Governo de SP declara escassez hídrica nas bacias do rio Piracicaba e do Alto Tietê
A SP Águas suspendeu a emissão de novas outorgas de água
247 - Agência reguladora de águas do estado de São Paulo, a SP Águas declarou nesta quarta-feira (24) escassez hídrica nas bacias hidrográficas do Alto Tietê e do rio Piracicaba. Esta última ajuda no abastecimento do sistema Cantareira. O órgão suspendeu a emissão de novas outorgas de água até que os níveis dos reservatórios sejam recompostos.
De acordo com informações publicadas no jornal Folha de S.Paulo, o sistema produtor do Alto Tietê chegou ao volume útil de 25,7% de sua capacidade. O sistema Cantareira está com 29,4%. Os dois sistemas correspondem a 80% do volume de todo o Sistema Integrado Metropolitano (SIM), que tem mais cinco sistemas (Guarapiranga, São Lourenço, Rio Grande, Cotia e Rio Claro) e está atualmente com 32,3% do seu volume.
Presidente da SP Águas, Camila Viana afirmou que a nova decisão não afetará o abastecimento da população da região metropolitana. Conforme o dirigente, somente os pedidos de novas outorgas é que deixarão de ser analisadas.
Outorgas são permissões legais para a captação e uso da água dos reservatórios, que podem ser feitas por indústrias, serviços, irrigação agrícola, entre outros.
Medidas
A presidente da SP Águas reforçou que algumas medidas têm sido tomadas desde o fim de agosto para contornar a situação de escassez nos mananciais. A Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) determinou à Sabesp duas ações imediatas para diminuir a vazão do volume do sistema Cantareira.
Uma alternativa pedida pela agência foi diminuir a pressão nos canos por oito horas no período noturno. A outra foi baixar o volume retirado do reservatório, de 31 m³/s para 27 m³/s. Na semana passada, a Sabesp anunciou a ampliação de oito para dez horas por dia o tempo de redução de pressão.
A SP Água apresentou algumas medidas na última segunda-feira (22) durante reunião de monitoramento da situação, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pela Defesa Civil.