Região Metropolitana de SP tem alerta para risco de incêndio pela primeira vez este ano
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a capital paulista teve em julho apenas o equivalente a 2,9% dos 41,7 mm esperados para o mês
247 - A Defesa Civil do estado de São Paulo emitiu um alerta vermelho de risco de incêndio na Região Metropolitana de São Paulo. O aviso é válido para esta quarta (16) e quinta-feira (17). O risco é baixo apenas em regiões próximas do litoral. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, até esta terça-feira (15) a capital paulista registrou em julho apenas 1,2 mm de chuva, o que representa aproximadamente 2,9% dos 41,7 mm esperados para o mês. A umidade relativa do ar poderá cair para 20% nesta quarta, mostrou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. A indicação é que as pessoas reforcem a ingestão de água e evitem exposição ao sol entre 11h e 16h.
Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil paulista, a condição climática na Grande SP é resultado da “previsão meteorológica para o dia 16 de julho, quando se espera uma redução significativa da umidade relativa do ar, acompanhada por leve elevação das temperaturas [a previsão de máxima nesta quarta é de 24°C], sensação de calor e abafamento, além de níveis mais elevados de poluição atmosférica".
"Esse conjunto de fatores, somado à ausência prolongada de precipitações [de chuva] na região, contribui diretamente para o aumento do risco de ocorrência de incêndios", diz trecho da nota, apontou o jornal Folha de S.Paulo.
A Defesa Civil pontuou que a tendência é o risco de incêndio permanecer alto até o sábado (19), quando a aproximação de uma frente fria poderá elevar a quantidade de umidade na atmosfera.
"No entanto, por se tratar de um sistema afastado do continente, essa frente fria não deverá ter intensidade suficiente para provocar chuvas significativas na região, atuando apenas de forma limitada sobre as condições de tempo", afirma.
Cenário preocupante
Em março de 2025, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), instituição da Organização das Nações Unidas (ONU), informou nesta quarta-feira (19) que 2024 foi o ano mais quente em 175 anos de registro científico. As temperaturas registradas ao longo do ano confirmaram que o ano passado foi o primeiro a superar 1,5 °C acima do período pré-industrial (1850-1900).
Apesar do recorde, o relatório da instituição traz dados preliminares que estimam um aquecimento global de longo prazo entre 1,34 °C e 1,41 °C em comparação ao mesmo período.
Cerca de 90% da energia retida pelos gases com efeito de estufa no sistema terrestre é armazenada nos oceanos. O que levou a observação da taxa de aquecimento dos oceanos mais alta dos últimos 65 anos, em 2024, além da duplicação da taxa de subida do mar entre 2015 e 2024 na comparação com o período de 1993 a 2002.
Os últimos 3 anos também registraram as menores extensões de gelo antártico (Pólo Sul) e a maior perda de massa glacial. No Ártico (Polo Norte), as menores 18 extensões de gelo foram registradas nos últimos 18 anos.
Os impactos dos fenômenos meteorológicos extremos registrados no último ano, somados aos conflitos e elevados preços internos de alimentos, resultaram no agravamento das crises alimentares em 18 países, aponta o relatório.
O relatório da OMM foi baseado nas contribuições científicas dos serviços meteorológicos e hidrológicos nacionais, dos centros climáticos regionais da instituição e de parceiros da ONU, com a participação de dezenas de peritos (com Abr).
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