247 - O departamento eleitoral central da Romênia vetou, neste domingo (9), a candidatura do ultranacionalista e pró-Rússia Calin Georgescu à reedição da eleição presidencial prevista para maio. A decisão foi recebida com críticas por líderes da extrema direita, que classificaram a medida como "antidemocrática".
Georgescu, conhecido por suas posições alinhadas ao Kremlin, teve sua candidatura rejeitada por razões ainda não detalhadas oficialmente pelo órgão eleitoral, informa a Reuters. O bloqueio, no entanto, ainda pode ser questionado no Tribunal Constitucional, abrindo espaço para um possível embate judicial.
O impedimento de sua participação no pleito ocorre em meio a um cenário político tenso na Romênia, onde o crescimento de movimentos extremistas e o alinhamento de setores políticos com Moscou geram preocupações dentro e fora do país. Representantes de partidos de extrema direita condenaram a decisão e indicaram que buscarão reverter a medida.
A disputa eleitoral na Romênia tem atraído atenção internacional, especialmente diante das tensões geopolíticas envolvendo a Rússia e a União Europeia. O desfecho do caso de Georgescu pode ter impactos no cenário político interno e na relação do país com o bloco europeu.

Camila França

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Mundo

Autoridade eleitoral romena impede candidato pró-Rússia de concorrer à presidência

247 – O político de direita Calin Georgescu, que surpreendeu ao vencer o primeiro turno da eleição presidencial da Romênia no ano passado, foi detido pela polícia e está sendo investigado por uma série de acusações criminais, incluindo tentativa de "incitação a ações contra a ordem constitucional". A informação é da <a href="https://www.bbc.com/news/articles/c70eky7l6pxo">BBC</a>.
Georgescu, considerado pró-Rússia, foi abordado em Bucareste enquanto se dirigia para registrar sua candidatura às novas eleições em maio, após o tribunal constitucional anular o segundo turno de dezembro passado. Entre as acusações, promotores mencionam o fornecimento de "informações e declarações falsas" e a criação de uma organização de caráter fascista, racista ou xenófoba.
As acusações podem comprometer a participação de Georgescu na eleição presidencial, marcada para os dias 4 e 18 de maio. Ele foi colocado sob controle judicial e proibido de deixar o país.
O processo contra Georgescu ocorre em meio a um cenário político conturbado. A eleição presidencial original foi cancelada após a divulgação de documentos de inteligência que apontavam a ativação de centenas de contas no TikTok em apoio ao candidato.
O então presidente Klaus Iohannis, que inicialmente decidiu permanecer no cargo até a eleição de um sucessor, renunciou no início deste mês antes de enfrentar um processo de impeachment.

Bianca Penteado

Candidato presidencial da Romênia, Georgescu é detido e indiciado

247 - O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (10), declarando que deixará o cargo nesta quarta (12), enquanto o país atravessa uma crise política pós-eleitoral.&nbsp;
"Para poupar a Romênia e os cidadãos romenos desta crise... estou renunciando ao cargo de presidente da Romênia", afirmou Iohannis em uma coletiva de imprensa no Palácio Cotroceni. "Deixarei o cargo depois de amanhã, em 12 de fevereiro", acrescentou.
A decisão veio enquanto o parlamento do país se preparava para se reunir nesta terça-feira (11) para discutir uma moção de suspensão do presidente. Os opositores têm pressionado para suspendê-lo devido à sua decisão de permanecer no cargo até uma nova eleição presidencial, programada para maio.
A crise política no país do Leste Europeu foi desencadeada após as eleições presidenciais de novembro de 2024, na qual o candidato independente Calin Georgescu, considerado pró-Rússia, liderou o primeiro turno com 22,94% dos votos, impulsionado por uma campanha ativa no TikTok. Elena Lasconi, que defende o fortalecimento da parceria com a Otan e os Estados Unidos, ficou em segundo lugar com 19,18%.
No entanto, em 6 de dezembro, o Tribunal Constitucional anulou os resultados da eleição, alegando violações graves confirmadas por documentos desclassificados do Conselho Supremo de Segurança. Diante disso, o governo decidiu realizar novas eleições, com o primeiro turno marcado para 4 de maio, e o país foi tomado por manifestações de apoiadores de ambos os candidatos.&nbsp;
As manifestações também passaram a ter como alvo Iohannis, devido ao seu papel na anulação da eleição e sua relutância em liderar o país de forma decisiva. (Com informações da Sputnik).&nbsp;

