<p><b>247 </b>- Os preços de algumas das hortaliças mais consumidas no Brasil registraram queda em setembro, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O levantamento faz parte do 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (21).</p>
<p>Os produtos que mais apresentaram retração foram alface, batata, cebola, cenoura e tomate. A maior redução ocorreu na alface, com queda de 16,01% na média ponderada, resultado da boa oferta do alimento nas Centrais de Abastecimento (Ceasas).</p>
<h2><b>Cebola e batata em queda contínua</b></h2>
<p>A cebola manteve a trajetória de redução de preços iniciada em junho. Em setembro, a média ponderada recuou 14,8% em todas as Ceasas avaliadas, reflexo direto da elevada disponibilidade do produto. A batata seguiu o mesmo caminho, marcando o quarto mês consecutivo de retração. O preço médio caiu 10,4% em relação a agosto, também em função da ampla oferta.</p>
<h2><b>Tomate e cenoura com oscilações regionais</b></h2>
<p>O comportamento do tomate variou de acordo com o mercado regional: enquanto em Vitória houve queda expressiva de 37,88%, Goiânia registrou alta de 46,91%. Mesmo assim, na média nacional ponderada, os preços caíram 5,76%. A cenoura também apresentou comportamento indefinido, com baixa de 4,71% em relação a agosto. A redução da oferta em Minas Gerais, principal produtor do país, influenciou o cenário.</p>
<h2><b>Melancia segue queda; banana, laranja, maçã e mamão sobem</b></h2>
<p>Entre as frutas, a melancia acompanhou a tendência das hortaliças, com retração de 10,29%, mesmo diante do aumento do consumo provocado pelo calor. Já banana, laranja, maçã e mamão registraram alta. O maior avanço foi do mamão, que encerrou setembro com alta de 12,72% em relação ao mês anterior, apesar de variações ao longo do período.</p>
<h2><b>Exportações em alta</b></h2>
<p>No acumulado de janeiro a setembro, o setor exportou 853,2 mil toneladas de frutas e hortaliças, 28% acima do registrado no mesmo período de 2024. A receita em dólar também cresceu, alcançando US$ 994,42 milhões (FOB), alta de 15%. O desempenho positivo ocorreu mesmo com a imposição de tarifas por parte do governo dos Estados Unidos sobre alguns produtos brasileiros.</p>
<h2><b>Sustentabilidade em foco</b></h2>
<p>O boletim também destacou iniciativas voltadas ao gerenciamento de resíduos sólidos nas Ceasas, com o objetivo de fortalecer práticas de agricultura regenerativa e segurança alimentar. Os dados foram coletados em centrais de abastecimento de São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, São José, Goiânia, Recife, Fortaleza e Rio Branco, que concentram boa parte da comercialização de frutas e hortaliças no país.</p>

Otávio Rosso

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Conab: preços de hortaliças seguem em queda nos mercados atacadistas

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