247 – A Polícia Federal (PF) ampliou as investigações sobre a fraude na Americanas e agora apura se funcionários de grandes bancos participaram do esquema que gerou um rombo superior a R$ 20 bilhões na empresa varejista. A informação é do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/fabio-serapiao/pf-vai-investigar-funcionarios-do-santander-e-itau-por-fraude-na-americanas">Metrópoles</a>.
O foco dessa nova etapa da investigação está nas informações fornecidas por Fabio Abrate, ex-diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, que assinou um acordo de colaboração premiada.&nbsp;
Segundo Abrate, funcionários de pelo menos dois bancos, o Santander e o Itaú, teriam atuado para ocultar, do balanço da empresa, as dívidas do risco sacado – um tipo de financiamento usado principalmente por empresas do setor varejista para melhorar o fluxo de caixa. O esquema na Americanas envolvia lançar incorretamente esse dado no balanço.
De acordo com Abrate, sem a colaboração dos funcionários dos bancos, a dívida teria aparecido muito antes de estourar o rombo bilionário na empresa.

Bianca Penteado

Unidade da Americanas em Brasília
27/06/2024

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

3000x1800

thumbnail

viewImage

Brasil

Fraude na Americanas: PF investigará funcionários do Santander e Itaú por suposta participação em esquema

247 - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez história nesta sexta-feira (10) ao ser sentenciado no caso Stormy Daniels, sendo o primeiro chefe de Estado condenado a assumir o poder no país. A decisão, segundo o jornaista <a href="https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2025/01/10/trump-e-sentenciado-mas-escapa-de-pena-de-prisao.htm">Jamil Chade</a>, do UOL, foi anunciada em Nova York após a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar um último apelo de Trump. A sentença, no entanto, não resultou em prisão, pois o Tribunal determinou uma "dispensa incondicional" devido à sua condição de presidente, o que significa que nenhuma punição será aplicada, apesar da condenação por 34 crimes, incluindo falsificação de registros comerciais.
Em maio, Trump foi considerado culpado por ocultar US$ 130.000 pagos à atriz pornô Stormy Daniels, com o objetivo de silenciar a artista sobre um suposto caso extraconjugal que teria ocorrido durante um torneio de golfe em 2006. O ex-advogado de Trump, Michael Cohen, admitiu que o pagamento visava impedir que Daniels falasse sobre o episódio. Trump, por sua vez, sempre negou as alegações.
Na audiência de sentença, Trump participou por videoconferência, e enquanto a procuradoria sugeriu a "dispensa incondicional" devido aos impactos que uma punição poderia ter sobre suas funções presidenciais, o procurador Joshua Steinglass criticou o ex-presidente por não demonstrar arrependimento e acusou-o de causar danos à percepção pública do sistema de Justiça. Trump, por sua vez, atacou a Justiça, afirmando que "os eleitores estão assistindo" e que sua vitória nas urnas era a prova de sua inocência. 
O juiz Juan Merchan, responsável pela decisão, afirmou que a falta de uma pena de prisão se deve ao cargo de presidente, mas reafirmou que as leis se aplicam igualmente a todos.
A defesa de Trump comemorou a decisão e alegou que o processo contra o presidente prejudica os interesses nacionais, citando a pressão de se preparar para a presidência enquanto enfrentava uma sentença criminal. Embora o caso tenha sido rejeitado pela Corte Suprema, o juiz Merchan rejeitou a alegação da defesa de que o caso deveria ser arquivado devido à vitória de Trump nas eleições, sublinhando que tal decisão prejudicaria o Estado de Direito.
Em entrevista à Fox News, Trump continuou a atacar a decisão, acusando o juiz de ser corrupto e de fazer parte de uma "caça às bruxas" política orquestrada pelo Partido Democrata, com o objetivo de prejudicar sua candidatura.

