247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou neste sábado (22) um vídeo em que aparece correndo e incentivando a prática de atividades físicas. A gravação divulgada também mostra a recuperação do chefe do Executivo após cirurgias na cabeça no ano passado.
"Falo todo dia que quero viver até os 120 anos. Por isso, aos 79 anos, estou correndo para mostrar que nada é impossível quando queremos fazer as coisas", afirmou na gravação. "Cuidar do seu corpo depende só de você. Não depende de ninguém, depende da sua vontade. Por isso, levante, ande, corra, faça musculação, que você vai viver muito mais."
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">Oi gente! Esse aqui é um recado para quem quer viver até 120 anos: se movimentem, façam exercícios físicos. 🏃🏻‍♂️💪 <a href="https://t.co/uDZztCcbKA">pic.twitter.com/uDZztCcbKA</a>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1903489045331619994?ref_src=twsrc%5Etfw">March 22, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
 
Lula sofreu uma queda doméstica em outubro de 2024 e, em dezembro, precisou passar por uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça. Hoje, o petista já está recuperado.&nbsp;
Após o incidente, Lula chegou a dizer que só disputaria um novo mandato caso estivesse com “100% de saúde”. Já nesta semana, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou em entrevista à CNN que o presidente está “muito disposto” a concorrer à reeleição em 2026.

Bianca Penteado

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Brasil

"Nada é impossível quando queremos fazer as coisas", diz Lula

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou momentos críticos após sofrer um acidente doméstico que resultou em um grave sangramento na cabeça. Em entrevista coletiva, o cardiologista Roberto Kalil, um dos responsáveis pelo tratamento, destacou a gravidade da situação antes do procedimento. "O quadro foi extremamente grave. Requereu atendimento de emergência e, sim, corria o risco de acontecer o pior", afirmou.
No programa Fantástico, da Rede Globo, e trouxe detalhes sobre o ocorrido. Lula caiu no banheiro de sua residência em São Bernardo do Campo enquanto cortava as unhas, batendo a cabeça na borda da hidromassagem. A queda provocou um sangramento intracraniano significativo, exigindo transferência para São Paulo e intervenção cirúrgica emergencial.
De acordo com os médicos, a cirurgia retirou o sangue acumulado em uma cápsula de três centímetros entre o osso craniano e a dura-máter, uma das membranas que envolvem o cérebro. Um dreno foi instalado para evitar novos acúmulos e, posteriormente, um cateter foi introduzido para obstruir a artéria responsável pelo sangramento.
Recuperação e monitoramento
A recuperação do presidente surpreendeu a equipe médica. "Devido ao quadro e à recuperação, que foi extremamente acima do esperado, o presidente está de alta hospitalar e deve voltar para casa", explicou a infectologista Ana Helena Germoglio. Ainda assim, Lula permanecerá sob monitoramento em sua residência em São Paulo, com uma nova tomografia programada para o dia 19 de dezembro.
Kalil reforçou que, caso o exame mostre evolução satisfatória, o presidente poderá retornar a Brasília para retomar suas atividades, embora com algumas restrições. "Ele está autorizado a voltar, mas deverá evitar exercícios físicos intensos", destacou o médico.
Lula: responsabilidade e otimismo
O presidente reconheceu a gravidade do incidente e agradeceu o apoio recebido durante o período de internação, especialmente da primeira-dama, Janja. "Foi um susto, mas estou bem. Tenho muita responsabilidade e disciplina, vou me cuidar", declarou. Ele também ressaltou a importância de seguir as orientações médicas à risca.
Mesmo ainda em recuperação, Lula enfatizou sua disposição de voltar ao trabalho. "Vou ficar me cuidando, mas também vou trabalhar normalmente", afirmou. Ele deve permanecer em São Paulo até a próxima avaliação médica.
Procedimentos detalhados
A cirurgia realizada no presidente envolveu técnicas modernas para garantir sua segurança. Após a remoção inicial do sangue, os médicos introduziram um material cirúrgico por meio de um cateter para selar a artéria danificada, reduzindo o risco de novos sangramentos.
Lula se mostrou confiante na recuperação e no retorno às suas atividades, ainda que com cautela. "Os médicos disseram que foi grave, mas que eu ia ficar bom se me cuidasse", contou.
O episódio destaca a importância do rápido atendimento médico em casos de traumas cranianos e da infraestrutura disponível para emergências de alta complexidade.

