessão de financiamentos com condições extremamente vantajosas por meio do Fungetur, que permitem que mesmo cidades de menor porte aprimorem as condições para melhor receber e encantar seus visitantes." <h2>Infraestrutura turística em expansão</h2> Paralelamente ao crédito privado, o MTur também apoia estados e municípios na realização de obras de infraestrutura turística, como a reforma de orlas, a pavimentação do acesso a atrativos e a construção de centros de eventos. Desde o início de 2023, o órgão registra a conclusão de mais de 500 obras promovidas com verbas da pasta em todo o país, fruto de contratos de repasse totais de R$ 482 milhões do governo federal. Um dos exemplos foi o Centro de Convenções de Campina Grande (PB), inaugurado nesse ano e que contou com R$ 49 milhões do MTur. Atualmente, o Ministério do Turismo administra uma carteira ativa de 1.593 contratos de repasse para a promoção de obras de infraestrutura turística em estados e municípios das cinco regiões brasileiras, envolvendo aportes totais de R$ 2,8 bilhões. Alguns dos maiores contratos se referem à construção do Centro de Eventos de Maringá (PR), que dispõe de R$ 43 milhões do MTur, e à revitalização do Centro de Convenções de Petrolina (PE), que conta com R$ 32,5 milhões. <h2>Por que os bancos de fomento são decisivos</h2> A força do crédito público explica a tração recente do turismo na região. Do lado do BNB, a ênfase vai além do financiamento e inclui capacitação, inovação, difusão tecnológica e sustentabilidade. "A atuação do BNB como fomentador do turismo, tanto com apoio creditício quanto com ações complementares ao crédito, de capacitação e estímulo à inovação, difusão tecnológica e de práticas sustentáveis", resume Emiliano Portela, superintendente de Atacado do Banco do Nordeste. Ele destaca ainda que a "participação do setor de turismo no PIB regional representa 9,8% do PIB do Nordeste", com efeitos diretos sobre renda e emprego no comércio, na alimentação, no transporte e no artesanato. Para 2025, o BNB reservou R$ 1,4 bilhão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o turismo, atendendo hospedagem, alimentação, transporte, eventos e agências. Em 2024, o banco fechou 1.702 operações com empresas do setor. <h2>Conectividade aérea e eventos regionais</h2> O crescimento do turismo nordestino também se beneficia de políticas de conectividade aérea. Por meio do programa "Conheça o Brasil: Voando", desenvolvido em parceria com outros órgãos do governo federal e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o MTur tem proporcionado o aumento da oferta de voos para vários destinos. Durante a alta temporada de inverno deste ano, as companhias brasileiras do setor projetaram a disponibilização de mais de 11 milhões de assentos a bordo de 68,3 mil voos domésticos, um aumento de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado. "De janeiro a junho, a movimentação no setor aéreo nacional já é de 48 milhões de viajantes domésticos, um crescimento de mais de 8% em relação ao mesmo período de 2024. O número de estrangeiros, de janeiro a julho desse ano, é de quase 6 milhões de estrangeiros, número quase 50% maior que no ano passado", informou o ministro Celso Sabino. O trabalho governamental também se estende ao apoio a eventos tradicionais da região. "O trabalho do Ministério do Turismo no Nordeste passa, ainda, pelo suporte à promoção de eventos regionais, como as festas de São João, que têm um enorme poder de atrair turistas e movimentar as economias locais, com reflexos bastante positivos na geração de emprego e renda à população", explicou Sabino. <h2>Turismo doméstico consolida liderança</h2> O desempenho do turismo doméstico no Nordeste também demonstra grande avanço. Conforme informações da Associação Brasileira das Operadoras de Viagens (Braztoa), em 2024 a região foi o destino de 44% dos embarques realizados por empresas do setor, consolidando sua liderança no segmento. Em paralelo, um roadshow da Embratur com o Consórcio Nordeste em Londres e Milão apresentou a região como destino integrado; nos dois primeiros meses do ano, a chegada de estrangeiros aos destinos nordestinos cresceu 65,3%. O cenário é reforçado pelos dados do IBGE que apontam que, em junho de 2025, o setor de serviços bateu novo recorde, e as atividades turísticas avançaram 4,1% ante junho de 2024.