Paulo Emilio

Presidente eleito dos EUA, Donald Trump
07/01/2025
REUTERS/Carlos Barria

Mundo

Justiça dos EUA condena Trump no caso Stormy Daniels, mas o libera da prisão

247 – A Americanas, em grave crise desde a descoberta de fraudes contábeis no início de 2023, convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 11 de dezembro, visando deliberar sobre uma ação de responsabilidade civil contra ex-executivos da companhia. Segundo <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/10/31/americanas-convoca-assembleia-para-discutir-possivel-acao-contra-ex-executivos.ghtml">apuração do Valor Econômico</a>, publicada nesta quinta-feira (31), a proposta coloca em pauta o ressarcimento por danos financeiros e de imagem ocasionados pela gestão anterior, incluindo Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles.
A decisão vem após investigações e compromissos assumidos pela nova administração junto à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada na Câmara dos Deputados no ano passado, para apurar práticas que levaram à manipulação de controles internos e consequente impacto nos resultados da Americanas. A medida busca alinhar-se às disposições da Lei das S.A., que prevê a responsabilização de administradores por atos que prejudiquem o patrimônio da empresa, com aprovação prévia dos acionistas em assembleia.
“A proposta de responsabilização é um passo fundamental para restaurar a credibilidade da Americanas no mercado e reafirmar o compromisso com a transparência”, declarou um porta-voz da nova administração, em fala à CPI. A convocação da AGE e a sinalização da Americanas aos acionistas refletem o esforço da companhia em restaurar a confiança dos investidores e mitigar os impactos causados pela fraude, que abalou a reputação de uma das maiores varejistas do Brasil.
A assembleia também representa um movimento estratégico para evitar potenciais futuros litígios, ao dar aos acionistas a oportunidade de deliberarem sobre ações de reparação. Entre os pontos destacados pela nova administração, está o reforço dos controles internos e a adoção de práticas de compliance, elementos que se tornaram essenciais para o plano de recuperação e fortalecimento da companhia no setor.

Economia

Americanas convoca assembleia para ação de responsabilidade contra ex-executivos

247 - Na noite de sexta-feira (18), a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) anunciou a conclusão do inquérito que investigou o uso de informação privilegiada por ex-diretores da Americanas. Segundo o <a href="https://www.infomoney.com.br/mercados/caso-americanas-cvm-conclui-inquerito-e-acusa-8-ex-diretores-de-insider-trading/">Infomoney</a>, o inquérito indicou que oito ex-executivos da varejista foram acusados de insider trading, um crime que ocorre quando informações não divulgadas publicamente são utilizadas para obter vantagens financeiras.
Os acusados, que incluem nomes como Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, Marcio Cruz Meirelles e Anna Christina Ramos Saicali, agora terão a oportunidade de apresentar suas defesas. A investigação focou nas transações de ações da Americanas realizadas antes da revelação de “inconsistências contábeis” que, na prática, configuram uma fraude, ocorrida em janeiro de 2023.
De acordo com a CVM, a investigação envolveu a análise de documentos cadastrais de investidores, ordens de compra e venda de ações da Americanas, além de notas de corretagem. Também foram realizadas oitivas de investidores e trocas de informações com o autorregulador da bolsa de valores, a BSM. A CVM concluiu que foram reunidos “elementos robustos, contundentes e convergentes” suficientes para fundamentar as acusações.
Atualmente, a CVM tem em andamento dois Inquéritos Administrativos, dois Processos Administrativos Sancionadores e dez Processos Administrativos, enquanto outros 20 processos foram encerrados.
Relembre o caso - No dia 11 de janeiro de 2023, a Americanas revelou inconsistências contábeis que totalizavam R$ 20 bilhões. O anúncio levou à renúncia imediata dos recém-chegados CEO Sergio Rial e CFO André Covre. No dia seguinte, as ações da empresa despencaram 77%, passando de R$ 12 para R$ 2,72, resultando em uma perda de R$ 8,34 bilhões em valor de mercado, à medida que a percepção de um rombo financeiro se tornava evidente.
Em 19 de janeiro, a Americanas oficializou o pedido de recuperação judicial e foi excluída de 14 índices da B3. As ações chegaram a valer R$ 0,79, tornando-se penny stocks, e em maio a companhia aprovou um agrupamento de ações na proporção de 100 para 1, a ser efetivado a partir de 17 de julho.
As inconsistências contábeis surgiram do fato de que o “risco sacado não era lançado como dívida”, resultando em uma avaliação da dívida da empresa muito abaixo do real. Este risco, comumente utilizado por fornecedores, permite a antecipação de recebíveis, gerando complicações financeiras significativas para a Americanas.
Para investigar essas irregularidades, foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados, onde a própria Americanas reconheceu indícios de fraude em seus resultados, apontando ex-diretores. No entanto, até o momento, não houve imputação formal aos responsáveis pelo rombo financeiro.

