247 - Mais de 750 profissionais do audiovisual brasileiro assinaram um manifesto que pede ao governo federal para acelerar a regulamentação das plataformas de streaming no país. A carta aberta é endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também foi encaminhada ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), à ministra da Cultura, Margareth Menezes, e à secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga. As informações são do <a href="https://www.metropoles.com/entretenimento/cinema/fernanda-torres-e-mais-750-pedem-a-lula-regulamentacao-do-streaming">Metrópoles</a>.
No documento, os profissionais pedem medidas urgentes para garantir a sustentabilidade e o fortalecimento da indústria audiovisual nacional. Eles ressaltam o papel essencial do setor na construção da identidade cultural brasileira e defendem a continuidade da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) como relatora das propostas legislativas que tratam do tema no Congresso Nacional.
Entre os signatários estão nomes como Fernanda Torres, Wagner Moura, Walter Salles, Petra Costa, Kleber Mendonça Filho, Fernando Meirelles, Helena Ignez, Anna Muylaert, Heitor Dhalia, José Padilha, Adirley Queiróz, Julia Rezende, Julio Bressane, Gabriel Mascaro, Gabriel Martins, Laís Bodanzky, Daniel Filho, Joel Zito Araújo e Luiz Carlos Barreto, entre outros.
O grupo pede a aprovação do substitutivo ao Projeto de Lei 2331/22, que prevê uma contribuição mínima de 6% da receita das plataformas digitais para investimentos em produções brasileiras — percentual inferior aos 12% recomendados pelo Conselho Superior do Cinema.
Na avaliação dos autores do manifesto, a ausência de regulação pode reduzir o papel do Brasil à condição de mero consumidor de conteúdo estrangeiro, comprometendo o desenvolvimento de uma indústria sólida e competitiva, com capacidade de gerar empregos, renda e visibilidade internacional.

Otávio Rosso

20.05.2025 - A Atriz, Fernanda Torres e o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e a durante a cerimônia de Entrega da Ordem do Mérito Cultural, no Palácio Gustavo Capanema. Rio de Janeiro - RJ.Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Cultura

Em carta a Lula, mais de 750 artistas pedem regulamentação do streaming

247 - A atriz Fernanda Torres foi uma das personalidades brasileiras convidadas a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela organização do Oscar. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (26) pela própria entidade, que anunciou 534 novos nomes selecionados para compor seus 19 setores internos.
Torres, que recebeu indicação ao Oscar de melhor atriz em 2025 por sua atuação em “Ainda estou aqui”, foi incluída no setor de atores da instituição. Com uma carreira consolidada no cinema e na televisão brasileira, a presença da atriz marca um reconhecimento internacional de sua trajetória artística.
Além dela, outros 11 brasileiros foram convidados para diferentes áreas da Academia. O diretor de fotografia Adrian Teijido entra para o setor de direção de fotografia; Claudia Kopke, para o de figurinistas; Maria Carlota Bruno, para o setor de produção. Entre os roteiristas convidados estão Murilo Hauser e Heitor Lorega. Já Daniela Thomas, Gabriel Mascaro e Daniel Filho foram chamados para o setor de direção. Eliza Capai foi incluída entre os documentaristas.
Caso todos os nomes aceitem o convite, a Academia passará a contar com 11.120 membros em sua totalidade, dos quais 10.142 terão direito a voto nas futuras edições do Oscar. Entre os convidados de 2025, segundo o levantamento divulgado, 59% são homens, 45% pertencem a minorias e 55% são de fora dos Estados Unidos.
Conforme a política da Academia, pessoas indicadas ao Oscar são automaticamente consideradas para a lista de convites no ano seguinte. Ainda assim, a atriz espanhola Karla Sofía Gascón — indicada por sua atuação em "Emilia Pérez" e protagonista de controvérsias durante a temporada de premiações — foi excluída da relação deste ano.
Fernanda Torres, ao lado de Selton Mello, estrelou o longa “Ainda estou aqui”, cuja repercussão crítica e presença nas premiações vem consolidando o nome da atriz também no circuito internacional.