Leonardo Sobreira

Presidente da Romênia renuncia em meio à crise política pós-eleitoral

247 - Dezenas de milhares de manifestantes marcharam pela capital da Romênia, Bucareste, no domingo (12) para protestar contra a decisão do Tribunal Constitucional, no mês passado, de anular a eleição presidencial.
Eles exigiram a realização da votação e a renúncia imediata do presidente cessante, Klaus Iohannis, informou a agência Deutsche Welle.
"Exigimos o retorno à democracia por meio da retomada das eleições, começando pelo segundo turno", declarou George Simion, da Aliança pela Unidade dos Romenos.&nbsp;
A coalizão no poder na Romênia anunciou no dia 8 de janeiro que a eleição presidencial será realizada em 4 de maio, com o segundo turno previsto para 18 de maio, se necessário. Nesta semana, o governo emitirá um decreto com o calendário eleitoral.
A Romênia realizou uma eleição presidencial em novembro de 2024. No primeiro turno, o candidato independente Calin Georgescu venceu com 22,94% dos votos. A líder do partido União Salve a Romênia, Elena Lasconi, que defende a parceria com os países ocidentais, ficou em segundo lugar com 19,18%. O segundo turno da eleição estava programado para 8 de dezembro.&nbsp;
No entanto, em 6 de dezembro, o Tribunal Constitucional decidiu anular os resultados do primeiro turno, abrindo caminho para uma nova eleição. O tribunal citou informações desclassificadas, alegando uma interferência "híbrida" da Rússia, que negou envolvimento e classificou as acusações como "ridículas". Um novo gabinete pró-Ocidente e liderado pelo primeiro-ministro, Marcel Ciolacu, do Partido Social Democrata, foi empossado em 23 de dezembro.
Tanto Georgescu quanto Lasconi criticaram a decisão.&nbsp;

Manifestantes agitam bandeiras nacionais romenas durante uma manifestação em Bucareste, Romênia, 12 de janeiro de 2025

Multidão protesta na Romênia em defesa dos resultados eleitorais

(Reuters) – Os partidos pró-europeus da Romênia firmaram na noite de terça-feira um compromisso para formar uma maioria governante que isole a extrema direita e potencialmente endosse um único candidato para a repetição da eleição presidencial anulada do país.
Os governistas social-democratas de esquerda conquistaram o maior número de assentos na eleição parlamentar de 1º de dezembro, que também viu três grupos ultranacionalistas e de extrema direita, alguns com simpatias abertamente pró-Rússia, obterem mais de um terço das cadeiras.
A votação parlamentar ocorreu entre os dois turnos da eleição presidencial, que teve como surpresa o surgimento do crítico da OTAN e candidato de extrema direita Calin Georgescu como favorito inesperado.
Isso gerou acusações de interferência russa antes de a principal corte do país anular a eleição presidencial na sexta-feira, determinando que todo o processo seja repetido.
O novo governo, em um país membro da União Europeia e da OTAN, precisará definir um novo calendário para a eleição presidencial, provavelmente no início de 2025.
O presidente em fim de mandato, Klaus Iohannis, que permanecerá no cargo até a posse de um novo presidente, indicará um primeiro-ministro. O mandato legislativo atual termina em 21 de dezembro.
Na segunda-feira, os Social-Democratas, seus parceiros de coalizão de centro-direita, os Liberais, o partido de oposição centrista União Salve a Romênia e o partido da minoria húngara concordaram em formar rapidamente um governo pró-europeu.
"Nos próximos dias, os quatro partidos e representantes de minorias nacionais trabalharão em um programa de governo comum baseado no desenvolvimento e em reformas que considerem as prioridades dos cidadãos romenos", afirmou um comunicado conjunto.
Analistas esperam que os quatro partidos, que frequentemente divergem em questões políticas, enfrentem dificuldades para concordar com medidas necessárias para reduzir o maior déficit orçamentário da UE, equivalente a 8% do PIB.
Analistas, agências de classificação de risco e a União Europeia apontam que aumentos de impostos são necessários, o que deve enfraquecer ainda mais o apoio popular aos partidos.
Os partidos também declararam que consideram apoiar um único candidato pró-europeu na eleição presidencial, para aumentar suas chances contra a onda de apoio aos ultranacionalistas.
Ainda não está claro se Georgescu poderá concorrer novamente, já que sua campanha está sob investigação de promotores.

