247 - A Yara, multinacional norueguesa e uma das maiores produtoras globais de fertilizantes, fechou um acordo com a desenvolvedora britânica Atome Energy para comprar a totalidade da produção anual de fertilizantes à base de hidrogênio verde que será fabricada em uma nova planta no Paraguai. A informação foi publicada pelo Globo Rural.
Segundo a reportagem, o contrato terá validade mínima de dez anos e prevê a construção da unidade em Villeta, cidade próxima a Assunção, com investimento estimado em US$ 630 milhões. A previsão é de que as obras comecem no último trimestre de 2025. O objetivo da parceria é abastecer o Mercosul com fertilizantes de menor impacto ambiental, fortalecendo o portfólio sustentável da Yara.
<h3>Produção limpa e em larga escala</h3>
O projeto terá capacidade para gerar até 260 mil toneladas por ano de Nitrato de Amônio e Cálcio (CAN). A planta será abastecida exclusivamente com energia renovável proveniente de hidrelétricas. O hidrogênio verde, obtido por eletrólise, será utilizado como insumo na produção do fertilizante, reduzindo de forma significativa a pegada de carbono em comparação com os métodos convencionais.
A Yara destacou que o fornecimento do CAN verde reforça sua estratégia de atender à crescente demanda por insumos agrícolas de baixa emissão de carbono. A companhia já possui iniciativas em curso voltadas para fertilizantes menos poluentes, mas a parceria no Paraguai é vista como um passo relevante na expansão dessa linha de negócios.
<h3>Contexto estratégico para o Mercosul</h3>
Com a nova planta, o Paraguai passa a se consolidar como um polo estratégico de produção de insumos agrícolas sustentáveis para a região. O acordo também se insere no movimento global de transição energética e redução de emissões, tema em que a Yara busca se posicionar como referência mundial.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Yara investe em hidrogênio verde para fertilizantes no Paraguai

247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta segunda-feira (15) que o governo federal vai instalar, em até 15 dias, um novo Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM). O órgão será presidido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contará com a participação de 16 ministros, além de representantes da sociedade civil e universidades.
O CNPM foi criado em 2022 e passou por reestruturação em 2023, com a missão de assessorar diretamente o presidente da República na formulação de políticas sustentáveis e na integração do setor mineral à estratégia nacional de energia limpa. Agora, segundo Silveira, a prioridade é a criação de um Conselho de Minerais Críticos e Estratégicos, voltado especialmente para insumos ligados à segurança alimentar.
Durante o anúncio, o ministro ressaltou a dependência externa do país em fertilizantes, mesmo possuindo grandes reservas minerais. &nbsp;“É impossível um país com as peculiaridades do nosso, considerado como celeiro de alimentos do mundo, continue dependente de mais de 90% de importação dos fertilizantes, em especial o potássio, que nós somos ricos”, afirmou.
As terras raras, um grupo de 17 elementos químicos fundamentais para a indústria tecnológica, também estão no radar do governo. Concentradas principalmente na China e no Brasil, essas reservas são essenciais para a fabricação de smartphones, carros elétricos e equipamentos de alta tecnologia, consolidando-se como recursos estratégicos para a economia global.
<h2>Foco em energia limpa e transição sustentável</h2>
Silveira destacou ainda que o novo colegiado terá papel central no planejamento de políticas voltadas para energia limpa, eletromobilidade e exploração sustentável. “A minha proposta, levada ao presidente Lula e acatada por ele, de implementar esse Conselho composto por 16 ministros de Estado, membros da universidade, membros da sociedade civil e especialistas vai nos permitir começar a planejar a mineração de forma adequada, vigorosa e sustentável”, disse o ministro.
O plano inclui compensações ambientais mais robustas, estímulo à industrialização de minerais críticos e atração de investimentos capazes de gerar empregos e renda no país.
<h2>Conselho como base para a estratégia mineral brasileira</h2>
O Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), que passará a abrigar o novo núcleo de minerais críticos e estratégicos, já tem entre suas atribuições a integração do setor mineral à transição energética, o alinhamento com outras políticas públicas e a formulação de diretrizes sustentáveis para a exploração de recursos.
Segundo o ministro, a ampliação do papel do colegiado será fundamental para fortalecer a cadeia produtiva nacional, reduzir a dependência de insumos externos e posicionar o Brasil como ator estratégico no mercado global de energia limpa e minerais críticos.