Luis Mauro Filho

Fernanda Torres posa no tapete vermelho durante as chegadas da cerimônia da 97ª edição do Academy Awards em Hollywood, Los Angeles, Califórnia, EUA, em 2 de março de 2025

Economia

Fernanda Torres é convidada para integrar a Academia do Oscar ao lado de outros brasileiros

247 – Em cerimônia realizada nesta terça-feira (20), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou a força da cultura como vetor de identidade, desenvolvimento e resistência democrática no Brasil. O evento marcou a retomada da Ordem do Mérito Cultural (OMC) — interrompida desde 2019 — e a reinauguração do histórico Palácio Gustavo Capanema, restaurado com recursos do Novo PAC. A reportagem é da Agência Gov, vinculada ao Planalto.
<blockquote>&nbsp;“É preciso repetir sempre sobre o papel da cultura na tradução da alma e na formação da identidade de um povo”, afirmou Lula. “E também sobre a importância da cultura no crescimento econômico, na geração de empregos, oportunidades e renda para milhões de trabalhadoras e trabalhadores, que nem sempre aparecem nos palcos ou nas câmeras. Muitas vezes, são anônimos. Mas é preciso lembrar sempre e sempre da extraordinária contribuição da cultura para a defesa da democracia.”</blockquote>
O tema da edição deste ano da OMC, “40 anos do MinC: Democracia e Cultura”, homenageou personalidades e instituições que contribuíram significativamente para a cultura brasileira. Ao todo, 112 pessoas e 14 instituições foram condecoradas.
<h3>Diversidade cultural celebrada</h3>
Entre os homenageados, destacam-se nomes como Alcione, Ney Matogrosso, Laura Cardoso, Ary Fontoura, Chitãozinho e Xororó, Milton Nascimento e Xuxa. A cantora Marília Mendonça, o ator Paulo Gustavo e o compositor Aldir Blanc foram homenageados in memoriam.
O filme “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, também foi lembrado com honrarias ao diretor Walter Salles Jr., à atriz Fernanda Torres e ao autor do livro que inspirou a obra, Marcelo Rubens Paiva. Dois selos postais foram lançados na ocasião: um em homenagem ao Ministério da Cultura e outro à Eunice Paiva, símbolo da luta contra a ditadura militar.
<blockquote>&nbsp;“Somos fruto de uma grande e rica mistura. São diversos Brasis dentro de um mesmo Brasil”, declarou Lula. “Uma política cultural para este país passa, necessariamente, pelo reconhecimento e pelo respeito a essa extraordinária diversidade.”</blockquote>
<h3>Capanema: símbolo de memória e resistência</h3>
O Palácio Gustavo Capanema, monumento da arquitetura modernista brasileira, foi revitalizado com R$ 84 milhões do Novo PAC. Inaugurado originalmente entre 1937 e 1945, o prédio foi projetado por Lúcio Costa, com participação de Oscar Niemeyer e consultoria de Le Corbusier.
<blockquote>&nbsp;“Os saudosos do autoritarismo tentaram destruir este palácio e, junto com ele, quase um século de memória nacional”, afirmou o presidente. “Mas hoje nós reabrimos suas portas, e o devolvemos ao povo, totalmente revitalizado.”</blockquote>
As obras abrangeram desde a modernização de sistemas hidráulicos e elétricos até a restauração de mobiliário, jardins, pisos, luminárias e persianas, com preservação de seu valor histórico conduzida pelo Iphan.
<h3>Cultura como direito constitucional</h3>
Lula sublinhou o compromisso de seu governo com a cultura, destacando a sanção da lei que torna permanente a Política Nacional Aldir Blanc, maior iniciativa de fomento cultural do país.
<blockquote>&nbsp;“Após o repasse dos R$ 15 bilhões a estados e municípios para fomento das culturas locais até 2029, a Aldir Blanc passará a ser financiada por recursos definidos em cada lei orçamentária”, explicou.</blockquote>
Ele também lembrou que a Constituição de 1988 reconhece a cultura como direito fundamental, ao lado da educação e da saúde:
<blockquote>&nbsp;“Para que a democracia seja plena, é preciso que todos e todas tenham acesso e participem da cultura do seu país.”</blockquote>
<h3>Ministra celebra avanço das políticas culturais</h3>
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou o simbolismo da cerimônia no Palácio Capanema:
<blockquote>&nbsp;“A entrega da Ordem do Mérito Cultural nesse espaço é simbólica e profundamente significativa. Reafirmamos com essa cerimônia que a cultura e a democracia caminham juntas. Esse tem sido o espírito do terceiro mandato do presidente Lula.”</blockquote>
Margareth também celebrou a diversidade cultural brasileira e sua potência transformadora:
<blockquote>&nbsp;“Celebramos a cultura como um direito, como cidadania, como identidade, como economia criativa e como uma força viva de transformação social e, principalmente, econômica do nosso país.”</blockquote>
<h3>Participação popular amplia legitimidade</h3>
A retomada da OMC contou com forte participação popular. Durante dez dias, o Ministério da Cultura recebeu 11.318 indicações por meio de formulário digital. As áreas mais lembradas foram artes cênicas (26,5%), música (22,1%), literatura (12,2%), audiovisual (9,9%) e culturas urbanas (8,5%).
Criada pela Lei nº 8.313, de 1991, a Ordem do Mérito Cultural teve sua primeira edição em 1995 e reconhece personalidades e instituições — nacionais ou estrangeiras — que contribuíram de forma relevante para a cultura brasileira. As homenagens são divididas nos graus de Grã-Cruz, Comendador e Cavaleiro, valorizando diferentes linguagens, territórios e trajetórias.