Redação Brasil 247

Poder

"Poderia ter acontecido o pior com o presidente Lula", diz Kalil

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, nesta sexta-feira (13/12), um vídeo em que aparece caminhando ao lado do neurocirurgião Marcos Stávale, responsável pelos procedimentos médicos realizados após uma hemorragia intracraniana detectada na última terça-feira (10/12). As informações são do <a href="https://www.metropoles.com/saude/quem-e-marcos-stavale-medico-lula">jornalista Bruno Bucis</a>, do portal Metrópoles.
Em entrevista coletiva realizada na quinta-feira (12/12), Stávale declarou que o risco de Lula sofrer um novo sangramento após as intervenções médicas é "estatisticamente desprezível". A afirmação tranquilizou apoiadores e despertou curiosidade sobre o profissional que agora está à frente do caso.
<h3>Um médico de renome</h3>
Marcos Stávale é considerado um dos neurocirurgiões mais renomados do Brasil, com uma carreira marcada por excelência acadêmica e prática clínica. Doutor em neurologia pela Universidade de São Paulo (USP), título obtido em 1996, ele atua como orientador de pesquisas médicas tanto na USP quanto na Faculdade Sírio-Libanês.
O médico já conhecia o presidente Lula desde 2017, quando integrou a equipe que cuidou da ex-primeira-dama Marisa Letícia, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Sua experiência inclui a publicação de artigos científicos sobre o funcionamento do cérebro e a autoria de um manual sobre diagnóstico e tratamento de disfunções neurológicas relacionadas à circulação sanguínea, como aneurismas e tromboses.
<h3>Polêmicas na pandemia</h3>
Apesar de sua trajetória exemplar, Stávale esteve envolvido em uma controvérsia no início da pandemia de Covid-19. Em maio de 2020, um suposto depoimento seu à Revista Oeste associava o uso de hidroxicloroquina à recuperação de sua esposa da infecção viral. A declaração foi amplamente compartilhada em campanhas de desinformação sobre o uso do medicamento no combate à Covid-19, algo que a ciência não corrobora. O médico não se retratou publicamente sobre o episódio, o que gerou críticas de setores da comunidade científica.
O acompanhamento médico de Lula segue com otimismo. Segundo a equipe médica, as intervenções realizadas até o momento têm apresentado bons resultados, permitindo que o presidente volte gradualmente às suas atividades.
Marcos Stávale continua sendo uma figura central na recuperação de Lula, reforçando seu compromisso com a excelência médica, mesmo diante de desafios e polêmicas.

13.12.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva caminha no hospital Sirio Libanês, em São Paulo - SP

