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      Na favela do Moinho, Lula assina acordo habitacional para moradores

      Moradores realocados irão receber R$ 250 mil para comprar casa

      Lula na favela do Moinho - 26/06/2025 (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
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      Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

      O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou nesta quinta-feira (26) os moradores da favela do Moinho, última comunidade da região central de São Paulo, onde conheceu algumas moradias e uma espécie de escola instalada. No local, Lula assinou a portaria para implementação do acordo, estabelecido em maio, com o governo de São Paulo que prevê a realocação dos moradores do Moinho para outra região.

      Por esse acordo, ficou estabelecido que cada família da favela do Moinho irá receber até R$ 250 mil para comprar uma casa. O governo federal subsidiará R$ 180 mil e o governo paulista, R$ 70 mil, sem que os moradores precisem financiar. Enquanto não se mudam para o endereço definitivo, as famílias terão direito a aluguel social de R$ 1,2 mil.

      "Todos querem ter o desejo de ser felizes, morar bem, ter casa razoável para morar e viver com a cabeça erguida nesse país. Tínhamos que encontrar uma solução rápida [para o Moinho]. Essa portaria não vai fazer ainda a cessão do terreno para o governo do estado. A cessão só será feita após se provar que vocês foram tratados com decência e dignidade. Quando estiver tudo pronto, estiver certa a casa que vocês vão comprar, aí faremos a cessão definitiva para o governo do estado. Por mais bonito que seja um parque, ele não pode ser feito às custas do ser humano", disse Lula.

      Fim da favela do Moinho

      Em abril, o governo estadual iniciou um processo de remoção dos moradores da Ffavela do Moinho para criação de um parque e da estação Bom Retiro.

      A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) alegou que a remoção era necessária, porque a região da favela do Moinho está sendo “requalificada” e, no local, será implantado o Parque do Moinho. Para isso, será necessária a remoção das cerca de 800 famílias que vivem na comunidade, “que serão acolhidas em lares dignos”.

      A retirada das famílias foi marcada pelo uso da força policial e denúncias de violência. Com o acordo, o governo federal espera que não seja usada violência para a saída dos moradores.

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