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250103090152_cb44e8be6ae50176797cff8c745ecc35fedb2ce2fe5ae7070da3fe0d9a8ec556.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250103090152_cb44e8be6ae50176797cff8c745ecc35fedb2ce2fe5ae7070da3fe0d9a8ec556" data-rendition-name="original" width="1280" height="720" loading="lazy" alt="praia-canoa-quebrada-turismo-nordeste"><figcaption>Praia de Canoa Quebrada-CE(Photo: Divulgação/Sebrae )</figcaption></figure>  <h2>Interiorização: turismo que movimenta o interior</h2> O BNB opera alinhado às diretrizes do FNE e ao Plano Nacional do Turismo para interiorizar a atividade. A aposta envolve fóruns temáticos e o fortalecimento do Prodeter, com desenho de estratégias territorializadas. "Um exemplo é o Prodeter do Turismo no Agreste Alagoano, com várias ações em andamento para o desenvolvimento da atividade na região, com a exploração da Rota da Cachaça e do potencial turístico das comunidades tradicionais do território", afirma Portela. Os indicadores estaduais confirmam os efeitos no chão da economia. Em junho de 2025, o Ceará liderou o Nordeste no crescimento das atividades turísticas (+5,7%), acima da média nacional (+4,1%). "Esses números mostram que o Ceará não cresce por acaso. Sob a liderança do governador Elmano de Freitas, estamos trabalhando para sempre ampliar nossa infraestrutura, divulgar nosso destino e qualificar nosso atendimento", afirmou o secretário do Turismo, Eduardo Bismarck. <h2>Impacto na geração de empregos</h2> Os resultados das políticas de fomento ao turismo se refletem diretamente na geração de empregos. "Falando em empregos, segundo o CAGED, o turismo brasileiro foi responsável pela abertura de quase 520 mil empregos formais em todo o país desde o início de 2023, evidenciando que o nosso setor pode contribuir decisivamente com o trabalho do governo voltado à criação de oportunidades à população com trabalho digno", destacou o ministro Celso Sabino. A coordenação entre as fontes de financiamento ganhou espaço próprio na Sudene. Em Recife, o Coriff (Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais) foi retomado e iniciou encontros técnicos para integrar instrumentos de financiamento — passo que amplia a escala do investimento público no Nordeste. <h2>Perspectivas otimistas</h2> Com a demanda internacional e doméstica em alta, e projetos de base comunitária ampliando o alcance territorial do turismo, o Nordeste consolida um ciclo de emprego, renda e integração produtiva. As expectativas do governo são otimistas: "E a nossa perspectiva é chegar, até o fim do ano, com mais de 10 milhões de turistas estrangeiros, antecipando em mais de três anos as nossas metas na área", projetou Sabino. A combinação de crédito de longo prazo, garantias e governança integrada (BNDES–BNB–Sudene) reduz custos financeiros, alonga prazos e viabiliza obras, modernização e capital de giro para hotéis, parques, operadores, bares, restaurantes e eventos — sobretudo micro, pequenas e médias empresas. Com instrumentos como o Fungetur facilitando o acesso ao crédito e as obras de infraestrutura criando condições mais favoráveis para o desenvolvimento da atividade, as instituições de fomento se consolidam como motores que transformam intenções em investimentos e resultados efetivos na região.