Otávio Rosso

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Brasil Soberano

Alexandre Silveira anuncia novo Conselho Nacional de Política Mineral para debater terras raras

247 - A Adecoagro, grupo de produção agroindustrial com atuação na Argentina, Brasil e Uruguai, anunciou nesta segunda-feira (8) a assinatura de um acordo para a compra de 50% da Profertil, maior fabricante de ureia granular da América do Sul. A informação foi divulgada pelo portal IstoÉ Dinheiro.
A transação envolve a aquisição da fatia pertencente à canadense Nutrien, estimada em cerca de US$ 600 milhões. Os 50% restantes permanecem com a estatal argentina YPF, líder em petróleo e gás no país, que ainda detém o direito de preferência para igualar a proposta no prazo de 90 dias.
<h3>Operação estratégica</h3>
O negócio será viabilizado por meio de uma parceria entre a Adecoagro e a Asociación de Cooperativas Argentinas (ACA), que ficará com 20% da participação adquirida. A Profertil é considerada um ativo estratégico: responsável por cerca de 60% do consumo argentino de ureia, possui capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas do fertilizante e 790 mil toneladas de amônia.
Instalada em Bahía Blanca, no principal polo petroquímico do país, a unidade opera com acesso a gás natural e energia a custos competitivos, além de gerar receita dolarizada por conta do perfil exportador de sua produção. Entre 2020 e 2024, a companhia registrou EBITDA médio anual de aproximadamente US$ 390 milhões.
<h3>Expansão e diversificação</h3>
O CEO da Adecoagro, Mariano Bosch, destacou que a aquisição reforça a estratégia de diversificação do grupo. “Esta transação constitui uma oportunidade estratégica para a Adecoagro”, afirmou. Ele acrescentou: “A Profertil é uma das melhores empresas da Argentina, estrategicamente localizada com acesso a um fornecimento de gás competitivo, em uma região que é importadora líquida de ureia. Na Adecoagro, sempre nos concentramos em ser o produtor de menor custo, e a Profertil compartilha essa mesma filosofia”.
<h3>Perspectivas</h3>
Segundo a companhia, a expectativa é que a operação seja concluída até o fim de 2025, após o cumprimento das condições regulatórias e de mercado. O Rabobank atua como assessor financeiro exclusivo da Adecoagro e da ACA no processo.

Adecoagro compra metade da maior produtora de ureia da América do Sul

247 - O mercado de fertilizantes no Brasil apresentou um crescimento significativo no primeiro semestre de 2025, com um aumento de 10,5% nas entregas ao mercado, alcançando 20,14 milhões de toneladas, conforme divulgado pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Esse avanço reflete a alta demanda do setor, que está se preparando para a próxima safra de grãos, e a dependência do Brasil de fertilizantes importados para atender à demanda de seus produtores.
Em junho, o volume de fertilizantes entregues ao mercado brasileiro foi de 4,31 milhões de toneladas, um crescimento de 7,2% em relação ao mesmo período de 2024. O Estado de Mato Grosso, maior produtor de soja, milho e algodão do país, se destacou, concentrando 23,9% do total das entregas do semestre, com 4,81 milhões de toneladas. A alta nas importações de fertilizantes intermediários também foi relevante, somando 18,47 milhões de toneladas no primeiro semestre, um aumento de 10,3% em comparação ao ano passado.
A produção nacional de fertilizantes intermediários também teve um aumento considerável, registrando 3,51 milhões de toneladas, uma elevação de 8,9% em relação ao mesmo período de 2024. Em evento realizado esta semana, o 12° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, a Anda anunciou um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Agricultura. A iniciativa visa promover o intercâmbio de conhecimento entre os setores público e privado e aprimorar as estatísticas setoriais, um passo importante para o aprimoramento da gestão e planejamento do setor no Brasil.

