247 - O campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu neste fim de semana um novo recorde ao superar a produção diária de 900 mil barris de petróleo. A informação foi divulgada pela Agência Petrobras. O marco consolida Búzios como um dos mais promissores ativos de exploração do país e aproxima sua produção da do campo de Tupi, atualmente o maior produtor nacional, também situado na Bacia de Santos.
Descoberto em 2010 e em operação desde 2018, Búzios reúne os poços mais produtivos do Brasil, localizados a mais de 2 mil metros de profundidade no leito marinho. A espessura de seu reservatório equivale à altura do Pão de Açúcar, enquanto sua extensão supera em mais do que o dobro a área da Baía de Guanabara.
Atualmente, seis unidades produtoras estão em operação no campo: as plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77, além dos navios-plataforma (FPSOs) Almirante Barroso e Almirante Tamandaré. A expectativa é de que a chegada da unidade P-78, já em rota para o Brasil, amplie ainda mais a capacidade de produção.
<h2>Estratégia e eficiência da Petrobras</h2>
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que o resultado é fruto de uma estratégia de expansão planejada e da intensificação de novos poços em operação.
“No primeiro semestre deste ano colocamos mais poços em produção do que em todo o ano passado, dentre eles poços de Búzios com resultados expressivos que nos permitiram atingir mais um recorde, superando a marca de 900 mil barris por dia. Cada recorde alcançado reforça o acerto das estratégias adotadas pela empresa. Nosso pessoal tem trabalhado duro para aumentar a produção e ao mesmo tempo reduzir custos”, afirmou Chambriard.
Ela ressaltou ainda o compromisso da estatal com a sustentabilidade. “Estamos fazendo tudo isso sem esquecer as reduções de emissões e nosso compromisso com uma transição energética justa”.
<h2>O peso estratégico de Búzios</h2>
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, também ressaltou a relevância do campo. “A magnitude do campo de Búzios, um gigante cuja extensão corresponde a duas vezes a área da Baía de Guanabara, nos permitiu superar esse excepcional patamar de produção, com a entrada do quinto poço do FPSO Almirante Tamandaré. Em breve, uma nova unidade, a P-78, iniciará a produção nesse campo”.Búzios é operado pela Petrobras em parceria com as empresas chinesas CNOOC e CNPC, além da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), que representa a União nos contratos de partilha.

Otávio Rosso

P-66 instalada na Bacia de Santos

REUTERS/Pilar Olivares

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Economia

Campo de Búzios atinge marca histórica de 900 mil barris por dia

247 - O navio-plataforma P-78, da Petrobras, zarpou no domingo (13) do estaleiro Benoi, em Singapura, com destino ao campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A informação foi divulgada pela própria estatal em seu portal oficial. O transporte da unidade com tripulação a bordo permitirá a antecipação do início da operação em cerca de duas semanas, segundo a empresa.
O modelo de deslocamento, chamado de “rebocada tripulada”, permite que sistemas complexos da plataforma permaneçam ativos durante a viagem, o que viabiliza a continuidade do comissionamento, treinamentos operacionais e redução do tempo necessário para início efetivo da produção após a chegada ao destino final.
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, celebrou o cumprimento do cronograma. “É muito importante cumprir o cronograma que estava previsto para a conclusão da plataforma com sucesso, isso reforça a nossa capacidade em conduzir os nossos projetos e gerenciá-los de maneira mais integral, observando sempre os aspectos de segurança e eficiência”, destacou a executiva.
Já Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, declarou: “conduzir grandes projetos de FPSOs, como a P-78, é um orgulho para a Petrobras que, junto com os seus parceiros, alcança a meta de instalar a sétima plataforma no Campo de Búzios. Em breve a P-78 se juntará às demais unidades produtoras, incrementando ainda mais a produção”.
Nova plataforma reforça produção no maior campo em águas ultraprofundas do mundo - Com capacidade para produzir até 180 mil barris de petróleo por dia e comprimir 7,2 milhões de metros cúbicos de gás, o FPSO P-78 deve entrar em operação em dezembro de 2025. Quando em plena atividade, sua contribuição elevará em 18% a produção atual do campo de Búzios, que passará para cerca de 1,15 milhão de barris diários.
O campo de Búzios, localizado a aproximadamente 180 km da costa do estado do Rio de Janeiro, é explorado em águas ultraprofundas, com até 2,1 mil metros de profundidade. A nova unidade será a sétima a operar na região, que já conta com as plataformas P-74, P-75, P-76, P-77, Almirante Barroso e Almirante Tamandaré.
O projeto da P-78 inclui 13 poços interligados, sendo seis produtores (dois deles reversíveis para injetores), seis injetores WAG (injeção alternada de água e gás) e um injetor de gás. A interligação será feita por meio de dutos rígidos e flexíveis destinados à produção, injeção, exportação e linhas de gás lift e serviços.
Construção internacional com participação brasileira - A construção do casco da P-78 foi realizada em estaleiros nas cidades de Yantai e Hayang, na China, e em Ulsan, na Coreia do Sul, onde também ocorreu a integração dos blocos estruturais. Posteriormente, o casco foi transportado para Singapura, onde a empresa Seatrium concluiu a montagem e o comissionamento dos módulos superiores (“topside”). Parte desses módulos foi construída no Brasil, no estaleiro Seatrium Angra dos Reis (antigo Brasfels).
A Petrobras destaca que o envio da plataforma à locação definitiva marca um avanço logístico e operacional em seus megaprojetos no pré-sal, com reflexos positivos na eficiência e no aproveitamento de recursos técnicos e humanos ao longo de toda a cadeia.

Guilherme Levorato

Sudeste

Navio-plataforma P-78 parte de Singapura para o campo de Búzios e deve antecipar produção de petróleo no pré-sal

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Campo de Búzios atinge marca histórica de 900 mil barris por dia

Navio-plataforma P-78 parte de Singapura para o campo de Búzios e deve antecipar produção de petróleo no pré-sal

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Revista Brasil 247

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