247 - O novo primeiro-ministro francês , Sébastien Lecornu, renunciou nesta segunda-feira (6), apenas 14 horas após nomear seu novo gabinete , depois que aliados e inimigos ameaçaram derrubar seu governo, o que fez despencar as ações francesas e o euro.
Sua rápida renúncia foi inesperada e sem precedentes e marcou outro grande aprofundamento da crise política da França.
O partido de extrema direita Front Nacional imediatamente pediu ao presidente Emmanuel Macron que convocasse eleições parlamentares antecipadas.
Após semanas de consultas com partidos políticos de todos os níveis, Lecornu, um aliado próximo de Macron, nomeou seus ministros no domingo, e eles deveriam realizar sua primeira reunião na tarde de segunda-feira.
Mas a nova formação do gabinete irritou oponentes e aliados, que a consideraram ou muito direitista ou não o suficiente, levantando questões sobre quanto tempo ela poderia durar, em um momento em que a França já está atolada em uma crise política, sem nenhum grupo detendo a maioria em um parlamento fragmentado.
Lecornu entregou sua renúncia a Macron na manhã desta segunda-feira.
"O Sr. Sebastien Lecornu apresentou a renúncia de seu Governo ao Presidente da República, que a aceitou", disse a assessoria de imprensa do Eliseu.
A política francesa se tornou cada vez mais instável desde a reeleição de Macron em 2022, por falta de qualquer partido ou grupo que detenha a maioria parlamentar.
A decisão de Macron de convocar eleições parlamentares antecipadas no ano passado agravou a crise, produzindo um parlamento ainda mais fragmentado. Lecornu, nomeado no mês passado, foi o quinto primeiro-ministro de Macron em dois anos.
"Não pode haver retorno à estabilidade sem o retorno às urnas e a dissolução da Assembleia Nacional", disse o líder do Front, Jordan Bardella, após a renúncia de Lecornu.
O euro caiu 0,7% no dia, para US$ 1,1665.

José Reinaldo

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Mundo

Governo francês renuncia poucas horas após ser nomeado, aprofundando crise política

247 - O profundo desentendimento entre o presidente Javier Milei e sua vice-presidente Victoria Villarruel, que nem sequer se falam, aprofunda a crise atual do governo argentino, destaca reportagem da Prensa Latina.
Milei atacou Villarruel, chamando-a primeiro de "traidora" e, mais recentemente, de "traidora bruta". O porta-voz presidencial Manuel Adorni acaba de dizer que ela "não faz mais parte do governo".
A Casa Rosada não esconde mais a ruptura e a crise política que eclodiu. O porta-voz confirmou à imprensa que Milei "acredita que a vice-presidente não está na gestão há muito tempo" e que também não está envolvida "no dia a dia".
Assessores de Milei chegaram a dizer que a vice-presidente não faz mais parte do projeto político La Libertad Avanza (LLA).
A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que segundo rumores estaria buscando cargos como Chefe de Gabinete ou Ministra da Economia, também se juntou à ofensiva contra Villarruel, que, como vice-presidente da Nação, também atua como chefe do Senado argentino.&nbsp;
A crise eclodiu há duas semanas, depois que a vice-presidente permitiu a discussão e aprovação na Câmara Alta de leis inconvenientes para o presidente, que ameaçou vetá-las após se recusar a negociar investimentos sociais e públicos.
Essas iniciativas incluem o aumento das pensões, a manutenção da moratória das pensões, o aumento dos fundos para famílias com membros deficientes e a distribuição das contribuições do Tesouro Nacional e sua parcela correspondente da receita do imposto sobre combustíveis entre as províncias.
No mesmo dia, Milei chamou Villarruel de traidora pela primeira vez em um discurso diante de corretores da bolsa.
A vice-presidente respondeu que, se Milei quisesse economizar dinheiro, deveria parar de fazer viagens desnecessárias e distribuir o orçamento do governo de forma mais eficaz, além de retirar fundos dos cofres abarrotados da Secretaria de Inteligência do Estado.
Mais recentemente, Villarruel questionou no Instagram a preparação das listas de candidatos do LLA para as eleições legislativas na província de Buenos Aires em 7 de setembro, um processo liderado por Sebastián Pareja sob a supervisão de Karina Milei, Secretária Geral da Presidência e atual líder do Partido Libertário.
A vice-presidente fez coro à opinião de Claudio Venchiarutti, advogado e apoiador da ex-presidente Cristina Fernández, que considera os ataques contra ela uma "cortina de fumaça política decadente, que busca claramente desviar a atenção de listas fracas e negociações fracassadas.&nbsp;
O advogado foi além, apontando que as listas da LLA de Buenos Aires são dominadas por uma "casta" de "pessoas pouco apresentáveis, incapazes de resolver os problemas estruturais que assolam o país".