Saiba quem é Marcos Stávale, o neurocirurgião que acompanha o presidente Lula

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado uma recuperação surpreendente após a cirurgia de emergência realizada na última segunda-feira (9), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo <a href="https://www.estadao.com.br/politica/monica-gugliano/semana-comecou-muito-muito-dificil-mas-o-termino-esta-sendo-gratificante-diz-medico-de-lula/">reportagem</a> do jornal Estado de S. Paulo, a intervenção, feita para drenar um hematoma entre o cérebro e as meninges, foi crucial para evitar complicações graves. Em entrevista, o médico Roberto Kalil Filho, chefe da equipe médica responsável por Lula, ressaltou a disciplina do presidente e a rapidez do diagnóstico como fatores determinantes para o sucesso do tratamento.“Foi uma semana que começou muito, muito difícil. Mas o término está sendo muito gratificante”, disse Kalil ao Estadão na sexta-feira (13), após a divulgação de um vídeo do presidente caminhando no corredor do hospital, vestindo roupas casuais e aparentando boa disposição.
A cirurgia de emergência, realizada já na madrugada de terça-feira (10), foi considerada essencial para salvar a vida de Lula. Segundo Kalil, o sangramento estava comprimindo o cérebro, o que poderia levar o paciente a entrar em coma ou até ao óbito em pouco tempo. Dias depois, Lula foi submetido a um segundo procedimento chamado embolização de artéria meníngea média, realizado na quinta-feira (12), para bloquear o fluxo de sangue na região afetada e garantir uma recuperação mais segura.
<h3>Recuperação além do esperado</h3>
Desde os primeiros dias após a cirurgia, Lula tem mostrado sinais de recuperação acima das expectativas médicas. Mesmo ainda na UTI, começou a despachar documentos eletrônicos e manteve contato com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. A mudança para um regime de semi-UTI nesta sexta-feira foi acompanhada de comemorações pela equipe médica.
O vídeo divulgado nas redes sociais, onde Lula afirma estar “firme e forte”, contribuiu para desmentir rumores de sequelas ou impactos políticos em uma possível recandidatura do presidente em 2026, especulações que circularam amplamente durante a semana.
<h3>Controle da desinformação</h3>
A recuperação de Lula foi acompanhada de perto pela opinião pública e pelas redes sociais, com uma enxurrada de desinformação e intrigas relacionadas ao estado de saúde do presidente. Roberto Kalil, que é também um dos cardiologistas mais renomados do país, decidiu suspender entrevistas da equipe médica para evitar especulações. “As conversas com jornalistas estavam criando muita especulação. A ideia é manter apenas os boletins médicos”, informou a assessoria de Kalil ao Estadão.Kalil, que atende Lula há mais de duas décadas, destacou a importância da disciplina do presidente em seguir as orientações médicas e adotar um estilo de vida equilibrado. A previsão da equipe médica é de que Lula receba alta entre segunda e terça-feira da próxima semana e retorne a Brasília completamente recuperado. O ritmo de sua melhora, segundo os especialistas, é motivo de otimismo, mas a equipe reforça que o mais importante é garantir uma recuperação plena.
A semana começou marcada por incertezas e terminou com sinais claros de superação. Para Roberto Kalil, um dos médicos mais experientes e acostumados a tratar lideranças políticas, o desfecho foi, nas palavras dele, “gratificante”.

Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Roberto Kalil

“Semana difícil, mas gratificante”, diz médico de Lula

247 - Desde que foi internado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem recebido uma onda de apoio de políticos, ministros, magistrados e empresários, desejando rápidas melhoras. Segundo a coluna do jornalista <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/gustavo-uribe/politica/lula-volta-a-responder-mensagens-apos-quatro-dias-de-internacao/">Gustavo Uribe</a>, da CNN Brasil, o presidente voltou a responder aos questionamentos e votos de melhora nesta quinta-feira (12), após passar por um segundo procedimento cirúrgico para prevenir novos sangramentos intracranianos.
Um ministro, que preferiu não se identificar, informou que Lula tem se mostrado atento ao andamento do pacote fiscal no Congresso e se ofereceu para colaborar na articulação política, apesar das orientações médicas para que permaneça em repouso até pelo menos segunda-feira. Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo e um dos poucos autorizados a visitar Lula no hospital, relatou que o presidente está otimista, conversou sobre futebol e evitou tocar em assuntos políticos durante o encontro.
&nbsp;O boletim médico emitido pelo Hospital Sírio-Libanês no fim da manhã desta sexta-feira (13) destaca que o presidente Lula (PT) segue internado "sob cuidados semi-intensivos" e que ele "segue lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores".
O presidente está internado desde a última terça-feira (10), após uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma na cabeça, decorrente de uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, ocorrida em 19 de outubro.