Sistema de fomento acelera o turismo no Nordeste, destrava crédito e interioriza investimentos

247 – O banqueiro André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual, afirmou que o Brasil atravessa um momento privilegiado para receber investimentos e garantiu que o ambiente econômico será ainda mais favorável nos próximos anos. A declaração foi feita em entrevista ao canal Esfera, no YouTube (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=7sggUfciMqY" target="_new">assista aqui</a>).
“Quem investir no Brasil vai ganhar dinheiro se for principalmente bem assessorado”, afirmou Esteves, ao destacar que o país entrará em 2026, ano eleitoral, com queda das taxas de juros, inflação sob controle e baixa volatilidade nos mercados.
<h2>Brasil no cenário internacional</h2>
Ao comentar o cenário externo, Esteves destacou que a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve deve impulsionar ainda mais os mercados emergentes. “Taxas de juros caindo nos Estados Unidos ou nas economias centrais de uma maneira mais ampla são extremamente positivas para mercados emergentes, onde o Brasil se inclui”, disse.
Ele também ressaltou a importância da relação entre Brasil e Estados Unidos, lembrando que, na abertura da Assembleia Geral da ONU em setembro, o presidente Lula fará o primeiro discurso, seguido pelo presidente norte-americano Donald Trump. Para o banqueiro, a ocasião reforça a necessidade de cooperação: “Eu espero que seja o momento da conciliação. Brasil e Estados Unidos têm relações históricas muito harmônicas”.
<h2>Multipolaridade e oportunidades</h2>
Segundo Esteves, o Brasil é um dos poucos países que consegue manter relações equilibradas com todos os grandes blocos mundiais — Estados Unidos, China, Europa, Oriente Médio e América Latina.
“Ter aqui um país com escala, mercado consumidor, regras claras, mercado financeiro profundo e uma democracia pujante, capaz de receber investimentos de todos os lugares, é uma enorme qualidade”, afirmou.
<h2>Reformas e solidez econômica</h2>
O banqueiro destacou ainda que o país colhe os frutos das reformas realizadas nos últimos anos, como a trabalhista, previdenciária e tributária. Esses ajustes, segundo ele, explicam a combinação de desemprego em nível historicamente baixo, crescimento acima das previsões e inflação sob controle.
“O Brasil está no menor nível de desemprego da série histórica do IBGE”, observou, ressaltando que esse quadro foi possível graças ao fortalecimento institucional e ao avanço de privatizações e concessões que ampliaram os investimentos privados.
<h2>Ambiente de investimento até 2026</h2>
Ao projetar o futuro, André Esteves reforçou o otimismo com o Brasil. Ele avalia que a redução dos juros internos e externos, combinada com a baixa volatilidade do câmbio e a continuidade das concessões em infraestrutura, criam condições únicas para investidores.
“O ambiente para investimento está ficando bom e está ficando melhor ainda. Quem investir no Brasil vai ganhar dinheiro”, afirmou.
Para o banqueiro, a solidez democrática do país garante previsibilidade para o ano eleitoral de 2026. “O Brasil é uma democracia pujante e o vencedor do processo democrático é sempre a sociedade”, disse. Assista:
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"Quem investir no Brasil vai ganhar dinheiro", diz André Esteves

247 – O interesse de investidores chineses pelo Brasil está em expansão e ganha novos contornos. De acordo com <a href="https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/08/04/investimento-chines-no-brasil-bate-recorde-e-se-diversifica.ghtml">reportagem do Valor Econômico</a>, o país asiático vem ampliando sua presença tanto em grandes projetos de infraestrutura quanto em setores voltados ao mercado interno, como consumo e serviços, ao mesmo tempo em que enfrenta tensões com os Estados Unidos, presididos por Donald Trump, em seu segundo mandato.
Segundo dados do Banco Central, apenas no primeiro semestre de 2025 os investimentos diretos chineses em participação de capital no Brasil somaram US$ 379 milhões, superando qualquer resultado anual desde 2018. Embora os números oficiais coloquem a China como a décima maior investidora, especialistas alertam que parte relevante do capital chega por meio de países intermediários, como Holanda e Luxemburgo. “Não necessariamente os números oficiais refletem o volume de atividade que vemos de empresas chinesas, porque, muitas vezes, o investimento não vem diretamente da China”, explica Stephen O’Sullivan, especialista em Societário e M&amp;A do escritório Mattos Filho. Ele destaca o crescimento da procura de grupos chineses e cita operações recentes em mineração e petróleo.
A diversificação é visível. No setor de infraestrutura, projetos de peso estão em curso: a CRRC, fabricante de trens, abrirá fábrica em Araraquara (SP) e assinou contrato para fornecer 44 trens ao Metrô de São Paulo. A CCCC (China Communications Construction Company) é apontada como interessada no leilão do túnel Santos-Guarujá, enquanto a State Grid lidera obras de transmissão elétrica de R$ 18 bilhões e a Cofco instala terminal de grãos no Porto de Santos. Além disso, chineses miram portos e ferrovias estratégicas, com atenção especial ao megaterminal Tecon 10.
O movimento também atinge o mercado interno. Empresas como a Shein, Meituan e a rede de bebidas Mixue indicam o avanço chinês em consumo, delivery e serviços, áreas menos dependentes de licenciamento e regulação. “Temos uma população cada vez mais de classe média e consumidora, com interesse em tecnologia. É um mercado interessante para empresas chinesas”, afirma O’Sullivan. Fabiana D’Atri, economista da Bradesco Asset Management e diretora do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), acrescenta que o fluxo cresce à medida que os chineses conhecem melhor os riscos e oportunidades do país.
O fortalecimento dos laços bilaterais também tem dimensão geopolítica. O Brasil, membro fundador do Brics, discute adesão à Iniciativa Cinturão e Rota e firmou recentemente um megaprojeto ferroviário ligando o Atlântico ao Pacífico. Para analistas do Deutsche Bank, a aproximação com Pequim pode ter influenciado a decisão de Trump de aplicar tarifas de 50% a produtos brasileiros, em meio à estratégia dos EUA de conter a expansão chinesa.
Especialistas ressaltam, contudo, que o investidor chinês mantém cautela diante de volatilidade cambial, juros elevados e complexidade regulatória no Brasil. Ainda assim, a conjunção de crescimento econômico, abundância de recursos naturais — incluindo as “terras raras”, essenciais para alta tecnologia — e mercado consumidor em expansão reforça a atratividade brasileira para o capital da China.