Agricultor espalha fertilizantes em Brasília

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Agro

Mercado de fertilizantes no Brasil registra alta de 10,5% no primeiro semestre de 2025

SÃO PAULO (Reuters) - As importações brasileiras de fertilizantes somaram 24,2 milhões de toneladas de janeiro a julho, aumento de 8,8% em comparação ao mesmo intervalo de 2024, marcando um novo recorde para o período, afirmou nesta segunda-feira a Datagro.
Segundo a consultoria, o volume superou em 2,2% o recorde anterior de 2022, de 23,67 milhões de toneladas no período.
O Brasil é um dos maiores importadores mundiais de fertilizantes, importando no ano passado cerca de 90% do total comercializado, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
A Rússia manteve-se como principal origem das importações no acumulado do ano, com 6,88 milhões de toneladas embarcadas, alta de 18% sobre igual período do ano anterior, afirmou a Datagro, citando dados do comércio exterior brasileiro.
A Datagro apontou que a possibilidade de novas tarifas norte-americanas sobre países que mantêm relações comerciais com a Rússia, como o Brasil, aumentou o risco de interrupções no abastecimento e pressionou as cotações internacionais dos principais fertilizantes. A Índia foi o exemplo mais recente disso, acrescentou.
Além disso, a consultoria afirmou que agricultores podem enfrentar dificuldades caso os EUA ampliem sanções a importadores de fertilizantes russos.
"Os números de julho já indicam um movimento de antecipação, e, com a maior demanda, os preços atingiram novos patamares de equilíbrio", afirmou a Datagro.
Parte importante das importações do Brasil aconteceu em julho, com o país importando 4,79 milhões de toneladas, o maior volume mensal do ano.
O resultado representou alta de 15,6% em relação a junho e de 7,1% frente ao mesmo mês de 2024, estabelecendo um recorde histórico para o mês de julho, disse a Datagro.
PRESSÃO ANTES DO PLANTIO
Embora uma parte dos produtores realize compras antecipadas de fertilizantes, o setor agrícola brasileiro lida com aumento de custos em um cenário global conturbado, o que impõe um "sério desafio para os agricultores", disse a consultoria e corretora StoneX, em outro relatório nesta segunda-feira.
A StoneX alertou que os meses que antecedem a safra 2025/26 têm sido marcados por forte pressão de alta nos custos dos fertilizantes no Brasil.
Entre janeiro e meados de agosto, os preços da ureia nos portos brasileiros subiram cerca de 33%, enquanto o MAP (fosfatado amplamente utilizado no país) avançou 19% no mesmo período. Já o cloreto de potássio registrou alta de 20%, segundo a StoneX.
Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, as relações de troca entre a soja e o MAP já estão nos piores níveis dos últimos anos, situação que tende a inibir o consumo desse fertilizante e colocar os agricultores em postura de cautela para planejar novas aquisições de insumos.
(Por Roberto Samora)

Leonardo Sobreira

Importação de fertilizantes pelo Brasil atinge recorde de janeiro a julho, diz Datagro

SÃO PAULO (Reuters) - As entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro em maio somaram 3,70 milhões de toneladas, um salto de 13,8% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, informou nesta terça-feira a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
Em nota antecipada à Reuters, a associação não deu explicações para o aumento nas entregas em maio.
As importações de fertilizantes intermediários pelo Brasil, que importa a maior parte do seu consumo, subiram ainda mais do que as entregas em maio na comparação anual, somando 3,66 milhões de toneladas (19,2%).
Já a produção nacional de fertilizantes intermediários atingiu 658 mil toneladas, um aumento de 20,1% em relação ao mesmo mês de 2024.
ACUMULADO ATÉ MAIO
A Anda informou que as entregas de fertilizantes ao mercado totalizaram 15,83 milhões de toneladas de janeiro a maio, um aumento de 11,4% em relação ao mesmo período de 2024.
O Estado de Mato Grosso, maior produtor de soja, milho e algodão do Brasil, concentrou 24% das entregas, com 3,80 milhões de toneladas.
Em seguida, aparecem Paraná (2,32 milhões), Goiás (1,62 milhão), São Paulo (1,55 milhão), Minas Gerais (1,35 milhão), Rio Grande do Sul (1,09 milhão) e Bahia (924 mil toneladas).
Já a produção atingiu 2,91 milhões de toneladas no mesmo período, um crescimento de 11,4%, enquanto as importações somaram 14,92 milhões de toneladas, alta 13,9%.
(Por Roberto Samora)