Presidente da Argentina, Javier Milei - 13/05/2025


América Latina

Crise política se aprofunda no governo Milei

247 - Em meio a uma profunda crise política que expõe as fragilidades da coalizão governista de Israel, o Knesset (parlamento) rejeitou, em votação preliminar realizada nesta quarta-feira (11) uma proposta de dissolução do parlamento que poderia levar à queda do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A votação, que representa apenas a primeira de quatro etapas necessárias para a dissolução do Knesset, foi derrotada após intenso embate entre partidos da base governista e a oposição. O estopim da crise foi um projeto de lei que trata do serviço militar obrigatório, com foco no alistamento de judeus ultraortodoxos — uma questão historicamente sensível e controversa na sociedade israelense. A proposta provocou resistência principalmente dos partidos religiosos e da ultradireita, pilares da coalizão de Netanyahu.

Israel dissolve parlamento e antecipa eleições

Parlamento israelense rejeita dissolução e Netanyahu segue no poder em meio a crise política

Reuters – O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, que havia sido destituído pelo parlamento em dezembro, foi preso na madrugada desta quarta-feira sob acusações de insurreição. A ação, conduzida pela Corruption Investigation Office for High-ranking Officials (CIO), representa a primeira vez na história do país que um presidente em exercício é detido.&nbsp;
Em uma declaração divulgada antes de sua prisão, Yoon afirmou que decidiu se render às autoridades para evitar "um derramamento de sangue", embora tenha classificado a investigação como "ilegal". “Eu decidi responder ao inquérito do CIO – apesar de ser uma investigação ilegal – para evitar um derramamento de sangue desagradável”, declarou o presidente.
<h3>Contexto da crise e controvérsias legais</h3>
A crise começou em 3 de dezembro, quando Yoon declarou lei marcial, um movimento que surpreendeu os sul-coreanos e desencadeou uma reação contundente do parlamento, que votou pelo seu impeachment em 14 de dezembro. Desde então, ele estava recluso em sua residência, protegida por seguranças pessoais que, inicialmente, impediram uma tentativa de prisão.
O mandado de prisão, cuja cópia foi obtida pela Reuters, descreve Yoon como o “líder de uma insurreição”. Seus advogados alegam que o documento é ilegal, argumentando que foi emitido por um tribunal sem jurisdição sobre o caso e que o comitê de investigação não tinha mandato legal para conduzir a operação.
As autoridades têm agora 48 horas para interrogá-lo e decidir se solicitarão sua detenção por até 20 dias ou se o liberarão. Paralelamente, a Corte Constitucional avalia a validade do impeachment, o que poderá resultar na remoção definitiva de Yoon do cargo ou na restauração de seus poderes presidenciais.
<h3>Reações internas e internacionais</h3>
A detenção foi acompanhada de intensos confrontos entre apoiadores de Yoon e a polícia, com transmissões ao vivo mostrando centenas de manifestantes reunidos sob temperaturas abaixo de zero. Muitos carregavam bandeiras com slogans como “Stop the Steal” em referência às alegações não comprovadas de fraude eleitoral, que serviram como justificativa para a declaração de lei marcial.
Internacionalmente, o episódio repercutiu. O governo dos Estados Unidos reafirmou seu compromisso em trabalhar com a Coreia do Sul “em conformidade com a Constituição”, enquanto o Japão monitora os acontecimentos “com interesse sério”, segundo o ministro Yoshimasa Hayashi.
<h3>Polarização política</h3>
Apesar das críticas generalizadas à lei marcial e ao impeachment, a crise trouxe novo vigor à base de apoio de Yoon. Pesquisas recentes mostram que o Partido do Poder Popular (PPP), ao qual Yoon pertence, reduziu a distância em relação ao Partido Democrático da oposição, com uma diferença de apenas 1,4% nas intenções de voto.
Enquanto opositores veem a prisão como um passo necessário para restaurar a ordem democrática, simpatizantes de Yoon, como o aposentado Kim Woo-sub, de 70 anos, manifestaram indignação: “É muito triste ver nosso país desmoronando. Ainda tenho grandes expectativas de que Trump apoie nosso presidente. A fraude eleitoral é algo que ambos enfrentaram.”
<h3>Perspectivas futuras</h3>
A crise política na Coreia do Sul está longe de terminar, com o destino político de Yoon agora dependendo tanto da investigação criminal quanto da decisão da Corte Constitucional. Enquanto isso, a sociedade sul-coreana segue profundamente dividida, enfrentando um período de instabilidade sem precedentes em sua jovem democracia.

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