Pessoas participam de um comício pró-europeu antes do segundo turno das eleições presidenciais em Bucareste, Romênia, em 5 de dezembro de 2024

Partidos pró-UE da Romênia concordam em formar ampla coalizão para barrar candidato pró-Rússia

247 - O candidato independente e pró-Rússia à presidência da Romênia, Calin Georgescu, criticou duramente o principal tribunal da Romênia após a decisão de sexta-feira (6) de anular os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais e cancelar o segundo turno, previsto para domingo (8), citando interferência russa, informou o site <a href="https://www.euronews.com/my-europe/2024/12/07/georgescu-slams-romanias-top-court-after-annulment-of-presidential-first-round">EuroNews</a> neste sábado (7).&nbsp;
Em um vídeo gravado e transmitido pela emissora romena Realitatea TV, Georgescu acusou o Tribunal Constitucional (CCR) de subverter a democracia.
“Queridos amigos, estamos no período do jejum de Natal e hoje é Dia de São Nicolau. Neste dia, o Estado romeno tomou a democracia e a pisoteou. A decisão do CCR de hoje é mais do que uma controvérsia legal. É basicamente um golpe de Estado formalizado”, disse Georgescu, que venceu o primeiro turno da corrida presidencial em 24 de novembro.
Promotores romenos vasculharam várias propriedades neste sábado em uma investigação sobre suposto financiamento ilegal na eleição presidencial do país, um dia depois que o tribunal superior anulou a votação após acusações de interferência russa, informou a Reuters.&nbsp;
O tribunal decidiu na sexta-feira que a eleição deveria ser realizada novamente, mergulhando a Romênia, membro da União Europeia e da Otan, no caos institucional e aumentando a preocupação de que a confiança pública no Estado poderia ser corroída.&nbsp;
Os documentos oficiais dizem que o processo eleitoral foi prejudicado por manipulação de votos, irregularidades na campanha e financiamento não transparente.
A Rússia negou as acusações das autoridades romenas de interferência na eleição.

Candidato pró-Rússia na Romênia acusa Suprema Corte de promover golpe de Estado ao anular eleições

(Reuters) - O Tribunal Constitucional da Romênia validou nesta segunda-feira o resultado surpreendente do primeiro turno da eleição presidencial do país, preparando o terreno para o segundo turno em 8 de dezembro, cujos desdobramentos podem alterar sua orientação pró-ocidental e minar o apoio à Ucrânia.
A decisão elimina a incerteza que pairava sobre a nação desde que o tribunal exigiu uma recontagem de votos na semana passada, após a liderança de 24 de novembro do pouco conhecido candidato de extrema-direita Calin Georgescu levantar suspeitas de interferência externa no processo eleitoral de um país que tem sido um forte aliado da Ucrânia.
Georgescu agora enfrentará a candidata de centro-direita Elena Lasconi no segundo turno, em 8 de dezembro.
No domingo, a Romênia realizou uma eleição parlamentar, como Partido Social Democrata (PSD), de esquerda, à frente. Os partidos de extrema-direita conquistaram um terço das cadeiras no novo legislativo.
A formação do novo governo dependerá, em última instância, de quem vencer a corrida presidencial, já que o presidente designa um primeiro-ministro a partir de uma maioria parlamentar.