Bandeiras do Brasil e da China por ocasião de visita do presidente Lula a Pequim
13/05/2025


China amplia investimentos no Brasil em infraestrutura e setores do mercado interno

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, em entrevista coletiva neste sábado, que o Brasil voltou a ser protagonista nas relações internacionais. Em visita oficial à França, ele anunciou que o país está retornando com o compromisso de investimentos da ordem de R$ 100 bilhões por parte dos 15 maiores grupos empresariais franceses. A informação ratifica o que já havia sido apontado pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, durante o encerramento do Fórum Econômico Brasil-França, realizado em Paris na sexta-feira (6).
“Estamos levando de volta ao Brasil o compromisso dos 15 maiores grupos da França de investirem R$ 100 bilhões no Brasil”, declarou Lula. “Não sei quanto custou a viagem, mas sei o que estamos levando de volta”, completou, destacando o saldo positivo da agenda internacional e o avanço das relações bilaterais com uma das principais economias da Europa.
Segundo Jorge Viana, o número representa um crescimento relevante em relação às previsões iniciais. “Se antes da missão as expectativas eram de que esse valor chegaria a R$ 70 bilhões nos próximos anos, agora saímos muito satisfeitos com a previsão dos próprios empresários franceses de que os investimentos franceses no Brasil podem ser de R$ 100 bilhões em cinco anos”, afirmou. O estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) da França no Brasil alcançou US$ 78,4 bilhões em 2023, um salto de 41% em relação ao ano anterior, segundo dados do Banco Central.
Relação estratégica e protagonismo internacional
Lula enfatizou que sua visita à França foi focada em negócios. “Vim aqui fazer negócios”, disse, ao comentar que propôs ao presidente Emmanuel Macron a ampliação do fluxo comercial entre os dois países, hoje limitado a apenas US$ 9 bilhões. “Disse ao Macron que nosso fluxo comercial, entre o Brasil, que é a oitava economia do mundo, e a da França, que é a quinta, seja apenas de US$ 9 bilhões”, lamentou.
Ele também destacou o interesse brasileiro em ampliar parcerias estratégicas. “Também temos interesse em fazer um acordo com a França para a produção de helicópteros da Helibrás para atender as necessidades do Brasil e da América Latina”, afirmou.
O Brasil precisa pensar grande
Durante a coletiva, o presidente criticou o comportamento de parte da elite brasileira diante de potências estrangeiras. “O Brasil às vezes se comporta diante dos países europeus como se fôssemos colonizados, como se nossa relação fosse subserviente”, avaliou. “O Brasil precisa deixar de ser pequeno. Os nossos embaixadores precisam pensar grande. A gente não é menor do que ninguém.”
Com uma postura firme sobre o novo papel do Brasil no cenário global, Lula afirmou: “Acabou o momento em que o Brasil não era levado em conta. O Brasil hoje se faz respeitar. Nós somos do Sul Global e não devemos nada a ninguém”.
Próximas agendas internacionais e defesa da economia azul
O presidente também antecipou sua agenda para as próximas semanas. “Assim que terminar o BRICS, nos dias 6 e 7 de julho, eu receberei três chefes de estado: Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia; Abdel Fattah al-Sisi, presidente do Egito; e Prabowo Subianto, presidente da Indonésia”, revelou. Ainda neste mês de junho, Lula participará de um encontro sobre o futuro dos oceanos, em Mônaco. “Volto ao Brasil depois de participar de um encontro em Mônaco sobre o futuro dos oceanos. Vocês acham que é só o Galvão Bueno que vai para Mônaco?”, brincou.
“Precisamos defender a economia azul, preservar os oceanos e preparar o Brasil para realizar uma grande COP30. O mundo rico, que se industrializou há muitos anos, precisa pagar uma conta para o mundo se descarbonizar”, disse, reforçando o compromisso do Brasil com a pauta ambiental. Lula também afirmou que telefonará para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caso ele diga que não participará. “Eu vou dizer: cara, o Brasil é importante e nós precisamos debater a questão ambiental".
Ao final de sua fala, Lula resumiu sua filosofia de governo internacional com uma frase contundente: “O papel do presidente do Brasil é fazer as coisas acontecerem”. Confira a coletiva:
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“Estou levando de volta ao Brasil R$ 100 bilhões em investimentos", diz Lula, na França

