247 - A Câmara Municipal de Niterói aprovou, na última quinta-feira (21), uma moção de repúdio contra o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ), que também ocupa a presidência estadual do Partido Liberal. A decisão foi tomada após declarações do parlamentar contra o prefeito Rodrigo Neves (PDT), acusando-o de ser “inimigo de São Gonçalo”, em meio à disputa judicial sobre os royalties do petróleo.&nbsp;
16 dos 21 vereadores assinaram o documento, apresentado logo na abertura da sessão. Os parlamentares governistas sustentam que Côrtes teria distorcido informações relacionadas à partilha dos recursos do petróleo, litígio em andamento no Judiciário. Em poucos minutos, o plenário aprovou a moção, que condena a postura do deputado.&nbsp;
O texto afirma: “Espera-se de um membro do Congresso Nacional a defesa da união, do respeito e da harmonia entre os cidadãos, jamais a propagação de discursos que possam estimular rivalidades e desentendimentos infundados. Diante disso, esta Câmara Municipal não poderia se omitir. Niterói não aceitará ataques que afrontem a relação histórica e fraterna entre Niterói e São Gonçalo”.
<h3>Defesa da cooperação regional</h3>
A base de apoio do prefeito Rodrigo Neves argumenta que as falas de Altineu Côrtes desconsideram os esforços da gestão para buscar soluções conjuntas entre os municípios da região. Um dos projetos defendidos pela prefeitura é a criação de um Fundo Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável, voltado a investimentos compartilhados em áreas essenciais como saúde, educação, transporte e segurança pública.
Na Câmara dos Deputados já tramita uma proposta de autoria do deputado Dimas Gadelha (PT-RJ), de São Gonçalo, que cria um fundo regional para cidades vizinhas às áreas produtoras de petróleo. A prefeitura de Niterói declarou estar disposta a participar, desde que a medida seja respaldada por lei federal que assegure legalidade e transparência na aplicação dos recursos. O projeto prevê ainda a instalação de um comitê gestor composto por representantes do Executivo e do Legislativo das cidades participantes

Luis Mauro Filho

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Brasil

Câmara de Niterói aprova moção de repúdio contra Altineu Côrtes após ataque a prefeito Rodrigo Neves

247 - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (20) uma operação para combater esquemas de corrupção eleitoral ocorridos durante as eleições municipais de 2024 nas cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, no estado do Rio de Janeiro. Ao todo, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos por agentes federais em endereços ligados aos investigados, incluindo residências e as Câmaras de Vereadores dos dois municípios. As ordens judiciais foram emitidas pela Justiça Eleitoral com base em indícios colhidos desde o primeiro turno do pleito.
Ao todo, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos por agentes federais em endereços ligados aos investigados, incluindo residências e as Câmaras de Vereadores dos dois municípios. As ordens judiciais foram emitidas pela Justiça Eleitoral com base em indícios colhidos desde o primeiro turno do pleito.
Em Cabo Frio, o inquérito teve início no próprio dia do primeiro turno, quando cabos eleitorais de um candidato a vereador — que acabou eleito — foram levados à delegacia da PF sob suspeita de compra de votos. Com eles, os policiais apreenderam santinhos e uma quantia em dinheiro trocada em cédulas de R$ 100.
As investigações revelaram conversas que evidenciam a troca de favores por votos, especialmente envolvendo o agendamento de consultas médicas em um hospital municipal. Segundo a PF, um enfermeiro da unidade estaria intermediando os agendamentos como forma de garantir apoio eleitoral ao candidato.
Em São Pedro da Aldeia, outro caso foi registrado também no primeiro turno. Um eleitor foi flagrado gravando seu próprio voto na urna eletrônica, ato proibido pela legislação. De acordo com a investigação, a gravação foi solicitada por um cabo eleitoral de um candidato a vereador — igualmente eleito — como forma de comprovação do voto prometido em troca de R$ 100.
As mensagens interceptadas pela PF detalham todo o acerto, desde a exigência da gravação até a promessa de pagamento a ser efetuado no comitê de campanha do candidato, localizado no bairro Mossoró.
A Polícia Federal informou que os envolvidos poderão ser responsabilizados por corrupção eleitoral e outros crimes que eventualmente sejam identificados durante o curso das investigações.&nbsp;

Paulo Emilio

Sudeste

PF investiga compra de votos com consultas médicas em cidades do Rio

247 - O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL), de Balneário Camboriú (SC), causou polêmica ao afirmar que o período da ditadura militar (1964-1985) foi a "melhor época do Brasil" para a maioria das pessoas mais velhas. A declaração, segundo a coluna da jornalista <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/05/jair-renan-diz-que-ditadura-foi-melhor-epoca-para-a-maioria-das-pessoas-mais-velhas.shtml">Mônica Bergamo</a>, da Folha de S. Paulo, foi feita durante uma sessão plenária na Câmara Municipal, na quarta-feira (14), enquanto os vereadores discutiam a criação do Dia Municipal da Democracia, proposta pelo vereador Eduardo Zanatta (PT).
A data, 3 de março, foi sugerida como o Dia Municipal da Democracia em homenagem ao primeiro prefeito da cidade, Higino João Pio, que foi assassinado durante a ditadura militar. No entanto, Jair Renan se opôs à escolha dessa data, destacando que, em sua visão, homenagens costumam ocorrer no aniversário ou em datas que marcam feitos significativos.&nbsp;
"É a primeira vez que vejo uma homenagem no dia da morte de uma pessoa. Geralmente, é no dia do aniversário, ou no dia em que ela fez algo importante", disse Jair Renan. "Que golpe foi esse em 64? O povo saiu às ruas pedindo que os militares assumissem o poder com medo do comunismo entrar no Brasil”, afirmou ainda o parlamentar, de acordo com a reportagem.
Além disso, o vereador fez críticas à proposta do colega do PT, dizendo que "tudo que vem do PT é de cunho ideológico", e destacou que muitos vereadores mais velhos, que viveram o regime militar, compartilham de sua opinião. "A maioria dos mais velhos, se você perguntar, [diz que a ditadura] foi a melhor época do Brasil", afirmou.

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Jair Renan, filho "04" de Bolsonaro, defende ditadura militar como 'melhor época do Brasil'

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