Leonardo Lucena

Anda: entregas de fertilizantes no Brasil em maio aumentam 13,8% na comparação anual

247 – A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou nesta terça-feira (22) que a estatal voltará a produzir fertilizantes em grande escala no Brasil, com o objetivo de atender 35% da demanda nacional por ureia até 2028. A declaração foi feita durante a 5ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert), realizada na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e noticiada pela Agência Gov.
Atualmente, cerca de 85% dos fertilizantes nitrogenados utilizados pela agricultura brasileira são importados. Segundo Chambriard, essa dependência será significativamente reduzida com a entrada em operação de quatro unidades da Petrobras localizadas no Paraná (Araucária), Bahia e Espírito Santo (Fafen) e Mato Grosso do Sul (UFN-III, em Três Lagoas).
<blockquote>&nbsp;“O agro e o setor de petróleo estão se fundindo cada vez mais. E o fertilizante é uma excelente oportunidade para a gente ampliar o nosso mercado de gás”, afirmou Magda Chambriard.</blockquote>
A retomada da produção de fertilizantes integra o plano de investimentos da Petrobras para o período de 2025 a 2029, com um aporte previsto de R$ 900 milhões. Além de contribuir para a segurança alimentar, os projetos devem gerar entre 13 mil e 15 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento industrial e regional.
A presidente da Petrobras também destacou parcerias com a Embrapa para desenvolver fertilizantes de alta eficiência, com foco na produção de ureia, amônia e arla, utilizando tecnologias mais limpas e modernas.
<h3>Alckmin reforça importância dos fertilizantes para o agro</h3>
Durante a reunião do Confert, presidida pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, a questão da autossuficiência em fertilizantes foi apontada como estratégica para o futuro do agronegócio brasileiro.
<blockquote>&nbsp;“O Brasil é grande produtor e exportador de proteína animal e vegetal. Neste ano, teremos uma safra recorde, 10% maior. E a demanda por fertilizantes é crescente”, declarou Alckmin.</blockquote>
<h3>Bioinsumos ganham espaço na política nacional</h3>
A reunião também aprovou a inclusão de 16 novos projetos à Carteira de Projetos Estratégicos do Confert. Entre eles, 14 são da Embrapa — 11 voltados ao desenvolvimento de biofertilizantes, bioestimulantes e bioinoculadores, como o uso de bactérias promotoras de crescimento vegetal para espécies florestais.
Outro destaque foi o projeto da Prumo Logística, que propõe a criação de um Hub de Hidrogênio de Baixo Carbono no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, com a produção integrada de hidrogênio verde e seus derivados, como metanol e amônia.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também apresentou iniciativa para regulamentar a Lei de Bioinsumos, sancionada em dezembro de 2024. A norma estabelece diretrizes para produção, fiscalização, comercialização e uso de bioinsumos no país, incluindo produção própria por agricultores e incentivo à pesquisa.
Com essa agenda de reindustrialização e fortalecimento da cadeia de insumos agrícolas, o Brasil avança rumo à soberania produtiva, aliando a expertise da Petrobras, a inovação da Embrapa e o apoio do governo federal para consolidar um novo ciclo de desenvolvimento agrícola sustentável.

Redação Brasil 247

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard - 27/02/2025


Economia

Magda Chambriard anuncia retomada da produção nacional de fertilizantes pela Petrobras

