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O que é a embolização da artéria meníngea, cirurgia complementar que presidente Lula realizou

Procedimento minimamente invasivo visa interromper hemorragias internas e prevenir formação de hematomas cerebrais

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, passou na manhã desta quinta-feira (12) por uma embolização da artéria meníngea no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, destaca a BBC Brasil.

O que é um procedimento endovascular?

Um procedimento endovascular consiste em intervenções realizadas a partir do interior de vasos sanguíneos. A técnica utiliza fios e cateteres introduzidos através da pele, geralmente pelos braços ou pela virilha. Com auxílio de exames de imagem como tomografias e radiografias, médicos guiam os cateteres até o local da lesão.

Após alcançar a área-alvo, os profissionais podem “entupir” o vaso para interromper hemorragias ou inserir uma malha metálica para restaurar o fluxo sanguíneo. Também é possível administrar medicamentos específicos, como moléculas radioativas ou substâncias para congelamento ou aquecimento controlado.

Esses procedimentos minimamente invasivos estão em uso há décadas e oferecem recuperação mais rápida e menos riscos de complicações. Atualmente, são aplicados para tratar diversas condições, desde infartos e AVCs até casos de câncer e problemas de próstata.

Por que Lula precisou de mais uma cirurgia?

Segundo o Hospital Sírio-Libanês, o procedimento complementar foi necessário devido a um acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro, quando Lula bateu a cabeça no Palácio da Alvorada. Desde então, ele tem sido acompanhado por especialistas para avaliar possíveis complicações.

Após sentir mal-estar e dores de cabeça em 9 de dezembro, exames realizados em Brasília identificaram uma hemorragia intracraniana. O acúmulo de sangue ocorreu entre a dura-máter (uma das meninges) e o cérebro, resultando em um hematoma.

Esse quadro é comum após batidas na cabeça, especialmente em pessoas idosas, devido à fragilidade dos vasos sanguíneos. Pequenos vasos podem se romper e liberar sangue lentamente, formando um hematoma que pressiona o cérebro, causando dores e outros sintomas.

Lula foi transferido para São Paulo, onde passou por uma craniotomia para drenar o hematoma, sem apresentar sequelas. No entanto, para prevenir novos vazamentos, os médicos decidiram realizar a embolização da artéria meníngea média, fechando os vasos rompidos e evitando novos hematomas.

Os médicos devem divulgar novas informações sobre o quadro de saúde do presidente em uma coletiva de imprensa prevista para às 10h (horário de Brasília).

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