247 - O consumo das famílias brasileiras teve alta de 1% no primeiro trimestre de 2025 em relação aos três meses anteriores, segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O avanço foi inferior ao observado no mesmo período de 2024, mas representa uma melhora em relação ao último trimestre do ano passado.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, a despesa das famílias cresceu 2,6%, influenciada, segundo o IBGE, pelo aumento da massa salarial real e da oferta de crédito, mesmo diante de taxas de juros elevadas. O consumo das famílias é responsável por aproximadamente 60% do PIB sob a ótica da demanda e é considerado um dos principais motores da economia.
Os dados do IBGE também mostram que os investimentos produtivos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cresceram 3,1% na comparação com o trimestre anterior e 9,1% frente ao mesmo período do ano passado. O órgão destacou o papel da atividade de construção, da produção nacional e da importação de bens de capital — com ênfase para plataformas de petróleo —, além da expansão no desenvolvimento de softwares.
O desempenho positivo no início do ano também foi apoiado por um mercado de trabalho mais aquecido, com aumento do emprego formal e da renda, e pela recuperação da agropecuária, que caminha para uma safra recorde de grãos. Esses fatores contribuíram para manter o consumo e os investimentos em alta.

Otávio Rosso

Consumo das famílias cresce 1% no 1º trimestre de 2025; investimentos sobem 3,1%

247 - Durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um investimento histórico de R$ 844 milhões para o Porto de Itajaí (SC), marcando a retomada oficial das operações da unidade portuária, agora sob gestão federal desde janeiro deste ano, informa a Agência Gov. O evento celebrou não apenas a reativação do terminal, mas também o início de uma nova etapa de modernização e ampliação de sua capacidade logística e operacional.
“Este é o ano da colheita e eu estou aqui colhendo o desenvolvimento de Itajaí, de Navegantes, colhendo os investimentos em Santa Catarina, e não será a última vez que eu venho aqui”, afirmou o presidente, arrancando aplausos do público. “A gente tem muita coisa para fazer para esse país e para esse estado”, completou.
Os investimentos anunciados visam ampliar a competitividade do porto catarinense, com foco na dragagem do canal para navios de maior porte, na melhoria da segurança e no fortalecimento da infraestrutura. Além disso, o governo federal anunciou a criação de uma nova Companhia Docas, que ficará responsável pela gestão direta da unidade.
“O que nós queremos para o Brasil é exatamente isso: elevar o padrão de vida do povo brasileiro”, discursou Lula. “Nestes dois anos, a indústria brasileira voltou a crescer, porque uma nação é composta de indústria, de agricultura, de transporte marítimo, de criação de animais, mas, sobretudo, pela qualidade de vida do povo que habita aquela nação.”
Durante sua fala, o presidente também exaltou as qualidades da cidade e da população local: “Um povo maravilhoso, águas maravilhosas, praias maravilhosas, gente bonita e educada. Eu tenho certeza que vocês vão ter orgulho de um dia ter colocado o pé aqui e ter assumido investir nesse porto”.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reforçou o compromisso com a reestruturação de Itajaí e revelou que o projeto de federalização foi uma determinação direta de Lula. “Faremos o maior volume de investimentos da história do porto. E vamos fazer o canal que vai elevar a dragagem de 13,5 metros para 16 metros, para que a gente possa receber navios ainda maiores e possa aumentar a competitividade”, afirmou.
