247 – Mais de 70 pessoas morreram em motins que se espalharam pelo Nepal, informou neste domingo (14) a agência russa TASS, com base em dados oficiais divulgados pelo portal Nepal News. De acordo com Ek Narayan Aryal, representante do governo, os distúrbios registrados desde 8 de setembro resultaram em 72 mortos e 191 feridos, que seguem internados em hospitais e centros de saúde em diferentes regiões do país.
Segundo Aryal, os primeiros óbitos ocorreram durante protestos no dia 8. Já nos dias seguintes, episódios de incêndios criminosos e tumultos ampliaram a tragédia. Katmandu e outras cidades nepalesas foram palco de confrontos após manifestações contra casos de corrupção e contra a proibição do uso de redes sociais.
Os protestos tiveram como protagonistas estudantes e integrantes do movimento juvenil da chamada Geração Z, que tomaram as ruas em um clima de insatisfação crescente. As manifestações rapidamente evoluíram para atos de violência, com incêndios em prédios públicos estratégicos, incluindo o Parlamento, a Suprema Corte e a Procuradoria-Geral. Além disso, residências de políticos e autoridades também foram atacadas.
A onda de descontentamento reflete uma tensão social latente em um país marcado por instabilidade política e fragilidade institucional. As autoridades ainda não anunciaram medidas concretas para conter a crise, mas a escalada de violência acende alertas sobre os riscos de novos confrontos.

Redação Brasil 247

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Mundo

Nepal enfrenta motins violentos que deixam mais de 70 mortos, segundo autoridades

247 – O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) fez duras críticas à atuação do governo dos Estados Unidos, comandado pelo presidente Donald Trump, diante das recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em postagem publicada nas redes sociais, o parlamentar denunciou o que considera uma “guerra híbrida” em curso contra o Brasil, com o objetivo de desestabilizar a democracia e abrir caminho para o saque de riquezas nacionais.
“Estamos diante de uma guerra híbrida para desestabilizar a democracia brasileira e o governo popular eleito. O Departamento Norte Americano ameaça o país, o STF e dobra a aposta em torno do bolsonarismo. Querem quebrar nossa soberania e surrupiar as riquezas de nosso solo e contam para isto com os traidores da pátria”, afirmou Correia. Para ele, a ofensiva inclui “um braço externo” de pressão internacional e “um braço interno” de agitação social, ambos voltados a minar a economia e a política do país.
A declaração do parlamentar ocorre após o Departamento de Estado dos EUA criticar publicamente o ministro Alexandre de Moraes por decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Em nota oficial, o governo Trump afirmou que “responsabilizará” todos que colaborarem com as medidas do magistrado, classificando Moraes como “abusador de direitos humanos” com base na Lei Magnitsky, que prevê sanções financeiras e restrições internacionais a pessoas acusadas de violações de direitos humanos.
Rogério Correia também destacou que a ofensiva estrangeira visa os recursos estratégicos brasileiros. “Nossos minerais estratégicos e nossas terras raras são cobiçadas pelos EUA, que como sempre se movem por interesses imperialistas e não suportam nossa autonomia e independência”, disse o deputado. Ele criticou o alinhamento da extrema direita brasileira aos interesses externos, apontando que “os quinta colunas não se incomodam em prejudicar o próprio povo”.
O conceito de guerra híbrida, utilizado por Correia, refere-se a um conjunto de ações coordenadas que combinam pressões diplomáticas, econômicas, informacionais e psicológicas com movimentos internos de desestabilização política. Esse tipo de estratégia busca enfraquecer governos sem uma declaração formal de guerra, promovendo crises que podem culminar em mudanças de regime ou perda de soberania sobre recursos estratégicos.
O parlamentar defendeu a mobilização popular em defesa da democracia e do STF. “Toda atenção é necessária e defender as decisões do STF é defender a democracia, para garantir a soberania. Todas as forças populares devem estar mobilizadas e o governo atento para chamar a mobilização em torno da defesa da pátria”, concluiu.
Enquanto isso, o ministro Alexandre de Moraes já declarou que não pretende se submeter às sanções impostas pelos Estados Unidos e seguirá conduzindo os processos em curso no Supremo. O episódio evidencia o crescente atrito diplomático entre Brasília e Washington, que, segundo Correia, reforça a necessidade de unidade nacional diante da tentativa de ingerência estrangeira.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Estamos diante de uma guerra híbrida para desestabilizar a democracia brasileira e o governo popular eleito. O Departamento Norte Americano ameaça o país, o STF e dobra a aposta em torno do bolsonarismo. Querem quebrar nossa soberania e surrupiar as riquesas de nosso solo e…&mdash; Rogério Correia (@RogerioCorreia_) <a href="https://twitter.com/RogerioCorreia_/status/1952576934870696245?ref_src=twsrc%5Etfw">August 5, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Sudeste