Lula volta a responder mensagens de aliados após quatro dias de internação

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, deverá manter uma rotina mais leve por algumas semanas após receber alta, informou o cardiologista Roberto Kalil Filho, chefe da equipe médica que acompanha o caso. Lula passou por um procedimento endovascular para embolização da artéria meníngea média na manhã de ontem e, no início da noite, teve o dreno intracraniano removido, sem intercorrências. Segundo Kalil, o presidente está lúcido, orientado e se comunica normalmente com familiares e equipe, além de estar se alimentando bem.
“Ele poderá despachar e seguir com acompanhamento médico em Brasília. No entanto, será necessário um repouso relativo por algumas semanas, com limitações em atividades físicas”, explicou o médico.
<h3>Contexto do caso</h3>
O procedimento de emergência foi realizado para tratar uma hemorragia cerebral causada por um traumatismo craniano, decorrente de um acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro. Desde então, Lula tem sido acompanhado por uma equipe liderada por Kalil e pela médica Ana Helena Germoglio.
A previsão é que o presidente permaneça internado até a próxima segunda-feira (16), mesmo apresentando evolução estável. Durante esse período, Lula tem recebido apoio de familiares e da equipe médica. A recuperação do presidente é considerada dentro do esperado, e os médicos reforçaram que os cuidados devem ser mantidos após o retorno a Brasília para garantir a retomada completa de suas atividades.

O médico Roberto Kalil, líder da equipe médica que atende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fala durante entrevista coletiva, após uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Brasil
12/12/2024

Lula deverá adotar rotina mais leve durante algumas semanas após a alta, diz Kalil

247 - Em entrevista ao programa Boa Noite 247, Dr. Eberval Gadelha, neurocirurgião e professor da USP, esclareceu detalhes sobre a recente cirurgia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada para tratar um hematoma subdural crônico. “Foi uma cirurgia tecnicamente simples e com baixíssima probabilidade de sequelas”, explicou o especialista. Ele ressaltou que Lula deve retomar suas atividades habituais em breve, com uma recuperação ampla e total.
Dr. Eberval descreveu o hematoma subdural crônico como uma condição que acomete principalmente idosos após traumas cranianos leves, que podem passar despercebidos. “Esse tipo de lesão ocorre quando há micro sangramentos entre o cérebro e o osso craniano. Com o tempo, o sangue se acumula e pode gerar sintomas como dor de cabeça, confusão mental e déficits motores”, detalhou. A queda de Lula em outubro foi o trauma inicial que desencadeou o problema.
Técnica simples e eficaz
O procedimento realizado é conhecido como trepanação, que envolve a abertura de um pequeno furo no crânio para drenar o hematoma. Segundo o médico, “é uma intervenção minimamente invasiva, que permite a drenagem completa do sangue acumulado. A cirurgia dura cerca de 45 minutos a uma hora e meia”. Após a drenagem, o paciente permanece em terapia intensiva por 24 a 48 horas para monitoramento.
Dr. Eberval tranquilizou a população quanto à condição do presidente. “Uma vez tratado, o hematoma não causa sequelas. O presidente chegou ao hospital queixando-se apenas de dor de cabeça e estava bem neurologicamente. Isso é um indicativo de que sua recuperação será completa”.
Riscos e prevenção
Ao ser questionado sobre o que poderia ter ocorrido caso Lula não tivesse procurado atendimento, Dr. Eberval destacou os riscos. “Se o hematoma cresce sem tratamento, pode aumentar a pressão intracraniana e levar a complicações graves, como sangramentos agudos. Felizmente, a intervenção foi feita em tempo hábil”.
O neurocirurgião também alertou sobre a importância de identificar sinais precoces dessa condição em idosos, especialmente após quedas. “Muitas vezes, os sintomas se desenvolvem lentamente e podem ser confundidos com outras condições, como demência. Exames de imagem são essenciais para o diagnóstico correto”.
Saúde e longevidade
Dr. Eberval aproveitou a entrevista para destacar a relevância dos hábitos saudáveis na prevenção de complicações. “O presidente Lula é um exemplo de boa forma. Sua rotina de exercícios contribuiu para uma recuperação mais rápida. A atividade física é fundamental não apenas para a saúde cardiovascular, mas também para a memória e o funcionamento cerebral”.
Em relação a especulações de que a condição de Lula pudesse comprometer sua capacidade de disputar uma eventual reeleição, o médico foi categórico: “Nada no quadro atual indica qualquer limitação para suas atividades futuras. O mercado financeiro vai ter que lidar com isso”.
A entrevista reforçou a importância de medidas de prevenção e monitoramento, especialmente em populações mais velhas. O presidente Lula continuará com exames regulares para garantir que o hematoma não volte a se formar, um risco que ocorre em até 20% dos casos. Contudo, Dr. Eberval destacou que “a maioria dos pacientes não enfrenta recorrências”.
Ao fim da conversa, Dr. Eberval ainda compartilhou recomendações gerais: “Exercícios físicos, alimentação equilibrada e meditação são chaves para uma vida longa e saudável. Pequenos cuidados podem fazer uma grande diferença”. Assista:&nbsp;
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Dafne Ashton

