Polícia desmantela prédio de call center que funcionava como central de golpes em SP

247 - Uma central de telemarketing clandestina usada para aplicar golpes bancários foi desarticulada pela Polícia Civil em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A operação ocorreu na última terça-feira (1º) e foi divulgada pelo g1. Segundo as autoridades, o imóvel funcionava como base para o recebimento e manipulação de cartões bancários obtidos por meio de fraudes virtuais.

A ação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 4ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes contra Seguros (Divecar). No local, os policiais apreenderam 16 cartões bancários em nome de vítimas, 14 máquinas de cartão, 18 celulares, documentos diversos e chips de telefonia.Dois suspeitos foram presos em flagrante: um homem, que era foragido da Justiça por não ter retornado ao sistema prisional, e uma mulher que, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), atuava em conjunto com ele. O homem operava os equipamentos eletrônicos para efetivar os golpes, enquanto a mulher era responsável por outras etapas da fraude.

De acordo com a investigação, o grupo obtinha dados pessoais e bancários das vítimas por meio das redes sociais. Com essas informações em mãos, solicitavam a segunda via dos cartões de crédito, que eram enviados ao endereço controlado pelos criminosos. A partir daí, os suspeitos faziam transações fraudulentas usando máquinas próprias, simulando compras ou transferências.

A Polícia Civil registrou o caso como estelionato, associação criminosa, localização e apreensão de objeto e captura de procurado. A apuração continua, e os investigadores buscam identificar outros envolvidos na quadrilha e possíveis vítimas.O Deic alerta para a importância de cuidados com dados pessoais, especialmente em redes sociais. Golpistas têm utilizado perfis falsos, links maliciosos e engenharia social para enganar usuários e obter informações sensíveis.

Com a apreensão de equipamentos e documentos, os investigadores esperam mapear a extensão da rede criminosa e localizar eventuais ramificações da central clandestina em outras cidades da região metropolitana.