Redação Brasil 247

Lula aponta cultura como motor da cidadania, da economia e da resistência democrática

247 - O histórico filme “Ainda Estou Aqui”, protagonizado pela atriz Fernanda Torres e dirigido pelo cineasta Walter Salles, chegará aos cinemas da China a partir do próximo dia 16 de maio. Em comunicado publicado nesta terça-feira (6) pela rede social X, a embaixada chinesa no Brasil confirmou a estreia do longa, que, em março, foi o grande vencedor na categoria de melhor filme internacional, uma conquista inédita para o cinema brasileiro.&nbsp;
“O Brasil chega aos cinemas da China! “Ainda Estou Aqui”, estreia dia 16/5 após sucesso no Festival Internacional de Cinema de Beijing. Drama histórico aclamado, com mais de 35 mil chineses já de olho na estreia. Será que vem mais cinema brasileiro por aí?”, escreveu a embaixada chinesa no Brasil.
Durante cerimônia em Los Angeles (EUA), no mês de março, o filme brasileiro ganhou de A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), Emilia Pérez (França), Flow (Letônia) e A Garota da Agulha (Dinamarca). No Brasil, a estreia do filme Ainda Estou Aqui foi em novembro de 2024.&nbsp;
O cineasta brasileiro dedicou a conquista a Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido na última ditadura militar brasileira (1965-1985), cuja busca em saber o destino do marido norteou o roteiro do filme. Em seu discurso de agradecimento, Salles também ressaltou os trabalhos de Fernanda Torres, e sua mãe, Fernanda Montenegro.
Indicado também para a estatueta de melhor filme, Ainda Estou Aqui perdeu para Anora, maior vencedor da festa com cinco estatuetas no total.
Fernanda Torres, indicada ao prêmio de melhor atriz, não levou a estatueta, que acabou nas mãos de Mikey Madison, de Anora. Mas a brasileira entrou na história do cinema repetindo sua mãe, Fernanda Montenegro, indicada na edição de 1999 do Oscar como melhor atriz. Na época, a laureada foi a estadunidense Gwyneth Paltrow (com informações da Abr).
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🎬🇧🇷🇨🇳 O Brasil chega aos cinemas da China! “Ainda Estou Aqui”, estreia dia 16/5 após sucesso no Festival Internacional de Cinema de Beijing 🎟🔥. Drama histórico aclamado, com mais de 35 mil chineses já de olho na estreia. Será que vem mais cinema brasileiro por aí? <a href="https://t.co/4q80TNw3fX">pic.twitter.com/4q80TNw3fX</a>&mdash; Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) <a href="https://twitter.com/EmbaixadaChina/status/1919859804463333424?ref_src=twsrc%5Etfw">May 6, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

Ator Selton Mello (do filme Ainda Estou Aqui), Walter Salles (cineasta) e Fernanda Montenegro (atriz)