Entrevistas

"Hematoma subdural crônico é compatível com qualquer atividade física, mental ou intelectual", diz Dr. Eberval Gadelha

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, passou na manhã desta quinta-feira (12) por uma embolização da artéria meníngea no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, destaca a <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4g27e4eq08o">BBC Brasil</a>.
<h3>O que é um procedimento endovascular?</h3>
Um procedimento endovascular consiste em intervenções realizadas a partir do interior de vasos sanguíneos. A técnica utiliza fios e cateteres introduzidos através da pele, geralmente pelos braços ou pela virilha. Com auxílio de exames de imagem como tomografias e radiografias, médicos guiam os cateteres até o local da lesão.
Após alcançar a área-alvo, os profissionais podem “entupir” o vaso para interromper hemorragias ou inserir uma malha metálica para restaurar o fluxo sanguíneo. Também é possível administrar medicamentos específicos, como moléculas radioativas ou substâncias para congelamento ou aquecimento controlado.
Esses procedimentos minimamente invasivos estão em uso há décadas e oferecem recuperação mais rápida e menos riscos de complicações. Atualmente, são aplicados para tratar diversas condições, desde infartos e AVCs até casos de câncer e problemas de próstata.
<h3>Por que Lula precisou de mais uma cirurgia?</h3>
Segundo o Hospital Sírio-Libanês, o procedimento complementar foi necessário devido a um acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro, quando Lula bateu a cabeça no Palácio da Alvorada. Desde então, ele tem sido acompanhado por especialistas para avaliar possíveis complicações.
Após sentir mal-estar e dores de cabeça em 9 de dezembro, exames realizados em Brasília identificaram uma hemorragia intracraniana. O acúmulo de sangue ocorreu entre a dura-máter (uma das meninges) e o cérebro, resultando em um hematoma.
Esse quadro é comum após batidas na cabeça, especialmente em pessoas idosas, devido à fragilidade dos vasos sanguíneos. Pequenos vasos podem se romper e liberar sangue lentamente, formando um hematoma que pressiona o cérebro, causando dores e outros sintomas.
Lula foi transferido para São Paulo, onde passou por uma craniotomia para drenar o hematoma, sem apresentar sequelas. No entanto, para prevenir novos vazamentos, os médicos decidiram realizar a embolização da artéria meníngea média, fechando os vasos rompidos e evitando novos hematomas.
Os médicos devem divulgar novas informações sobre o quadro de saúde do presidente em uma coletiva de imprensa prevista para às 10h (horário de Brasília).