247 - Rússia e Brasil pretendem ampliar o comércio bilateral para um patamar entre US$ 15 bilhões e US$ 16 bilhões nos próximos anos, afirmou Andrei Guryev, presidente do Conselho Empresarial Rússia-Brasil, à Sputnik, nesta sexta-feira (4).
“Este ano, esperamos que o comércio continue crescendo. Estabelecemos a meta de aumentá-lo para US$ 15 bilhões a US$ 16 bilhões. Tudo vai depender de como os negócios se desenvolverão”, declarou Guryev à margem do Fórum Empresarial Russo-Brasileiro, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, o intercâmbio comercial entre os dois países atingiu um recorde de US$ 12,4 bilhões em 2024.
Guryev acrescentou que empresas russas têm buscado expandir sua presença logística no Brasil, com investimentos em portos e armazéns.
O dirigente, que também preside a Associação Russa de Produtores de Fertilizantes (RFPA), destacou que o Brasil é um dos principais mercados para as exportações russas de fertilizantes, que exigem infraestrutura robusta para garantir o fornecimento contínuo.
O Fórum Empresarial Rússia-Brasil foi realizado no Rio de Janeiro em 3 de julho, como parte da programação que antecede a cúpula do BRICS, marcada para os dias 6 e 7 de julho.
Fertilizantes - A Rússia aumentou em 20% suas exportações de fertilizantes minerais ao Brasil em 2024, atingindo o recorde de 11,5 milhões de toneladas, informou Andrey Guryev.
“Em 2024, a Rússia aumentou em 20% suas exportações de fertilizantes ao Brasil – alcançando o recorde de 11,5 milhões de toneladas. Isso demonstra que somos um fornecedor de destaque, confiável e, o mais importante, sustentável de fertilizantes minerais ecologicamente corretos”, declarou Guryev durante o fórum empresarial russo-brasileiro.
Ele afirmou que os fertilizantes russos abastecem todo o mercado latino-americano, incluindo todos os estados brasileiros. Ressaltou ainda que a escolha pelos produtos russos proporciona aos agricultores brasileiros uma vantagem competitiva significativa, especialmente diante da crescente demanda global por insumos agrícolas sustentáveis.

Rússia e Brasil querem ampliar comércio bilateral para até US$ 16 bilhões

SÃO PAULO (Reuters) - Agricultores brasileiros pagarão mais para nutrir a safra 2025/2026, que começa a ser semeada já em setembro no Centro Oeste, uma vez que o conflito Irã-Israel ameaça o fornecimento de insumos e cria problemas logísticos, disseram especialistas.
De acordo com um relatório da StoneX divulgado nesta segunda-feira, a produção de ureia no Irã e no Egito, dois grandes produtores do fertilizante no Oriente Médio, sofreu uma paralisação.
A interrupção no Egito está ligada à redução no fornecimento de gás de Israel. No Irã, as plantas de ureia e amônia estão paralisadas devido aos riscos associados à guerra.
O Brasil é um importador de fertilizantes, e os agricultores locais estão expostos a oscilações bruscas de preços em tempos de guerra.
Até o momento, os produtores brasileiros compraram cerca de 61% das necessidades de fertilizantes para o segundo semestre, mas nem todos os pedidos foram entregues, afirmou o especialista da StoneX, Renato Françoso, à Reuters.
Os agricultores brasileiros que ainda não compraram certos insumos estão enfrentando uma relação de troca desfavorável, de acordo com a StoneX. A situação pode levar os produtores a reduzir as aplicações na próxima safra.
Em março de 2025, por exemplo, os agricultores brasileiros precisariam vender 28 sacas de soja para comprar uma tonelada de fertilizante MAP (composto por nitrogênio e fósforo), estimou Françoso. Quase quatro meses depois, a proporção subiu para 31 sacas, disse ele.
O poder de compra de fertilizantes pelos agricultores brasileiros atingiu o menor nível em mais de 30 meses, em uma conjuntura de queda de preços de importantes commodities agrícolas e alta nos custos de adubos, de acordo com um indicador elaborado pela Mosaic, divulgado mais cedo neste mês.
Para os produtores de milho, o conflito no Irã, que fornece 17% a 20% da demanda brasileira por ureia, é motivo de preocupação imediata.
"(As perspectivas) para a ureia são incertas, a logística conturbada e ainda temos um programa de importação bem robusto pela frente", escreveu Jeferson Souza, analista da Agrinvest. A ureia subiu 25% em relação ao ano passado, ele estimou.
Para Francisco Vieira, analista da Agroconsult, é cedo para dizer se os produtores brasileiros semearão uma área menor de milho ou soja devido aos custos mais altos dos fertilizantes. Ele disse que existem fornecedores alternativos fora do Oriente Médio, citando China e Marrocos.
Vieira não prevê escassez de fertilizantes. "O maior problema é o preço."
Evandro Turatto, diretor da Next Shipping, disse que os afretadores já estão cobrando o dobro para entrar no Estreito de Ormuz, que o Irã ameaça fechar, afetando diversos setores.
Nos últimos dez dias, o frete de contêineres fracionados aumentou em média 30%, disse ele.
"Caso escale muito a guerra, a gente pode entrar num canal de crise de cadeia de suprimentos sem precedentes", disse Turatto, lembrando que nem os problemas durante a pandemia seriam comparáveis.

