247 - O influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, o cantor Israel Natã Vicente, conhecido como MC Euro, planejavam usar uma casa alugada em São Paulo como base provisória antes de deixar o Brasil. A informação foi divulgada pela Polícia Civil da Paraíba e publicada pelo <a href="https://marreta.pcdomanual.com/p/https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2025/09/01/como-era-o-plano-de-fuga-de-hytalo-santos-e-o-marido-policia-detalha-acoes.htm">UOL</a> O casal foi preso em 15 de agosto, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, após a repercussão de denúncias de exploração sexual infantil.
De acordo com a investigação, os dois viajaram separadamente para o estado paulista. Imagens mostram Euro dirigindo até São Paulo, parando em um posto de combustíveis para abastecer e fazer compras. Hytalo, por sua vez, saiu de João Pessoa de carro até Recife e embarcou em um voo com destino à capital paulista. A viagem ocorreu logo depois da viralização de um vídeo do influenciador Felipe Bressanim Pereira, o Felca, que acusava Hytalo de “adultização de adolescentes” e exploração sexual de menores. O conteúdo alcançou quase 50 milhões de visualizações e levou a Justiça da Paraíba a decretar a prisão preventiva do casal.
O diretor de operações da Polícia Civil da Paraíba, Carlos Othan, disse em entrevista que a mudança para São Paulo ocorreu pouco antes da expedição do mandado de prisão. “Todo esse contexto nos leva à conclusão de que, alugando uma casa num local que não era convencional, que eles não tinham pertences lá, a gente imagina que seja justamente uma base provisória para que fosse elaborada uma fuga”, afirmou.
Hytalo e MC Euro são investigados pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho desde o ano passado pelos crimes de exploração sexual infantil e tráfico de pessoas. A defesa, no entanto, nega todas as acusações e alega que a mudança do casal se deu pela proximidade com familiares que moram no estado.
No dia 28 de agosto, os dois foram transferidos de São Paulo para a Penitenciária Desembargador Flóscolo da Nóbrega, o Presídio do Róger, em João Pessoa. Durante a audiência de custódia, os advogados haviam solicitado a transferência para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, sob a justificativa de que a unidade seria mais segura para um casal LGBTQIA+. O pedido foi negado pela Justiça.
Atualmente, Hytalo e Euro cumprem o período inicial de “reconhecimento” no presídio, junto a outros quatro detentos. O influenciador pediu autorização para usar uma máquina de barbear devido a alergia às lâminas comuns, solicitação ainda em análise pela direção da unidade.
A prisão do casal gerou forte repercussão entre fãs. Na tarde da última quinta-feira (28), dezenas de pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, se reuniram em frente ao Presídio do Róger para demonstrar apoio a Hytalo. Cartazes e manifestações de solidariedade marcaram a chegada do influenciador à unidade.
A defesa insiste que Hytalo e Euro “sempre se colocaram à disposição das autoridades” e classificou a prisão preventiva como “extrema” e “ilegal”. Já a Polícia Civil sustenta que havia indícios claros de tentativa de fuga para fora do país.

Laís Gouveia

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Brasil

Os detalhes do plano de fuga de Hytalo e Euro do Brasil

247 - A Justiça de São Paulo decidiu, neste sábado (16), manter a prisão do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro. O casal havia sido detido na sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, por ordem da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.
De acordo com a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/sp/justica-mantem-prisao-de-hytalo-santos-e-marido-apos-audiencia-de-custodia">CNN Brasil</a>, a audiência de custódia serviu apenas para verificar a ocorrência de eventuais ilegalidades no momento da prisão, o que não foi constatado. Com isso, ambos permanecem presos preventivamente.
<h2>Investigações e acusações</h2>
O caso, que vem sendo conduzido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), apura suspeitas de crimes graves, como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil e produção de conteúdos com conotação sexual envolvendo adolescentes.
O juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, do Tribunal de Justiça da Paraíba, justificou a prisão como “medida imprescindível” para proteger provas, garantir a instrução processual e evitar intimidação de testemunhas. Segundo a decisão, já havia registros de tentativas de coação, além de indícios de destruição e ocultação de documentos durante operações de busca e apreensão.
As investigações tiveram início ainda em 2024, a partir de denúncias de vizinhos de um condomínio de luxo em João Pessoa, onde adolescentes eram vistos em festas com consumo de álcool e comportamento sexualizado. Em outra frente, apura-se um possível esquema de emancipação irregular de menores em troca de presentes e aparelhos eletrônicos.
<h2>Repercussão após vídeo de Felca</h2>
O caso ganhou notoriedade nacional em 6 de agosto, quando o youtuber Felca, que possui mais de 6 milhões de inscritos, publicou um vídeo relatando as acusações contra Hytalo. Desde então, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais do influenciador, a desmonetização de conteúdos e a proibição de contato com os adolescentes mencionados.
O MPT já analisou mais de 50 vídeos e ouviu ao menos 15 depoimentos relacionados à atuação do influenciador.&nbsp;

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