"Querem quebrar nossa soberania e surrupiar nossas riquezas", diz Rogério Correia

247 – A Sérvia está sob ameaça de uma “revolução colorida” promovida por potências ocidentais, segundo afirmou o vice-primeiro-ministro Aleksandar Vulin durante uma reunião em Moscou com o secretário do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Sergey Shoigu. A declaração foi <a href="https://www.rt.com/news/614640-serbia-face-color-revolution/">publicada pelo canal RT</a> neste domingo (23) e se insere no contexto de uma crescente onda de manifestações no país balcânico.
“A revolução colorida está em andamento em Belgrado”, afirmou Vulin, em referência ao conceito utilizado para designar movimentos de protesto, frequentemente apoiados por governos estrangeiros, com o objetivo de provocar mudanças de regime. “Os serviços de segurança ocidentais estão por trás disso, querem instalar um novo governo. Mas não vamos permitir”, declarou o vice-premiê.
Os protestos na Sérvia, liderados majoritariamente por estudantes, tiveram início em novembro de 2024 após o desabamento de uma cobertura de concreto na estação ferroviária da cidade de Novi Sad, que resultou em mortes e feridos. Desde então, as manifestações vêm crescendo e atingiram um ápice no dia 15 de março com um grande ato em Belgrado, seguido por confrontos entre manifestantes e a polícia.
Vulin não poupou críticas à atuação de potências estrangeiras. “O Ocidente quer destruir a Sérvia”, acusou, sugerindo que a pressão sobre o país tem ligação direta com a postura do governo sérvio em relação à Rússia. Ao contrário da maioria dos países europeus, Belgrado se recusou a aderir às sanções contra Moscou impostas após o início do conflito na Ucrânia. “E nunca o fará”, garantiu o vice-premiê.
O presidente sérvio Aleksandar Vučić já havia denunciado anteriormente uma suposta colaboração entre a oposição interna e os serviços de inteligência de países ocidentais, além de agências croatas e albanesas, com o objetivo de desestabilizar o governo. Segundo Vulin, os mesmos grupos por trás dos protestos pretendem provocar uma radicalização do movimento nos próximos dias. “Quem organizou o ato de 15 de março deseja repetir o cenário de Maidan e está trabalhando para isso”, alertou.
Shoigu, que também é ex-ministro da Defesa da Rússia, manifestou preocupação com os desdobramentos na Sérvia e ressaltou a importância da parceria estratégica entre os dois países. “A Rússia valoriza suas relações com Belgrado. Mantemos um diálogo aberto, especialmente na área de combate às revoluções coloridas”, disse.
Em tom de gratidão, Vulin elogiou a atuação dos serviços de inteligência russos, com os quais, segundo ele, o governo sérvio mantém excelente comunicação. “Eles conhecem o perigo que enfrentamos. Sou muito grato por essa cooperação”, afirmou. Shoigu respondeu que a Sérvia “pode sempre contar com a ajuda da Rússia em qualquer questão”.
O termo “revolução colorida” é utilizado principalmente por governos que se opõem à ingerência ocidental, especialmente de países como os Estados Unidos, para descrever levantes populares que culminam na derrubada de autoridades eleitas, como ocorreu na Ucrânia em 2014, com a destituição do presidente Viktor Yanukovych.
A crise política na Sérvia acontece em um contexto geopolítico delicado, em que a disputa por influência entre o Ocidente e a Rússia volta a se intensificar nos Bálcãs. Com a tensão crescente nas ruas e o discurso endurecido do governo, o país entra em uma fase de instabilidade cujo desfecho permanece imprevisível.