Histórico filme 'Ainda Estou Aqui' será transmitido nos cinemas da China

247 - O filme "Ainda Estou Aqui" venceu o prêmio de melhor filme no Prêmio Platino e a atriz Fernanda Torres ganhou o troféu de melhor interpretação feminina pelo papel de Eunice Paiva. O cineasta Walter Salles levou o prêmio de melhor direção. A premiação é dedicada ao audiovisual ibero-americano e foi anunciada neste domingo (27) em Madri, na Espanha.
O diretor do longa e a atriz não estiveram presentes na premiação. Os troféus foram recebidos pelo produtor Rodrigo Teixeira e pela atriz Valentina Herszage, que interpreta Veroca no longa.
Outros artistas brasileiros receberam prêmios na 12ª edição. Vicente Amorim, Patrícia Andrade, Fernando Coimbra e Luis Bolognesi ganharam na categoria de melhor criador de série ou minissérie com "Senna".
O Brasil recebeu 11 indicações. "Arca de Noé" disputou a melhor animação, "Senna" concorreu também em melhor interpretação masculina (Gabriel Leone) e ator coadjuvante (Hugo Bonner), e "Cidade de Deus - A Luta Não Para", foi indicado a melhor minissérie, interpretação masculina (Alexandre Rodrigues) e interpretação feminina (Andreia Horta).
A série "Cem Anos de Solidão" e o filme "Infiltrada" foram os principais vencedores. Foram cinco troféus para cada um.
O Platino é organizado pela Federação Ibero-Americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais (FIPCA) e pela Entidad de Gestión de Derechos Audiovisuales (EGEDA).
<h2>O filme</h2>
Em março, o cinema brasileiro fez história na 97ª edição do Oscar, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, foi o grande vencedor na categoria de melhor filme internacional. Uma conquista inédita para o cinema brasileiro.
O filme brasileiro superou Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia).
Walter Salles dedicou a conquista para Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido na ditadura, cuja busca em saber o destino do marido norteou o roteiro do filme. Em seu discurso de agradecimento, o cineasta brasileiro também ressaltou os trabalhos de Fernanda Torres, e sua mãe, Fernanda Montenegro.
Com suas indicações, o filme de Walter Salles sobre o desaparecimento do deputado Rubens Paiva (1929-1971) e a saga de sua esposa Eunice Paiva (1929-2018) já chegou vitorioso à festa da indústria cinematográfica.
O livro autobiográfico que nomeia o filme, de autoria de Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens e Eunice, &nbsp;foi para o topo das listas dos mais vendidos. O próprio caso Rubens Paiva ganhou novos desdobramentos recentemente.&nbsp;
Por determinação da Justiça, em janeiro deste ano a certidão de óbito do ex-deputado foi corrigida. Na versão original do documento, ele foi tido como “desaparecido político”. Na nova redação, consta agora que sua morte foi violenta, causada pelo Estado brasileiro (com Abr).

'Ainda Estou Aqui' e Fernanda Torres vencem prêmio Platino

247 - Após a conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional no Oscar, o filme ‘Ainda Estou Aqui’ foi alvo de uma onda de notícias falsas criada por bolsonaristas, aponta um monitoramento realizado pela Palmer em mais de 100 mil grupos de WhatsApp e Telegram. A obra dirigida por Walter Salles e estrelada por Fernanda Torres já vinha sendo alvo da extrema-direita desde o seu lançamento, mas os ataques se intensificaram após o dia 2 de março, data da cerimônia do Oscar. As informações são da<a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/encaminhado-com-frequencia/2025/03/ainda-estou-aqui-e-artistas-sao-alvo-de-desinformacao-apos-o-oscar.shtml"> Folha de S. Paulo</a>.
Desde o ano passado, grupos de direita promoviam boicotes ao filme, afirmando que ele apresenta uma visão distorcida da ditadura militar. A obra conta a história do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar, e a busca de sua mulher, Eunice Paiva, por justiça.&nbsp;
Entre os ataques disparados após o Oscar, está associação de Walter Salles e seu irmão, João Moreira Salles, ao crime organizado, os apontando como financiadores do traficante Marcinho VP. Já Fernanda Torres foi alvo de críticas por ter, supostamente, se beneficiado da Lei Rouanet, destacando que artistas se beneficiam de dinheiro público para promover ideologias políticas.
A desinformação não se limita a ataques pessoais: a narrativa sobre o uso de incentivos públicos pela classe artística tem sido amplamente propagada. Mensagens falsas nos grupos bolsonaristas afirmam que o governo Lula destinou R$ 15 bilhões para a Lei Rouanet em 2025, quando, na realidade, o valor previsto é de R$ 2,9 bilhões, sendo este oriundo de renúncia fiscal, não de repasses diretos do governo.
Além disso, surgiram alegações falsas sobre a figura de Rubens Paiva, ex-deputado assassinado pela ditadura militar. De acordo com as mensagens que circularam, Paiva teria sido membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e envolvido em atividades ilícitas. No entanto, o ex-deputado era filiado ao PTB, e não há qualquer comprovação de sua ligação com atividades ilegais, sendo sua perseguição política um reflexo da repressão do regime militar.