O que é a embolização da artéria meníngea, cirurgia complementar que presidente Lula realizou

247 – Em <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/merval-pereira/coluna/2024/12/a-ausencia-de-lula.ghtml">análise</a> publicada nesta quinta-feira, o jornalista Merval Pereira apontou que a nova intervenção cirúrgica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva escancarou a fragilidade do governo em atuar sem a presença direta de seu principal líder. Segundo Merval, a coincidência entre a ausência de Lula e o momento crítico para a votação de reformas como a tributária e a fiscal, além das negociações sobre emendas parlamentares, revelou a falta de uma estrutura sólida de articulação política.
"O governo não está aparelhado para atuar sem Lula", afirmou o jornalista, destacando que os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil), responsáveis por conduzir as negociações com o Congresso, não têm credibilidade junto ao Centrão. "Nenhum deles tem habilidade para levar adiante uma votação difícil como as que se prenunciam", acrescentou.
Merval destacou que, mesmo antes de ser internado, Lula precisou se reunir com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, uma vez que os interlocutores designados pelo governo não conseguem transmitir confiança. "Ninguém quer saber o que Padilha e Rui Costa pensam", pontuou.
A análise também ressaltou que a dependência do governo em relação a Lula é um reflexo de escolhas feitas pelo próprio presidente. "Lula já teve ministros identificados como poderosos e capazes de fechar acordos, como Antonio Palocci e José Dirceu. Hoje, não tem ninguém", observou o jornalista. Segundo ele, essa situação pode ser intencional, uma vez que o presidente concentra em si mesmo a capacidade de articulação política.
Merval também abordou o papel secundário do vice-presidente Geraldo Alckmin, considerado mais uma figura simbólica do que um verdadeiro articulador. "Nem o PT quer saber de Alckmin negociando. Sua escolha como vice foi apenas um gesto de boa vontade com o centro democrático. Não passa disso", avaliou.
Outro ponto levantado foi o impacto da ausência de Lula sobre o mercado financeiro. A alta na Bolsa e a queda do dólar após o anúncio da nova cirurgia do presidente foram interpretadas como um sinal de que investidores preferem a perspectiva de Geraldo Alckmin na Presidência. "Essa é uma demonstração cruel, mas sintomática", disse Merval, acrescentando que tal percepção pode intensificar o ressentimento de setores mais radicais da esquerda e criar novas divisões no PT.
Por fim, o colunista discutiu as implicações políticas da recuperação de Lula e os desafios de 2026. Com a certeza de que Jair Bolsonaro estará inelegível, a direita já articula possíveis candidaturas, enquanto na esquerda o presidente enfrentará o desafio de apontar um sucessor em meio a divisões internas. "O ministro Fernando Haddad é o substituto natural, mas não agrada à ala mais ortodoxa do partido", concluiu.

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o jornalista Merval Pereira

Mídia

"Governo não está preparado para atuar sem Lula", diz Merval

247 – O comportamento do mercado financeiro brasileiro gerou reflexões críticas, após a valorização de ativos coincidir com a internação do presidente Lula. Em <a href="https://braziljournal.com/furaram-a-bolha-do-pessimismo/">análise</a> publicada pelo Brazil Journal, reconhecido como um dos principais veículos da Faria Lima, a dinâmica foi descrita como “mórbida”, mas associada a uma lógica de mercado que precisa ser entendida em seu contexto mais amplo.
A matéria, assinada pelo jornalista Giuliano Guandalini, destaca que “em cenários de instabilidade política ou incerteza sobre a saúde de lideranças, o mercado financeiro tende a precificar expectativas, muitas vezes com reações insensíveis aos contextos humanos.” O texto ressalta que o fenômeno não é exclusivo do Brasil, mas que, no caso do presidente Lula, ganha contornos particularmente sombrios devido à histórica polarização política do país.
O autor observa que, para parte do mercado, “a percepção é de que a saída de Lula do cenário político poderia acelerar reformas econômicas alinhadas aos interesses de investidores, o que explica o comportamento dos ativos”. No entanto, ele alerta que essa lógica revela mais sobre o viés de curto prazo do que sobre a verdadeira saúde econômica do país.

