<p><b>247 –</b> Ozzy Osbourne, fundador do Black Sabbath e figura central na história do heavy metal, construiu um legado que transcende o gênero musical e se espalha por toda a cultura pop global. A trajetória do artista, que faleceu aos 76 anos, foi relembrada em <a href="https://www.theguardian.com/music/2025/jul/22/ozzy-osbourne-the-peoples-prince-of-darkness-took-heavy-metal-into-the-light">texto de Alexis Petridis</a> publicado pelo <i>The Guardian</i>, destacando sua contribuição única para a música e sua habilidade de se reinventar sem perder a essência.</p>
<p>John Michael “Ozzy” Osbourne nasceu em Birmingham, numa realidade dura e sem perspectivas. Disléxico, vítima de abusos e fracassado até como ladrão, só encontrou rumo na música. O anúncio "Ozzy Zig Needs a Gig", deixado em uma loja local, o levou à banda Earth — que logo se tornaria o Black Sabbath. Com uma sonoridade pesada e sombria, o grupo inaugurou uma nova linguagem musical. O álbum <i>Paranoid</i> (1970), hoje clássico, foi rechaçado pela crítica da época, mas abraçado por milhões de jovens alienados e insatisfeitos.</p>
<p>A voz crua e desesperada de Ozzy deu identidade ao gênero. Sua performance energética e espontânea no palco o afastava da imagem dos deuses do rock intocáveis dos anos 1970. Era um de nós, e esse era seu maior trunfo. Ao ser demitido do Sabbath em 1979 por causa de seu abuso de drogas e álcool, parecia que sua carreira havia terminado. Mas foi Sharon Levy, filha do empresário da banda, quem o resgatou — pessoal e profissionalmente.</p>
<p>Na carreira solo, Ozzy incorporou o personagem "Príncipe das Trevas", criando polêmicas e conquistando atenção mundial. Mordeu a cabeça de um morcego no palco, urinou no memorial do Álamo, foi acusado de satanismo — e ganhou milhões de fãs. Seus dois primeiros álbuns solo, <i>Blizzard of Ozz</i> (1980) e <i>Diary of a Madman</i> (1981), com o guitarrista Randy Rhoads, consolidaram seu renascimento artístico.</p>
<p>Mesmo com altos e baixos, Ozzy manteve relevância ao longo das décadas. Seu envolvimento com o reality show <i>The Osbournes</i> o transformou em figura da cultura televisiva. Criou o festival <i>Ozzfest</i>, impulsionando novos talentos do metal, e se manteve ativo até o fim: três semanas antes de sua morte, reuniu astros da música no show <i>Back to the Beginning</i>, em Birmingham.</p>
<p>Ozzy Osbourne não foi apenas o criador de um estilo musical. Foi o elo entre gerações, entre o underground e o mainstream, entre a dor e a catarse coletiva. Como ele mesmo escreveu em sua autobiografia <i>I Am Ozzy</i>: “Sempre achei que tudo isso era temporário”. Mas a história provou o contrário. Seu impacto é permanente — e mundial. Confira o clássico Paranoid:</p>
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Redação Brasil 247

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Cultura

O legado global de Ozzy Osbourne eterniza o heavy metal no coração da cultura pop

