247 - O Senado aprovou, na quarta-feira (10), em votação terminativa na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), um projeto que altera as normas sobre o uso de cartões corporativos no âmbito do governo federal, informa o <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/09/13/senado-aprova-projeto-com-novas-regras-para-uso-do-cartao-corporativo-pelo-governo.ghtml">g1</a>. O texto segue agora para a Câmara dos Deputados, caso não receba emendas nos próximos dias.
A proposta não muda as finalidades já estabelecidas para os cartões, que seguem restritos a despesas de pequeno vulto, gastos sigilosos, aquisição de materiais e serviços que demandem pagamento imediato, além da compra de passagens aéreas nacionais e internacionais. Também permanece a possibilidade de saque em moeda corrente, mas exclusivamente para despesas classificadas como de pequeno valor.
<h2>O que muda com o projeto</h2>
A principal novidade é que as operadoras não poderão mais cobrar anuidade ou taxa de adesão dos cartões. O objetivo é fortalecer a legislação vigente, que desde 2005 regula o uso dos cartões corporativos. O texto também unifica normas relacionadas à compra de passagens aéreas e despesas de viagem, criando um regramento único.
Outra medida significativa é a exigência de prestação de contas mais rigorosa. Os órgãos públicos deverão enviar anualmente relatórios ao Tribunal de Contas da União (TCU) e manter as informações publicadas em seus portais de transparência. Além disso, os servidores que utilizam os cartões precisarão repassar mensalmente as faturas ao órgão responsável. Caso haja atraso, o funcionário poderá ser responsabilizado administrativamente.
<h2>Controle e transparência dos gastos</h2>
Os números mais recentes do Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU), apontam que, até julho de 2025, o governo já havia desembolsado R$ 47 milhões em despesas com cartões corporativos destinados a servidores federais. Atualmente, 4.325 pessoas têm autorização para utilizar o recurso.
Apesar do montante expressivo, o valor representa uma queda de 26,12% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram gastos R$ 53,5 milhões – o maior patamar desde 2013, ano em que os dados passaram a ser disponibilizados ao público. Entre 2017 e 2024, os gastos praticamente dobraram, saltando de R$ 49,9 milhões para R$ 100,5 milhões.

Guilherme Levorato

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Brasília

Senado aprova novas regras para uso de cartões corporativos no governo

247 – O Itaú Unibanco negou nesta terça-feira (3) quaisquer rumores de corrupção na área de publicidade do banco e esclareceu que a demissão de Eduardo Tracanella foi motivada exclusivamente pelo uso indevido do cartão corporativo. A informação foi <a href="https://valor.globo.com/empresas/marketing/noticia/2024/12/03/ita-confirma-que-tracanella-foi-demitido-por-uso-indevido-do-carto-corporativo.ghtml">antecipada pelo Valor PRO</a> na noite de segunda-feira (2).
Em nota ao Valor, o Itaú afirmou que "repudia as alegações infundadas de irregularidades de verbas publicitárias" e reiterou que atua "de forma ética e íntegra como um dos maiores anunciantes do país". O banco destacou que a demissão não está ligada a contratos negociados pelo executivo e que nenhuma irregularidade foi detectada nesse sentido.
Tracanella, que esteve no Itaú por 27 anos e ocupava uma posição de destaque no marketing, foi responsável por grandes iniciativas neste ano, incluindo os eventos comemorativos dos 100 anos do banco, como o show de Madonna em Copacabana e uma leitura de Simone de Beauvoir por Fernanda Montenegro no Ibirapuera.
Segundo fontes próximas ao banco, os gastos pessoais feitos por Tracanella com o cartão corporativo não eram recorrentes, mas foram considerados inadequados pela área de compliance, sendo identificados durante auditorias internas de rotina.
O executivo ainda não se manifestou sobre o caso.

Economia

Itaú nega rumores sobre corrupção na área de publicidade

247 – Eduardo Tracanella, diretor de marketing do Itaú Unibanco por 27 anos, foi demitido por uso indevido do cartão corporativo, conforme <a href="https://valor.globo.com/empresas/marketing/noticia/2024/12/02/executivo-de-marketing-do-ita-foi-demitido-apurou-o-valor.ghtml">apurou o Valor Econômico</a>. O banco confirmou a saída em nota oficial na última segunda-feira (2), mas não detalhou as razões específicas. "O Itaú Unibanco confirma que Eduardo Tracanella não faz mais parte do quadro de diretores da organização. O banco agradece sua dedicação ao longo de tantos anos e sua contribuição na construção de uma das marcas mais admiradas do país", declarou a instituição.
A decisão foi comunicada internamente por Sérgio Fajerman, diretor executivo de Recursos Humanos, em uma reunião com a equipe de marketing. Segundo o Valor Econômico, Fajerman destacou que a regra sobre o uso do cartão corporativo deve ser aplicada igualmente a todos. "Se fosse qualquer outra pessoa, a mesma medida seria tomada", teria afirmado.
A saída de Tracanella pegou de surpresa muitos dos superintendentes, que teriam sido informados pela imprensa. A ausência do executivo nas últimas edições do "Live entre Líderes", um encontro mensal entre o presidente Milton Maluhy e os funcionários, já havia gerado estranhamento. Tradicionalmente, Tracanella era o mediador do evento.
No LinkedIn, Tracanella anunciou sua saída destacando o legado deixado na marca. "Digo adeus depois de liderar, por mais de duas décadas, o marketing da marca mais valiosa do Brasil e, como ato final, liderar a histórica celebração de 100 anos e o lançamento da nova marca dessa empresa singular e feita de futuro", escreveu. Ele ainda mencionou a importância de dedicar mais tempo à família após um ano intenso de celebrações pelo centenário do banco.
Ao ser questionado pelo Valor Econômico sobre o motivo de sua saída, Tracanella limitou-se a afirmar: "O motivo de minha saída é o que eu e o banco divulgamos. Não tenho como opinar em cima de especulações como essa."

Itaú demite diretor de marketing por uso indevido do cartão corporativo

247 - A Comissão de Cidadania e Justiça do Senado (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (7) um projeto que obriga o Poder Público a divulgar a íntegra de gastos e notas fiscais de cartões corporativos do Executivo, Legislativo e Judiciário, <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/08/07/ccj-do-senado-aprova-projeto-que-obriga-governos-a-divulgar-despesas-pagas-com-cartoes-corporativos.ghtml">informa o G1</a>. O texto estabelece que os dados referentes aos cartões de servidores sejam divulgados em locais de fácil acesso. Com a aprovação em definitivo, a iniciativa segue para a Câmara dos Deputados se não houver recurso para levar o tema ao plenário principal do Senado.
A obrigação será incluída na Lei de Acesso à Informação (LAI) e estará sujeita aos critérios e penalizações já existentes. Segundo o projeto, os órgãos deverão publicar as descrições integrais de valores sacados por servidores, faturas dos cartões corporativos e notas fiscais e demonstrativos de prestação e aprovação das contas. A proposta estabelece também que despesas de caráter pessoal não poderão ser classificadas como sigilosas.
Atualmente, o Portal da Transparência já reúne despesas individualizadas de cartões corporativos da União. No entanto, cerca de 60% dos valores são classificados como sigilosos. No governo federal, quase 3,3 mil servidores têm cartão corporativo. As despesas já somam R$ 33,6 milhões em 2024, de acordo com o Portal da Transparência.

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