Economia

Principal jornal da Faria Lima aponta a morbidez do mercado financeiro, quando investidores celebram a internação de Lula

247 – O médico Roberto Kalil Filho, responsável pelo acompanhamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira que o procedimento pelo qual Lula passará é "relativamente simples", com finalidade preventiva, e não exigirá maior permanência no hospital.
Lula está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde a última terça-feira (10). O procedimento, chamado de embolização de artéria meníngea média, estava previsto desde a primeira intervenção cirúrgica e é considerado parte da rotina em casos como o do presidente.
Segundo Kalil, o procedimento, que será realizado em uma sala de cateterismo e não em um centro cirúrgico, tem o objetivo de bloquear o fluxo sanguíneo entre artérias e evitar novos sangramentos. Ele destacou ainda que isso não impactará a previsão de alta hospitalar do presidente.
Estado de saúde e evolução
De acordo com boletins médicos emitidos pelo hospital, Lula tem apresentado boa recuperação. Nesta quarta-feira (11), foi informado que o presidente está "lúcido, orientado e conversando". Ele passou por uma cirurgia de emergência na madrugada de terça-feira (10) para tratar uma hemorragia intracraniana e segue sob cuidados intensivos, com dreno e em observação.
Lula também realizou fisioterapia, caminhou e recebeu visitas de familiares. A expectativa é que ele retome suas atividades na próxima semana, sem sequelas, conforme informou o boletim.
Uma coletiva de imprensa está marcada para esta quinta-feira, às 10 horas, para mais detalhes sobre o procedimento e o estado de saúde do presidente.

Procedimento de Lula é preventivo e não prolonga internação, diz Roberto Kalil

247 – A cirurgia realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira 10 reacendeu o debate sobre a sucessão presidencial de 2026, lançando dúvidas sobre sua possível candidatura ao quarto mandato. A <a href="https://www.estadao.com.br/politica/vera-rosa/jogo-de-2026-depende-da-decisao-de-lula-sobre-candidatura-mas-cada-um-no-pt-diz-uma-coisa/">colunista Vera Rosa</a>, do jornal Estado de S. Paulo, trouxe à tona as especulações que já fervilhavam nos bastidores da política, mesmo antes de Lula ser submetido à drenagem de um hematoma provocado por uma hemorragia intracraniana.
Dentro do PT, não há consenso sobre os planos de Lula. Para alguns dirigentes, ele é “candidatíssimo”, visto como essencial para dar continuidade ao projeto de poder do partido, que em breve completará 45 anos. "Preconceituosos são os que levantam questões sobre sua idade", afirmam seus defensores. Por outro lado, há quem diga que a candidatura dependerá do estado de saúde do presidente, da situação econômica e da avaliação do governo até 2026.
Com 79 anos atualmente, Lula terá 81 no próximo pleito. Apesar das incertezas, ele mesmo já sinalizou diferentes cenários. Em junho, declarou querer disputar novamente para evitar que “trogloditas” assumam o poder. Contudo, em declarações recentes, indicou que pode abrir mão: “Eu não preciso ser o candidato”, disse, desconversando sobre o tema.
Se o presidente decidir não concorrer, o nome mais citado é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Desde 2018, quando Jaques Wagner recusou ser candidato no lugar de Lula, Haddad passou a ser visto como seu sucessor natural. À época, Lula teria antecipado a escolha: “Vamos chamar o Haddad porque o Alemão não quer”, afirmou, segundo relatos.
Embora a recuperação de Lula esteja sendo acompanhada com otimismo, a sucessão vai além das questões internas do PT. O ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030, busca manter influência sobre a direita, enquanto o centro político segue sem protagonismo. Assim, a decisão de Lula sobre concorrer ou priorizar a saúde será o ponto de partida para a reconfiguração do cenário político em 2026.

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