<p><b>247 - </b>O músico Ozzy Osbourne, que faleceu nesta terça-feira, (22) aos 76 anos, deixa um legado monumental que atravessou gerações e moldou profundamente o universo do rock e do heavy metal. Mais do que um cantor, Ozzy foi um símbolo cultural, um criador de tendências e uma lenda que ajudou a definir a identidade do gênero mais pesado da música mundial.</p>
<h3>O criador do som que mudou o mundo</h3>
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<h3><br/></h3>
<p>Ozzy Osbourne ficou conhecido mundialmente ao liderar o Black Sabbath, banda formada em Birmingham, no Reino Unido, no final da década de 1960. Com álbuns icônicos como <i>Paranoid</i> (1970), o grupo consolidou o heavy metal com riffs pesados, letras sombrias e uma estética inédita na música, dando voz a uma juventude marcada por tensões sociais e guerras.</p>
<p>Sua presença no palco era magnética, com vocais potentes e um carisma sombrio que definiriam para sempre o arquétipo do vocalista de metal. O sucesso meteórico do Black Sabbath transformou Ozzy em uma referência global ainda jovem, colocando-o como um dos fundadores do gênero mais cultuado do rock pesado.</p>
<h3>O renascimento na carreira solo</h3>
<div class="embed-block"><div><div style="left: 0; width: 100%; height: 152px; position: relative;"><iframe src="https://cdn.iframe.ly/api/iframe?url=https%3A%2F%2Fopen.spotify.com%2Fintl-pt%2Ftrack%2F7ACxUo21jtTHzy7ZEV56vU%3Fsi%3D4890ef0ff626435d&key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen allow="clipboard-write *; encrypted-media *; fullscreen *; picture-in-picture *;"></iframe></div></div></div>
<p>Após ser demitido do Black Sabbath em 1979, Ozzy não se deixou abater. Em 1980, lançou <i>Blizzard of Ozz</i>, álbum solo que se tornou um clássico instantâneo e trouxe o hit eterno “Crazy Train”. Ao longo da carreira solo, Ozzy venderia dezenas de milhões de discos e ajudaria a popularizar o heavy metal ao redor do planeta.</p>
<p>Sua carreira foi marcada pela ousadia, pela parceria com músicos virtuosos — como o guitarrista Randy Rhoads — e por sucessos atemporais que mantiveram seu nome no topo da cultura musical durante décadas.</p>
<h3>O mentor de gerações</h3>
<p>Nos anos 1990, Ozzy foi além da música ao fundar o Ozzfest, um dos maiores festivais de heavy metal do mundo, que revelou bandas como Slipknot, Korn e System of a Down. Com isso, assumiu também o papel de mentor e promotor da cultura heavy metal, tornando-se um pilar insubstituível na consolidação do gênero.</p>
<h3>Da música à cultura pop</h3>
<p>A presença de Ozzy foi tão marcante que transbordou para a cultura pop. O reality show <i>The Osbournes</i>, exibido pela MTV nos anos 2000, revelou ao mundo a figura irreverente, divertida e humana do astro do rock. Assim, Ozzy ganhou uma legião de novos fãs, muito além dos apreciadores de metal.</p>
<h3>Reconhecimento e despedida</h3>
<p>Ao longo da carreira, Ozzy foi duas vezes incluído no Rock and Roll Hall of Fame — tanto com o Black Sabbath quanto como artista solo. Também foi agraciado com inúmeros prêmios e homenagens, incluindo o título de <i>Global Icon</i> no MTV Europe Music Awards.</p>
<p>Em julho de 2025, mesmo debilitado pelo avanço do Parkinson, Ozzy fez sua última apresentação histórica em Birmingham, no evento beneficente <i>Back to the Beginning</i>, onde cantou sentado em um trono, encerrando sua trajetória nos palcos com dignidade e emoção.</p>
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<p>&nbsp;</p>
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<h3>Um ícone eterno</h3>
<p>A morte de Ozzy Osbourne marca o encerramento de uma era insuperável. Ele não foi apenas um cantor, mas uma figura revolucionária que redefiniu a música, rompeu tabus e impactou milhões de pessoas em todo o mundo. Sua voz continuará viva, sua música permanecerá eterna e sua lenda jamais será esquecida.</p>
<p>Ozzy se despede como o eterno Príncipe das Trevas — e como uma das figuras mais importantes da história da música moderna.</p>

Jogos da Commonwealth - Cerimônia de Encerramento - Estádio Alexander, Birmingham, Grã-Bretanha - 8 de agosto de 2022 Ozzy Osbourne se apresenta durante a cerimônia de encerramento

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Ozzy Osbourne: o Príncipe das Trevas que revolucionou o heavy metal

