247 – Criada em novembro de 2024, a Rede de Centros de Pensamento das Américas (CEPAS) realizou, nesta sexta-feira (16), uma conferência em Santiago, no Chile, para debater dois dos principais desafios enfrentados pela América Latina: crescimento econômico e segurança pública.
O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), que é um dos fundadores da rede, esteve presente com nomes como José Pio Borges (presidente do Conselho Curador), André Lara Resende (conselheiro) e Julia Dias Leite (diretora-presidente do CEBRI e secretária-executiva da CEPAS).
Durante o evento, especialistas alertaram para os impactos do crime organizado no desenvolvimento dos países latino-americanos. Segundo dados apresentados, nove das dez cidades mais violentas do mundo estão na América Latina e no Caribe.
A violência estrutural, alimentada por redes criminosas que exploram recursos naturais de forma ilegal e comprometem o futuro de uma juventude vulnerável, foi apontada como um dos principais entraves ao avanço sustentável e inclusivo da região.
Palestrante convidado no evento, o economista Jeffrey Sachs, professor da Universidade de Columbia, defendeu o fortalecimento de soluções conjuntas entre os países latino-americanos. Sachs destacou que a região, já urbanizada e relativamente pacífica em termos de relações interestatais, possui condições favoráveis para construir respostas coordenadas.
Ele também ressaltou a importância de negociações comerciais. “A região deve ser capaz de negociar acordos comerciais, de negociar, regionalmente, com os Estados Unidos, com a União Europeia e, principalmente, com a China, que será cada vez mais essencial para os investimentos tecnológicos da América Latina e do Caribe”, completou.&nbsp;
No painel seguinte à palestra, o conselheiro do CEBRI, André Lara Resende, afirmou que o Brasil está saudável do ponto de vista econômico, mas enfrenta problemas com a progressiva infiltração do crime organizado nas instituições políticas. “O exemplo do Rio de Janeiro é o mais emblemático. O Estado perde terreno para as milícias, para o crime organizado, que cada vez mais penetra nas instituições políticas e, assim, a política está se criminalizando”, disse.

Bianca Penteado

Rede de Centros de Pensamento das Américas (CEPAS) discute desenvolvimento econômico e crise de segurança na América Latina

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América Latina

Rede de Centros de Pensamento das Américas discute desenvolvimento econômico e crise de segurança na América Latina

