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      Quatro trabalhadores argentinos são resgatados de trabalho análogo à escravidão no RS

      "Lamentavelmente, mais quatro pessoas foram resgatadas por trabalho análogo à escravidão no RS. Desta vez, foram quatro trabalhadores argentinos", disse o ministro Paulo Pimenta

      (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
      Dayane Santos avatar
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      247 - "Lamentavelmente, mais quatro pessoas foram resgatadas por trabalho análogo à escravidão no RS.  Desta vez, foram quatro trabalhadores argentinos, na cidade de Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Eles trabalhavam no corte de lenha em uma propriedade rural", afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e deputado federal licenciado, Paulo Pimenta (PT-RS).

      Ele se refere a quatro trabalhadores argentinos que foram resgatados neste sábado (1º) de condições de trabalho análogas à escravidão em Nova Petrópolis, na Serra do Rio Grande do Sul. Entre os resgatados estava um adolescente de 14 anos, que estava com o pai.

      Os quatro trabalhavam em uma propriedade rural e atuavam no corte de eucaliptos para a produção de lenha. O resgate foi feito graças a dois homens que procuraram o Batalhão de Polícia Militar em Bom Princípio (RS), distante cerca de 40 quilômetros de Nova Petrópolis, após serem abandonados pelos empregadores.

      De acordo com o gerente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) da Serra, Vanius Corte, os dois trabalhadores, de 24 e 45 anos, chegaram à cidade da Serra em agosto do ano passado e outros dois, pai e adolescente, no início de março deste ano.

      Eles contaram que seriam pagos apenas no fim do serviço, mas, desde então, nunca receberam salário pela função de lenhador. Apenas recursos para a alimentação eram feitos pelos empregadores.

      Agora, o MTE auxilia para que os trabalhadores recebam os pagamentos devidos. Eles estão em Caxias do Sul e foram abrigados em um alojamento disponibilizado pela Fundação de Assistência Social (FAS).

      Vereador ataca baianos

      O vereador Sandro Fantinel (sem partido), de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, fez um discurso questionando a repercussão do resgate de empregados em situação de escravidão e afrontando trabalhadores baianos. Fantinel usou a tribuna para pedir que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia. A maioria dos trabalhadores contratados para a colheita da uva e encontrados em condições análogas à escravidão vieram do estado nordestino.

      No discurso, Fantinel culpou os trabalhadores pelas condições insalubres e sugeriu que se dê preferência a empregados vindos da Argentina, que, segundo ele, seriam "limpos, trabalhadores e corretos".


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