<p><b>247 - </b>Durante entrevista ao programa <i>Giro das Onze</i>, transmitido pela TV 247, o deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ) afirmou que a atuação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao apoiar Jair Bolsonaro, teve um efeito inesperado: fortalecer a bandeira da soberania nacional entre os setores progressistas e, assim, contribuir para a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.</p>
<p>“O Trump e o Dudu Bananão já fizeram um grande serviço para a esquerda e para o Brasil. A bandeira da soberania nacional voltou para onde ela nunca deveria ter saído, que é dos verdadeiros progressistas, democratas, constitucionalistas”, declarou Minc.</p>
<p>Segundo ele, o movimento bolsonarista, com apoio internacional, representou um ataque direto à soberania do país, o que acabou provocando uma reação no campo democrático que reforçou o discurso do campo progressista. “Hoje é o chapeuzinho: o Brasil é dos brasileiros. A defesa da soberania é muito além da esquerda”, afirmou.</p>
<p>“Eu acho que o Trump inclusive ajudou na reeleição do Lula”, acrescentou Minc.</p>
<p>O ex-ministro do Meio Ambiente do governo Lula também buscou diferenciar o conceito de soberania do nacionalismo excludente. Para ele, a soberania está ligada a uma nação democrática, que respeita outras nações e se impõe com firmeza dentro de um regime institucional.</p>
<p>“O conceito da soberania é distinto do conceito do nacionalismo. O conceito da soberania é uma nação democrática, independente, que respeita outras nações e se faz respeitar dentro de um regime onde todos participam e as instituições são fortes e harmônicas. Essa bandeira voltou pro nosso colo”, avaliou.</p>
<p>Minc afirmou que a presença de Trump no tabuleiro político brasileiro, ainda que indiretamente, evidenciou o caráter entreguista do bolsonarismo. Segundo ele, parte da elite econômica e da imprensa tradicional também reconheceu esse traço do ex-presidente brasileiro:</p>
<p>“Eles são os entreguistas. São os falsos patriotas, por razões individuais e megalômanas, conspiraram contra a economia brasileira. Isso até a burguesia de São Paulo, o Estadão, vários acabaram reconhecendo”, declarou.</p>
<p>A fala de Minc ocorre num contexto em que setores bolsonaristas buscam apoio no exterior, com Eduardo Bolsonaro frequentemente associado a articulações com figuras da extrema direita internacional, incluindo Trump. O deputado estadual vê nessas movimentações um alerta, mas também uma oportunidade de retomar pautas históricas da esquerda, como soberania, combate à corrupção e segurança pública, bandeiras que, segundo ele, foram temporariamente apropriadas pela direita.</p>
<p>“A gente passou de uma situação de defensiva para uma situação de ofensiva. A gente tem que sempre manter a ideia dos democratas. Eu acho que é um bom momento de trazer os democratas de volta para questões essenciais”, concluiu.</p>
<p>Assista:&nbsp;</p>
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Dafne Ashton

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Entrevistas

Minc: “Trump ajudou na reeleição do Lula”

<p><b>247 - </b>O deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ), autor da primeira lei do Brasil que autorizou o uso da cannabis medicinal, se posiciona a favor do incentivo ao cultivo de maconha para esse fim, apontando o grande potencial agrícola do país e o crescimento do mercado. Para Minc, o Brasil poderia gerar mais empregos e renda, mas o “obscurantismo” ainda trava a produção nacional.</p>
<p>"Com imenso potencial agrícola e tecnologia de cultivo via associações, deixamos de gerar emprego e renda pelo obscurantismo que trava a produção nacional", afirmou Minc, que foi ministro do Meio Ambiente no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com a coluna <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2025/05/mercado-da-maconha-medicinal-esta-em-alta-e-brasil-deveria-investir-no-cultivo-diz-deputado.shtml">Painel</a>, da Folha de S. Paulo.&nbsp;</p>
<p>Em 2024, o número de pacientes brasileiros que utilizam a cannabis medicinal cresceu substancialmente, alcançando 672 mil, o que representa um aumento de 56% em comparação ao ano anterior. O setor, que movimentou R$ 852 milhões no ano passado, tem mostrado sinais claros de expansão.</p>
<p>Atualmente, 46,5% dos pacientes brasileiros importam seus medicamentos, enquanto 31,6% os adquirem em farmácias e 21,9% os acessam por meio de associações.</p>

Paulo Emilio

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Política de Drogas

Carlos Minc defende estímulos ao plantio de cannabis medicinal no Brasil: 'imenso potencial'

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Minc: “Trump ajudou na reeleição do Lula”

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