Americanas: CVM conclui investigação sobre 'insider trading' e acusa 8 ex-diretores da rede varejista

Reuters - A varejista Americanas disse na terça-feira que uma investigação de um comitê independente encontrou uma fraude contábil responsável por inconsistências no balanço patrimonial que levaram a um pedido de recuperação judicial da empresa em janeiro de 2023.
A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre uma suposta fraude contábil de 25,3 bilhões de reais na Americanas, uma das maiores varejistas online e físicas do Brasil.
"As evidências apresentadas pelo comitê confirmam a existência de fraude contábil, caracterizada, principalmente, por lançamentos indevidos na conta Fornecedores, por meio de contratos fictícios de VPC (verbas de propaganda cooperada) e por operações financeiras conhecidas como 'risco sacado', dentre outras operações fraudulentas e incorretamente refletidas no balanço da companhia", disse a Americanas em um documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de terça-feira.
A varejista disse que tomará as medidas necessárias para informar as autoridades sobre as conclusões do comitê independente. Ela também disse que "continuará colaborando integralmente com as investigações em curso".
O ex-presidente-executivo da Americanas, Miguel Gutierrez, um dos principais alvos da investigação policial, foi brevemente preso em Madri no mês passado pela polícia espanhola antes de ser liberado. As autoridades brasileiras estão buscando sua extradição da Espanha, onde ele vive atualmente.
Anna Saicali, ex-executiva da Americanas envolvida na suposta fraude contábil, entregou seu passaporte à polícia, o que a impede de deixar o Brasil por enquanto.

Americanas diz que comitê independente confirma fraude contábil

247 - O advogado criminalista Celso Villardi afirmou à jornalista <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/daniela-lima/post/2024/07/01/eles-nao-administravam-a-companhia-mas-sim-a-fraude-diz-advogado-da-americanas.ghtml">Daniela Lima, do G1</a>, que os ex-diretores das Americanas, que foram presos pelo desvio de R$ 20 bilhões, trabalhavam com foco em garantir o funcionamento do esquema de fraude vigente na companhia. Villardi comandou uma auditoria interna que foi citada pelo Ministério Público Federal na denúncia que levou às prisões de Miguel Gutiérrez, ex-CEO da empresa, e Anna Saicali, ex-diretora.
"Quando você mergulha a fundo, percebe que eles não trabalhavam para a companhia, eles trabalhavam para fraudar. São dezenas e dezenas de documentos que antecediam reuniões trimestrais de apresentação de balanços ao conselho. E esses documentos registram idas e vindas de informações falsas para ajeitar alíneas financeiras, transformar prejuízo em lucro", disse.
Segundo o advogado, a fraude é “incrivelmente documentada”, já que existem registros baixados pelo sistema da empresa pelo uso de celulares e equipamentos corporativos, até de conversas sobre como blindar patrimônio diante de um eventual avanço das investigações. "Nos documentos encontrados em equipamentos funcionais, celulares, Ipads, há menção explícita inclusive a blindagem patrimonial", diz Villardi.
Ele também aponta que Gutiérrez e Saicali estavam entre os diretores “mais discretos” em relação à fraude. “A Anna (Saicali) &nbsp;presidiu a P2W, empresa que era deficitária, mas aparecia como lucrativa. Ela participava do encontro de contas e há registro de planilhas falsas passando por ela".

Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles

Advogado da Americanas diz que ex-diretores ‘não administravam a companhia, mas sim a fraude’

247 – Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, foi detido e posteriormente liberado em Madri na semana passada. Há cerca de um ano, ao naturalizar-se espanhol, adotou o nome de Miguel Sarmiento Gomes Pereira e se mudou para um prédio em Legazpi, habitado apenas por seus familiares. Essa mudança de nome complicou a tarefa dos investigadores espanhóis em localizá-lo, após um pedido de cooperação da Polícia Federal brasileira em fevereiro, segundo <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2024/07/americanas-ex-ceo-trocou-de-nome-na-espanha-e-morava-em-predio-so-com-familiares.ghtml">informa a jornalista Malu Gaspar</a>, no Globo.
Gutierrez é investigado por uma série de crimes, incluindo fraude contábil, manipulação de mercado, insider trading e associação criminosa. Apesar de ter sido incluído na lista de foragidos da Interpol, sua condição de cidadão espanhol limitou as restrições a recolhimento de passaporte e apresentações quinzenais na polícia local, proibindo sua saída da Espanha durante as investigações.
A captura de Gutierrez foi parte de uma operação mais ampla que começou dois dias antes de uma ação da Polícia Federal no Brasil, mirando 14 pessoas envolvidas no esquema de fraude nos balanços da Americanas, estimado em R$ 25,7 bilhões. Anna Saicali, ex-CEO do setor digital da empresa e também implicada, retornou ao Brasil e teve sua prisão revogada.

