247 - O governo brasileiro iniciou os estudos para desenvolver um sistema próprio de geolocalização por satélite, capaz de reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras, como o GPS dos Estados Unidos. A iniciativa, considerada estratégica e de alta complexidade, visa reforçar a soberania nacional em áreas como segurança, defesa e infraestrutura crítica.
A informação foi divulgada pela agência Sputnik, que detalhou a criação de um grupo técnico reunindo representantes de ministérios, da Força Aérea Brasileira, de agências federais e do setor aeroespacial. O colegiado tem a missão de avaliar a viabilidade técnica, econômica e estratégica do projeto. A formalização ocorreu no início de julho por meio da Resolução nº 33 do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB), assinada pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Antonio Amaro dos Santos. O prazo estabelecido para a entrega do relatório é de 180 dias, contados a partir de 14 de julho.
Soberania tecnológica - Rodrigo Leonardi, coordenador da Agência Espacial Brasileira (AEB), explicou que o grupo ainda está em fase de estruturação, mas sua principal atribuição será a de analisar os riscos envolvidos na dependência de sistemas internacionais de navegação.
Hoje, o Brasil utiliza majoritariamente o GPS (EUA), o Glonass (Rússia), o Galileo (União Europeia) e o BeiDou (China) para fins de posicionamento e navegação. Todos esses sistemas são controlados por potências globais e operam com propósitos militares, ainda que ofereçam sinal civil aberto. A eventual interrupção do acesso, por decisão política ou conflito internacional, é vista como vulnerabilidade estratégica por diversos especialistas.
Desafio de longo prazo e alto custo - A construção de um sistema de posicionamento global próprio é uma empreitada de grande escala, que envolve o lançamento de constelações de satélites, infraestrutura terrestre para controle e monitoramento, além de elevado investimento financeiro e humano. Ainda assim, países que almejam maior autonomia e protagonismo geopolítico têm investido em alternativas regionais ou independentes.
A criação do grupo de trabalho sinaliza a disposição do Brasil em avançar no debate sobre soberania espacial, um tema que também ganhou relevância com a crescente digitalização da economia e a intensificação de tensões globais envolvendo o uso de tecnologias críticas.

Guilherme Levorato

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Mídia

Brasil avalia criar sistema próprio de geolocalização por satélite

247 - Fiscais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estão em plantão por prazo indeterminado para investigar as causas da interferência no Sistema de Posicionamento Global (GPS) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). Voos de companhias aéreas registraram atrasos e cancelamentos. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os aeroportos brasileiros movimentaram 56,2 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2024, alta de 4,4% em relação aos primeiros seis meses de 2023. Guarulhos liderou, com 20,3 milhões. Em seguida ficaram Congonhas, em SP (10,8 milhões), Brasília, no Distrito Federal (6,9 milhões), Galeão, no Rio (6,5 milhões), e Campinas, em SP (5,7 milhões).
Em 2023, Guarulhos recebeu 41,3 milhões de passageiros, aproximando-se dos números pré-pandemia de 2019 (43 milhões). Congonhas ficou na segunda posição, com mais de 22 milhões de passageiros, um número 0,5% inferior ao de 2019. O Aeroporto de Brasília apareceu em terceiro, com mais de 10 milhões de passageiros.
De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (4) pelo <a href="https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/09/04/anatel-faz-plantao-com-prazo-indeterminado-em-cacada-por-interferencia-que-afetou-gps-de-voos-em-guarulhos.ghtml">Portal G1</a>, a Gol afirmou que seis voos foram cancelados em Guarulhos A Latam informou que algumas decolagens sofreram atrasos. A Azul confirmou que dois voos foram cancelados e que cinco decolaram com atraso. 
Agentes localizaram uma torre de celular no Pari, região central da capital paulista, que é suspeita de ser a fonte do problema. São necessários mais detalhes para determinar as causas da interferência.
O gerente regional da Anatel, Marcelo Scabarozi, afirmou que as equipes chegaram a desligar a torre em São Paulo, e a interferência desapareceu. O problema não retornou após o religamento. "Esse tipo de investigação é um processo de exclusão de possibilidades por testes e ensaios. Nossa maior dificuldade é quando os sinais são intermitentes; temos que 'aguardar' seu retorno".

Sudeste

Anatel faz plantão com prazo indeterminado em 'caçada' após interferência que afetou voos em Guarulhos

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Cortes 247

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