Já o secretário nacional de Portos, Alex Sandro D’Avila, explicou que a criação da Companhia Docas será essencial para dar mais agilidade e autonomia à administração do porto. “Uma nova companhia federal vinculada diretamente ao Ministério de Portos e Aeroportos, totalmente independente, para poder dar o devido encaminhamento e retomar o Porto de Itajaí ao lugar de destaque que lhe é merecido”, disse.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também esteve presente e comentou os resultados da política econômica. “A inflação está caindo e o emprego está na máxima histórica, porque as oportunidades de emprego estão aparecendo. Isso acontece porque tem empresa investindo, tem comando presidencial, tem conversa com investidores, com empresários, para a gente gerar oportunidades neste país”, resumiu.
Um dos anúncios mais relevantes foi feito pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard. A estatal contratará 52 novas embarcações até 2026, com um aporte de R$ 29 bilhões, o que deverá gerar cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos. “Nosso programa de renovação e ampliação de frota de embarcações é um marco para a retomada dessa indústria. E Santa Catarina tem muito a ver com isso, muito a contribuir com esse nosso plano”, afirmou Chambriard, destacando o apoio da atual gestão para fortalecer a indústria naval.
A reativação do Porto de Itajaí tem um forte simbolismo para a região e para o governo federal. Em 2006, no primeiro mandato de Lula, houve investimento para a reforma dos molhes. Em 2008, no segundo mandato, o governo ajudou a reconstruir o porto após enchentes. Agora, em 2025, o ciclo se renova com a terceira intervenção decisiva da Presidência da República.
O superintendente do porto, João Paulo Tavares, destacou os avanços recentes e o novo momento vivido por Itajaí. “O volume de cargas também só aumenta: mais de um milhão de toneladas ao mês. É Itajaí pulsando novamente, com um porto mais competitivo, gerando cada vez mais renda e emprego para nossa cidade. Ainda este ano, vamos faturar mais de R$ 180 milhões”, afirmou. “Nada disso existiria sem o presidente Lula, que salvou o Porto de Itajaí pela terceira vez.”
Principais investimentos previstos no projeto de reestruturação do Porto de Itajaí:
Dragagem do canal do Rio Itajaí-Açu (16 m): R$ 90 milhões
Retirada do casco do navio Pallas: R$ 23 milhões
Readequação do molhe de Navegantes: R$ 64 milhões
Obras na bacia de evolução: R$ 68 milhões
Adensamento da área do RAC: R$ 45 milhões
Requalificação elétrica e de iluminação: R$ 20 milhões
Contenção da margem do canal: R$ 67 milhões
Novo scanner de raio X: R$ 12 milhões
Píer para navios de cruzeiro: R$ 300 milhões
Sistema VTMIS (tráfego naval): R$ 65 milhões
Sistema SmartPorto (segurança e inteligência artificial): R$ 30 milhões
Monitoramento rodoviário e agendamento: R$ 30 milhões
Modernização dos gates e integração com a Receita Federal: R$ 30 milhões
Com esse conjunto de medidas, o governo federal projeta transformar o Porto de Itajaí em um novo polo logístico de relevância nacional, gerando emprego, renda e desenvolvimento para Santa Catarina e para o Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira (29/5), da cerimônia de retomada das operações do Porto de Itajaí (SC).

Lula anuncia R$ 844 milhões para o Porto de Itajaí: “É o ano da colheita e estamos colhendo investimentos”