Miguel Gutierrez, pivô da crise na Americanas, chegou a mudar de nome na Espanha

247 – Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam que executivos da Lojas Americanas tentaram convencer funcionários dos bancos Itaú e Santander a adulterar documentos enviados a auditorias externas, segundo revela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/06/mensagens-mostram-pressao-da-americanas-para-bancos-mudarem-informacoes-prestadas-a-auditorias.shtml">reportagem da Folha de S. Paulo</a>. Esses documentos analisavam as contas da varejista, sendo parte central da fraude contábil que resultou em um rombo de R$ 25,2 bilhões. Este material foi utilizado pela PF para deflagrar a operação Disclosure na quinta-feira (27).
As mensagens mostram que a diretoria da Americanas pressionou funcionários dos bancos para omitirem o termo "risco sacado" das cartas enviadas às auditorias externas, conhecidas como cartas de circularização. O "risco sacado" é uma operação financeira em que bancos emprestam dinheiro às varejistas para pagamento a fornecedores, permitindo que as varejistas obtenham melhores condições de pagamento em troca de juros.
A Americanas utilizava essa operação para manter um fluxo de caixa aparentemente saudável, omitindo essas dívidas de seus balanços, o que aumentava a fraude. O Itaú negou qualquer participação na fraude, afirmando que sempre forneceu informações corretas e completas às auditorias e reguladores. "Os informes enviados às auditorias sempre alertavam sobre as operações de risco sacado. Os diretores da Americanas tentaram retirar esses alertas, mas o banco nunca concordou com esse pedido", afirmou o banco em nota.
O Santander também repudiou qualquer insinuação de envolvimento e declarou que sempre informou integralmente os saldos das operações da Americanas no Sistema Central de Risco do Banco Central. "A instituição sempre informou integralmente os saldos das operações da Americanas no Sistema Central de Risco do Banco Central, que constitui uma entre as possíveis fontes de auditagem, além das cartas de circularização", acrescentou.

Executivos da Americanas tentaram envolver funcionários do Itaú e do Santander nas fraudes bilionárias

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) usou as redes sociais para criticar “os sábios do mercado” que, segundo ela, “caíram como patinhos” na fraude financeira de R$ 25 bilhões da rede varejista Lojas Americanas.
“Os sábios do mercado, tão arrogantes para falar das contas públicas, caíram feito patinhos no golpe de R$ 25 bilhões das Americanas. Não enxergaram nada de errado nos empréstimos a descoberto, nas notas fraudadas, nas operações que atingiram os maiores bancos do país. E é essa gente que diz ter 'argumentos técnicos' para manter os juros elevados. Não entendem nada da economia real, nem para se proteger dos colegas vigaristas do andar de cima. Só sabem especular com previsões alarmistas que sempre falham e exigir cortes no orçamento dos pobres”, escreveu Gleisi no X, &nbsp;antigo Twitter.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Os sábios do mercado, tão arrogantes para falar das contas públicas, caíram feito patinhos no golpe de R$ 25 bilhões das Americanas. Não enxergaram nada de errado nos empréstimos a descoberto, nas notas fraudadas, nas operações que atingiram os maiores bancos do país. E é essa…&mdash; Gleisi Hoffmann (@gleisi) <a href="https://twitter.com/gleisi/status/1807043620211507203?ref_src=twsrc%5Etfw">June 29, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
&nbsp;

'Os sábios do mercado caíram como patinhos no golpe das Americanas', diz Gleisi Hoffmann

247 - A diretora da Americanas responsável pelo braço digital da companhia, Anna Saicali, deve se entregar à Polícia Federal neste domingo, no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, informa a jornalista <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2024/06/americanas-ex-diretora-que-esta-na-lista-da-interpol-vai-se-entregar.ghtml">Malu Gaspar</a> em sua coluna no jornal O Globo. A executiva está em Lisboa e foi incluída na lista de foragidos internacionais da Interpol. Na sexta-feira (28), ela solicitou à Justiça a reconsideração da prisão preventiva, apresentando uma passagem de retorno ao Brasil com embarque na noite deste sábado (29).
Conforme a decisão do juiz Marcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Saicali deverá se apresentar às autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa na noite deste sábado (29) e entregar seu passaporte à PF assim que retornar ao Brasil.
“Na decisão, o juiz determinou que ela não passará por audiência de custódia e nem terá que ficar presa, mas ficará proibida de deixar o país enquanto as investigações sobre as fraudes bilionárias no balanço da varejista estiverem em curso”, destaca a reportagem. 
Saicali teve a prisão preventiva decretada no âmbito da operação Disclosure da PF, que investiga um esquema de fraudes contábeis nos balanços da Americanas, estimadas em R$ 25,7 bilhões. Os crimes apurados incluem manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa.
Além de Saicali, o ex-CEO da companhia, Miguel Gutierrez, que estava em Madri há um ano, também teve a prisão preventiva decretada e foi capturado nesta sexta-feira pela polícia espanhola. Outros 12 executivos foram alvos de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro.
Na quinta-feira (27), logo após o início da operação, os advogados de Saicali procuraram a Polícia Federal para negociar sua entrega. Eles alegaram que a viagem da executiva a Portugal já estava comprada com antecedência e não foi uma tentativa de escapar da prisão. Segundo os advogados, Saicali comprou uma passagem de última hora para ir a Lisboa no dia 16 porque perdeu o voo original, previsto para o dia 15.
A defesa apresentou um bilhete de retorno ao Brasil com data do último dia 26, mas não justificou porque ela não embarcou nessa data. Os advogados de Saicali afirmam que a viagem para Portugal não foi uma tentativa de fuga, como alega a Justiça, mas sim uma comemoração de aniversário com seu filho e uma visita à Bienal de Veneza. Ela teria retornado a Lisboa no último dia 25 e estava na cidade quando a operação da PF foi deflagrada no Brasil.

