247 – O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que vai pautar projetos de lei voltados a combater a adultização de crianças, após a repercussão de um vídeo publicado pelo youtuber Felca. A manifestação do deputado foi feita nas redes sociais, onde agradeceu ao influenciador e reforçou que a defesa dos direitos da infância é prioridade no Parlamento.
“O vídeo do Felca sobre a adultização das crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros. Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade. Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão. Obrigado, Felca. Conte com a Câmara para avançar na defesa das crianças”, declarou Motta.
<h3>Denúncia de Felca ganha força nacional</h3>
Felca, nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, é youtuber e influenciador digital que viralizou nos últimos dias ao publicar um vídeo denunciando casos de adultização de crianças nas redes sociais. No material, ele aponta que determinadas práticas e conteúdos expõem menores de idade de forma indevida, potencialmente atraindo criminosos e pedófilos.
O principal alvo da denúncia foi o influenciador Hytalo Santos, acusado por Felca de incluir crianças em conteúdos de forma que as coloca em risco. Em apenas dois dias, o vídeo alcançou mais de 13 milhões de visualizações, mobilizando debates sobre responsabilidade nas plataformas digitais e proteção infantil.
<h3>Quem é Felca</h3>
Felipe Bressanim Pereira nasceu em 25 de julho de 1998, em Londrina (PR), tem 27 anos, 2 metros de altura e cabelos longos. Ficou conhecido no YouTube por vídeos de humor e já acumula quase 5 milhões de inscritos.
Sua trajetória começou com vídeos de gameplay, mas ganhou notoriedade com conteúdos humorísticos. Um dos vídeos mais populares foi “Testei a Base da Virgínia”, publicado em maio de 2023, que viralizou pela reação bem-humorada a um produto de maquiagem. Felca também participou da onda das lives NPC no TikTok, criando uma tendência que atraiu diversos criadores de conteúdo.
<h3>Pauta legislativa e urgência do debate</h3>
A decisão de Hugo Motta de levar o tema à CCJ é vista como um passo importante para dar resposta legislativa ao problema. Projetos que tratam da proteção de crianças contra exposição indevida, especialmente em ambientes digitais, devem ser discutidos já nesta semana.
A repercussão do vídeo de Felca revela o poder de mobilização das redes sociais e a urgência de se criar mecanismos legais que coíbam práticas abusivas. Para especialistas em proteção à infância, a ação conjunta de sociedade, legisladores e plataformas digitais é essencial para garantir que crianças sejam preservadas de conteúdos prejudiciais.

Redação Brasil 247

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Brasília

Hugo Motta pretende pautar projetos contra adultização de crianças, após denúncia de Felca

247 - O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação contra o influencer Hytalo Santos, de 26 anos, sob suspeita de exploração da imagem de menores. Conhecido nas redes sociais por seus vídeos com a "Turma do Hytalo" — composta por adolescentes, vários menores de 18 anos —, o criador de conteúdo soma 17 milhões de seguidores no Instagram, 7 milhões no YouTube e mais de 1,5 bilhão de visualizações. A informação foi divulgada pelo UOL.
Por meio de sua defesa, Hytalo declarou ser vítima de “falsas acusações que produzem ataques à sua honra” e afirmou que seus vídeos seguem a legislação brasileira. Segundo a nota enviada ao veículo, ele já prestou esclarecimentos ao MPPB sobre o caso.
<h3>Conteúdos em análise</h3>
Os vídeos analisados pelos promotores mostram menores de idade vestidos com roupas curtas, dançando músicas de teor sexual e participando de interações que, para o Ministério Público, podem violar os direitos das crianças e adolescentes. Em um dos vídeos mais visualizados, Hytalo aparece dançando ao lado de adolescentes uniformizados ao som de um funk que contém os versos: “Safadinha demais, não presta / Atravessa a divisa pra dar a xeeca”*.
Outros vídeos trazem menores interpretando músicas escritas por Hytalo, como o trecho: “Tô louca, abusada / Parada, dançando pra frente e pra trás”. Além disso, o influencer faz perguntas polêmicas, como: “já pulou a cerca?”, “já pegou mais de quatro na balada?” e “já sentiu vontade de ficar com pai, mãe, primo ou tio de um amigo?”.
Os adolescentes envolvidos são tratados como “filhos” por Hytalo, mas não há adoção formal. Alguns deles passam parte do tempo morando com o influencer, o que, segundo especialistas, agrava o possível impacto psicológico e social do conteúdo.
<h3>Violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente</h3>
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a exploração da imagem de menores em situações que violem sua dignidade ou que os exponham ao vexame e ao constrangimento. O artigo 232 do ECA prevê detenção de seis meses a dois anos para adultos que desrespeitem essas diretrizes.
Para o MPPB, a exposição dos adolescentes em conteúdos que exploram sua imagem e os colocam em situações constrangedoras pode configurar violação direta à legislação. Além disso, a possibilidade de monetização dos vídeos por meio das redes sociais levanta questionamentos sobre um possível lucro baseado na exploração dos menores.

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Influencer de 17 mi de seguidores, Hytalo Santos é investigado por exploração infantil

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Hugo Motta pretende pautar projetos contra adultização de crianças, após denúncia de Felca

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Cortes 247

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