247 - O governo do presidente argentino, Javier Milei, ordenou a retirada do sigilo sobre todos os documentos oficiais em posse do Estado relacionados aos nazistas que se refugiaram na Argentina após a Segunda Guerra Mundial, confirmou o chefe de Gabinete, Guillermo Francos, em entrevista ao canal DNews.
Segundo o ministro, "não há nenhum motivo para manter essa informação sob sigilo", e o governo "tem toda a intenção de liberar toda a documentação que permita esclarecer totalmente os fatos ocorridos". Francos afirmou ainda que "há documentação que não foi tornada pública" sobre o tema, especialmente ligada a "operações bancárias e financeiras".
Nesse contexto, Francos explicou que Milei também determinou a liberação de todos os documentos que existam em qualquer órgão estatal, sendo que, neste caso, o material está sob responsabilidade do Ministério da Defesa.
De acordo com o chefe de Gabinete, a decisão foi tomada após um pedido feito por um senador norte-americano diretamente ao presidente Milei.
Anteriormente, o porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, já havia anunciado que o governo desclassificaria todos os arquivos relacionados à última ditadura militar argentina (1976–1983), atualmente sob a guarda da antiga Secretaria de Inteligência do Estado (SIDE).
Para Francos, essa é uma decisão "muito importante", pois os documentos “fazem parte da história argentina e precisam ser públicos”, estando disponíveis para consulta de qualquer cidadão. "São parte da nossa história, de uma década trágica, sangrenta, que compõe o capítulo mais sombrio da história da Argentina", afirmou. (Com informações do <a href="https://actualidad.rt.com/actualidad/544100-gobierno-milei-desclasificacion-documentos-nazis">RT</a>).&nbsp;

Leonardo Sobreira

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América Latina

Milei retira sigilo de documentos sobre nazistas refugiados na Argentina

247 - O banco suíço Credit Suisse ocultou de forma deliberada laços mais profundos com os nazistas do que se acreditava anteriormente, suprimindo informações sobre contas bancárias ligadas ao regime nazista e dificultando o progresso de investigações. A informação foi divulgada pelo <a href="https://www.wsj.com/finance/banking/nazi-ties-to-credit-suisse-ran-deeper-than-was-known-hidden-files-reveal-285ab620">Wall Street Journal</a> neste sábado (4).
Duas comissões independentes, realizadas na década de 1990, concluíram que banqueiros suíços frequentemente negligenciaram o roubo de ativos judaicos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e frustraram tentativas posteriores das vítimas da perseguição nazista e de seus parentes para recuperar seu dinheiro. Após as investigações nos anos 1990, o Credit Suisse e o UBS concordaram em pagar US$ 1,25 bilhão em compensação a sobreviventes do Holocausto e seus descendentes.
Em 2021, o ombudsman independente Neil Barofsky deu início a uma nova investigação sobre os vínculos do Credit Suisse com os nazistas. No entanto, foi afastado pela instituição sob a justificativa de que teria ultrapassado os limites impostos pela gestão do banco para o escopo da apuração. Posteriormente, Barofsky foi reintegrado e retomou seu trabalho, o que levou à descoberta inicial de documentos relacionados a dezenas de indivíduos e entidades vinculados às atrocidades nazistas na Segunda Guerra Mundial.&nbsp;
A investigação revelou que o Credit Suisse ocultou deliberadamente seu envolvimento, deixando de compartilhar informações completas sobre o que sabia, segundo o jornal. O inquérito mais recente ainda está em andamento, com os participantes estudando e digitalizando milhares de caixas contendo documentos dos arquivos do banco. (Com informações da Sputnik).&nbsp;

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