Bianca Penteado

Navios e armazéns contendo soja e açúcar no Tiplam, em Santos; terminal também é importador de matérias-primas de fertilizantes, como enxofre, que por questões de segurança precisa ser armazenado a céu aberto
25/05/2023


Brasil enfrenta alta dos fertilizantes em meio a conflito no Oriente Médio

Bruno de Freitas Moura, repórter da Agência Brasil - A Petrobras assinou acordo para reassumir a posse e a produção de duas fábricas de fertilizantes, em Camaçari, na Bahia, e em Laranjeiras, em Sergipe, que estão paradas desde 2023. As duas unidades estão arrendadas à iniciativa privada desde 2020.
A confirmação da estatal foi feita por meio de comunicado ao mercado. O acordo envolve a Proquigel, subsidiária da Unigel, uma das maiores empresas químicas do país, que tem fábrica também no México.
&nbsp;O acordo estabelece o “encerramento das controvérsias contratuais e litígios existentes entre as partes”.
Para entrar em vigor, o documento precisa ser homologado pelo Tribunal Arbitral (forma alternativa de resolução de conflitos, que resolve disputas por meio de arbitragem, utilizando árbitros em vez de juízes), o que já foi solicitado pela Petrobras e pela Proquigel.
Fim da disputa - Em comunicados anteriores, a Petrobras afirmou que o acordo tem como meta alcançar uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento de fertilizantes ao mercado brasileiro.
Após a homologação, a estatal fará uma licitação para contratar serviços de operação e manutenção das duas fábricas.
Retomada - As duas plantas de fertilizantes foram arrendadas pela estatal à Proquigel em 2019, mas estão paradas desde 2023 por causa de dificuldades financeiras. A retomada da operação segue o plano de negócios da Petrobras, que prevê “capturar valor com a produção e a comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo e gás natural e a transição energética”.
Os fertilizantes nitrogenados, como ureia, são bastante usados por produtores agrícolas. Para a produção dos fertilizantes, é preciso matéria-prima resultante do gás natural, produzido pela Petrobras.
O Brasil é um dos principais consumidores de fertilizantes do mundo e importa cerca de 80% do volume que utiliza. Na primeira entrevista após assumir o cargo, em maio de 2024, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, manifestou o interesse da estatal em investir na produção doméstica do insumo agrícola.&nbsp;
Em agosto do ano passado, a Petrobras reativou a fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná, em cerimônia que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A unidade estava fechada desde 2020.
Empregos - A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-Se) tem capacidade instalada de produção de 1,8 mil toneladas de ureia por dia e pode comercializar amônia, gás carbônico e sulfato de amônio. A Fafen-BA possui capacidade instalada de produção de ureia de 1,3 mil toneladas por dia, e pode comercializar amônia, gás carbônico e agente redutor líquido automotivo (Arla 32).
Enquanto o acordo era negociado, a Federação Única dos Trabalhadores (FUP), que representa sindicatos ligados à Petrobras, emitiu posicionamento em que comemorava a retomada.
De acordo com a FUP, serão criados cerca de 2,4 mil empregos diretos e indiretos nas duas fábricas. A FUP acredita que as operações podem ser retomadas a partir de outubro.