‘Ainda Estou Aqui’ é alvo de onda de notícias falsas após o Oscar

247 - Em entrevista ao programa “Denise Assis Convida”, da TV 247, deste domingo (9), o produtor de cinema Daniel Dreifuss, um brasileiro que detém 4 estatuetas do Oscar, recebidas em 2023 pelo longa “Nada de Novo no Front”, disse que não ficou ressentido de não ter sido lembrado – na esteira das badalações do prêmio -, pelo feito. Acha normal que o público no Brasil não o reconheça, “afinal, apesar de receber cartas de brasileiros, e carinho pelo Instagram, tenho consciência de que não sou uma figura pública, dessas que são reconhecidas na rua. A Fernanda Torres, sim, já tinha um reconhecimento e uma carreira artística consolidada no Brasil e agora é a queridinha da mídia internacional. Estou aqui com a minha mesa repleta de revistas com Fernanda na capa”.
Dreifuss entende e fala com o 247 de Los Angeles, onde mora há mais de 20 anos - outro fator que o faz compreender o porquê de não ter sido lembrado entre os brasileiros que já haviam sido indicados e, ele, o único a receber quatro estatuetas, não foi citado nas matérias que antecederam à conquista.
“Não fico nem um pouco ressentido”, diz. Mas considera, sim, uma falha (e aí é uma falha jornalística e técnica, ele frisa), que nos artigos dos críticos e dos que cobrem a área, os seus feitos não tenham sido registrados. “Esses eu acho que deveriam registrar”, considera.
Daniel Dreifuss recebeu o troféu nas categorias: melhor filme internacional (uma produção alemã); melhor direção de arte; melhor fotografia e trilha sonora original, consagrando-se como o segundo mais premiado da noite do Oscar de 2023. E em 2012, foi o indicado a melhor filme estrangeiro por “No”, uma produção do Chile, que registrava o trabalho da campanha que derrubou Pinochet.
Nessa conversa com o 247 ele nos contou que acompanhou a premiação em uma das festas promovidas pela Academia de Cinema, em um espaço ao lado do teatro onde a premiação acontece e, depois do anúncio, esteve com Fernanda Torres e Walter Salles. Até o anúncio, porém, é uma longa estrada e são esses meandros da premiação que Dreifuss revela nesse papo. Confira o vídeo completo abaixo:
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Entrevistas

Detentor de quatro Oscars, brasileiro Daniel Dreifuss revela como são feitas as campanhas até a premiação

