247 - A Universidade de Pequim (PKU) afirmou que cientistas chineses registraram novos avanços na tecnologia integrada fotônico-eletrônica de banda ultralarga para comunicação sem fio 6G.
De acordo com informações publicadas no <a href="https://www.chinadaily.com.cn/a/202508/29/WS68b105c6a3108622abc9dc6b.html">ChinaDaily</a>, uma equipe da PKU e da City University de Hong Kong desenvolveu um sistema de banda ultralarga capaz de transmissões sem fio em alta velocidade e com frequência ajustável, um feito inédito no mundo.
O sistema pode atingir taxas de transmissão sem fio acima de 100 Gbps, o suficiente para transmitir 1.000 vídeos simultâneos em resolução 8K ultra-alta definição. Como próxima geração da comunicação sem fio, o 6G exige transmissões em alta velocidade por diferentes faixas de frequência. 
Mas o hardware eletrônico convencional é normalmente limitado a determinados intervalos de frequência, por conta das diferenças de design, estrutura e materiais, o que dificulta operações em múltiplas faixas ou em espectro completo.
Para superar esse desafio, a equipe dedicou quatro anos ao desenvolvimento de um sistema integrado fotônico-eletrônico de banda ultralarga, que suporta transmissões em alta velocidade em qualquer frequência entre 0,5 GHz e 115 GHz. 
A inovação também conta com um ajuste flexível, permitindo a troca dinâmica de frequência em caso de interferência.
“Essa tecnologia é como construir uma rodovia super larga, onde os sinais eletrônicos são veículos e as faixas de frequência são pistas”, pontuou Wang Xingjun, vice-diretor da Escola de Eletrônica da PKU. “Antes, os sinais ficavam concentrados em uma ou duas pistas, mas agora há muitas disponíveis. Se uma pista está bloqueada, os sinais podem mudar de forma flexível para outra, garantindo uma comunicação mais rápida e estável”.

Leonardo Lucena

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Sul Global

Cientistas chineses avançam em pesquisas na comunicação 6G de banda ultralarga

247 - O Brasil vai investir R$ 58,9 milhões em projetos de pesquisa e inovação no setor de telecomunicações até 2027. A decisão foi aprovada pelo Conselho Gestor do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), vinculado ao Ministério das Comunicações (MCom), conforme divulgado pela pasta.
Os recursos serão executados pelo CPQD, centro de pesquisa e desenvolvimento especializado no setor, que ficará responsável por coordenar nove projetos estratégicos previstos no Plano de Aplicação de Recursos 2025–2027. As iniciativas incluem desde soluções para auxiliar empresas na gestão de redes até ferramentas baseadas em inteligência artificial (IA) para melhorar a segurança e a qualidade da telemedicina.
Entre os focos do plano está o desenvolvimento de uma nova infraestrutura de rede 6G com motor de IA, voltada a ampliar a segurança na internet e impulsionar o desempenho de serviços digitais. O plano também contempla a criação de plataformas baseadas em IA generativa, voltadas a operadoras de telecomunicações e prestadores de serviços do setor.
“O repasse desses recursos vai possibilitar o desenvolvimento de tecnologias importantes para o país. Isso dá soberania ao Brasil. Com investimento em pesquisa em áreas de fronteira, como o 6G e a inteligência artificial, as tecnologias desenvolvidas poderão futuramente ser aplicadas pela indústria brasileira de telecomunicações, em benefício da sociedade”, declarou o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.
O cronograma de aportes será escalonado: R$ 15 milhões serão liberados em 2025; mais de R$ 21 milhões estão previstos para 2026; e outros R$ 22,7 milhões serão repassados em 2027. Ao término de cada exercício, o CPQD deverá apresentar ao Conselho Gestor do Funttel um relatório de gestão detalhando os resultados obtidos com os projetos financiados.
"No papel de parceiro do Estado, o CPQD vem desenvolvendo, ao longo dos anos, projetos alinhados às políticas públicas de telecomunicações e que contribuem para atender às necessidades da sociedade, da indústria nacional e para a evolução tecnológica do país nessa área. O investimento de mecanismos de fomento à inovação, como o Funttel, é essencial para viabilizar esses projetos e para manter o Brasil na vanguarda tecnológica em telecomunicações", afirmou Sebastião Sahão Júnior, presidente do CPQD.