<p><b>247 –</b> O lendário grupo britânico Black Sabbath confirmou uma reunião histórica com sua formação original para um show especial em Birmingham, Inglaterra, no dia 5 de julho. Segundo informações divulgadas pela <i>Premier Guitar</i>, o evento intitulado "Back to the Beginning" contará com a participação de grandes nomes do rock e do metal, como Metallica, Pantera e Slayer, e terá sua arrecadação revertida para causas beneficentes, incluindo a Cure Parkinson's.</p>
<p>O espetáculo reunirá os membros fundadores da banda: Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo), Bill Ward (bateria) e Ozzy Osbourne (vocais). A apresentação será realizada na cidade onde o grupo foi criado, em um evento que promete ser um marco na história do heavy metal.</p>
<p>Além de celebrar a trajetória do Black Sabbath, o show marcará a despedida definitiva de Ozzy Osbourne dos palcos com a banda. Em declaração à <i>Reuters</i>, Sharon Osbourne, esposa e empresária do cantor, confirmou que esta será a última vez que Ozzy se apresentará ao vivo com o grupo.</p>
<blockquote>"Enquanto outros membros da banda podem continuar gravando e se apresentando, o show na cidade natal do Black Sabbath será, certamente, a última performance de Ozzy aos 76 anos"</blockquote>
<p>Sharon ainda acrescentou que a despedida de Ozzy é definitiva:</p>
<blockquote>"Para Ozzy, neste momento, é definitivamente: 'Eu amo vocês e boa noite'"</blockquote>
<p>O evento promete reunir uma legião de fãs do heavy metal em uma noite histórica, celebrando o legado do Black Sabbath, considerado um dos precursores do gênero. Com um setlist que deve incluir os grandes clássicos da banda, o show será uma oportunidade única para os fãs verem a formação original junta pela última vez.</p>
<p>A reunião do Black Sabbath já era esperada há anos, mas agora, com a confirmação da presença de nomes como Metallica, Pantera e Slayer, a expectativa cresce ainda mais. Back to the Beginning não será apenas um concerto, mas um evento de despedida para um dos maiores vocalistas do heavy metal, celebrando décadas de influência e inovação musical. Confira o clássico Paranoid:</p>
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0qanF-91aJo?si=3PsExIGMZvquMIVy" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

Black Sabbath retoma formação histórica após 20 anos para o último show de Ozzy

<p><b>247 - </b>Em uma decisão inusitada, o Tribunal de Hasslehölm, na Suécia, reconheceu Roger Tullgren, de 42 anos, como 'viciado' em heavy metal, concedendo-lhe uma pensão parcial por invalidez. O caso, que aconteceu em 2015, foi lembrado recentemente pelo professor de Direito Laboral e Previdenciário da Universidade Jaume I Castellón, Francisco Trujillo, em uma publicação no LinkedIn. Trujillo destacou como essa decisão marcou um momento peculiar na legislação sueca e no mundo do heavy metal.</p>
<p>Conforme noticiado pelo jornal "The Local", Tullgren lutou por uma década para que sua paixão pelo estilo musical fosse reconhecida como uma condição que prejudicava sua capacidade de manter um emprego estável. "Há dez anos que tento que a minha situação seja reconhecida como deficiência. Falei com vários psicólogos que constataram que sofro de uma situação de discriminação", afirmou Roger.</p>
<p>O fanatismo de Tullgren pela música começou na juventude e se intensificou ao longo dos anos, dificultando sua vida profissional. O sueco participou de mais de 300 concertos de heavy metal somente em 2006, o que resultou em sua demissão de diversos empregos. Ele explica que sua necessidade de assistir a esses eventos era tamanha que se tornava impossível manter uma rotina de trabalho convencional. "A situação é que eu estava realmente perdido, só falava de metal, só queria tocar metal, e quem deu o passo fui eu. Sou tão teimoso que queria mostrar que o metal é a única coisa na minha vida, a maior e melhor coisa que já aconteceu comigo."</p>
<p>Determinando a busca pelo reconhecimento, Roger iniciou um processo legal que durou anos, até que, em 2015, o tribunal finalmente atendeu ao seu pedido. "Tive que brigar muito com meu governo. E é a primeira vez que isso é feito. É bastante difícil conseguir esse tipo de ‘papel’, acho que também há muita luta com quem é viciado em outros hobbies, como futebol, desporto", ressaltou.</p>
<p>A decisão concedeu a ele um subsídio de 400 euros mensais, permitindo que ele mantivesse um trabalho a tempo parcial como lavador de pratos em um restaurante. O acordo com seu empregador ainda lhe dá liberdade para usar suas roupas preferidas de heavy metal durante o expediente. Segundo Roger, esse arranjo é o equilíbrio perfeito para conciliar sua paixão pela música com a vida profissional.</p>

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