A vitória de Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles Jr., como Melhor Filme Internacional no Oscar, não é apenas uma conquista para o cinema brasileiro, mas um momento histórico que reverbera profundamente no cenário político e cultural do Brasil. A premiação inédita e suas repercussões elevam o filme à dimensão de um verdadeiro monumento artístico e político. O filme denuncia as violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar (1964-1985), período sombrio que deixou marcas indeléveis na história do país.&nbsp;
A obra expõe a luta de Eunice Paiva para expor as condições do desaparecimento do seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, nas mãos dos carrascos da ditadura.
Em um mundo cada vez mais polarizado e hostil, essa premiação fortalece não apenas a arte brasileira, mas também o campo democrático e a figura do presidente Lula, que simboliza a resistência contra o autoritarismo e a defesa da memória e da justiça. Ainda Estou Aqui, baseado em livro do escritor Marcelo Rubens Paiva, assume, assim, status que extrapola o de um filme: é um testemunho da luta mais geral pela verdade e pela dignidade humana. Walter Salles Jr., com sua maestria cinematográfica, conseguiu transformar a dor e a resistência de Eunice em uma obra universal, que ressoa além das fronteiras do Brasil. A premiação no Oscar é um reconhecimento internacional da importância de se confrontar o passado e de se defender os valores democráticos, especialmente em um momento em que o mundo enfrenta o avanço de ideias autoritárias e revisionistas.
A reação (ou a falta dela) dos bolsonaristas e da direita brasileira à conquista do Oscar é sintomática. Enquanto o país celebra essa vitória histórica, setores que defendem a ditadura militar e minimizam seus crimes permanecem em silêncio ou, pior, tentam desqualificar a importância do filme. Para o bolsonarismo, que sempre flertou com a nostalgia do regime militar, Ainda Estou Aqui é um incômodo. O filme expõe as feridas de um período que eles insistem em glorificar, mas que a maioria da sociedade brasileira rejeita veementemente. No momento dessa conquista que é do Brasil como um todo, Jair Bolsonaro não tem como celebrar uma obra que desnuda as atrocidades cometidas por um regime que a extrema-direita tanto idolatra.
A premiação também fortalece simbolicamente o governo Lula, que representa a reconstrução democrática após os anos sombrios do governo Bolsonaro. Lula, que foi perseguido e preso durante o período em que a extrema-direita tentou silenciar vozes progressistas, hoje lidera um governo comprometido com a memória, a verdade e a justiça. O Oscar de Ainda Estou Aqui é, portanto, uma vitória não apenas para a cultura, mas para todos que lutam por um Brasil mais justo e democrático.
Em um mundo onde a democracia está sob constante ameaça, a arte assume um papel crucial na defesa dos direitos humanos e na preservação da memória coletiva. A vitória de Walter Salles Jr. no Oscar é um lembrete de que o cinema pode ser uma arma poderosa contra o esquecimento e a opressão. E, para o Brasil, é um sinal de que, apesar das tentativas de revisionismo histórico, a verdade e a justiça sempre prevalecerão.
Enquanto o bolsonarismo se cala diante dessa conquista, o resto do país celebra. Ainda Estou Aqui não é apenas um filme; é um legado eterno de resistência e esperança. E, em um mundo mais hostil, essa vitória fortalece a luta por um futuro onde a democracia e a dignidade humana sejam inegociáveis.