Sul Global

Vice-premiê da Sérvia denuncia tentativa de “revolução colorida” com apoio do Ocidente

247 - Na semana passada, o The Times relatou possíveis formas de retaliação da Rússia ao uso de mísseis de longo alcance disparados pelo Reino Unido na região de Kursk, na Rússia. O artigo incluía versões de possíveis ataques cibernéticos à infraestrutura crítica, sabotagem, assassinatos direcionados, bem como explosivos em pacotes DHL que poderiam "derrubar um avião".
Nesta segunda-feira (25), um avião de carga da DHL caiu perto do aeroporto de Vilnius. Segundo o portal FlightAware, a aeronave estava indo de Leipzig para Vilnius. A polícia informou que um dos pilotos, um cidadão espanhol, morreu no acidente. Outros três feridos — cidadãos da Lituânia, Alemanha e Espanha — estão hospitalizados.
Diante dos acontecimentos, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha descreveu como possível acidente ou ataque híbrido em "tempos voláteis".
O parlamentar russo Alexey Zhuravlev rejeitou à Sputnik nesta segunda-feira as acusações. O artigo do The Times sobre a possível resposta de Moscou a ataques com mísseis de longo alcance ocidentais utilizando pacotes explosivos da DHL parece uma tentativa de provocação para culpar a Rússia pelo acidente de avião, disse.&nbsp;
"A imprensa britânica relatou, citando fontes, as recentes alegações de que os serviços especiais russos poderiam preparar ações contra o Ocidente com a ajuda de pacotes da DHL. Claramente, naquele momento, uma provocação já estava pronta com o avião, que agora caiu em Vilnius. Uma relação de causa e efeito é claramente visível — assim que alertaram sobre isso, tudo aconteceu quase imediatamente", afirmou Zhuravlev.
Toda a operação foi planejada no Ocidente para culpar a Rússia, acrescentou Zhuravlev.&nbsp;

Equipes de resgate trabalham perto dos destroços do avião de carga DHL no local do acidente perto do Aeroporto Internacional de Vilnius, Lituânia, 25 de novembro de 2024

Antes de queda de avião na Lituânia, jornal apontou suspeita sobre pacotes russos. Parlamentar nega

247 - Cabos submarinos, responsáveis por 99% das telecomunicações internacionais, estão sob ameaça crescente em meio a tensões geopolíticas globais. Recentemente, dois cabos de fibra ótica no Mar Báltico foram danificados em um possível ato de sabotagem, atribuído pela mídia europeia a um cargueiro chinês, Yi Peng 3, que supostamente desligou seu transponder próximo aos locais afetados. Esses cabos, que conectam países como Finlândia, Suécia e Alemanha, são cruciais para transações financeiras, comunicações governamentais e transmissão de dados pela internet. 
Esta semana, a operadora finlandesa Cinia Oy disse que o cabo de comunicações submarino C-Lion1 entre a Finlândia e a Alemanha foi temporariamente desligado devido a um mau funcionamento. A mídia sueca e lituana informou posteriormente que outro cabo havia quebrado. Os países iniciaram uma investigação sobre o assunto.
Especialistas citados pelo <a href="https://www.theguardian.com/world/2024/nov/22/wire-cutters-how-the-worlds-vital-undersea-data-cables-are-being-targeted">The Guardian</a> alertam que esses ataques podem enviar "sinais diplomáticos potentes", mesmo quando o impacto inicial é limitado, e ressaltam a dificuldade de proteger completamente essa infraestrutura vital.
No passado, embarcações russas e chinesas foram associadas a danos em cabos no Báltico e em outras regiões. Apesar de a maioria dos danos a cabos ser acidental, a possibilidade de sabotagem planejada cresce, exigindo maior vigilância de organizações internacionais para evitar interrupções mais graves no futuro.
Diante do risco de sabotagem, países da Otan começarão a monitorizar a infraestrutura subaquática no Mar Báltico em dezembro, utilizando a infraestrutura de segurança subaquática da aliança, informou o jornal finlandês Helsingin Sanomat.

Trabalhadores instalam o cabo submarino 2Africa na praia de Amanzimtoti, África do Sul, 7 de fevereiro de 2023

Tudo sobre guerra-hibrida

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Possível sabotagem danifica cabos submarinos na Europa e mobiliza Otan

Cortes da TV 247