247 - Em meio a um cenário internacional marcado por instabilidade e transformações, o presidente da China, Xi Jinping, defendeu uma abordagem estratégica e cientificamente fundamentada para a formulação do 15º Plano Quinquenal de Desenvolvimento Econômico e Social, que abrangerá o período de 2026 a 2030.
Durante simpósio realizado na última quarta-feira (30) em Xangai com altos dirigentes de províncias, municípios e regiões autônomas, Xi — que também ocupa os cargos de secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central — sublinhou a necessidade de adaptação às mudanças externas e de foco nas prioridades estratégicas do país.
“Devemos compreender profundamente as prioridades estratégicas e responder com precisão às transformações do cenário global”, afirmou o líder chinês, de acordo com o <a href="https://enapp.chinadaily.com.cn/a/202505/01/AP6812aa3aa310f193d8761ada.html">China Daily</a>. Ele também destacou a importância de manter uma postura proativa frente aos desafios internacionais, especialmente em razão dos conflitos comerciais promovidos pelos Estados Unidos.
Ao enfatizar que o planejamento científico é uma marca da governança do Partido Comunista, Xi reforçou que os planos quinquenais representam uma vantagem política do modelo socialista com características chinesas. Desde 1953, essas diretrizes orientam a trajetória de desenvolvimento do país, sendo constantemente ajustadas às circunstâncias de cada época.
Entre os pilares do novo ciclo, o presidente ressaltou a importância de “administrar bem os assuntos internos” e seguir firmemente no caminho da abertura de alto padrão. Ele também defendeu uma atuação coordenada para assegurar emprego, vitalidade nos negócios, estabilidade de mercado e confiança social.
Para Xi, segurança nacional e crescimento precisam caminhar juntos. Ele pediu mais esforços para fortalecer o sistema de proteção e a capacidade de resposta a riscos, tanto internos quanto externos. “As metas do próximo plano devem ser claras, científicas e viáveis”, alertou.
Ainda de acordo com a reportagem, a inovação tecnológica foi apontada como eixo essencial para alavancar o desenvolvimento de qualidade. Xi defendeu o fortalecimento da economia real com base em novas forças produtivas, estimulando tanto a transformação de setores tradicionais quanto o surgimento de indústrias futuras.
Ele ainda solicitou o aprimoramento do sistema nacional de inovação e a criação de um ambiente propício à atuação de entidades inovadoras. “Devemos mirar na vanguarda global da ciência e da tecnologia, fortalecendo a pesquisa básica e a capacidade original de inovação”, disse. Avanços em tecnologias essenciais e de ponta, especialmente em áreas estratégicas, são considerados por Xi como indispensáveis para garantir a autonomia e a competitividade do país.
Outro ponto central do pronunciamento foi a defesa da “prosperidade comum” como meta da modernização. Xi propôs que o desenvolvimento econômico seja orientado por políticas voltadas ao bem-estar da população, com ações concretas para reduzir desigualdades e melhorar a qualidade de vida.
Ele defendeu medidas para fortalecer a integração entre áreas urbanas e rurais, consolidar conquistas no combate à pobreza e impulsionar a revitalização do campo. A elevação constante da renda de famílias urbanas e rurais também foi mencionada como prioridade.
“O planejamento deve garantir políticas públicas equilibradas e acessíveis, com foco em resolver as questões mais urgentes da população”, afirmou. Xi frisou que todas as medidas devem ser práticas, eficazes e voltadas à realidade concreta da população chinesa.

Paulo Emilio

Mundo

Xi Jinping defende inovação tecnológica e bem-estar social como pilares do próximo plano quinquenal da China

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que escolherá um presidente do Banco Central (BC) comprometido com os interesses de 203 milhões de brasileiros, resistente a pressões de mercado e focado no desenvolvimento econômico do país.&nbsp;
“Vou escolher um presidente do Banco Central que seja uma pessoa que tenha compromisso com o desenvolvimento desse país, com o controle da inflação, mas que também tenha na cabeça que a gente não tem só que pensar no controle da inflação, a gente tem que pensar também numa meta de crescimento. Porque é o crescimento econômico, é o crescimento da massa salarial que vai permitir que a gente possa controlar a inflação com uma certa tranquilidade”, disse Lula à Rádio CBN nesta terça-feira (18).
Lula criticou a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em um jantar em sua homenagem promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e questionou sua autonomia à frente da instituição.
"Eu já lidei muito tempo com o Banco Central e o Meirelles [Henrique Meirelles] é o meu primeiro Banco Central, e eu duvido que esse Roberto Campos tenha mais autonomia do que tinha o Meirelles. Duvido! Duvido! O que é importante saber é a quem esse rapaz é submetido. Como é que ele vai numa festa em São Paulo, quase que assumindo a candidatura a um cargo do governo? Cadê a autonomia dele? Então, veja, eu trato com muita seriedade. Muita seriedade", disse Lula.&nbsp;
"Então, na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável, alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce, que tenha respeito e alguém que não se submeta a pressões de mercado. Alguém que faça aquilo que for de interesse dos 203 milhões de brasileiros”, afirmou.&nbsp;

Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva

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Lula: 'vou escolher um presidente do BC compromissado com o desenvolvimento e com o interesse de 203 milhões de brasileiros'

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Rede de Centros de Pensamento das Américas discute desenvolvimento econômico e crise de segurança na América Latina

Xi Jinping defende inovação tecnológica e bem-estar social como pilares do próximo plano quinquenal da China

Lula: 'vou escolher um presidente do BC compromissado com o desenvolvimento e com o interesse de 203 milhões de brasileiros'

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