247 – A China defendeu, em reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), a necessidade de uma resposta coletiva dos países-membros diante da crescente turbulência no comércio internacional.
O tema foi incluído na agenda pela delegação chinesa sob o título “Turbulência comercial intensificada e a resposta da OMC”, discutido entre segunda e terça-feira passadas.
De acordo com o <a href="https://portuguese.people.com.cn/n3/2025/1009/c309806-20374604.html">Diário do Povo</a>, o embaixador da China junto à OMC, Li Yongjie, alertou que as atuais políticas unilaterais de grandes economias estão gerando instabilidade econômica global, prejudicando cadeias de suprimentos e desestabilizando mercados. Ele ressaltou que alguns países foram coagidos a firmar acordos comerciais que afetam terceiros.
Li destacou que o sistema de comércio multilateral, sustentado por regras internacionais, vem sendo corroído por práticas que privilegiam relações de poder.
Para enfrentar esse cenário, o representante chinês propôs três medidas principais: ampliar a transparência e o monitoramento, reafirmar coletivamente o compromisso com o sistema de comércio multilateral e adotar ações concretas que permitam à OMC apresentar resultados práticos.
Diversos membros da OMC expressaram apoio à defesa do multilateralismo. União Europeia, Brasil, Austrália, Suíça e Paquistão destacaram a importância de reforçar os princípios da instituição e de avançar na sua reforma.
Já Austrália, Nova Zelândia e Coreia do Sul solicitaram que o Secretariado da OMC intensifique a fiscalização de tarifas unilaterais e de acordos bilaterais, incentivando os países a notificarem a OMC sobre esses acordos.
Nações em desenvolvimento também se manifestaram sobre os impactos negativos da instabilidade no comércio global. Nigéria e Bangladesh alertaram que tarifas unilaterais e incertezas mercadológicas afetam de forma desproporcional os países vulneráveis, pedindo maior apoio da OMC. Venezuela, Nicarágua e Cuba foram além e condenaram diretamente as práticas coercitivas dos Estados Unidos, incluindo as medidas tarifárias.

Redação Brasil 247

Logo da OMC em Genebra, na Suíça
04/03/2021

original

1250x600

1280x490

3000x1800

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

Diário do Povo

China convoca membros da OMC a enfrentar turbulência comercial

247 - Durante a cúpula realizada no Rio de Janeiro, os países do BRICS expressaram forte oposição ao avanço de políticas protecionistas e ações comerciais unilaterais que ameaçam o sistema multilateral de comércio. A informação consta na declaração final do encontro, segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/brics-mira-trump-e-fala-em-serias-preocupacoes-com-escalada-protecionista/">CNN Brasil</a>.
No texto, os líderes do grupo – composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e os novos membros incorporados recentemente – demonstram “sérias preocupações com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio)”.
Embora o comunicado não mencione diretamente os Estados Unidos, fontes envolvidas na redação do documento confirmaram que a crítica se refere à guerra tarifária iniciada pelo presidente Donald Trump, reeleito para um segundo mandato em 2025. As medidas comerciais adotadas por Washington desde então são vistas como uma ameaça ao comércio internacional e ao equilíbrio das cadeias de suprimentos globais.
Ainda de acordo com a reportagem, além das tarifas, o documento também alerta para práticas protecionistas supostamente justificadas por motivos ambientais. Um dos exemplos apontados nos bastidores é a legislação antidesmatamento da União Europeia, que deve entrar em vigor no início de 2026. A norma afetará exportações de diversos produtos, incluindo carne e soja do Brasil e óleo de palma da Indonésia – esta última recentemente incorporada ao Brics.
O texto adverte que “a proliferação de medidas restritivas ao comércio, seja na forma de aumento indiscriminado de tarifas e medidas não tarifárias, seja de protecionismo sob o pretexto de objetivos ambientais, ameaça reduzir ainda mais o comércio global, interromper as cadeias de suprimentos globais e introduzir incerteza nas atividades econômicas e comerciais internacionais”.

Paulo Emilio

Mundo

BRICS critica guerra comercial e protecionismo ambiental em declaração conjunta

247 - O superávit comercial da China deverá alcançar US$ 1 trilhão (aproximadamente R$ 5,7 trilhões) em 2024, um número impressionante que se aproxima de um recorde histórico. De acordo com estimativas dos analistas da Bloomberg, o superávit, que é a diferença entre o que a China exporta e importa, cresceu substancialmente ao longo deste ano. Segundo a<a href="https://noticiabrasil.net.br/20241111/midia-china-deve-bater-recorde-de-superavit-comercial-de-us-1-trilhao-para-tristeza-do-ocidente-37299016.html"> Sputnik</a>, nos primeiros dez meses de 2024, o superávit de bens já somava US$ 785 bilhões (cerca de R$ 4,3 trilhões), um aumento de 16% em relação ao ano anterior.
Esse desempenho se deve, em grande parte, ao esforço contínuo da China para ampliar suas exportações, apesar de um cenário econômico interno mais desafiador, com uma demanda doméstica que tem mostrado sinais de enfraquecimento. Para contrabalançar essa queda, o governo chinês adotou estímulos fiscais para aquecer a economia interna, mas a estratégia de reforçar as exportações tem se mostrado bem-sucedida até o momento. O crescimento das exportações chinesas ocorre em um contexto de desaceleração econômica global, o que torna esse resultado ainda mais notável.
No entanto, essa trajetória de superávit tem gerado preocupações em várias economias centrais, como os Estados Unidos e o Reino Unido, que enxergam esse desequilíbrio como um fator disruptivo nos fluxos de comércio global. A crescente presença de produtos chineses nos mercados internacionais tem levado alguns países a aumentar barreiras tarifárias, como no caso do aço e dos veículos elétricos (VEs), adotando medidas protecionistas para reduzir a dependência das exportações da China.
Além disso, muitos governos têm incentivado suas empresas a saírem da China, em uma tentativa de diminuir o investimento estrangeiro direto e pressionar o governo chinês a aumentar seus gastos com empresas nacionais, o que tem levado a um aumento no endividamento interno. Apesar dessas ações, os dados mais recentes apontam que o superávit chinês segue em expansão. Em outubro, o país registrou o terceiro maior superávit comercial da história, ficando apenas abaixo do recorde de junho.
O superávit comercial da China, que chegou a 5,2% do PIB nominal nos primeiros nove meses de 2024, é o maior desde 2015 e está bem acima da média da última década. Em relação aos principais parceiros comerciais, a China viu um aumento de 4,4% no superávit com os Estados Unidos e de 9,6% com a União Europeia, apesar das tensões causadas pela guerra comercial entre os países.

Carros a serem exportados no porto de Yantai, China

Economia

Superávit comercial chinês atinge US$ 785 bilhões e preocupa economias globais

Tudo sobre comercio-global

China convoca membros da OMC a enfrentar turbulência comercial

BRICS critica guerra comercial e protecionismo ambiental em declaração conjunta

Superávit comercial chinês atinge US$ 785 bilhões e preocupa economias globais

Cortes da TV 247