Paulo Emilio

Fachada de prédio da Petrobras no Rio de Janeiro 04/2025

Petrobras assina acordo e reassumirá duas fábricas de fertilizantes

247 - Durante sua visita à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como uma de suas principais missões atrair investimentos para a instalação de uma fábrica de fertilizantes no Brasil. Segundo informações divulgadas pela <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/isabel-mega/politica/lula-assinara-acordo-com-chineses-para-fabrica-de-fertilizantes-no-parana/">CNN Brasil</a>, as tratativas estão sendo conduzidas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), com apoio da estatal chinesa CNCEC (China Chemical Engineering Corporation).
O governo brasileiro deve assinar com a CNCEC um contrato para realizar estudos de viabilidade técnica e financeira. A planta, caso seja viabilizada, terá capacidade para produzir 520 mil toneladas de ureia por ano, produto fundamental para a agricultura.
O projeto é estratégico para o Brasil, que figura entre os maiores produtores agrícolas do mundo, mas depende fortemente da importação de fertilizantes. Atualmente, mais de 87% dos insumos utilizados na produção nacional são importados, mesmo com o país sendo responsável por 8% do consumo global. O fortalecimento da produção interna é visto como essencial para reduzir essa vulnerabilidade.
Além do setor de fertilizantes, o governo também avançou em acordos na área de energia renovável. Um memorando de entendimento será firmado com a estatal chinesa Windey, que atua na produção de turbinas eólicas e outras soluções sustentáveis. A cooperação inclui o desenvolvimento de projetos de energia eólica, armazenamento de energia e tecnologias de baixo carbono.
Segundo o governo, o acordo prevê a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento, com foco na aplicação de energias renováveis em áreas agrícolas remotas, estímulo à implantação de fábricas no Brasil e mitigação das oscilações na geração de energia conectada ao sistema elétrico nacional.
No primeiro discurso da visita oficial a Pequim, nesta segunda-feira (12), Lula reforçou os laços com o país asiático. “A relação entre Brasil e China é indestrutível”, afirmou o presidente, ao mesmo tempo em que criticou medidas unilaterais adotadas por outras potências.
“Não me conformo com as taxas que o governo dos Estados Unidos tentou impor do dia para a noite”, disse Lula. Ele também defendeu o multilateralismo e o livre comércio. “O protecionismo pode levar à guerra. Não existe saída para um país sozinho”, completou.

Lula assinará acordo com estatal chinesa para instalação de fábrica de fertilizantes no Paraná

Tâmara Freire - Repórter da Agência Brasil
A Petrobras retomou a perfuração de poços na Bahia depois de seis anos, com o início dos trabalhos em um poço no campo de Taquipe, na cidade de São Sebastião do Passé, a cerca de 80 km de Salvador.
O planejamento estratégico da petroleira prevê a perfuração de cerca de 100 poços no estado nos próximos cinco anos, aumentando a produção atual. Eles estão nas cidades de Alagoinhas, Entre Rios, Esplanada, Cardeal da Silva, Araçás, Catu, Candeias e São Sebastião do Passé.
Três sondas de perfuração já foram contratadas para as atividades de produção onshore na Bahia, incluindo o maquinário que está sendo utilizado no campo de Taquipe. Os novos contratos de sondas já firmados pela empresas incluem também dez novos equipamentos de produção terrestres. Com isso, as sondas de produção operantes na Bahia passarão de 13 para 23.
A unidade da Petrobras no estado emprega hoje cerca de 4,3 mil profissionais e produz 17 mil barris de óleo equivalente por dia. São aproximadamente 2 mil poços terrestres, além da plataforma de produção de gas de Manati, que fica na Bacia de Camamu, na cidade de Valença. Em 2024, a produção baiana gerou cerca de R$ 257 milhões em tributos e participações governamentais.
<h2>Fábrica de fertilizantes &nbsp;</h2>
A Petrobras também anunciou a retomada das operações em fábricas de fertilizantes na Bahia e em Sergipe, após acordo com a empresa Proquigel, subsidiária da Unigel. O acerto encerra um longa disputa contratual e litigiosa entre as partes e deve ser assinado até o fim deste mês, mas ainda precisará ser homologado pelo Tribunal Arbitral.
A estatal vai restabelecer a posse das plantas de fertilizantes. Mas para retomar as operações, a Petrobras vai precisar fazer procedimento licitatório, para contratar serviços de operação e manutenção, conforme suas práticas de governança e procedimentos internos.
A retomada de atividades da companhia nos segmentos de fertilizantes está prevista no plano de negócio da Petrobras para o período de 2025 a 2029. O objetivo é "capturar valor com a produção e a comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo e gás natural e a transição energética."

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