Editoriais

Oscar fortalece Lula e o campo democrático num mundo mais hostil

247 - A edição de sexta-feira (7) do Globo Repórter, da TV Globo, marcou a estreia da temporada de 2025 com uma homenagem especial à atriz Fernanda Torres. A vencedora do Globo de Ouro e candidata ao Oscar recebeu declarações emocionadas de amigos e, principalmente, de sua mãe, a icônica Fernanda Montenegro, relata o <a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2025/03/fernanda-montenegro-escreve-carta-aberta-a-fernanda-torres-e-a-chama-de-fenomeno.shtml">F5</a>.
Em uma carta aberta, lida durante o programa, Montenegro exaltou o talento e a trajetória da filha, a quem chamou de "fenômeno". A atriz veterana relembrou o primeiro momento em que viu Fernanda Torres atuar e a emoção sentida por ela e seu marido, Fernando Torres. "Ela, Nanda, sabe. Desde os seus 12 anos, quando Fernando e eu a assistimos no palco do Teatro Tablado, com total domínio de cena, nós, os pais atores, nos abraçamos aos prantos diante do fenômeno", destacou em um dos trechos da carta.
A homenageada também foi elogiada pelo protagonismo no filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, obra que ampliou sua visibilidade internacional e a levou a concorrer ao Oscar. "São quase 50 anos de criatividade em diversas áreas da nossa cultura artística. Coube a Fernanda Torres o fenômeno de atravessar a Linha do Equador, justamente durante o nosso carnaval dionisíaco. Esse milagre se deve ao extraordinário filme de Walter Salles, Ainda Estou Aqui, que pelo seu protagonismo nessa obra de arte cinematográfica, fez dela, para sempre, um referencial transcendente de brasilidade", escreveu Montenegro.
Leia a íntegra da carta de Fernanda Montenegro:
"Fernanda Torres é um imenso talento como ser humano, daí a dimensão dessa vocação ampla e inarredável de ser uma atriz extraordinária. A arte de ser ator, no caso, atriz, só nós, desse ofício, entendemos na pele, repito, na pele, o que é o ser humano. Ela, Nanda, sabe. Desde os seus 12 anos, quando Fernando e eu a assistimos no palco do Teatro Tablado, com total domínio de cena, nós, os pais atores, nos abraçamos aos prantos diante do fenômeno. Veio à minha memória a frase do grande ator brasileiro Procópio Ferreira, que no final da interpretação da jovem e eterna atriz Bibi Ferreira, sua filha, Procópio agradecendo o estrondoso aplauso ao final do clássico 'Mirandonina', de [Carlo] Goldoni, e na emoção do que estava acontecendo, lançou em voz alta: 'Senhoras e senhores, está lançada a minha filial'. Fernanda Torres, desde a infância, sempre ordenou a sua votação de uma forma independente, real e sublime. São quase 50 anos de criatividade em diversas áreas da nossa cultura artística. Coube a Fernanda Torres o fenômeno de atravessar a Linha do Equador, justamente durante o nosso carnaval dionisíaco. Esse milagre se deve ao extraordinário filme de Walter Salles, 'Ainda Estou Aqui', que pelo seu protagonismo nessa obra de arte cinematográfica, fez dela, para sempre, um referencial transcendente de brasilidade".
Depoimentos de amigos e colegas de cena - A homenagem no Globo Repórter contou também com depoimentos de amigos e colegas de Fernanda Torres. Andrea Beltrão, com quem dividiu cena na série Tapas &amp; Beijos, celebrou a trajetória da amiga. "Fernanda já é um Oscar, ela vem de uma família que já é um Oscar", afirmou.
Luiz Fernando Guimarães, seu parceiro na icônica série Os Normais, também deixou sua mensagem de carinho: "estamos muito orgulhosos". Já Tony Ramos, outro nome de peso da dramaturgia brasileira, destacou: "Fernandinha, que linda trajetória".
Selton Mello, que contracenou com Torres em Ainda Estou Aqui, relembrou o impacto do filme e a forte recepção no Festival de Veneza. "Passamos por muitas emoções juntos, a primeira foi em Veneza. [...] E quando veio aquela explosão, com 10 minutos de aplauso, foi muito comovente, foi como o filme nasceu no Festival de Veneza", destacou o ator.
A homenagem a Fernanda Torres, além de celebrar sua brilhante carreira, reafirma seu legado como uma das grandes artistas do Brasil, com reconhecimento nacional e internacional.

Guilherme Levorato

Fernanda Montenegro homenageia Fernanda Torres em carta emocionante

247 – As atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres estão entre as 19 mulheres que serão premiadas pelo Senado com o Diploma Bertha Luz, premiação que reconhece personalidades que tenham contribuído para a defesa dos direitos das mulheres no Brasil. A cerimônia está marcada para o dia 26 de março de 2025, às 10h, no plenário da Casa.
A indicação de Fernanda Torres foi feita pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), enquanto Fernanda Montenegro foi escolhida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Mãe e filha já foram indicadas ao Oscar na categoria de Melhor Atriz. Montenegro recebeu a indicação por Central do Brasil (1999). Já Torres foi indicada pela interpretação em Ainda Estou Aqui, longa que levou o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

