247 - Pequim prepara uma grande demonstração de força militar para o desfile do próximo 3 de setembro, quando celebrará o 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial. De acordo com o especialista militar chinês Song Zhongping, o evento pode marcar a apresentação de novos armamentos de alta tecnologia, incluindo mísseis hipersônicos e veículos aéreos não tripulados (VANTs) de última geração.
"Espero ver não apenas o caça J-35A, que já fez sua estreia, mas também novos tipos de armamentos, como mísseis hipersônicos e sistemas não tripulados", afirmou Song ao jornal Global Times. Segundo ele, os novos sistemas representam os avanços da China em sua política de defesa nacional e funcionam como um instrumento de dissuasão estratégica diante de ameaças externas.
O desfile será realizado na simbólica Praça Tiananmen, em Pequim, e contará com a presença de diversas autoridades internacionais. O assessor do presidente russo para assuntos internacionais, Yuri Ushakov, já confirmou que Vladimir Putin participará das cerimônias em homenagem à vitória sobre o militarismo japonês, evento que também simboliza o fim da Segunda Guerra Mundial no Oriente.
De acordo com a agência oficial Xinhua, o desfile apresentará uma ampla gama de capacidades do Exército Popular de Libertação (EPL), abrangendo áreas essenciais como comando e controle, inteligência, alerta antecipado, defesa antiaérea e antimísseis, ataques de precisão e logística.
A exibição de armamentos sofisticados reflete a rápida modernização militar promovida pela China nos últimos anos, em meio a um cenário geopolítico marcado por tensões no Indo-Pacífico, sobretudo em relação à questão de Taiwan. Em março deste ano, um comandante do EPL afirmou que as forças armadas chinesas estão "prontas para lutar" pela ilha a qualquer momento, reforçando o discurso de defesa da soberania nacional.
O possível destaque para os mísseis hipersônicos — que podem atingir velocidades superiores a Mach 5 e contornar sistemas tradicionais de defesa — reforça o posicionamento estratégico de Pequim no que se refere à paridade tecnológica com potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos. O uso crescente de drones e sistemas autônomos também indica uma mudança no paradigma de guerra, apostando na inteligência artificial e na automação como pilares da defesa moderna.
Ao colocar em evidência tais capacidades no 80º aniversário da vitória sobre o militarismo japonês, a China envia uma mensagem clara: está preparada para defender seus interesses em um mundo multipolar em transformação, onde a capacidade de dissuasão é cada vez mais central para a manutenção da segurança nacional.

José Reinaldo

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Mundo

China pode exibir mísseis hipersônicos e novos drones em desfile militar, diz especialista

247 - A China se prepara para realizar um dos maiores eventos militares de sua história recente: um desfile militar na emblemática Praça Tiananmen, em Pequim, marcado para o dia 3 de setembro. A cerimônia comemora o 80º aniversário da vitória chinesa na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Segunda Guerra Mundial Antifascista. As informações são da agência Xinhua.
O presidente Xi Jinping, que também ocupa os cargos de secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, fará um pronunciamento solene durante o evento e passará em revista as tropas.
O desfile promete exibir não apenas as tradicionais formações de marcha, colunas blindadas e esquadrilhas aéreas, mas também destacará o que há de mais avançado na capacidade de defesa do país. Segundo Wu Zeke, oficial sênior do Departamento do Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central, "todos os equipamentos apresentados são de produção nacional e estão atualmente em serviço", o que reforça a autossuficiência da indústria militar chinesa.
Entre os destaques, estarão não apenas armas convencionais de última geração, mas também equipamentos que refletem as tendências mais modernas da tecnologia militar, como sistemas inteligentes não tripulados, unidades de combate subaquáticas, forças cibernéticas e eletrônicas, além de armas hipersônicas.
Para Wu, a exibição desses recursos evidencia a capacidade das Forças Armadas chinesas de "se adaptar às tendências tecnológicas e à evolução da guerra" e de "prevalecer em conflitos futuros". A demonstração, portanto, não se limita à celebração histórica, mas carrega também um recado estratégico sobre o nível de modernização e prontidão das forças militares do país.
A realização do desfile na Praça Tiananmen tem forte carga simbólica. É o mesmo local que, em 1949, Mao Zedong proclamou a fundação da República Popular da China. Desde então, a praça se tornou palco de importantes eventos nacionais.&nbsp;
O 80º aniversário da vitória contra a agressão japonesa é uma data de grande relevância histórica e política para a China. A memória desse período reforça o espírito de unidade nacional e o compromisso do país em defender sua soberania e integridade territorial.
A expectativa é que o evento reúna não apenas representantes das Forças Armadas e das instituições estatais, mas também delegações internacionais e convidados estrangeiros, em um gesto de reafirmação do papel da China como potência global e defensora do multilateralismo.
A cerimônia também presta homenagem aos milhões de chineses que lutaram e morreram durante a guerra de resistência contra o Japão, conflito que custou a vida de cerca de 35 milhões de chineses entre 1937 e 1945, de acordo com dados oficiais.
Para o governo chinês, lembrar essa vitória histórica é fundamental não apenas para preservar a memória dos sacrifícios do passado, mas também para fortalecer o sentimento nacional e projetar confiança em relação ao futuro.

Exército Popular de Libertação da China

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China anuncia grandioso desfile militar pelos 80 anos da vitória contra o fascismo e a agressão japonesa

247 - O presidente da China, Xi Jinping, que também lidera a Comissão Militar Central do país, assinou ordens para a publicação de três novos regulamentos que tratam da ordem interna das forças armadas, do código de conduta e da formação militar. As novas diretrizes entrarão em vigor a partir de 1º de abril, de acordo com a agência Xinhua.
Os regulamentos revisados visam transformar o Exército chinês em forças armadas de classe mundial, com foco na prontidão para o combate e abordando as questões relativas às tropas.
As mudanças na ordem interna buscam melhorar a gestão do pessoal militar, abrangendo aspectos como a aparência e conduta dos soldados, concessão de licenças e treinamento militar. Já as revisões no código de conduta militar refinam regras para premiar o desempenho exemplar, punir violações e simplificar os procedimentos administrativos.
Além disso, as novas diretrizes sobre formação militar incluem códigos detalhados de prática para desfiles militares em terra, no mar, em docas e no ar. 
As atualizações priorizam a prontidão para o combate como dever essencial, com um foco fundamental na preparação e engajamento em operações militares.

Guilherme Paladino

Xi assina novas diretrizes para transformar Exército chinês em "forças armadas de classe mundial"

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