Protesto contra candidato romeno Calin Georgescu em Bucareste, 25/11/2024   

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Tribunal superior da Romênia confirma resultado do primeiro turno de eleição presidencial

247 - O principal tribunal da Romênia ordenou a recontagem dos votos no primeiro turno da eleição presidencial, disse o órgão nesta quinta-feira (28), em uma decisão que, segundo observadores, pode manchar a credibilidade das instituições estatais antes de mais duas votações, informou a Reuters.&nbsp;
O Tribunal Constitucional "ordenou por unanimidade a re-verificação e recontagem das cédulas de votação para a eleição presidencial de 24 de novembro", afirmou, em um comunicado.
O político independente anti-Otan Calin Georgescu, de 62 anos, alcançou uma vitória que levantou questões sobre como essa surpresa foi possível no país integrante das alianças ocidentais, diz a agência.
Georgescu, considerado de extrema-direita por críticos, já elogiou políticos fascistas romenos da década de 1930 como heróis e mártires nacionais, criticou a Otan e a posição da Romênia em relação à Ucrânia e disse que o país deveria se relacionar com a Rússia, não desafiá-la, segundo a Reuters.&nbsp;
Ele deverá enfrentar a candidata de centro Elena Lasconi em um segundo turno em 8 de dezembro. Enquanto isso, uma eleição parlamentar está marcada para domingo.

TV em restaurante em Bucareste mostra notícias sobre a eleição presidencial
25/11/2024

Tribunal Constitucional da Romênia ordena recontagem de votos da eleição vencida por candidato pró-Rússia

Serguei Monin, <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/11/25/eleicoes-da-romenia-surpreendem-com-lideranca-de-candidato-anti-otan-e-pro-russia">Brasil de Fato </a>| São Petersburgo (Rússia) - O primeiro turno das eleições da Romênia, no domingo (24) surpreendeu com a chegada do político de extrema direita, Calin Georgescu, ao segundo turno. Ele alcançou 22,95% dos votos contra a candidata Elena Lasconi, que teve 19,2% dos votos. Georgescu tem uma plataforma política de críticas à Otan e favorável à Rússia.
O resultado surpreende porque todas as pesquisas de intenção de voto apontavam o primeiro-ministro Marcel Ciolacu como favorito. Ele acabou ficando em terceiro lugar com 19,15%, apenas mil votos a menos que Lasconi. Já Georgescu era apontado pelas pesquisas como um provável terceiro lugar. 
Agora, Calin Georgescu e Elena Lasconi se enfrentam no segundo turno no dia 8 de dezembro. 
Com a campanha eleitoral muito focada nas redes sociais, com uma popularidade meteórica no TikTok, em particular, Calin Georgescu ficou marcado pelas suas críticas à ajuda financeira e militar à Ucrânia por parte dos EUA.
Nos últimos 10 anos, a Romênia esteve sob a liderança de Klaus Iohannis, político pró-Ocidente, marcado pela estreita cooperação entre Bucareste, a União Europeia e a Otan. Já Calin Georgescu aponta que a União Europeia e a Otan não representam os interesses da Romênia.
Em particular, o candidato criticou a implantação do sistema de defesa antimísseis da Aliança do Atlântico Norte na base militar romena na cidade de Deveselu, que chamou de "uma vergonha para a diplomacia" e "parte da política de confronto" com a Rússia.
Georgescu também comparou a adesão da Romênia à Otan como uma "terceirização" no domínio da segurança nacional e da defesa do país. O político afirmou que a Aliança do Atlântico Norte não protegeria nenhum dos seus membros em caso de ataque da Rússia.
Ao comentar os desdobramentos das eleições romenas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscou "não possui informações detalhadas" sobre a posição do político em relação à Rússia.

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