Bianca Penteado

Fernanda Torres (à esq.) e Fernanda Montenegro

Brasil

Fernanda Torres e Fernanda Montenegro serão premiadas pelo Senado

247 – A vitória histórica de Ainda Estou Aqui no Oscar, realizado no último domingo (2), fez o longa-metragem brasileiro disparar nos cinemas em todo o país. De acordo com dados divulgados pela Comscore Movies, <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/03/05/vitria-de-ainda-estou-aqui-no-oscar-dobra-pblico-e-bilheteria-do-filme-nos-cinemas-brasileiros.ghtml">reportados pelo Valor</a>, a arrecadação e o público do filme mais do que dobraram nos dias subsequentes à cerimônia, demonstrando como a consagração internacional pode impulsionar a indústria cinematográfica nacional.
Dirigido por Walter Salles, o longa se tornou o primeiro original brasileiro a conquistar uma estatueta de Melhor Filme Internacional no maior prêmio do cinema mundial. Ainda segundo a Comscore Movies, Ainda Estou Aqui apresentou um crescimento de 116% na bilheteria e de 120,3% no número de espectadores entre os dias 3 e 4 de março, em comparação ao período de 27 de fevereiro a 2 de março. Somente nessa janela estendida, o filme faturou R$ 5,08 milhões e levou 245,5 mil pessoas aos cinemas, desempenho que o colocou atrás apenas de Capitão América: Admirável Mundo Novo, líder de bilheteria no feriado prolongado de Carnaval.
Desde a estreia, em novembro do ano passado, o longa brasileiro acumula R$ 111,5 milhões e cerca de 5,49 milhões de espectadores, ocupando a posição de quinto maior faturamento da história do cinema nacional. No total, os cinemas brasileiros arrecadaram R$ 33 milhões e receberam 1,6 milhão de pessoas durante o mesmo período analisado pela Comscore Movies. O feito reforça não apenas a força da parceria entre criadores nacionais e plataformas de streaming, mas também o interesse do público em produções que dialogam com questões universais e, ainda assim, carregam forte identidade brasileira.

"Ainda estou aqui" dobra bilheteira após conquista do Oscar

247 – O cinema brasileiro celebrou uma conquista histórica com a vitória de "Ainda Estou Aqui" no Oscar 2025, consolidando-se como um dos maiores sucessos da cinematografia nacional. De acordo com dados inéditos da Agência Nacional do Cinema (Ancine), divulgados pela Agência Gov, o longa dirigido por Walter Salles não apenas atingiu a marca de 5 milhões de espectadores e arrecadou R$ 104,7 milhões, mas também foi responsável por impulsionar significativamente o mercado de exibição no Brasil.
Desde sua estreia no Festival de Veneza, em setembro de 2024, onde conquistou o prêmio de Melhor Roteiro, "Ainda Estou Aqui" trilhou uma trajetória impressionante. O filme começou com exibição restrita a uma única sala em Salvador (BA) e, pouco tempo depois, já estava presente em centenas de cinemas pelo país. Seu impacto se tornou ainda mais evidente após a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro, em janeiro de 2025, que resultou em um crescimento expressivo da audiência: aumento de 57% na semana seguinte e um salto de 122% na posterior.
A aclamação internacional teve reflexo direto no público. A indicação ao Oscar, anunciada em 23 de janeiro, gerou nova alta de 89% na bilheteria semanal. No mês seguinte, durante a Semana do Cinema, o longa registrou um aumento impressionante de 174% no público, alcançando a segunda maior semana de exibição desde a estreia.
O desempenho de "Ainda Estou Aqui" foi determinante para a retomada da indústria cinematográfica brasileira. Apenas em 2025, o filme respondeu por 32% do público dos filmes nacionais, elevando o market share do cinema brasileiro para 30,1%. Sem ele, a participação cairia para 22,1%. Esses números reforçam a importância de produções nacionais de grande alcance e a relevância das políticas públicas de incentivo ao audiovisual.
O reconhecimento da crítica também foi avassalador. Além do Globo de Ouro, o filme conquistou prêmios como Melhor Filme Ibero-Americano no Goya e Melhor Filme no Festival de Cinema de Roterdã. Em fevereiro, foi um dos grandes vencedores do Gold Derby Film Awards, levando quatro prêmios: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro e Melhor Atriz para Fernanda Torres.
No dia 2 de março de 2025, "Ainda Estou Aqui" escreveu definitivamente seu nome na história ao vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional. Com isso, reafirmou a força do cinema brasileiro no cenário global, abrindo caminho para futuras produções e fortalecendo a presença do Brasil na indústria audiovisual mundial.
A Ancine destacou o impacto desse sucesso, ressaltando que o desempenho do longa marca "um novo encontro do cinema brasileiro com a sociedade", ao atrair o público de volta às salas e contribuir para a descentralização da exibição cinematográfica, levando o cinema a novas cidades e regiões. A agência também parabenizou a equipe do filme, incluindo Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello, celebrando "o talento e a maestria do cinema brasileiro".
Com essa trajetória brilhante, "Ainda Estou Aqui" se torna um marco do cinema nacional, provando que as produções brasileiras têm não apenas qualidade técnica e artística, mas também enorme apelo junto ao público. Seu sucesso reforça a importância de continuar investindo no setor, garantindo que mais histórias brasileiras conquistem o mundo.

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