Paulo Emilio

Brasil

Governo destina R$ 58,9 milhões a projetos de inovação em telecomunicações até 2027

247 - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, revelou em entrevista à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/edital-do-leilao-do-6g-deve-sair-em-2026-diz-presidente-da-anatel-a-cnn/">CNN Brasil</a> que a consulta pública sobre as faixas de 6G, a próxima geração de conexão sem fio, será realizada em agosto deste ano. Segundo Baigorri, o edital para o leilão das faixas de frequência do 6G será publicado em outubro de 2026.
O leilão visa a disputa das faixas de frequência, essenciais para a transmissão de dados da nova tecnologia. Espera-se que o 6G proporcione maior velocidade e menor latência nas transmissões em comparação com as gerações anteriores.
Durante um evento realizado nesta semana, o conselheiro substituto da Anatel, Vinícius Caram, fez uma estimativa de que o leilão de 6G possa movimentar cerca de R$ 50 bilhões em investimentos. No entanto, Baigorri alertou que ainda é cedo para confirmar esses valores. "Em termos de valor, isso é uma avaliação preliminar do Vinícius [Caram]. Isso só será definido após a consulta pública, discussão com o Tribunal [de Contas da União], definição das metas", afirmou o presidente da Anatel.
O leilão do 5G, realizado em 2021, arrecadou mais de R$ 47 bilhões e aconteceu menos de 40 dias após a publicação do edital. Se o processo para o 6G seguir a mesma tendência, o leilão poderá ocorrer ainda no próximo ano.

Economia

Edital do leilão do 6G deve sair em 2026, diz presidente da Anatel

247 - A China anunciou nesta segunda-feira (29) um plano ambicioso para fortalecer sua infraestrutura digital, promovendo avanços significativos no desenvolvimento do 6G e na atualização de sua rede 5G para o nível 5G-A, <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202501/1326343.shtml">informa</a> o portal Global Times. O projeto, elaborado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Administração Nacional de Dados e Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT), visa consolidar a liderança tecnológica do país até 2029, enquanto promove a transformação digital e a sustentabilidade econômica.
A implementação do plano é considerada 'essencial' para acelerar a construção de uma "China digital", impulsionar a economia digital e modernizar o sistema de governança nacional.
Estruturação e objetivos - Até 2029, a infraestrutura de dados chinesa deve ser consolidada, com a criação de um sistema integrado de circulação e uso de dados, um ecossistema robusto para indústrias relacionadas a dados e um mecanismo funcional para a construção e operação dessa infraestrutura.
O plano define metas específicas, como o estabelecimento de um mercado nacional unificado de dados, o avanço no processamento, transmissão e armazenamento de informações e a promoção de tecnologias que garantam interconectividade segura e eficiente. Entre os objetivos, destacam-se o desenvolvimento de um “registro nacional de dados” e a integração de redes terrestres e espaciais, utilizando satélites para interconexão global.
Sustentabilidade e inovação tecnológica - A China também aposta na convergência entre energia verde e capacidade de computação. A colaboração entre bases de energia eólica e solar com hubs de computação será incentivada, em linha com as metas de neutralidade de carbono do país. Além disso, melhorias na análise de dados e redução do consumo energético em cálculos complexos, como os modelos de linguagem de grande escala, serão prioridades.
Xiang Ligang, diretor-geral da Aliança de Consumo de Informação, destacou ao Global Times que a sólida base tecnológica da China em 5G pavimenta o caminho para o desenvolvimento do 6G. "A China alcançou sucesso na tecnologia e nos padrões de 5G, além de aplicá-la em uma ampla gama de áreas, como manufatura inteligente, portos e mineração, o que estabeleceu uma boa base para o desenvolvimento do 6G, acompanhado pelo aprimoramento contínuo da tecnologia 5G-A", afirmou.
Até novembro de 2024, a China havia instalado 4,19 milhões de estações base 5G, aplicando a tecnologia em 74 dos 97 principais setores da economia nacional. Projetos como "5G+ internet industrial", que somam mais de 15 mil em todo o país, vêm impulsionando a modernização e a sustentabilidade do setor manufatureiro.

Guilherme Paladino

Mundo

China acelera desenvolvimento do 6G e avança em infraestrutura nacional de dados

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