247 - O Brasil projeta um ciclo histórico de investimentos no setor de infraestrutura portuária e aeroportuária até 2026, com a realização de 60 leilões e a mobilização de cerca de R$ 30 bilhões em obras, melhorias operacionais e geração de empregos. A informação foi destacada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante sua participação no programa Bom Dia, Ministro, exibido nesta terça-feira (27) pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
De acordo com Costa Filho, a conjuntura econômica favorável, aliada à segurança jurídica e à variedade de projetos disponíveis, tem colocado o Brasil como um dos destinos mais atrativos para investidores internacionais. “O Brasil passou a ser um dos principais países emergentes no mundo mais procurados por investidores internacionais porque o Brasil tem bons projetos, tem a segurança jurídica e tem a oportunidade de você ter várias alternativas de investimentos”, afirmou. Ele também avaliou que esse cenário será decisivo para fomentar o emprego e o desenvolvimento nacional: “O mundo tem observado o Brasil como a grande janela de oportunidades”.
Segundo o ministro, já há uma previsão de que os investimentos estrangeiros em áreas como petróleo, gás, energia, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos ultrapassem R$ 200 bilhões. Um dos empreendimentos de destaque é o Túnel Santos-Guarujá, orçado em R$ 6 bilhões. A obra, que será licitada em setembro, é uma parceria entre os governos federal e paulista e integrará o Novo PAC como o maior investimento em infraestrutura de transporte. Será também o primeiro túnel submerso da América Latina, com 870 metros de extensão e 21 metros de profundidade. “Essa obra vai ajudar na mobilidade urbana e fortalecer o maior porto da América Latina”, explicou.
Ainda neste ano, em julho, o governo pretende realizar o segundo bloco de leilões portuários, estimado em R$ 1,03 bilhão. Serão ofertados quatro terminais em Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vila do Conde (PA) e Maceió (AL). No primeiro leilão do setor em 2025, realizado em abril, quatro terminais foram arrematados com previsão de R$ 2 bilhões em investimentos.
Costa Filho comparou a atual fase com os resultados obtidos desde 2013: “Quando a Lei de Portos foi criada, em 2013, até 2022, foram realizados no Brasil 41 leilões, o que significou investimentos na ordem de R$ 6 bilhões de reais. Agora, nos quatro anos do nosso governo, nós vamos realizar o equivalente a 60 novos leilões no Brasil, que vão dar investimentos na ordem de mais de R$ 30 bilhões”.
O ministro ressaltou que os leilões têm como principal objetivo descentralizar a atividade portuária. “Por que nós estamos acelerando isso? Porque na hora que você tem um grande investimento portuário, isso gera emprego, gera renda e movimenta a economia dos seus respectivos estados”, declarou. Ele acrescentou que tanto os investimentos públicos quanto os privados estão contribuindo para o fortalecimento do setor em diversas regiões do país.
Durante a entrevista, o ministro também comemorou os avanços no setor aeroportuário. O país teve crescimento de 10% no fluxo de turismo nacional e 14% no turismo internacional em comparação com 2022. Costa Filho destacou a ampliação do número de passageiros: “Em dois anos, incluímos mais de 20 milhões de passageiros na aviação do país, de 98 milhões para 118 milhões de passageiros”.
Os quatro primeiros meses de 2025 registraram a chegada de mais de 2 milhões de turistas internacionais ao Brasil, o maior volume da série histórica. Para o mês de julho, a expectativa é de um crescimento superior a 6% no fluxo de turistas domésticos, impulsionado pelo aumento da renda. “A cada quatro turistas que chegam a uma cidade, um emprego é gerado”, disse.
Em 2024, o setor aeroportuário já contabilizou 42 obras, somando R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,7 bilhões oriundos de concessões. Para 2025 e 2026, estão previstas 66 obras em 55 aeroportos, com R$ 9,7 bilhões em investimentos, dos quais R$ 8,7 bilhões virão da iniciativa privada.
Silvio Costa Filho anunciou que, em junho, será lançado o AmpliAR – Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais. O foco será modernizar e ampliar aeroportos em regiões estratégicas com baixa conectividade. “A nossa expectativa é que a gente possa reformar, requalificar e construir quase 50 aeroportos regionais do Brasil. (...) O PIB daquela região cresce mais de 3% só por conta da condição do aeroporto”, argumentou.
Outro destaque da entrevista foi o lançamento do Guia de Combate ao Assédio no Setor da Aviação Civil, elaborado em parceria com a Anac. O material orienta empresas, trabalhadores e passageiros a identificar e combater o assédio e a importunação sexual. “Esse programa tem dois vieses estratégicos. O primeiro é um trabalho internamente dentro das empresas aéreas (...) E, paralelamente, a gente está fazendo uma ampla campanha nos aeroportos brasileiros”, disse o ministro, reforçando o caráter educativo da ação.

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