247 - Uma série de mensagens trocadas no celular do lobista Cliver Fiegenbaum foi o ponto de partida para a investigação que apura o suposto desvio de emendas parlamentares destinadas a um hospital no Rio Grande do Sul. As conversas, que envolvem um assessor parlamentar e sugerem o pagamento de vantagens indevidas, foram reveladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e deram origem à operação da Polícia Federal (PF) EmendasFest deflagrada nesta quinta-feira (13). O deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), citado nas mensagens como responsável pelo repasse das verbas, não foi alvo de buscas e ainda não se manifestou sobre o caso, destaca o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/02/13/mensagem-em-celular-de-lobista-deu-inicio-a-investigacao-da-pf-sobre-suposto-desvio-de-emendas-para-hospital-no-rs.ghtml">O Globo</a>.
De acordo com a PGR, as mensagens foram extraídas do celular de Fiegenbaum durante uma investigação anterior. Em um dos diálogos, o assessor parlamentar Lino Rogério, interlocutor do lobista, sugere o envio de emendas pelo deputado Afonso Motta em favor do Hospital Ana Nery, localizado no Rio Grande do Sul, em troca de vantagens financeiras. "A investigação teve início após a descoberta fortuita de conversas extraídas do celular do lobista Cliver Fiegenbaum, na qual um de seus interlocutores, o secretário parlamentar Lino Rogério, sugere o envio de emendas, pelo Deputado Federal Afonso Antunes da Motta, em favor daquela unidade hospitalar, mediante o pagamento de vantagem indevida", afirmou a PGR em trecho do parecer que embasou a decisão judicial.
A Procuradoria também destacou que "pesquisas em fontes abertas comprovaram o endereçamento das emendas ao Hospital Ana Nery". Além disso, foram coletados indícios de que a unidade de saúde realizou pagamentos a uma empresa ligada a Fiegenbaum, supostamente como contrapartida pela captação de recursos via emendas parlamentares.

Camila França

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Mensagens em celular de lobista motivaram investigação da PF sobre esquema de desvio de emendas parlamentares

247 - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13) a operação EmendaFest, que investiga o desvio de emendas parlamentares no Rio Grande do Sul. Entre os alvos de busca e apreensão está um assessor do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), destaca o <a href="https://www.metropoles.com/colunas/fabio-serapiao/assessor-de-afonso-motta-pdt-e-alvo-da-pf-por-desvios-em-emendas">Metrópoles</a>. As medidas foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal.
A investigação concentra-se nas emendas destinadas ao hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul. Conforme informações do Portal da Transparência, em 2023, Afonso Motta direcionou uma emenda de R$ 199 mil para a instituição, destinada à aquisição de equipamentos e materiais permanentes para a unidade de atenção especializada em saúde.
Nos últimos dez anos, o hospital Ana Nery recebeu aproximadamente R$ 3,6 milhões em emendas parlamentares, sendo cerca de R$ 2 milhões nos últimos cinco anos. 
A operação EmendaFest faz parte de uma série de investigações da Polícia Federal que visa combater fraudes em licitações e desvios de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares em diversos estados brasileiros. Em dezembro de 2024, por exemplo, a operação Overclean resultou na prisão de 15 suspeitos de desviar recursos de emendas e fraudar licitações em vários estados, incluindo a Bahia, São Paulo e Goiás.

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Assessor do deputado Afonso Motta é alvo da operação EmendaFest no Rio Grande do Sul

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