Ex-diretora da Americanas que está em Portugal irá se entregar à Polícia Federal neste domingo

247 – O Instituto Ibero-Americano de Direito Público (IADP), representante de 70 fundos de investimento americanos, solicitou formalmente uma investigação à Securities and Exchange Commission (SEC) e ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O objetivo é averiguar supostas práticas inadequadas e fraudes nos resultados financeiros da empresa Americanas S.A., e o impacto desses eventos nos mercados financeiros dos EUA, de acordo com <a href="https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2024/06/29/americanas-acionistas-minoritarios-exigem-indenizacao-para-reaver-prejuizo-com-acoes-e-pedem-investigacao-nos-estados-unidos.ghtml">reportagem</a> do Globo.
Adicionalmente, 418 investidores minoritários do Brasil, guiados pelo mesmo instituto, deram início a dois procedimentos de arbitragem com o intuito de recuperar prejuízos ocasionados pela má gestão e fraudes cometidas pelos dirigentes da empresa. Estes investidores, incluindo fundos, pessoas jurídicas e físicas, buscam uma indenização que pode alcançar de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão, baseando-se na variação do valor das ações da Americanas antes e depois da divulgação das fraudes.
Fundada em 1929 na cidade de Niterói, a Americanas enfrenta uma crise com um déficit de R$ 20 bilhões. Luis Fernando Guerrero, advogado do IADP e sócio do escritório Lobo de Rizzo Advogados, mencionou que recentes operações da Polícia Federal, que incluíram a prisão de ex-executivos da empresa, poderiam favorecer as negociações em curso. Guerrero destacou que, embora a representação seja de um grupo específico de acionistas, o resultado das negociações afetará todos os acionistas minoritários por meio de uma ação coletiva.
As investigações sobre as práticas da empresa continuam tanto no Brasil pela CVM quanto nos Estados Unidos pelas autoridades competentes, buscando determinar a amplitude das infrações e garantir reparação aos investidores afetados.

Minoritários das Americanas querem investigação nos EUA após prisão de executivos

247 - O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, realizou duas reuniões em Lisboa com autoridades portuguesas para solicitar cooperação na captura da ex-diretora da rede varejista Lojas Americanas, Anna Saicali, que está foragida e teve o seu nome incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol. Ela está em Portugal desde 15 de janeiro. 
"Fiz reuniões aqui em Lisboa ontem e hoje com a Polícia Judiciária e com a Polícia de Segurança Pública, solicitando colaboração para prisão desta foragida", afirmou Rodrigues à coluna da jornalista <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/camila-bomfim/post/2024/06/28/dg-da-pf-se-reune-com-autoridades-de-portugal-para-tentar-prender-diretora-das-americanas.ghtml">Camila Bomfim</a>, do g1. Nesta sexta-feira (28), Miguel Gutierrez, ex-diretor-geral da companhia, foi preso em Madri, na Espanha.
A Polícia Federal investiga as fraudes contábeis que deram origem ao rombo acima de R$ 25 bilhões na empresa. A 10ª Vara Federal Criminal determinou o bloqueio de R$ 500 milhões em bens dos envolvidos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Gutierrez, Anna Saicali e outros executivos da rede varejista teriam vendido R$ 258 milhões em ações da companhia entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, antes da divulgação da fraude financeira, por meio do uso de informação privilegiada, prática conhecida como “insider trading”. 
Em nota, a Americana declarou que foi “vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes” e que “aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”.

Delegado Andrei Passos será o diretor-geral da Polícia Federal

Tudo sobre fraude-contabil