247 - Durante entrevista concedida ao programa “Bom Dia, Ministro”, em edição especial do projeto Caminho das Águas, o titular da pasta da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), detalhou as ações do governo federal para garantir segurança hídrica no Nordeste. A conversa foi realizada nesta quinta-feira (5) com jornalistas de rádios e portais dos estados nordestinos e transmitida ao vivo pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela produção do programa junto à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).
Ao longo da entrevista, Waldez destacou o avanço da Transposição do Rio São Francisco e o conjunto de obras que compõem o Caminho das Águas, que inclui adutoras, ramais e reservatórios nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte. Essas iniciativas integram o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e somam mais de 70 empreendimentos em curso.
<blockquote>“O objetivo é garantir segurança hídrica, água para todos, em todo o Nordeste brasileiro, prioritariamente, no Semiárido”, afirmou o ministro. Segundo ele, “todos sabemos a história do Semiárido nordestino, quanto sofrimento, o quanto de morte aconteceu, o quanto de êxodo rural. O Nordeste brasileiro tem dois momentos de história muito bem definidos: um antes da transposição, portanto, antes do presidente Lula, e outro depois do presidente Lula”.</blockquote>
De acordo com o ministro, o eixo Água para Todos, criado dentro do Novo PAC, impulsionou a execução de obras estruturantes para assegurar o abastecimento não apenas para consumo humano, mas também para usos múltiplos, como irrigação, turismo e atividades industriais.
<blockquote>“Foi apertado o acelerador para uma série de dezenas de outros empreendimentos. Esse acelerador está realmente bem firme porque foi destinado para as obras de infraestrutura hídrica, R$ 12 bilhões pelo presidente Lula a partir de 2023”, declarou.</blockquote>
O pacote de obras anunciado pelo governo inclui cerca de 72 intervenções, entre construção de novas estruturas e recuperação de sistemas existentes. O ministro enfatizou o impacto direto dessas ações: “a água vai chegar a mais de 12 milhões de pessoas”.
Um dos destaques apontados por Waldez Góes é o avanço de projetos complementares em estados como o Ceará, onde estão sendo implantados o Cinturão das Águas, a duplicação do Eixão das Águas e o Ramal do Salgado. “Apenas para citar um exemplo, mas Paraíba não é diferente, Rio Grande do Norte não é diferente, e também Pernambuco”, frisou.
O ministro reforçou que a Transposição do São Francisco já foi concluída e que o foco atual do governo está nas obras complementares, previstas no Novo PAC, com um total de R$ 30 bilhões em investimentos para a área de integração e desenvolvimento regional, sendo R$ 12 bilhões especificamente destinados à infraestrutura hídrica.
Outro marco recente foi a assinatura da ordem de serviço, no valor de R$ 491,3 milhões, para duplicar a capacidade de bombeamento no Eixo Norte do projeto de integração. A cerimônia foi realizada em Salgueiro (PE) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
<blockquote>"Isso vai dobrar a quantidade de água a ser fornecida para o Semiárido. Daqui a mais uns anos, vai se implantar mais outro conjunto de bombas”, explicou Waldez, que também adiantou que o governo dedica esforços à revitalização do Rio São Francisco: “se nós vamos disponibilizar mais água para o Semiárido nordestino, a gente precisa cuidar da fonte”.</blockquote>

Guilherme Levorato

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Nordeste

Waldez Góes sobre o Caminho das Águas: "antes de Lula, o Nordeste tinha outra história"

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quarta-feira (28) a importância da proximidade entre o sistema político e a população. Na Paraíba, onde inaugurou obra de infraestrutura hídrica avaliada em R$ 1,45 bilhão, ele comentou sobre as dificuldades do povo brasileiro quando Jair Bolsonaro (PL) estava na presidência da República. O Trecho I do Ramal do Apodi, em Cachoeira dos Índios (PB), está 74,83% concluído e tem previsão de entrega para outubro de 2026. Quando finalizado, o ramal atenderá cerca de 750 mil pessoas em 54 municípios paraibanos e do Rio Grande do Norte.
“Nunca mais esse país vai ter um presidente negacionista que brigou com a Covid, que mentia descaradamente e vivia no celular mentindo. Esse país tem que ter o presidente que bote o pé no chão e cuide da decência e dignidade do povo brasileiro, e é isso que vamos fazer. Nunca mais podemos votar numa tranqueira para voltar a acontecer o que aconteceu no passado", disse Lula.
O presidente foi ao estado nordestino para a inauguração do Trecho I do Ramal do Apodi, na comunidade de Redondo, município de Cachoeira dos Índios. Com 115,5 km de extensão, a estrutura liga a Barragem Caiçara (PB) à Barragem Angicos (RN), com vazão projetada de 40 m³/s.&nbsp;
Além da Paraíba, Lula visitou Salgueiro (PE), cidade que faz fronteira com o Ceará. O presidente participou da assinatura da ordem de serviço, no valor de R$ 491,3 milhões, para duplicar a capacidade de bombeamento de água em todo o Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco ( PISF), nas estações de bombeamento intermunicipais EBI1, em Cabrobó (PE), EBI2 em Terra Nova (PE) e EBI3, no município pernambucano.&nbsp;
A obra amplia a capacidade de 24,75 m³/s para 49 m³/s, beneficia 237 cidades e cerca de 8,1 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.&nbsp;
‘Caminho das Águas’ e a Transposição do São Francisco
As visitas marcam o encerramento da jornada Caminho das Águas, iniciativa do Governo Federal que reúne mais de 70 projetos de infraestrutura hídrica no âmbito do Novo PAC.
A transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil e da América Latina. Foi idealizada e iniciada no governo do presidente Lula, com a meta de beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios e 294 comunidades rurais.&nbsp;
O projeto foi oficialmente lançado em junho de 2007, após décadas de debates sobre a necessidade de levar as águas do "Velho Chico" para regiões historicamente castigadas pela escassez de água. Foram iniciadas as principais frentes de trabalho nos dois grandes eixos — Norte e Leste —, consolidando sua autoria e compromisso com o desenvolvimento social e econômico do semiárido nordestino.
Além desses grandes canais da transposição do Rio São Francisco, outros projetos de segurança hídrica – como adutoras, ramais, reservatórios – estão espalhados pelos sertões da Bahia, Alagoas, Piauí e Maranhão, formando o Caminho das Águas.&nbsp;
Somando estudos e projetos em andamento, são mais de 70 ações inscritas no Novo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento. Todo o Caminho das Águas estará em inspeção nos meses de maio e junho, por uma comitiva liderada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
O PAC
O programa foi relançado em 2023, e tem previsão de R$ 1,7 trilhão de investimento em todos os estados do Brasil. Os recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somam R$ 371 bilhões; o das empresas estatais, R$ 343 bilhões; financiamentos, R$ 362 bilhões; e setor privado, R$ 612 bilhões.
O Novo PAC foi organizado em Medidas Institucionais e em nove Eixos de Investimento. As medidas institucionais são um conjunto articulado de atos normativos de gestão e de planejamento que contribuem para a expansão sustentada de investimentos públicos e privados no Brasil. São cinco grandes grupos:
<ol>
 <li>Aperfeiçoamento do Ambiente Regulatório e do Licenciamento Ambiental;</li>
 <li>Expansão do Crédito e Incentivos Econômicos;</li>
 <li>Aprimoramento dos Mecanismos de Concessão e PPPs;</li>
 <li>Alinhamento ao Plano de Transição Ecológica;</li>
 <li>Planejamento, Gestão e Compras Públicas.</li>
</ol>

Leonardo Lucena

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