247 - O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que o país atravessa um período de “tempos pré-guerra”, marcado por riscos crescentes e instabilidade política. A declaração foi feita durante a apresentação oficial do novo gabinete, resultado da apertada vitória da oposição na eleição presidencial de maio. As informações são da RT.
“Estamos testemunhando praticamente todos os dias eventos que antes pareceriam inacreditáveis, inesperados — verdadeiros cisnes negros”, disse Tusk. “Hoje, é difícil encontrar cisnes brancos.” Segundo ele, há um forte sentimento entre os poloneses de que vivem, “de certo modo, em tempos pré-guerra”.
<h3>Rússia, Belarus e aliados internos são alvos de críticas</h3>
Tusk acusou diretamente a Rússia e sua aliada Belarus de promoverem ações para desestabilizar a Polônia. Sem citar nomes, o premiê também atacou figuras políticas internas que, segundo ele, demonstram simpatia por Moscou, se opõem ao apoio a Kiev e adotam postura hostil à União Europeia.
A retórica antirrussa permanece como eixo central da política externa polonesa. Essa diretriz se reforça com o programa “Escudo Oriental” (“East Shield”), lançado em maio de 2024, que prevê a instalação de bunkers e minas terrestres ao longo da fronteira leste do país, em alinhamento com a estratégia de militarização da União Europeia. Moscou, por sua vez, nega qualquer intenção agressiva contra o bloco e acusa líderes ocidentais de usarem o medo como cortina de fumaça para suas crises internas.
<h3>Disputa sobre os rumos da política europeia</h3>
Embora todas as grandes forças políticas da Polônia mantenham oposição ao Kremlin, divergem sobre a relação futura com Bruxelas. O novo presidente eleito, Karol Nawrocki — nacionalista independente apoiado pelo partido conservador Lei e Justiça (PiS) — venceu por margem estreita e se comprometeu a vetar qualquer projeto de lei que amplie direitos reprodutivos ou promova políticas LGBTQIA+.
<h3>Nova estrutura ministerial foca economia e energia</h3>
A composição do novo gabinete foi reduzida de 26 para 21 ministros. A principal novidade é a criação de dois “superministérios” voltados à formulação de políticas econômicas e energéticas, refletindo as prioridades do governo Tusk diante das incertezas geopolíticas e dos desafios internos.

Luis Mauro Filho

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Mundo

Primeiro-ministro polonês afirma que país vive “tempos pré-guerra”

247 - O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou nesta sexta-feira (7) um plano para fortalecer radicalmente as Forças Armadas do país. Diante do que classificou como uma "ameaça russa", ele propôs medidas ousadas, incluindo a possível aquisição de armas nucleares.
"Devemos estar cientes de que a Polônia deve buscar as capacidades mais modernas, também relacionadas a armas nucleares e armas não convencionais modernas... esta é uma corrida pela segurança, não pela guerra", disse Tusk em discurso ao parlamento, de acordo com o site Politico.&nbsp;
Tusk também afirmou que a Polônia "está conversando seriamente" com a França sobre ser protegida pelo guarda-chuva nuclear francês, proposto pelo presidente Emmanuel Macron.&nbsp;
A Polônia também buscará construir um exército de 500 mil homens. "Todo homem saudável deve querer se treinar para poder defender a pátria em caso de necessidade. Vamos prepará-lo de forma que não seja um fardo para as pessoas", disse Tusk, acrescentando que as mulheres também poderão se voluntariar, mas que "a guerra ainda é, em maior medida, domínio dos homens".&nbsp;
Na quarta-feira (5), Macron afirmou que a Rússia se tornou uma "ameaça" para a França e para a Europa e, por isso, era necessário abrir uma discussão sobre o uso das armas nucleares da França para defender toda a União Europeia.&nbsp;

Leonardo Sobreira

Polônia busca acesso a armas nucleares, diz primeiro-ministro

247 - A Polônia assegurou a segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a 80ª cerimônia de comemoração da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. A garantia ocorre mesmo com a Polônia sendo signatária do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu em novembro passado.&nbsp;
Em dezembro passado, o jornal polonês Rzeczpospolita informou que Netanyahu não visitaria a Polônia no 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, devido ao mandado de prisão. Segundo o jornal, Israel provavelmente seria representado pelo ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar.
Resolução publicada nesta quinta-feira (9) pelo gabinete do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, diz: "O governo polonês trata a participação segura dos líderes de Israel nas comemorações de 27 de janeiro de 2025 como parte da homenagem à nação judaica, cujos milhões de filhas e filhos foram vítimas do Holocausto perpetrado pelo Terceiro Reich".&nbsp;
Em 21 de novembro, o TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e o comandante militar do movimento militante palestino Hamas, Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, sob acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. O gabinete de Netanyahu reagiu criticando o tribunal, acusando-o de tentar "isolar" Israel e apoiar o "terrorismo" contra o Estado judeu. O Estatuto de Roma do TPI foi ratificado por 124 países. Israel não é signatário.&nbsp;
Auschwitz-Birkenau foi o maior e mais duradouro campo de concentração nazista e tornou-se um dos principais símbolos do Holocausto. Cerca de 1,4 milhão de pessoas, incluindo aproximadamente 1,1 milhão de judeus, morreram em Auschwitz entre 1941 e 1945. O campo foi libertado pelo então Exército Vermelho em 27 de janeiro de 1945. Em 1947, foi criado um museu no local do antigo campo de concentração. Em 1979, o local foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.&nbsp;
Apesar da libertação do campo pelo então exército soviético, a Rússia, pelo terceiro ano consecutivo, não foi convidada. (Com informações da <a href="https://www.aljazeera.com/news/2025/1/9/poland-says-it-will-protect-benjamin-netanyahu-from-potential-arrest">Al Jazeera</a>).&nbsp;

Polônia diz que Netanyahu, alvo de mandado de prisão do TPI, tem imunidade em caso de visita

247 – &nbsp;A Polônia está propondo construir campos de migrantes fora da União Europeia, disse o primeiro-ministro polonês Donald Tusk a jornalistas antes de sua partida para a cúpula da UE em Bruxelas, na quinta-feira. A informação é da agência Sputnik.
"A Polônia está aberta a discutir campos para migrantes ilegais fora da União Europeia", disse Tusk.
Tusk afirmou que a Polônia defenderia sua fronteira usando várias ferramentas legais, enfatizando que o direito ao asilo político, tradicionalmente destinado a refugiados e pessoas enfrentando perseguição, "tinha sido explorado de forma cínica".
Na semana passada, o primeiro-ministro disse que a Polônia pretendia suspender temporariamente a concessão de asilo a estrangeiros como parte de sua nova estratégia de migração, o que gerou críticas tanto dentro da União Europeia quanto na própria Polônia, incluindo de aliados de Tusk na coalizão governante.
Em meados de 2021, vários milhares de migrantes tentando entrar na União Europeia se acumularam na fronteira polaco-bielorrussa. Desde então, várias centenas de migrantes sem documentação tentam entrar na Polônia a cada mês.

Polônia propõe construir campos de migrantes fora da UE, diz primeiro-ministro do país

Tag: donald-tusk

Primeiro-ministro polonês afirma que país vive “tempos pré-guerra”

Polônia busca acesso a armas nucleares, diz primeiro-ministro

Polônia diz que Netanyahu, alvo de mandado de prisão do TPI, tem imunidade em caso de visita

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