247 - Os esforços do Brasil para erradicar a pobreza energética e garantir acesso universal à eletricidade ganharam um novo impulso nesta quinta-feira (15), com o lançamento do Observatório Brasileiro de Erradicação da Pobreza Energética (Obepe). A iniciativa foi destacada em matéria divulgada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), órgão responsável pelo projeto ao lado da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e MRC Consultoria.
A nova plataforma digital tem como objetivo monitorar, de forma integrada, o acesso da população brasileira a serviços energéticos. Para isso, o Obepe consolida dados públicos sobre consumo, renda, escolaridade, condições de moradia, clima, desenvolvimento humano e outras variáveis socioeconômicas e ambientais. A proposta é permitir análises detalhadas por estado, região e grupos sociais, orientando a formulação de políticas públicas mais eficazes.
Durante o lançamento do Observatório, o secretário-executivo adjunto do MME, Fernando Colli, representando o ministro Alexandre Silveira, ressaltou a importância da iniciativa no contexto da transição energética no país. “O último ano foi marcado por um avanço significativo nas discussões sobre pobreza energética e transição energética justa e inclusiva”, afirmou. Ele destacou ainda a atuação do Brasil no G20, onde propôs os dez princípios da transição energética, endossados pelos países membros, além do envio de um novo marco regulatório do setor elétrico à Casa Civil, previsto para 2025.
Para André Dias, diretor do Departamento de Universalização e Políticas Sociais de Energia Elétrica da Secretaria Nacional de Energia Elétrica, o Obepe será essencial para a formulação de políticas baseadas em evidências. “A boa formulação da política pública exige diagnóstico, evidência e direcionamento. É nesse contexto que o Obepe se torna indispensável. Ele oferece uma base robusta de informações qualificadas, permitindo caracterizar com profundidade a pobreza energética em suas múltiplas dimensões — territoriais, socioeconômicas e ambientais”, afirmou.
Também presente no evento, o presidente da EPE, Thiago Prado, classificou o lançamento como um marco para a justiça energética no Brasil. “O Obepe surge como um marco no esforço nacional por justiça energética, um pilar fundamental dentro da Política Nacional de Transição Energética, e reafirma nosso compromisso em oferecer apoio técnico e qualificado ao Ministério de Minas e Energia”, disse.
O Observatório está alinhado com os objetivos da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), que visa transformar a matriz energética brasileira, promovendo sustentabilidade, redução de emissões e combate às desigualdades no acesso à energia. Um dos principais instrumentos da PNTE é o Plano Nacional de Transição Energética (Plante), que estabelece ações de longo prazo em direção à neutralidade de emissões e ao desenvolvimento econômico sustentável.

Otávio Rosso

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

320x320

thumbnail

viewImage

Brasil

Brasil lança observatório para combater a pobreza energética e ampliar acesso à eletricidade

247 - O Governo do Equador anunciou a reprogramação dos cortes de energia elétrica a partir desta quarta-feira, com racionamentos de até 10 horas diárias em faixas de horários, devido à "crítica" situação energética. Com 17 milhões de habitantes, o Equador enfrenta uma crise devido à falta de chuvas desde 2023, causada pelo aquecimento global. As usinas hidrelétricas, responsáveis por 70% da geração de energia no Equador, que enfrenta a pior seca em 50 anos. O volume de chuvas vai até 90% abaixo do normal, dependendo do dia e da hora, na região de Sierra, uma das mais afetadas pelo fogo, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria Nacional de Gestão de Riscos equatoriana. Autoridades equatorianas tinham anunciado no mês passado a suspensão do fornecimento de eletricidade por 9 horas em 12 das 24 províncias da nação andina e colocou 19 áreas em alerta vermelho devido à seca que reduziu os níveis de água das usinas hidrelétricas. Estatísticas oficiais apontaram que cerca de 35.000 hectares de florestas foram consumidos pelo fogo no Equador de janeiro a setembro deste ano. Os incêndios também deixaram 11 feridos e mataram cerca de 45 mil animais criados em fazendas. Por causa dos apagões, o governo equatoriano convocou 46 mil policiais para vigiar as ruas das regiões de Guayas, Los Ríos, Manabí, Orellana, Santa Elena e El Oro. O país passou de ter 5 homicídios por 100 mil habitantes em 2017 para 44 em 2023, alta de 780%. Um dos motivos é a falta de investimento público em áreas como educação, saúde e segurança pública. O presidente do Equador é Daniel Noboa, de centro-direita. O governante, na presidência desde novembro de 2023, é filiado à Ação Democrática Nacional. Foi o sucessor de Guillermo Lasso, do CREO (outro partido da centro-direita).  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231015221016_ebda27b5e4179db9ec46729111fae50a573414c2905805826c79cd2863402b9e.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="20231015221016_ebda27b5e4179db9ec46729111fae50a573414c2905805826c79cd2863402b9e" data-rendition-name="original" width="720" height="352" loading="lazy" alt="daniel-noboa"><figcaption>Daniel Noboa. Foto: Reuters</figcaption></figure>

360x640

América Latina

Equador aumenta para até dez horas diárias os cortes de energia devido à crise provocada pela falta de chuvas

Tag: eletricidade

Brasil lança observatório para combater a pobreza energética e ampliar acesso à eletricidade

Equador aumenta para até dez horas diárias os cortes de energia devido à crise provocada pela falta de chuvas

Cortes 247

Revista Brasil 247

Tag: eletricidade

Brasil lança observatório para combater a pobreza energética e ampliar acesso à eletricidade

Equador aumenta para até dez horas diárias os cortes de energia devido à crise provocada pela falta de chuvas

247 nas Redes Sociais

Cortes 247

Revista Brasil 247